Buscar

processo civil iv

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Civil IV – Mariana Tavares de Abreu
N1(peso 4) = A1+A2+A3
A1+A2+A3÷3
N2(PESO 6) A4+A5+A6(SE O ALUNO NÃO ALCANÇAR A MEDIA 6
A4×0,1 + A5×0,9.
Média Final ( N1×0,4) + (N2×0,6). 
A nota na A6 zera ex: fiquei com 5, preciso de 1 para ir pra 6, vou para a A6 precisando tirar 6.
Primeira Unidade
Aula 1- 10/02/2020
EXECUÇÃO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Nossa linha do tempo até aqui: 1-Petição inicial 2-citação 3-Audiencia de mediação e conciliação 4-resposta do réu 5-providenciais preliminares 6-julgamento conforme o estado do processo 6-saneamento 7-instrução 8-sentença 9-recursos 10-transito em julgado. Com isso se conclui a fase de conhecimento, o momento de certificação do direito, todo esse percurso tinha esse objetivo: certificar o direito.
Após toda essa caminhada, o direito perseguido pela parte autora, foi certifica ou não (pode ser improcedente), mas, para que haja a execução, ele foi certificado, ao final disso tudo ele se torna credor (de alugueis, de dano moral, de dano material, de alimento...) para nós, nesse semestre o que importa são algumas espécies de direitos, que veremos daqui a pouco.
Antes do NCPC, o nosso processo civil passou por uma grande transformação no que fala em execução; antes a execução era considerada quase que como um processo autônomo. Era como se, ao acabar a fase de conhecimento, acabasse o processo, e então começasse outro processo para a fase de execução.
Isso mudou nos anos 200`s, e se passou a compreender o processo como algo sincrético, total, porém, apesar da evolução, os jargões jurídicos permaneceram, ainda hoje, se fala em execução quando na verdade está se falando de comprimento de sentença.
Execução propriamente dita, devemos usar para os casos em que houver execução dos títulos executivos extrajudiciais. Que são situações em que não há um processo anterior ex: se eu tenho um contrato de compra e venda assinado por credor, devedor, e duas testemunhas, eu não preciso passar por todo um processo de conhecimento para cobrar esse contrato, eu posso entrar com esse contrato e dizer “ quero que me pague” posso entrar direto na execução.
Toda vez que eu tiver um processo de conhecimento e depois o “cara” não comprir, ai eu vou começar um cumprimento de sentença, o que, na pratica, nada mais é do que execução (inclusive, no estágio a gente chama de execução). So que tecnicamente, ele segue o rito do cumprimento de sentença, que é diferente do rito da execução por título extrajudicial.
Tutela executiva inclui esses dois tipo: a execução propriamente dita(ação de execução de título extrajudicial) e o procedimento de cumprimento de sentença dentro de um mesmo processo.
Após o transito em julgado, se o devedor não cumprir com sua obrigação, o processo não acaba, ele vai inaugurar uma nova fase: a fase de cumprimento de sentença, que é um exemplo de tutela executiva.	
Tutela Definitiva: - Grau de Estabilidade - Obtida com base em cognição exauriente (profunda) – Debates e Devido Processo Legal - Gera coisa julgada – Segurança jurídica.
 – Satisfativa: Visa certificar e/ou efetivar direito material – (FD).
Certificação de Direitos - Declaratória, Constitutiva, Condenatória. 
- Executiva – Visa a efetivação dos Direitos
Ou
- Cautelar: Visa assegurar a futura satisfação de um Direito – Possui cunho assecuratório – conservar o direito – neutralizar os efeitos maléficos do tempo. (FD)
Que tipo de direitos vamos estudar esse semestre? Vimos em TGP, e em Processo 2 que, existe a teoria trinaria das ações, que divide as ações em: delatórias, constitutivas e condenatórias. Existe também a teoria quinaria, que, considera que além dessas três ainda existem as ações mandamentais e as ações executivas lacto senso.
Sabemos que, todas as ações têm um pouco de declaração. A declaratória é chamada de meramente declaratória pois só tem declaração, a constitutiva, além da declaração também tem a criação, modificação ou extinção de um direito, e a condenatória, além da declaração, ela tem a imposição de uma prestação. 
Quando eu desejo uma ação meramente declaratória, como uma ação de paternidade ou em uma ação para que seja reconhecido o vínculo empregatício se eu tiver êxito, essa declaração me basta. Na ação meramente declaratória, eu não preciso que o réu atue para que o comando jurisdicional produza efeitos, é automático. 
 
· Ações de Conhecimento 
· Classificação quanto ao Conteúdo.
· Declaratória. Para a teoria trinaria, as ações mandamentais e as ações executivas lacto senso, são tipos de ação condenatórias
 
· Constitutiva. 
· Condenatória
Nesse semestre, não iremos estudar as declaratórias e nem as constitutivas pois elas não dependem de execução (tutela executiva), elas se efetivam no plano das ideais, e não no plano físico.
Condenatórias – Direito a uma prestação. 
Iremos estudar as ações condenatórias pois elas dizem respeito a um direito a uma prestação. Elas dependem de uma lesão ou um adimplemento.
· Estão sujeitas a prescrição. A partir do momento da lesão/adimplemento.
· Estamos tratando de ações de fazer, dar (dinheiro e coisa), não fazer, entregar ou pagar. São 4 espécies de obrigações.
· Iremos estudar esses direitos, que se efetivam no mundo real.
Condenatórias – Visa que o réu cumpra obrigação de DAR – FAZER – NÃO FAZER – ENTREGAR – ou PAGAR QUANTIA. 
· Impõe uma prestação. Efeito jurídico de uma ação condenatória. 
· Certificação + satisfação do direito.
- “Poder jurídico conferido a alguém de exigir de outrem o cumprimento de uma prestação” (FD). 
· Sujeição aos prazos prescricionais – termo inicial – lesão ou inadimplemento. (Art. 189 cc). “Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206”
· Necessitam de concretização no mundo físico. Pressupõe a existência de inadimplemento. 
· “Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
· Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título. ”
As mandamentais impõem uma medida coercitiva indireta, e a executiva lacto senso usa meios de execução direitos, ambas usam comandos executivos mais robustos.
· Os títulos executivos, que são os instrumentos para se efetivar a tutela executiva precisam conter uma obrigação, mas essa obrigação, ela precisa estar encartada em um título executivo que tende a se chamar de bilhete de ingresso. A obrigação deve ser certa, liquida e exigível.
“A sentença meramente declaratória é aquela que tem como finalidade única conferir certeza à existência de uma relação jurídica, pondo fim a eventuais dúvidas.
Já a sentença constitutiva é aquela capaz de criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica. A sentença constitutiva deriva diretamente do tipo de direito que irá examinar, qual seja, o direito potestaivo.
As sentenças de prestação têm o mesmo conteúdo, que é o direito à uma prestação. Este gênero de sentença é dividido em três espécies, quais sejam, sentença condenatória, executiva lato sensu e mandamental.
Todas estas espécies de sentença referem-se aos direitos a uma prestação. Ocorre que a efetivação desta prestação pode-se dar através de variados meios e é isto, precisamente, o que vai distingui-las. Noutros termos, é no momento da concretização da prestação que elas irão se diferenciar.
A sentença condenatória é aquela que autoriza o autor a executar, posteriormente, o réu.
Nas sentenças executiva lato sensu e mandamental o juiz vai além, e a prestação deverá ser cumprida de imediato.
A diferença básica entre sentença mandamental e executiva lato sensu é que naquela o Estado-juiz age coativamente sobre a mente do réu, para que ele mesmo cumpra a sua obrigação; já na executiva lato sensu o próprio Estado age, tomando a atitude de efetivar o direito a uma prestação.
Assim, pode-se dizer que na sentença mandamental utiliza-se a técnica de coerção indireta, ou seja, o magistrado induz,psicologicamente, por meio de ameaças ou incentivos, o devedor a cumprir a prestação devida. Já na sentença executiva lato sensu a técnica usada é a de coerção direta, haja vista que o juiz substitui a vontade do devedor e ele próprio efetiva o direito exigido.
Vê-se, pois, que ambas, apesar de nomes tão distintos, são sentenças executivas, cuja execução se dá no bojo do processo sincrético.”
Constitutivas. 
Na ação constitutiva, buscamos criar, modificar ou extinguir direito, mas não é qualquer direito, é direitos potestativos, que colocam o direito passivo da obrigação em estado de sujeição. Ex: demissão, divorcio. Os direitos potestativos se efetivam no plano das ideais. Então quando alguém entra com uma ação constitutiva, o que essa pessoa quer é uma declaração e na sequência uma constituição judicial de que aquela relação foi criada.
Ex: quando eu me divórcio, não preciso da certidão para confirmar.
· Não é necessário inadimplemento. 
· Não são sujeitas a prescrição, e sim, a decadência.
	
– Certifica ou efetiva direito potestativo. Ex: Revisão de cláusulas contratuais ou de pensão alimentícia – Instituir Servidão ou adotar alguém – Rescisão ou anulação de um contrato – Divórcio.
· Poder dever de submeter a outrem- modificação, criação ou extinção de uma relação jurídica - O direito potestativo esgota-se com seu exercício (FD LC). 
· Efeito é a situação jurídica nova. A decisão que decreta a rescisão do contrato (conteúdo) faz cessar os direitos e obrigações (efeito) (FD PS)
· Efetiva-se no plano jurídico – não no plano fático. Não necessita de atividade executiva. (FD PS) – Dispensa prática de atos materiais para efetivar uma prestação devida. Pode gerar um direito a prestação.
· Não necessita lesão ou inadimplemento – não se fala de prescrição e sim de decadência, quando a lei estabelecer.
· Em regra, efeitos “ex nunc” – podendo ser decretado efeito ex tunc eventualmente como nos casos de anulação ou resolução de negócio jurídico.
CONCEITO DA TUTELA EXECUTIVA
Atividade pela qual o Poder Judiciário com base em um título judicial (sentença, decisão interlocutória) ou extrajudicial (documento que a lei atribui força de título executivo) emprega medidas coercitivas, efetiva e realiza a sanção, contra a vontade do executado, satisfazendo o direito do credor. 
Pode ser espontânea ou forçada. 
Parte de um título executivo e, a partir do momento que esse comando não é espontaneamente comprido pelo executado, nasce a possibilidade dele ser comprido de modo forçado. Então, o devedor tem dois caminhos: cumprir espontaneamente ou cumprir forçosamente. A partir de medidas coercitivas diretas ou indiretas.
“Conjunto de meios materiais previstos em lei, à disposição do juízo, visando à satisfação do direito”. (DAAN) 
“Conjunto de meios para efetivar/satisfazer a prestação devida. ” (FD LC)
“Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.”
Aula 2- 17/02/2020
Revisando: iremos tratar somente de ações condenatórias, nas suas 4 expressões: para pagar, entregar coisa distinta de dinheiro, de fazer, de não fazer. Elas estão sujeitas a prazos prescricionais, pois se efetivam de modo real, no mundo real. E caso não haja o comprimento voluntario por parte do executado, entra no poder judiciário por meio da tutela executiva para se valer desse direito mesmo que contra a vontade do devedor.
Natureza Jurídica (da tutela executiva
Quando falamos em tutela executiva, ela se divide em duas, ou seja, tem duas possibilidades de natureza jurídica.
Vimos na aula passada, a nossa linha do tempo 1-Petição inicial 2-citação 3-Audiencia de mediação e conciliação 4-resposta do réu 5-providenciais preliminares 6-julgamento conforme o estado do processo 6-saneamento 7-instrução 8-sentença 9-recursos 10-transito em julgado. Com isso se conclui a fase de conhecimento, o momento de certificação do direito, todo esse percurso tinha esse objetivo: certificar o direito.
Se se tratar de um título executivo judicial oriundo da jurisdição civil, depois do trânsito em julgado, se a parte não cumprir voluntariamente a obrigação, se inicia uma nova fase a fase da tutela executiva. Que, no caso de título executivo judicial oriundo da justiça civil, ela vai se dar mediante uma fase um de processo sincrético 
· A) Processo Autônomo 
(Art. 515 § 1º : Sentença Arbitral, Estrangeira homologada pelo STJ, Etc (... Incisos VI a IX) + Títulos executivos extrajudiciais). 
 x
· B) Fase de um processo sincrético. 
Toda vez que eu tiver tratando da tutela executiva com relação ao título executivo judicial (sentença, decisão interlocutória) oriunda da jurisdição civil a natureza jurídica da tutela executiva é processo sincrético. Porque vai se iniciar na mesma fase, pertencente ao mesmo processo, não irá gerar um novo processo, será o mesmo, mas agora, a atividade jurisdicional, ao invés de se voltar para certificação do direito, irá se voltar para efetivação do direito que já foi certificado.
 Toda vez que eu tiver títulos executivos judiciais decorrentes de outras jurisdições que não a civil, nós teremos a natureza jurídica da tutela executivo de um processo autônomo.
Ex: tenho uma sentença penal condenatória é um título executivo judicial, pois é proferido por um órgão jurisdicional. Mas não é proferido pela jurisdição civil, e sim pela penal Nessa sentença penal condenatória, o crime foi um crime de dano, essa pessoa vai ter a sua condenação penal e a repercussão civil, tendo que reparar as consequências desse ato. Nessa reparação civil, a juriscição penal não tem competência material para executar quem vai dizer o valor e a repercussão desse dano será na fase de titula executiva perante a justiça civil.como foi uma sentença oriunda de outra jurisdição que não a civil, a natureza dessa tutela executiva será de processo autônomo.
· Esse processo autônomo será sempre na mesma instância.
Ex2: tenho um contrato que diz que, o litigio s era resolvido em arbitragem, ai eu vou pra câmara arbitral e no final eu tenho uma sentença arbitral. Ocorre que, a arbitragem é reconhecida como jurisdição, então a sentença arbitral é título executivo judicial, porém, a arbitragem não tem competência funcional para executar suas próprias decisões, ela precisa da competência da justiça civil. na hora de executar a sentença arbitral, eu terei que pegar ela e levar para uma vara civil para executar. Então, será um processo autônomo.
Ex3:Sentenças estrangeiras também é um pronunciamento jurisdicional, é um sentença mas não foi proferida na jurisdição civil brasileirapara que ela possa ser executada no brasil, terei que passar por um procedimento especifico. processo autônomo.
Toda vez que eu tiver um título executivo judicial oriundo da jurisdição civil brasileira a natureza jurídica da tutela executiva é de fase de processo sincrético.
Toda vez que vier de outras jurisdições será processo autônomo 
Toda vez que vier da jurisdição estrangeira, ainda que civil processo autônomo.
Toda vez que for títulos executivos extra-judiciais natureza jurídica de processo autônomo. Nesse caso não teve processo, não teve fase de conhecimento, pois a lei dá valor a documentos como o contrato.
Estrutura Jurídica e Legal da tutela executiva
Oque existe em termo de tutela executiva, é um emaranhado de regulamentos, existem várias regras para vários tipos de tutela executiva diferentes. Apesar de existir várias regras, acaba que eventualmente sempre falta algono capitulo. 
Oque o legislador fez? Ele disse que as regras de cumprimento de sentença poderão ser aplicadas na fase de execução judicial e vice versa.
Há uma Inter complementação entre os dois regramentos, naquilo que for omisso na execução, aplicamos as regras do cumprimento de sentença. E naquilo que for omisso no comprimento de sentença, aplicamos a execução.
TÍTULO II
DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 513.  O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
LIVRO II
DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
TÍTULO I
DA EXECUÇÃO EM GERAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 771.  Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único.  Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial.
CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO 
Execução direta: Atuação direita do Estado. também é chamada de execução por sub-rogação. Ocorre quando há a substituição da vontade do devedor pelo Estado, ou seja, o Estado adota as medidas, efetiva a prestação que deveria ter sido feita pelo devedor. O Estado faz no lugar/em substituição ao devedor. Ele cumpre a obrigação no lugar do devedor, que não participa voluntariamente, é tudo feito pelo Estado através dos seus poderes executivos.
Ex: uma ação de despejo, o cara vai dizer “pague em 15 dias sob pena de despejo” se ele não pagar em 15 dias, o Estado vai la, com a força policial e expulsa. Aqui, o devedor não contribui voluntariamente para a solução do problema 
Execução Direta / por sub-rogação (Substituição da Vontade do devedor pelo Estado – medidas adotadas contra a vontade do devedor – Desapossamento – Expropriação) 
 x 
Indireta (Convencimento e participação do devedor) - via astreintes, sanções punitivas e/ou premiais – patrimonial ou pessoal - Art. 827, §1° CPC – monitória - 701);
Execução indireta: aquela que conta com a participação do executado, aqui, o papel do Estado não fazer em função de substituir o devedor, e sim de convencer o devedor a fazer. “Faça sob pena de multa diária”. Convencimento do devedor, que deve participar. Pode ser punição ou benefício “pague os horários até dia x que você terá 30% de desconto”
Essas medidas podem ser patrimoniais (multa diária) ou medidas pessoais (prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia).
A diferença de uma para a outra é: a participação do devedor, se houver será indireta, o estado ira convence-lo a cumprir a obrigação, através de sansões punitivas ou premiadas, patrimoniais ou pessoais; será direta quando o próprio Estado em substituição ao devedor, adotar os atos obrigacionais em seu lugar.
· Execução Comum – Procedimento Comum - Generalidade de créditos (Execução por quantia certa) 
 x 
Execução Especial – Procedimentos Especiais –Créditos Específicos (Execução de Alimentos, Fiscal);
Execução comum: quando se aplica as leis e normas dispostas no procedimento comum (execução de pagar quantia, execução de fazer ou não fazer comum) vale para as generalidades dos créditos.
Execução especial: Trata de créditos especiais, créditos específicos, será utilizado então um regramento especial. Ex: execução de alimentos, é um credito especifico, então será execução especial.
Diferenças: o procedimento adotado (geral ou especifico) e o tipo de credito (geral ou especial).
· Execução Judicial – Efetivada perante o Poder Judiciário - (Inclusive arbitral) 
 x 
Execução Extrajudicial – a) Dec. 70/66 – Cédulas hipotecária – Citação via cartório de títulos e documentos (se dá fora do poder judiciário) B) contrato de alienação fiduciária de bem imóvel – lei 9.514/97 – execução via cartório de imóveis;
Judicial: aquela que é feita perante o poder judiciário, toda vez que tivermos uma tutela executiva que seja processada perante o poder judiciário, será execução judicial. Mesmo que seja de outra jurisdição, como a jurisdição arbitral. 
Extrajudicial: muito rara, são as execuções que se dão fora do poder judiciário, não se dão perante o juiz.
- Execução Lastreada em título Judicial – Cumprimento de sentença – Artigos 513 a 538 - Pode ser provisória. 
 x 
· Execução Lastreada em título Extrajudicial –– 
Execução lastreada em título judicial: vai abranger as sentenças proferidas pela jurisdição civil brasileira, as sentenças proferidas em outras jurisdições como a penal e a estrangeira e a arbitral. Esse tipo de execução se for civil será por sentença, se for penal/estrangeira/arbitral, será por processo autônomo; toda vez que a sentença for originaria de título judicial, admitisse a execução provisória, ou seja, que eu possa ir adiantando os atos executivos enquanto tiver pendencia de algum recurso. 
Execução lastreada em título extrajudicial: não há possibilidade de execução provisória, ela sempre terá que ser definitiva, pois no título executivo extrajudicial não tem processo anterior, então não tem como estar pendente de recurso. 
Diferenças: o tipo de título. Consequência pratica: a judicial admite execução provisória, enquanto a extrajudicial sempre será definitiva. 
A partir do artigo 771 do CPC – Sempre Definitiva; 
- Cumprimento definitivo de sentença – Fundada em título transitado em julgado - “é a execução completa (art. 520 CPC), que vai até a fase final com entrega do bem da vida sem exigências adicionais para o exequente”. (FD LC)
 x 
· Cumprimento provisório de sentença – Fundada em título não transitado em julgado – pendente de recurso sem efeito suspensivo – “exige requisitos extras para que se chegue à fase final da execução.”
Cumprimento definitivo: posso ir até a fase final sem exigências adicionais para o exequente, não preciso pedir nada.
Cumprimento provisório: tenho que tomar algumas cautelas que não são necessárias no definitivo.
Praticamente não há diferença entre os dois, porque tudo que posso fazer no cumprimento definitivo, eu posso fazer no cumprimento provisório. A grande diferença é que : no definitivo não exigir nada no exequente e no provisório(a que está pendente de recurso sem efeito suspensivo) pode chegar até p final, assim como o definitiva, mas ela exige requisitos extras para que eu chegue até o final. 
Agora que estamos em processo civil 4, é importante focar nisso: Cumprimento provisório de sentença. Fundada em título não transitado em julgado pendente de recurso sem efeito suspensivo. Isso, restringe muito aos recursos, porque a apelação tem efeito suspensivo imediato, tirando os casos do parágrafo 1. Então, todos os recursos fora a apelação não possuem efeito suspensivo, mas, como o agravo não mexe muito com o mérito, na pratica isso vai acontecer quando: tiver recurso especial extraordinário. 
Revisando, classificações da execução:
Execução direta: Atuação direita do Estado. Também é chamada de execução por sub-rogação. Ocorre quando há a substituição da vontade do devedor pelo Estado, ou seja, o Estado adota as medidas, efetiva a prestação que deveria ter sido feita pelo devedor. O Estado faz no lugar/em substituição ao devedor. Ele cumpre a obrigação no lugar do devedor, que não participa voluntariamente, é tudo feito pelo Estado através dos seus poderes executivos.
Execução indireta: aquela que conta com a participação do executado, aqui, o papel do Estado não fazer em função de substituir o devedor, e sim de convencer o devedor a fazer. “Faça sob pena de multa diária”. Convencimento do devedor, que deve participar. Pode ser punição ou benefício “pague os horários até dia x que você terá30% de desconto”
Execução comum: quando se aplica as leis e normas dispostas no procedimento comum (execução de pagar quantia, execução de fazer ou não fazer comum) vale para as generalidades dos créditos.
Execução especial: Trata de créditos especiais, créditos específicos, será utilizado então um regramento especial. Ex: execução de alimentos, é um credito especifico, então será execução especial.
Diferenças: o procedimento adotado (geral ou especifico) e o tipo de credito (geral ou especial).
Judicial: aquela que é feita perante o poder judiciário, toda vez que tivermos uma tutela executiva que seja processada perante o poder judiciário, será execução judicial. Mesmo que seja de outra jurisdição, como a jurisdição arbitral. 
Extrajudicial: muito rara, são as execuções que se dão fora do poder judiciário, não se dão perante o juiz.
Execução lastreada em título judicial: vai abranger as sentenças proferidas pela jurisdição civil brasileira, as sentenças proferidas em outras jurisdições como a penal e a estrangeira e a arbitral. Esse tipo de execução se for civil será por sentença, se for penal/estrangeira/arbitral, será por processo autônomo; toda vez que a sentença for originaria de título judicial, admitisse a execução provisória, ou seja, que eu possa ir adiantando os atos executivos enquanto tiver pendencia de algum recurso. 
Execução lastreada em título extrajudicial: não há possibilidade de execução provisória, ela sempre terá que ser definitiva, pois no título executivo extrajudicial não tem processo anterior, então não tem como estar pendente de recurso. 
Cumprimento definitivo: posso ir até a fase final sem exigências adicionais para o exequente, não preciso pedir nada.
Cumprimento provisório: tenho que tomar algumas cautelas que não são necessárias no definitivo
COGNIÇÃO NA EXECUÇÃO
Lembrado: cognição é atividade intelectiva exercida pelo juiz para examinar questões de fato ou de direito, questões de admissibilidade ou de mérito, e principalmente para examinar o objeto litigioso do processo.
A doutrina muito discutia e defendia a tese de que não existe cognição na execução e nem na tutela executiva, sendo o fundamento dessa tese que, na tutela executiva o direito já este certificado, então o juiz não terá atividades intelectivas para serem feitas, apenas vai dar cumprimento e tentar efetivar direita ou indiretamente o comanda que já está certificado. Então se entendia que não havia cognição a ser feita, apenas questões procedimentais. 
Mas, isso já foi superado, como Kazuo Watanabe diz: há cognição na execução, mas ela é rarefeita, escassa, em relação a fase de conhecimento.
Eu posso por exemplo, na execução avaliar se as partes preencheram os pressupostos processuais, se o juízo é competente, legitimidade, posso alegar prescrição, compensação de créditos, o juiz pode ainda julgar e exercer cognição por provocação das partes ou de oficio.
- “A análise da cognição judicial é o exame da técnica pela qual o magistrado tem acesso e resolve as questões que lhe são postas para apreciação. ” (FD)
 
“O objeto do processo não é apenas o pedido do autor, ou a sua pretensão processual, mas tudo aquilo que nele deve ser decidido pelo juiz (...) Enfim, todas as questões de fato ou de direito, relacionados ou não com mérito...” (SS) 
“A cognição na execução é rarefeita” (KW) – “Envolve questões ligadas à efetivação da obrigação – pressupostos de admissibilidade e sobrevivência da obrigação executada” (FD LC) 
· Preenchimento de pressupostos processuais;
· Questões de mérito – compensação – prescrição;
· Por provocação ou de ofício;
· Incidentes Cognitivos: Substituição de bem penhorado, Desconsideração da personalidade jurídica, aplicação de sanções, etc
· Conversão da obrigação de fazer em perdas e danos.
 
· Juízo de admissibilidade e Mérito (FD LC)
Existe na execução, a fase de admissibilidade e a fase de mérito. Na fase de admissibilidade iremos ver se, o título existe, se tem uma sentença realmente, se a sentença transitou em julgado, se o título é liquido...
O meirto pode ser a obrigação de satisfazer ou a comprovação de satisfação.
· Existência de título executivo, competência, pagamento de custas, etc. 
· “Efetivação / Realização / Satisfação (pedido) de um direito à prestação (causa de pedir), certificada em um título executivo” 
· Satisfação do Crédito x Sentença (a posteriori)
CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES
É muito parecido com a cumulação na fase de conhecimento, com diferenças mínimas.
· Art. 327 - CPC  - É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I – os pedidos sejam compatíveis entre si; não podem ser incompatíveis, salvo na cumulação imprópria. 
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. Os pedisos tem que ter o mesmo procedimento. 
Na fase de execução: art 780.
· SÚMULA 27 – STJ “PODE A EXECUÇÃO FUNDAR-SE EM MAIS DE UM TÍTULO EXTRAJUDICIAL RELATIVOS AO MESMO NEGÓCIO.”
· Art. 780 CPC - O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 
· A regra é a mesma, a grande diferença é que, na fase de execução, eu posso partir de títulos diferentes, 3x: sentença que condene em danos morais e danos materiais em outro processo, eu posso executar junto.
· *Obrigação de pagar quantia + de fazer. 
Coisa Julgada na execução (FD LC)
Art. 924. CPC - Extingue-se a execução quando:
I – a petição inicial for indeferida*; esse inciso é diferente dos outros processualmente falando pois, as outras são de mérito, então fazem coisa julgada material. E essa não é sobre o mérito e então não faz coisa julgada material pode fazer coisa julgada formal.
II – a obrigação for satisfeita;
III – o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
IV – o exequente renunciar ao crédito;
V – ocorrer a prescrição intercorrente
Dia 24/2- carnaval
Aula 3- 2/03/2020
EXECUÇÃO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
PRINCÍPIOS E REGRAS.
Princípio da Efetividade.
O nosso processo de execução vive há muito tempo, nossa tutela executiva vive há muito tempo uma crise, por mais que nossa legislação tente se aprimorar, tente aderir a mecanismos, nós enfrentamos muita dificuldade de efetivar, e é impossível estudarmos tutela executiva sem começar por uma análise acerca da efetividade. Principalmente quando se trata de título executivo judiciário, a parte já penou ali, anos e anos para conseguir a sua certificação do direito e na hora de satisfazer esse direito, na maioria das vezes não conseguem transformar o direito em realidade, em satisfação.
Isso acaba afetando garantias mínimas, mas tuteladas pela Constituição Federal, principalmente a garantia da duração razoável do processo.
· Art. 5.° - (CF) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
· Ele garante todos os ambitos judicial e administrativo, a duração razoável do processo e os meios que garantam a celeridade de tramitação, só que essa norma constitucional é uma norma muito aberta, e nós tínhamos muita dificuldade de saber exatamente o que é que seria essa duração razoável do processo, como é que seriam esses meios que garantem a celeridade de tramitação. E aí o código de 2015 no artigo 4°, ele esclareceu muito mais o que é que se espera dessa duração razoável do processo, e ele estabelece o seguinte:
· Art. 4.° CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
· Razoável Duração + Solução Integral + Atividade Satisfativa.
· Efetividade da prestação jurisdicional – Combate à morosidade 
· Direito Fundamental à Tutela Executiva -> 
· Então, aqui nós temos claramente a visão do princípio da duração razoável do processo, reproduzidona Constituição para o âmbito do processo civil, e temos o princípio da primazia da decisão de mérito, se eu puder julgar o mérito, eu devo me ater a pequenas formalidades e avançar por ele, eu devo sanar os vícios para chegar ao julgamento do mérito, e também na parte final nós temos aí o princípio da efetividade, quando o código exige dentro dessa duração razoável do processo que seja incluída também a atividade satisfativa, incluída também a atividade executiva, nada adianta eu ter o direito certificado, se eu não poder te-lo na prática entregue para mim, então dentro dessa duração razoável precisa ter uma solução do mérito, e precisa também de uma prática e direito certificado seja devidamente entregue.
· Portanto, falar de princípio da efetividade é falar primordialmente de um combate a morosidade e também de um direito fundamental a tutela executiva, ou seja, você tem o direito certificado, e eu também tenho o direito de ter a efetivação do direito na prática. Todo o nosso sistema ele foi durante muito tempo um sistema voltado a proteger o devedor, nosso ordenamento é um ordenamento muito patrimonialista, voltado a proteção da propriedade e mexer com tutela satisfativa é mexer com a propriedade do devedor, então durante muitos anos a nossa visão sempre foi uma visão de proteger o executado, afinal de contas ele é quem está em um estado de maior sujeição na hora da execução, ele que vai arcar com todos os ônus que não são poucos, é uma tutela agressiva tendente a satisfazer o direito certificado, se olhava muito para o executado, vamos olhar, observar todo direito de defesa, vamos permitir várias possibilidades de questionamento e tudo mais, até que a doutrina foi virando ,indicou a obra de Marcelo Lima Guerra, onde ele mudou a chave, ele falou o seguinte:"não, vamos tratar dos direitos fundamentais do credor na execução, vamos virar o lado, começar a se preocupar com o credor que aqui tem o direito já certificado pelo próprio poder judiciário" e Marcelo Guerra tenta então modificar isso, e trazer uma maior efetividade, mais resultado para a efetivação desses direitos, e aí eu separei um trechinho dele que diz assim, é direito fundamental a tutela executiva que ele defende.
Princípio da Efetividade - Direito Fundamental à Tutela Executiva:
· “Exigência de um sistema completo de tutela executiva, no qual existam meios executivos capazes de proporcionar pronta e integral satisfação a qualquer direito merecedor de tutela executiva.” (MLG)
· “Interpretação das normas de modo a extrair a maior efetividade possível” (FD)
· “Poder-Dever de deixar de aplicar norma que imponha restrição a um meio executivo.” (salário e imóvel vultuosos) (MLG)
· “Adotar os meios executivos que se revelem necessários à prestação integral da tutela executiva.” (MLG)
· Nessa esteira a gente começa a entender que eu devo interpretar todas as normas de execução, todas as normas de tutela executiva de modo a extrair o máximo de efetividade daquelas normas, eu tenho que buscar examinar aquelas normas de modo a extrair o máximo de resultado delas, o que é que ela pode me dar? Ela pode me dá X, mas ela pode me dá X³, então eu vou aplicar o X³, tem que tentar espremer ao máximo aquela norma, interpretar de modo que eu possa retirar o máximo de resultados possível, porque aí eu consigo tentar equilibrar e tentar diminuir essa crise da execução, eu consigo fazer com que o direito certificado possa funcionar cada vez mais na prática de direito efetivamente entregue.
· Surge algumas reflexões que geralmente não são bem recebidas a primeira vista, nós temos que inclusive começar a pensar em mitigar algumas normas que protege, desde que você respeite a devida proporcionalidade, a razoabilidade, mas eu tenho que pensar, inclusive deixar de aplicar alguma norma que esteja impedindo de eu efetivar um comando de tutela executiva, e ai você ver como nossa legislação evolui, se fosse há 10 anos, talvez até mais 15 anos, a gente não falaria de penhorar salário. Hoje é normal, principalmente quando envolver dívida alimentícia. 
· O próprio código hoje estabelece que eu posso penhorar salário para qualquer dívida, independentemente de ser alimentícia ou não, a partir de 50 salários mínimos, a partir de x salários mínimos eu posso penhorar salário, se o cara ganha 52 salários mínimos por mês, eu posso penhorar dele 2 salários mínimos por mês, até quitar a dívida, e isso não vai estar tirando a dignidade dele, um cara que ganha 52.000 reais, vai passar a ganhar 50.000 e isso não vai mudar a dignidade dele. Mas, se fosse aplicar a regra antes dessa visão de uma nova tutela executiva, de uma visão pró princípio da efetividade, NÃO, mas é salário, é intocável não pode ser mexido, e hoje ninguém fala mais isso, o próprio código fala também de penhora de poupança, a partir de determinados salários mínimos, rendimentos de poupança a partir de tantos salários mínimos podem ser penhorados, coisa que era inimaginável.
· Então, temos que começar a pensar,é nisso que entra o princípio da efetividade, porque em tese ela esta deixando de aplicar uma proteção ao salário, que é garantida para proteger outros direitos, que é o direito fundamental a tutela executiva.
· exemplo: esse é mais polêmico-- Vamos supor que o cara tenha uma mansão, uma mansão avaliada em 20 milhões de reais,e é onde ele mora, bem de família, registrado no cartório como bem de família, minha residência, onde eu moro com minha família, mas ele está devendo 5 milhões ao banco, coloquei banco mesmo, para não pensar que é um credor necessitado. Ele tem uma mansão que vale 20 milhões de reais, e tem 5 milhões em dívida, será que eu posso vender essa casa? Ele paga os 5 milhões, penhorar essa casa, colocar no leilão, arrecada do leilão 19 milhões, ele paga os 5 milhões e fica aí 14 milhões para comprar uma outra casa, tão grande quanto, tão luxuosa quanto, não fere a dignidade dele em momento nenhum, se vocês falassem isso antigamente quando eu era da idade de vocês, era um absurdo, propriedade não pode, está exercendo a função social da propriedade, tem antiguidades econômicas, mas será que eu preciso de 20 milhões? sendo que eu estou devendo 5 na praça. Então o princípio da tutela executiva ele mexe com um princípio de coisas, ele mexe com bens considerados impenhoráveis, artigo 833, são impenhoráveis: bens de família.
· Estou deixando de aplicar uma proteção ao patrimônio do devedor, legalmente prevista, para dizer, nesse caso específico, eu estou vendo que eu posso relativizar a penhora do bem de família para garantir a satisfação do crédito, sem que reduza a dignidade do executado, então preciso virar essa chave, é difícil inclusive que juízes comprem esse tipo de ideia, mas aos pouquinhos estão comprando.
· Outro exemplo: Vamos supor que o cara tenha uma Ferrari, e tá devendo na praça, ele pode muito bem vender a Ferrari dele, e comprar uma BMW, uma Mercedes, é muito mais barato do que a Ferrari, pagar a divida e continuar com um carrão,então não podemos partir do pressuposto que determinados direitos, garantias do devedor são intocáveis,a princípio tem que respeitar, mas analisando o caso concreto, demonstrando a situação do caso concreto, na ponderação de princípios, na ponderação de interesses, será que naquele caso específico, bem mostrado, de forma fundamentada, com contraditório,e todas as cautelas, o devido processo legal, eu não posso relativizar uma garantia do devedor? de modo que eu efetive o comando, garantia certificado, e do outro lado eu não esteja prejudicando a sua dignidade, prejudicando a sua vida normal, então este tipo de provocação, o princípio da efetividade tem que estar, para a gente tentar no caso concreto, outros meios, meios mais criativos, meios mais efetivos, ainda que para isso eu tenha que de algum modo relativizar outros direitos, desde que eu faça isso com a devida cautela.
· Então o princípio da efetividade vai nessa linha, de tentar obter o máximo de resultado, para efetivar os direitos que estiverem certificados, esse é o nosso princípio da efetividade.· Ele sempre vai ser, o fiel da balança, lá nos princípios a gente sempre vai ter que ponderar os outros princípios com o princípio da efetividade.
Princípio da Responsabilidade Patrimonial:
Talvez para gente, século XIX, século XX principalmente, XXI, a gente não perceba a importância desse princípio, mas para o passado esse princípio tem uma relevância muito importante, porque ele diz o seguinte:
“Toda execução é real”. Evolução e afastamento da ideia de vingança privada (DAAN)
Isso,há muito tempo atrás não era assim que funcionava, o cara estava devendo dinheiro cortava um pedaço do dedo, continua devendo, corta outro dedo, corta a mão, e aí corta o pedaço da orelha, isso convencia naturalmente o cara a pagar, então as pessoas foram percebendo que o devedor não poderia responder com seu próprio corpo, perante uma dívida, tem que responder perante seu patrimônio, seu patrimônio responde, mas seu corpo não, isso foi retratado por Shakespeare no livro o mercador de Veneza, mas para gente aqui por Ariano Suassuna no Alto da Compadecida. 
No Alto da Compadecida o Chicó quer casar com Rosinha, mas o pobre coitado não tinha onde cair morto, vivia de aprontar com João Grilo, era gato que se come dinheiro e por aí vai, e em uma dessas aprontações dele aí, eles pediram Rosinha em casamento e prometeram assinar um contrato com o Coronel, que se ele não pagasse o dote de Rosinha, o coronel tinha direito de tirar uma tira de couro dele, e ele fez com a inteligência lá de João Grilo, ele iria usar o dinheiro da porquinha, que tinha o dinheiro lá da avó de Rosinha que tinha deixado dinheiro para ela, assim foi feito, casou ela ganhou a porquinha de presente da avó, quando quebrou o dinheiro estava fora de circulação não valia nada, e aí Chicó ficou sem ter como pagar o dote, e aí o que é que veio? o coronel com o documento, um titulo executivo extrajudicial, um contrato para ele executar a dívida, agora eu vou cortar o seu couro, e aí aquela confusão, corta ou não corta, peraí ai meu Deus, meu corinho e tudo mais, foi cortando João Grilo/Rosinha, falou assim, mas o senhor vai ter que cortar só o couro, não pode tirar sangue porque o contrato não fala de sangue, só fala de couro, e aí resultado não tinha como, não tem como cortar um corpo humano sem sair sangue, então ele não pode executar o contrato, porque o contrato previa apenas tão somente couro, não previa sangue. 
Porque estou dizendo tudo isso? A gente vai ver daqui a pouco aqui, que também não há execução sem título, e a execução tem que ser exatamente sobre o que está no título, não posso executar além do que está no título, eu tenho que executar exatamente aqui que a parte se propõe a se obrigar, é claro que isso é uma alegoria, uma brincadeira, é aquela mesma história né? só muda os personagens, mas é a mesma coisa do cara que não tem dinheiro, que se apaixona e oferece o couro como garantia e por aí vai. 
Isso não existe mais, não tem mais como eu pagar com o meu próprio corpo, vejam vocês que a própria prisão civil por dívida, é só para dívida alimentícia e por três meses, não é o próprio corpo, é o que eu estou tentando convencer, não estou perdendo o pedaço do meu dedo, um pedaço de minha orelha, ficando cedo de um olho por conta disso, eu estou sendo convencido através de uma medida extrema a procurar meios para pagar minha dívida, mas ainda assim não é uma vingança privada, eu não vou ficar preso eternamente porque eu não paguei uma dívida, eu vou ficar preso no máximo 3 meses, então isso vira a chave, a execução deixa de ser pessoal e passa a ser patrimonial, por isso é o princípio da responsabilidade patrimonial.
“O devedor responde pelo cumprimento da obrigação através de seus bens presentes e futuros” (AA)
Então se eu tenho lá um processo que eu ganhei contra uma empresa, e ainda vou receber, esse crédito poderá vir a acontecer, no futuro pode vim a ser penhorado, porque é os bens presentes e futuros. O artigo 789 CPC, diz justamente isso:
· Art. 789 CPC - O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
- Restrições de impenhorabilidade 
· Meios de coerção indireta. Obrigações de Fazer e não fazer x Dar Coisa e Pagar.
· Conversão em perdas e danos.
A princípio, todos os bens do devedor respondem salvo as exceções previstas em lei. Que exceções são essas?
As regras de impenhorabilidade,que vamos estudar mais para frente, mas tem um artigo 833 que diz são impenhoráveis: a) os instrumentos de trabalho;b) o seguro de vida;c) os bens inalienáveis; e por aí vai; d)os bens de família. Aí já começa o primeiro choque entre princípios, de um lado eu tenho princípio da responsabilidade patrimonial com as suas restrições, do outro eu tenho o princípio da efetividade, são dois princípios, os dois são importantíssimos, e aí eu vou ter que colocar na balança, e na balança no caso concreto ponderando os princípios, aplicando razoabilidade, proporcionalidade eu vou ter que ver qual princípio vai prevalecer em cada caso, se a restrição legal de impenhorabilidade ou se a efetividade, mas a princípio todos os bens do devedor podem ser objeto de penhora, salvo as regras de impenhorabilidade.
Outra exceção que podemos trazer aqui, os meios de coerção indireta,como eu dei por exemplo aqui a prisão civil. A prisão civil em certo momento ela não é patrimonial, ela não é uma restrição patrimonial, é uma restrição da liberdade, então é também uma exceção de que a execução nesse caso ela não é 100% patrimonial, eu vou dizer que ela é a vingança privada, porque a pessoa estar pagando com o próprio corpo, mas ela perde a liberdade mais uma vez, até pagar.
Ou as vezes a gente vai uma busca e apreensão de um carro,um animal,de uma coisa em geral, na busca em apreensão o cara fala , entregue a coisa, sob pena de busca e apreensão,ele vai lá busca a coisa e tira, houve uma responsabilidade patrimonial, você tirou a coisa da pessoa.
Perguntas
Ele tem o poder de definir o meio típico mais adequado, é claro que esse poder dele, você pode questionar, pode impugnar, pode entrar com recurso, mas a princípio ele pode dizer “oh esse caso específico eu vou adotar esse meio executivo.
Eu sei que é uma hipótese porque é moeda, dinheiro em circulação, se tem um valor econômico é patrimônio, se tiver uma forma de virar dinheiro, eu posso penhorar, salvo as regras de impenhorabilidade. Mesmo assim com as regras de impenhorabilidade, em nome do princípio da efetividade eu posso até mesmo, em casos concretos específicos afastar.
Princípio da Primazia da tutela específica ou Do Resultado:
Esse princípio parte da seguinte premissa:“Toda execução há de ser específica, ou seja eu tenho que saber exatamente o que eu estou buscando entregar para o credor, tem que estar muito bem delimitado, veja o exemplo aí do couro e do sangue, não estava incluindo sangue, então não posso executar sangue, só posso executar couro, 
E esse princípio da primazia da tutela específica ou do resultado, ele parte do seguinte pressuposto: A execução, a tutela executiva, ela deve entregar ao credor, o mais próximo possível do direito que o credor tinha ou teria caso o devedor tivesse cumprido a obrigação voluntariamente, ou seja, eu tenho que entregar para o credor, exatamente aquilo que ele teria direito caso o devedor não falhasse. Então, se eu tinha que entregar 10KG de açúcar mascavo, o mais próximo que a execução conseguir entregar de kg de açúcar mascavo, eu direi que essa execução ela foi mais eficiente, se eu entreguei 8KG de açúcar mascavo e 2KG de açúcar cristal ela foi eficiente? Foi, entregou 10Kg de açúcar, mas não foi tão eficiente porque o cara tinha combinado 10KG de açúcar mascavo e não 8 e 2, acabou atingindo mais ou menos o objetivo, mas não foi a mais efetiva possível, porque ela não entregou exatamente o resultado que o credor esperava quando estabeleceu o vínculo obrigacional.
Então o princípio da tutela específica ou do resultado , ele diz o seguinte: quanto mais a gente se aproximar do resultadoque seria obtido voluntariamente , mais efetiva foi o meu cumprimento.
· “Toda execução há de ser específica ... É tão bem sucedida, de fato, quanto entrega rigorosamente ao exequente o bem perseguido, objeto da prestação inadimplida e seus consectários, ou obtém o direito reconhecido no título executivo” (AA)
· Ou seja, quanto mais perto eu chegar daquilo que eu esperava ter quando eu estabeleci a relação obrigacional, mas efetiva seria a minha tutela executiva, ou como Fred diz:
· “Propiciar ao credor a satisfação da obrigação tal qual houvesse o cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor” (FD LC)
“O processo funciona tanto melhor quanto mais se aproximar o seu resultado prático daquele a que levaria a atuação espontânea do direito” (JCBM)
Quanto mais perto eu me aproximar do resultado que o cumprimento da obrigação na sua forma originaria, mais perto nós vamos ter a primazia do resultado da tutela específica.
Isso fica muito claro, principalmente nas obrigações de fazer ou não fazer, porque nesse tipo de obrigação de fazer ou não fazer, ou de entregar coisa, são obrigações que tem uma potencialidade de modificação maior do que a obrigação de pagar, e tem certos fazeres e não fazeres que ao depender do passar do tempo, eles perdem o objetivo, a gente viu aqui o exemplo na aula passada das camisas da soberana, da divulgação de uma festa, se passar o dia da festa não tem mais sentido eu entregar a camisa ou fazer a divulgação da festa, e aí eu preciso transformar essa obrigação em outra coisa, aqui no caso transformar em uma indenização, converter aquela obrigação de resultado de entregar a camisa, em uma indenização pelos prejuízos gerados pela falta da entrega da minha obrigação, então a gente diz o seguinte: Primeiro eu tenho que entregar mais próximo possível do que foi combinado, qual era a combinação?, vamos colocar panfletos de 1,5m, para divulgação da festa, o que é que eu tenho que buscar a princípio? Os panfletos, esse vai ser meu pedido “excelência determine que ele entregue os panfletos em 5 dias, para viabilizar a divulgação, esse é o meu pedido, se ao final do processo ele me entregar os panfletos a tempo da festa, da divulgação, eu obtive uma tutela específica e com resultado, exatamente, o que ele teria que me entregar ? Panfletos, se eu ajuizei a ação e rapidamente ele entregou os panfletos ele atingiu o objetivo, mas vamos supor que não seja possível entregar os panfletos naquela velocidade, e aí ele pode dizer o seguinte: “oh eu não posso entregar os panfletos, mas eu posso fazer uma divulgação na rádio, na internet, na televisão em substituição, você aceita? Aceito é até melhor, poderia ter o que a gente chama de tutela pelo resultado prático equivalente, primeiro eu vou buscar o resultado específico, que foi contratado panfletos, panfleto não é possível, porque a gráfica não vai entregar os papéis no tempo certo, mas eu faço um resultado equivalente , um resultado prático equivalente , divulgação de rádio, primeiro a gente busca tutela específica, se não for possível tutela específica, a gente tenta obter uma tutela pelo resultado prático equivalente, ah também não é possível porque passou o dia da festa, então se eu não posso tutela específica, se eu não posso tutela do resultado prático equivalente, aí tão somente nesse caso a gente vai converter a obrigação em dinheiro, repare que há claramente uma gradação, primeiro eu busco o principio da tutela específica que foi o contratado, mais próximo possível do que seria entregue pelo devedor caso ele tivesse cumprido a obrigação originariamente adquirida, se não for possível entregar essa obrigação originária, a gente pode partir para uma tutela do resulta prático equivalente , e se ainda assim, não for possível, eu posso converter essa obrigação de fazer não fazer em obrigação de pagar quantia, indenizando a parte pelo não recebimento da obrigação conforme originariamente pactuado, mas repare que primeiro eu não posso em regra dizer , ah já que você não entrega o panfleto me dê meu dinheiro de volta, em regra eu não posso fazer isso, a gente combinou panfleto quero que você me entregue panfleto, ah não vou entregar panfleto então eu posso entregar uma divulgação de rádio, ah não pode entregar mais não que já passou o prazo, eu quero dinheiro, mas primeiro a gente busca sempre a satisfação da obrigação da forma como ela foi constituída, somente quando não for possível é que a gente vai partir para outros meios, meios equivalentes ou até mesmo a substituição daquela obrigação por tutela pagável.
O que concluímos com isso, que a tutela pelo resultado prático equivalente, ou até mesmo a tutela pela conversão da obrigação de pagar, é excepcional, primeiro eu tenho que buscar a obrigação da forma como ela foi pactuada, isso está muito claro nos artigos 497 e 499:
· Art. 497 CPC -  Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
· Esse ou aqui, ele deve ser interpretado não como uma opção imediata, ele deve ser interpretado como uma opção caso a primeira opção não seja possível.
· Art. 499 CPC -  A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
· O autor pode até pedir direto dinheiro, mas ele tem que trazer algum fundamento forte para pedir esse dinheiro, se possível entregar o que tinha sido combinado antes, deve seguir a lógica, já que eu contratei a entrega de coisa, deveria também manter a intenção de obter a coisa, para eu pedir dinheiro diretamente eu vou ter que justificar isso, mas aí quando a gente for estudar obrigações de fazer ou não fazer eu volto a explicar melhor como funciona isso, o que é importante agora é a gente saber que a princípio da primazia, da tutela específica, o juiz tem que me entregar exatamente o mais próximo possível daquilo que foi combinado, se eu combinei dinheiro, tem que me entregar dinheiro, se eu combinei fazer, tem que entregar aquele fazer, caso não seja possível tutela do resultado prático equivalente, e caso não seja possível a conversão para obrigação de pagar indenização.
· Exemplo de pagar quantia:
· Vamos dizer que um cara esteja devendo a outro 500.000 reais, o que é que se espera em uma obrigação de pagar? o dinheiro, eu espero ao final do processo ter 500.000 no meu bolso, e o juiz concedeu isso na sentença, devedor pague 500.000 para o autor, e aí olha as contas e não acha nada, achou um imóvel penhorou o imóvel, qual seria o resultado mais próximo possível do que o esperado? Que esse imóvel fosse vendido no leilão por 500, 600.000, e esse dinheiro obtido na venda do imóvel viesse para o meu bolso, o 500.000,o que passar eu devolvo ao devedor, isso é o que a gente espera, isso teria uma tutela com a primazia do resultado, porque eu queria dinheiro e eu recebi dinheiro, mas pode ser gente que esse imóvel vá para leilão uma vez e ninguém se interessa, vá para leilão 2x e ninguém se interessa, vá para leilão terceira vez e ninguém se interessa, não tem mais nenhum outro imóvel, o tempo está passando o imóvel já não é mais interessante para as pessoas, vai se desgastar mais, vai ficar menos interessante ainda, o que é que pode acontecer?o credor pode dizer : "oh ao invés de ficar insistindo em vender o imóvel em leilão para transformar o imóvel em dinheiro, e eu ter uma tutela equivalente do que eu tava querendo, uma tutela mais próxima possível do que eu esperava receber, faz assim oh, o imóvel não estava avaliado em 500.000, ele não está me devendo 500.000, ao invés de eu receber o dinheiro, eu quero o imóvel, eu vou adjudicar o imóvel e o imóvel vai passar a ser meu, eu obtive nessa operação dinheiro? Não, eu obtive imóvel, então aqui é um exemplo que eu não obtive o princípio da primazia da tutela específica, porque quando eu entrei com a ação eu esperava receber dinheiro,no final da ação eu recebi imóvel, tudo bem que vale dinheiro mas eu não recebi dinheiro para vim direto para o meu bolso, resolvi o problema? Resolvi, tenho lá um imóvel para mim, mas eu não recebi aquilo que eu esperava receber se o devedor cumprisse a obrigação dele voluntariamente que era dinheiro. Quanto mais próximo se aproximar daquilo que era devido, a gente vai dizer que foi observado o princípio da primazia do resultado prático ou da tutela específica.
· 
· “A tutela pelo equivalente deve ser vista como excepcional”. (FD)
· Obrigação de pagar quantia:
· Ele pode antes mesmo do leilão escolher:
· Art. 876 CPC É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
· A adjudicação é isso, pegar um bem penhorado, transferir para o seu patrimônio e com isso quitar a divida ou parte dela, então vamos pensar que ao invés de 500.000 ele tivesse devendo 1.000.000, eu não poderia pegar um imóvel valendo 500.000 dizer que pago elas por elas, pegaria o imóvel valendo 500.000, a dívida agora deixaria de ser 1.000.000 e passaria a ser 500.000, e aí vai ter que penhorar outro bem para fazer frente a esses outros 500, mas aquele primeiro está quitado não por dinheiro, mas por imóvel por adjudicação, e aí eu mudei um pouquinho, eu não recebi dinheiro, recebi bens.
· Princípio da menor onerosidade:
· Esse princípio ele é a outra face da moeda que contem o princípio da efetividade, se tem um princípio que vai sempre se chocar com o princípio da efetividade é o princípio da menor onerosidade, e vocês percebam quando eu expliquei princípio da efetividade que eu sempre falei, demonstrei a preocupação na dignidade do devedor, desde que não prejudique a dignidade, que não prejudique o devedor, e é justamente isso que diz o artigo 805, ele diz o seguinte:
Art. 805 – CPC - Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Então se eu puder chegar àquela efetividade do direito, por dois, três, quatro, cinco meios, eu tenho que ver dentro desses meios, o meio que vai ser menos oneroso, eu o exemplo lá de Beatriz: se o cara tem o seu bem de família, onde já está a 5° geração morando, eu não posso do nada penhorar esse bem e colocar para vender, se ele tiver por exemplo terrenos em Salvador que somados chegariam ao valor da dívida, e não guarda nenhum aspecto sentimental para isso, entre esse bem luxuoso, e outros bens que não tem tanta relevância assim, mas que alcancem o valor da dívida, aí é obvio que eu não vou partir para tocar no bem de família e impenhorável, eu tenho que pegar um bem menos oneroso.
Outro exemplo: Se o cara está devendo, mas ele é motorista de Uber, tem sentido eu penhorar o carro dele?, sendo que ele tem der repente um relógio bacana, ou tem um móvel de artes em casa, ou até mesmo tenha algum dinheiro na conta, não tem sentido, porque se eu tirar o Uber dele, ele deixa de rodar, deixa de ganhar dinheiro e aí só vai fazer aumentar mais a dívida, se ele tiver lá outros bens penhoráveis que não o carro, eu não devo tirar o carro porque o carro é que está mantendo a subsistência dele, fazendo com que ele possa pagar a dívida, toda vez que eu tiver mais de um meio possível de ser aplicado, eu devo utilizar primeiro o meio menos oneroso.
Perguntas:
Não há uma formula mágica para isso, até porque eu posso pensar o seguinte, vamos tentar ver se com esses terrenos a gente consegue um lance maior, que eu não precise invadir a impenhorabilidade do bem de família, ou será que ele não tem terrenos, será que é possível outros bens, para não chegar ao ponto de mexer na impenhorabilidade, para mexer na impenhorabilidade tem que ser algo muito grave, tem que ser algo que eu já pesquisei tudo, e não tem outra possibilidade se não aquela, não é simplesmente a mais fácil, eu tenho que ter uma gradação, uma demonstração de dificuldade de atingir uma regra de restrição como essa, mas tudo observando o caso concreto, verificando as hipóteses e demonstrando os prejuízos,e as perdas correlatas.
Se eu tenho que penhorar o carro, é mais oneroso para ele, porque ele vai ter mais dificuldade de arcar com a dívida sem o carro,seria impenhorável porque é instrumento de trabalho, mas vamos supor que o credor seja a própria concessionária, quando a dívida é oriunda do próprio negócio, a dívida não é oponível,mas vamos supor que essa concessionária, além do carro, ele tenha um terreno também, uma casa onde ele mora, ele pode dizer assim "oh se você penhorar minha casa, eu vou continuar rodando, e eu vou ter como pagar a concessionária, se você tomar meu carro, vou perder o carro e depois a casa, e não vou ter como manter as duas coisas, pode ser que seja impenhorável ou não ,porque se o credor for a concessionária em tese não é impenhorável, mas se o credor for de terceiros em tese ele é impenhorável por ser instrumento de trabalho, eu tenho que colocar na balança e ver o que é menos oneroso.
Essa regra é tão importante, que o juiz pode de ofício (não entendi) se o juiz tem conhecimento e pediu lá um ofício para a receita federal, todos os bens do devedor ele pode pedir, e aí o exequente vem de pirraça e fala assim, eu quero esse bem aqui que é o mais oneroso para o cara, o juiz pode de ofício dizer assim "to vendo aqui pela lista de bens que ele tem outros bens,então eu vou aplicar o princípio da menor onerosidade e não vou penhorar o que você pediu não, vou penhorar os outros, você vai ganhar dinheiro do mesmo jeito, o juiz pode de ofício fazer isso. O juiz pode fazer de ofício até a manifestação do executado, o cara pediu lá um dos bens dele, ele pediu um bem que é mais oneroso e tem outros bens menos onerosos que resolveria o problema, o juiz pode antes do réu falar dizer, não vou aceitar esse bem que você pediu, vou pegar os bens menos onerosos.Mas vamos supor que o juiz diga assim, perai dê-se vista ao executado para falar a respeito do bem sugerido para penhora, e o executado não fala nada, aí o juiz vai dizer assim, eu dei oportunidade para ele se manifestar, impugnar o bem indicado a penhora ele não impugnou, significa dizer que ele concordou com esse bem indicado a penhora, aí o juiz não pode mais se meter na esfera privada, agora se o juiz de ofício comprovou logo a validade ele pode, se ele deu a ciencia para parte, e a parte não impugnou o bem penhorado, aí ela não pode dizer, eita peraí, ela pode até dizer depois se for o caso, mas o juiz não pode mais de ofício se meter.
Pergunta
Dívida de condomínio, dívida de IPTU o próprio bem deu origem a dívida, se o próprio bem deu origem a dívida, ele responde, se o bem gerou a dívida ele responde pela dívida que ele gerou, infelizmente pode parecer injusto, mas, porque porreta, o bonitão ta lá sem pagar o condomínio, todo mundo pagando, se não acontecer isso ele nunca vai pagar. Se tiver um carro,terreno vai ter que penhorar o carro, o terreno e não o bem, vai penhorar o bem se eu não tiver outro bem, se eu tiver um carro penhorável, dá para eu deixar o bem de lado,e penhorar o carro, aí nesse caso o que é que vai acontecer, ele vai apresentar o carro, se for um carro todo esbagaçado, eu vou dizer eu não quero, o que eu quero é um apartamento, e o juiz provavelmente vai acolher, agora se for um bonitão, que é fácil de vender, ok eu vou aceitar, até porque é mais rápido vender um carro do que um apartamento.
Execução é tudo muito analisando o caso concreto, a própria de penhora não é obrigatória é uma sugestão. Então se puder ser de um mesmo jeito efetuada a execução, eu tenho que fazer pelo meio menos gravoso, o juiz pode fazer de ofício pode, desde que o réu não tenha se manifestado, depois que o réu se manifesta o juiz não pode mais fazer de ofício.
Quando o executado alegar que existem meios menos onerosos, ele tem obrigação de dizer quais são esses meios menos onerosos, ele não pode dizer ah, mas isso é muito oneroso,beleza, e qual é o outro meio que você vai da em substituição a esse, se o executado não trouxeresse meio tão eficaz quanto o que está sendo proposto pelo exequente e pelo juiz, essa impugnação é desconsiderada, para ter efeito ele precisa apresentar um meio igualmente eficaz e menos oneroso, então como é que funciona isso?Ele apresenta um meio igualmente eficaz e menos oneroso, porque eu to frisando igualmente eficaz, porque o parágrafo único dá a entender diferente, se você ler o parágrafo único literalmente você vai ficar errado o direito, olha o que diz o parágrafo único:
· Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
· Não gente, eu não tenho obrigação de indicar meio mais eficaz, se eu indicar meio igualmente eficaz já vai tá valendo, não precisa ser mais eficaz, tem que ser igual ao prejuízo que o exequente tá tendo, o cara tem duas bmws do modelo 2000, só que uma ele usa, a outra ele não usa, uma ele tem mais um carinho, foi dado pelo pai, não penhore a do meu pai não, penhore essa outra que é do mesmo modelo, só que uma tem um aspecto e a outra não tem, não precisa ser meios mais eficazes, agora se você tiver na prova da OAB, é o mais eficaz porque ta o texto aqui né?, mas na vida você pode até discutir isso, se o cara exigir o bem mais eficaz
· Cláusula Geral contra o abuso do direito do exequente (FD)
· Adequação e necessidade do meio executivo escolhido sem prejudicar o resultado;
· “Pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes” (JCBM)
· Pode ser decretado de ofício pelo juiz. Mas, sujeita-se a preclusão
· Deve ser interpretado à luz do princípio da efetividade (FD LC e DAAN) 
· Art. 835 § 2.° - CPC. Substituição por carta de fiança bancária; 
· Afastar meios inócuos que somente prejudicariam o executado, sem resultado.
Princípio da Boa fé Processual:
Também na execução as partes precisam respeitar o princípio da boa-fé. Afinal, todo aquele que participa do processo (parte, juiz, testemunha.) Tem que se portar de acordo com a boa-fé objetiva.
Aqui, é considerado o comportamento objetivamente entendido como devido, focando no aspecto subjetivo, se a pessoa tinha ou não tinha o interesse de prejudicar a outra. Temos que ver como o “homem médio” se comportaria naquela situação, e aplicar a boa-fé. Tudo que forem contrário as políticas e as atitudes que se espera da boa-fé, poderá vir a ser punido também na execução.
· Art. 5° Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
· Impõe comportamento considerado objetivamente como devido. (FD)
Ex: o cara que entra com recursos protelatórios na execução, que altera as verdades dos fatos, ocultação de patrimônio... poderá ser punido com multa contra a litigância de má-fé e também com o ato atentatório a dignidade da justiça.
Princípio do Contraditório.  
Aqui também se aplica tudo que já aprendemos em TGP, toda vez que a parte tiver a possibilidade de ter uma sentença, uma decisão contra ela, o juiz deve ouvi-la previamente. Ele deve intimar as partes para falar sobre aquela decisão, mesmo que seja uma matéria que ele deva conhecer de oficio, ou que seja na segunda instância, ou na execução. Decisão contra uma parte deve primeiro ouvi-la. 
Art. 7.°, 9° e 10° CPC.
· “Contraditório Eventual” (FD)
· Aqui, se discutia muito a respeito da cognição, e, como vimos na aula passada, a cognição na execução é rarefeita, mas presente. A mesma coisa se aplica aqui com o contraditório: o contraditório na execução existe, é fundamental, mas ele ocorre me menor escala do que na fase de conhecimento. Mas existe, alguns o chamam de contraditório eventual, pois, na fase de execução tem menos cognição e menos matéria para se decidir contra a outra parte.
· Presente em todos os incidentes cognitivos; ex: substituição de bem á penhora, alegação de impenhorabilidade, alegação de ilegitimidade, é necessário que se exerça o contraditório
· Alegação de impenhorabilidade;
· Fraude à execução; instituto em que a parte que tiver seu bem penhorado, sendo terceiro interessado poderá entra com embargos visando a alegação de fraude de execução, que é quando alguém diz que não quer vender um bem para prejudicar o pagamento da dívida.
Princípio da Cooperação / Colaboração 
Aqui também já vimos bastante me TGP. É um princípio anexo ao da boa fé, todo aquele que participa do processo, ele deve cooperar entre si para que a solução integral do mérito seja alcançada. Então, temos que começar a imaginar o processo como um ambiente de atividade cooperativa: cooperar para alcançar a satisfação do bem da vida em questão.
 
Corolário do Princípio da Boa-Fé: A boa fé gera dever de Boa fé Processual. 
Processo como ambiente de atividade cooperativa;
 Tem muito a ver com evitar condutas que são consideradas como condutas atentatórias a dignidade da justiça.
Art. 774 CPC - Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
É dever da parte cooperar entregando todas as informações do imóvel que o juiz pretende penhorar, além de informar quais bens estão disponíveis para penhora.
Art. 525 CPC:
§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
Art. 772 - CPC - O juiz pode, em qualquer momento do processo:
II – advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
Princípio da Proporcionalidade:
O princípio da proporcionalidade é muito importante pois, como já vimos, em diversos momentos vai haver colisão de princípio, e para resolver as colisões, iremos aplicar as regras da proporcionalidade da razoabilidade. 
· Art. 8. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
· Substituição de bens. 
· Colisão de princípios – Efetividade x execução menos gravosa;
· Alteração da ordem de bens a penhora – Art 835 § 1° CPC;
· Ex: alguém pede a substituição dos bens, o juiz vai ter de botar proporcionalmente ao valor da dívida, a importância do bem, se tem alguma justificativa para não o usar na penhora. 
· Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
· I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
· II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
· III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
· IV - veículos de via terrestre;
· V - bens imóveis;
· VI - bens móveis em geral;
· VII - semoventes;
· VIII - navios e aeronaves;
· IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
· X - percentual do faturamento de empresa devedora;
· XI - pedras e metais preciosos;
· XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
· XIII - outros direitos.
· § 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
· § 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
· § 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da penhora.
Princípio da Adequação:
Falamos sobre ele em TGP, mas temos que revelo com muito cuidado. O princípio da adequação é um princípio de muitaimportância na fase de execução, porque o objetivo desse princípio é que a gente possa adaptar o processo para dele retirar melhores resultados. Já sabemos que o procedimento ordinário tem sua rigidez e suas peculiaridades, da mesma forma que os procedimentos especiais também são rígidos, mas, cada vez mais estamos fazendo uma heterointegração entre os procedimentos, tentando retirar o que há de melhor deles.
Não podemos dentro de um ambiente de execução, pautada no princípio da efetividade sermos tão rígidos, temos que pensar regras, possibilidades de adaptar o processo, adotar os procedimentos, para deles retirar maior efetividade.
Se fala em três modalidades de adequação: legal, jurisdicional e convencional.
Adaptação Legal: Aquela que decorre da lei, o próprio legislador identifica que, aquele grupo de direitos ou aquele grupo de pessoas ou grupo de finalidade demandam tratamento legal diferencial.
Ex: a fazenda pública tem prazo em dobro por envolver interesse público, o próprio legislador disse isso, o juiz pode alterar a ordem de bens à penhora ou a propia parte podem entre si escolher o tipo de bens que podem ser penhorados.
Adaptação Jurisdicional: quando a lei disponibiliza ao juiz essa discricionariedade para adaptar o procedimento. O juiz então poderá por exemplo inverter a ordem de penhora dos bens 
Adaptação Convencional: quando as partes convencionam entre si, normas processuais que valerão durante o processo, quando fazem negócios jurídicos processuais, desde que se trate de direitos patrimoniais disponíveis e que não haja vulnerabilidade excessiva e nem incisão abusiva em contrato de adesão
Deve se observar os bens almejados pelo exequente para que se enquadre no procedimento executivo adequado. (legal, judicial e convencional) 
No âmbito da adequação ou adaptação, temos: legal quando vier da lei, jurisdicional quando vier do juiz e convencional quando vier das partes.
Por outro lado, a adequação pode ser ainda: Objetiva, subjetiva ou teleológica.
Subjetiva: Vai acontecer quando a alteração ou alteração procedimental ocorrer em função do sujeito. É o que ocorre com a fazenda pública e seu prazo em dobro.
Objetiva: Diz respeito quanto a modificação procedimental, quando a adaptação procedimental ocorrer de uma necessidade do objeto do processo. Quando o direito envolvido no processo reclamar uma proteção diferenciada, será uma adaptação objetiva. Oque justifica a modificação é o direito envolvido.
Teleológica: tem a ver com a finalidade do procedimento, finalidade da regra processual e procedimental, então, quando comparamos as normas processuais da fase de conhecimento com as normas processuais da fase de exceção, nós temos na fase de conhecimento muito mais normas voltadas a cognição e produção de prova, mais possibilidade de recurso... porque ainda é a fase de certificação do direito, com uma proteção maior, e na execução, como sua finalidade não é a certificação do direito e sim sua satisfação, as normas dessa fase não vão se preocupar tanto com prova, e sim com a garantia da efetividade. Então, a depender da finalidade, a depender da teleologia da norma, eu vou adaptar com mais cognição ou com mais satisfação de direitos.
· Essas classificações não são objetivas, posso ter uma alteração legal objetiva por exemplo
· A adequação se distribuí em 03 níveis: Subjetivo, Objetivo e Teleológico. (AA)
· Regra da impenhorabilidade dos bens da fazenda pública – Subjetiva (FD)
· Regra da prisão civil nas ações de alimentos – força executiva mais robusta – Objetiva (FD)
· Estruturação do contraditório preponderante eventual – Teleológica (FD)
Então, quando falamos de adaptação, vamos falar de uma adaptação que pode ser em ração do sujeito, do objeto do processo, ou da finalidade a ser alcançada. Essas alterações podem se dar pela lei, por meio do juiz (jurisdicionais) e por meio convencional das partes.
Princípio do prestígio ao Autoregramento da Vontade no processo.
Quando falamos de execução e de adaptação, sobretudo a adaptação convencional, temos que falar sobre o princípio do autoregramento da vontade.
O novo código tem um prestigio elevado a esse princípio, que é a possibilidade de as partes estabelecerem negócios jurídicos processuais, conforme o art 190 e o parágrafo único.
· “O processo não pode ser hostil ao exercício da liberdade da autonomia privada” (FD) as partes são quem mais tem interesse na solução. É licito e deve ser prestigiado que elas montem o seu processo, desde que dentro dos direitos patrimoniais disponíveis. Podem criar prazos diferenciados, regras de penhorabilidade, escolha consensual de depositário, de peritos, de avaliadores...
· Não pode conter restrições infundadas a este direito de se autorregular;
· Há limites e controle por parte do magistrado, mas a regra é a liberdade do autoregramento.
· Parag. Único artigo 190.
· “Art. 190.
· Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
· Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.”
· 
Situações Típicas
Art. 862 CPC - § 2º É lícito às partes ajustar a forma de administração e escolher o depositário, hipótese em que o juiz homologará por despacho a indicação.
Art. 871 CPC  Não se procederá à avaliação quando:
I – uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
· Situações Atípicas 
São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de rateio de despesas processuais, acordo para não promover execução provisória; a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866, Substituição de Bem Penhorado – Dispensa de caução em execução provisória; Atribuir ou Retirar eficácia executiva de título, alteração de ordem da penhora. (FD)
Ver Enunciado 19 FPPC. “19. (art. 190) São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza, acordo de rateio de despesas processuais, dispensa consensual de assistente técnico, acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso14, acordo para não promover execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de disclosure), inclusive comestipulação de sanção negocial, sem prejuízo de medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; previsão de meios alternativos de comunicação das partes entre si. 15-16. (Grupo: Negócio Processual; redação revista no III FPPC- RIO e no V FPPC-Vitória)”
Aula 4-9/03/2020
Regra de que não há execução sem título:
Nulla executio sine titulo
Não há execução sem título, “Nulla executio sine titulo” é como se, a execução para ter início necessitasse desse documento, que a lei confere essa foça executiva. Aquis de Assis diz que: o título é o bilhete de ingresso da execução, e sem esse documento não tem como a execução se iniciar”. Isso porque é na execução que o Estado vai agir com mais força perante o executado. Então é o momento que o executado recebe toda a “agressividade” da tutela executiva.
Para que posamos exercer essas medias mais evasivas e gravosas, é preciso um documento mínimo que justifique isso, e esse documento é o título executivo judicial/extrajudicial. Pose ser sentença ou um documento que a lei atribua força de título executivo.
“O executado é colocado numa situação processual de desvantajosa em

Outros materiais