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Cosmologia Grega

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A Cosmologia Grega 
 
O que é cosmologia grega: 
A partir do momento em que os gregos começaram a ter curiosidade sobre fenômenos 
que aconteciam a sua volta eles começaram a estudar estes fenômenos, desenvolver 
teorias e métodos científicos para poderem de certa forma explica-los. E a partir desse 
ponto começaram a criar uma ciência com caráter de experimental e investigativo, a 
cosmologia. 
Então com esse propósito a cosmologia surge como uma parte da filosofia que tenta 
explicar o que é o Universo e como ele evolui. Sendo tratada na Grécia antiga no 
período pré-socrático. Sua forma de pensamento foi marcada pela troca da teoria de 
criação do Universo por mitos e divindades que eram difundidos pela população a 
séculos, por explicações racionais e cientificas que estudavam essas alterações da 
natureza, tentavam identificar as causas. Defendiam a criação do mundo a partir de 
princípios naturais, não por deuses e divindades. 
Os pré-socráticos buscavam, além de falar sobre a origem das coisas, mostrar que a 
physis (naturezas) passava por constantes mudanças e que essas eram provocadas por 
alguma coisa que tentavam conhecer e não por vontades dos deuses. 
Pela criação de várias invenções e desenvolvimento urbano como o surgimento da polis 
e com isso a criação da política e com tudo isso começaram a perceber que não havia 
intervenção divina e que nada era por acaso como eram relatados no período mitológico. 
A matemática foi um importante fator para o desenvolvimento dessa ciência na Grécia. 
E com isso também criaram um grande amor pela geometria. E começaram a acreditar 
que o círculo era a forma perfeita (a pesar de observarem as sombras das crateras na 
Lua) 
Essa adoração pela perfeição do círculo influenciou em grande parte na primeira teoria 
de Universo, pois para eles o céu era perfeito assim como o círculo e as orbitas dos 
planetas haveriam de como um círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tales de Mileto 
 
Quem foi: 
Tales de Mileto (623a.C.-546a.C) é considerado o “pai da filosofia”, além de filosofo, 
foi matemático, engenheiro, homem de negócios e astrônomo da Grécia Antiga, o 
primeiro filosofo ocidental de que se sabe.Naceu na cidade de Mileto, antiga colônia 
grega, na Ásia Menor, atual Turquia. 
Tales é tido como o filosofo que deu início a indagações racionais sobre a origem do 
Universo. Foi o fundador da Escola Jônica. Entre os principais discípulos de Tales de 
Mileto estão Anaximandro de Mileto e Anaxímenes de Mileto. 
Tales aparece como “pai da filosofia” por seu empenho em buscar um princípio para a 
explicação do mundo que se tornou o ideal da filosofia e forneceu impulso para 
desenvolvê-la. 
Devido à grande necessidade de buscar a verdade da natureza Tales também fez 
algumas experiências com magnetismo que naquele tempo era só uma estranha atração 
de objetos. 
Teoria da arché “Tudo é água”: 
Tales foi uns dos pioneiros a modificar os conceitos que haviam na Grécia por conceitos 
racionais por observar a physis. 
Tomando base provavelmente em concepções egípcias, acrescentadas de observações 
próprias sobre corpos hídricos, ele criou sua teoria de que tudo era água. 
A ponto de tese da teoria de Tales foi de o reconhecimento da transformação de coisa 
umas nas outras e que todas essas coisas se criavam a partir de um só princípio (arché). 
Que para ele era a água por permanecer a mesma em todas as transformações dos 
corpos e apenas mudava seu estado físico. 
Então como substancia primordial a água estaria em as coisas com vida e alma (anima). 
E por isso 
Então como princípio vital, a agua penetraria todas as coisas e tudo seria animado por 
ela e tudo teria alma (anima). Por isso tudo seria divino, não havendo separação entre 
sagrado e mundano. O universo seria uno e homogêneo. 
 
Anaximandro de Mileto 
 
Quem foi Anaximandro de Mileto: 
Anaximandro (610-547 a.C.) foi um geógrafo, matemático, astrônomo, político e 
filósofo pré-socrático, discípulo de Tales, seguiu a escola Jônica. 
Teoria do Apeíron: 
Para ele, o Universo era eterno e infinito. Um número infinito de mundos existira antes 
do nosso. Após sua existência, eles se dissolveram na matéria primordial (o apeíron) e 
posteriormente outros mundos tornaram a nascer. Contudo, ele não acreditava em 
nenhum deus, para ele todos os ciclos de criação, evolução e destruição eram 
fenômenos naturais, que ocorriam a partir do ponto em que a matéria abandonava e se 
separava do apeíron. O apeíron era a realidade primordial e final de todas as coisas e, 
consequentemente, continha toda a natureza do divino em si próprio. 
Anaximandro acreditava que o princípio de tudo era a agua assim como dizia a teoria da 
arché era errado pois tudo não poderia partir de um só princípio e sim de algo que 
transcendesse o limite do observável não como a água e sim como algo indeterminado, 
o apeíron (o indeterminado), isto é, uma matéria infinita da qual todas as outras se 
cindem. Esse apeíron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal. 
Tudo o que nasce, um dia vai morrer. Tudo o que é quente, um dia vai esfriar. Tudo o 
que é grande, pode ser quebrado em pedaços menores. Fogo pode ser combatido com 
água, e como resultado, fogo e água deixam de existir. Assim, Anaximandro conclui 
que a essência de todas as coisas não pode possuir essas propriedades determinadas que 
sucumbem ao longo do tempo. Daí seu conceito de apeíron, ser algo ilimitado, infinito, 
indefinido e eterno. 
Na teoria de Anaximandro o cosmos resultou de uma luta entre os opostos de calor e 
frio. No vasto começo não limitado do tempo os dois começaram a se separar, 
resultando em uma bola de fogo circundada por neblina. A bola quente contraiu e 
endureceu formando uma esfera sólida no centro, que é a Terra. No entanto, essa 
separação não foi perfeita. Alguns anéis mais externos de fogo aprisionaram camadas de 
névoa dentro deles. Esta névoa é a nossa atmosfera. Através de aberturas nela podemos 
observar pequenas partes do fogo circundante, na forma do Sol, Lua e as estrelas. 
Anaximandro mantinha que a origem de tudo era uma massa primária, indefinida e 
eterna, a partir da qual os opostos primários de calor e frio, aridez e umidade se 
separaram. 
Anaxímenes de Mileto 
 
Quem foi Anaxímenes de Mileto: 
Anaxímenes (588-524a.C) discípulo de Anaximandro, foi um filosofo pré-socrático 
recebeu bastante influência de Anaximandro tanto que sua teoria também é de um 
caráter indeterminado. 
Para Anaxímenes tudo não poderia partir do indeterminado como dizia Anaximandro, 
mas também se recusou a atribuir sua teoria ao caráter arché. Ele discordava dos 
aspectos apresentados por céus dois antecessores de que o universo era composto por 
arché ou apeíron mas tentava unir essas duas hipóteses e incorporar seus argumentos a 
fim de produzir os seus. 
Teoria do ar: 
De acordo com a teoria de Anaxímenes o princípio de tudo é o ar, pois ele é mais útil 
que a água pois ele é quem nos dá vida, infinito e ilimitado. E com isso o ar seria arché 
e apeíron. 
E segundo ele pelos processos de rarefação e condenação o ar se transformaria em 
outros elementos que para os antigos eram terra, água, fogo e o próprio ar 
Tendo concluído sua teoria sobre o ar Anaxímenes usou a para desenvolver uma 
explicação para a origem da Terra e dos corpos ao seu redor 
Então para explicar a criação do disco plano da terra. Então ele propôs que o fogo era 
uma forma de ar rarefeito e a terra libertasse bolhas de ar rarefeito que se transformava 
em fogo, dando origem as estrelas, mas o Sol não seria composto de ar rarefeito e sim 
de terra como a lua e o seu aspecto de fogo não vem de sua composição,mas sim do 
rápido movimento, a lua é também considerada plana flutuando em fluxos de ar. E 
quando se escondia ela não passava por debaixo da Terra mas era escurecida por partes 
mais altas da Terra enquanto faz o seu círculo e se torna mais distante O movimento do 
sol e dos outros corpos celestiais à volta da terra é similar, diz Anaxímenes, ao modo 
como um chapéu pode ser rodado na cabeça de uma pessoa. 
 
 
 
Pitágoras de Samos 
 
Quem é Pitágoras de Samos: 
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.) foi um grande estudioso da matemática que criou um 
dos mais conhecidos teoremas da história, Pitágoras defendia a tese de que todas as 
coisas são números. Dizem que para ele chegar a essa teoria ele percebeu a harmonia 
entre os acordes vocais e percebeu proporções aritméticas entre eles, então ele supôs 
que as mesmas relações se encontravam na natureza e unindo essa suposição ao seu 
conhecimento de astronomia e de cálculos ele concebeu a ideia de um cosmo 
harmônico, rígido por relações matemáticas. 
Teoria dos números: 
Se de acordo com Pitágoras “tudo é número” nos leva a intender que sua arché seria a 
matemática e seus números e a diferenças entre as coisas seria apenas uma questão de 
números. Os Pitagóricos compreendiam por exemplo que os corpos eram feitos por 
pontos e a quantidades desses pontos era o que definiam seu tamanho e propriedades. 
E o mundo teria surgido duma imposição de limites ao apeíron da colocada de formas 
geométricas no espaço e daí derivam-se todos os problemas matemáticos. Ha por tanto 
um certo monismo quando ele diz que tudo vem dos números, e também um dualismo 
quando ele diz que o mundo surgiu do apeíron determinado por um limite, princípio que 
instaura o infinito mas mantem a unidade universal. O limite operaria como deus ou o 
seria. 
 
 
 
 
 
 
 
Heráclito de Éfeso 
 
Quem foi Heráclito: 
Heráclito (535-475 a.C) nasceu em Éfeso foi considerado um dos filósofos mais 
fascinantes, apesar de suas ideias confusas, o que resultou no apelido de “O Obscuro”. 
Esse cientista transmitia seus ensinamentos na forma de jogos de palavras e charadas. 
Teoria do Fogo e Devir: 
O fogo é o elemento primordial de todas as coisas, segundo Heráclito, tudo se origina 
por rarefação e tudo flui como um rio. O cosmos é um só e nasce do fogo e de novo é 
pelo fogo consumido, em períodos determinados, em ciclos que se repetem pela 
eternidade. 
Ele queria transmitir a ideia de que tudo que existe é uma manifestação da unidade da 
qual o homem faz parte. As transformações, segundo o filósofo, são consequências da 
tensão entre os opostos, da ação e reação. Segundo ele, o sol é novo a cada dia e o 
universo muda e transforma-se infinitamente a cada instante. Para exemplificar, 
compare essa ideia com o símbolo teísta de Yin e Yang: 
 
Esse símbolo representa a teoria que afirma que tudo está em um fluxo constante, 
mantendo uma unidade absoluta por meio dos “logos”. 
Conclui que Heráclito foi um filósofo que instituiu a ideia de que as transformações 
ocorrem em virtude da ação e reação entre os materiais, tendo o fogo como agente 
transformador. 
 
 
 
Parmênides de Eleia 
 
Quem foi Parmênides de Eleia: 
Parmênides (510-470a.C), nascido na cidade de Eleia. Parmênides é considerado como 
o pensador do imobilismo universal (movimento é inexistente). É também fundador da 
escola de pensamento de Eleia (colônia grega). Parmênides levou uma vida exemplar e 
regrada fazendo assim com que fosse admirado por seus contemporâneos. Foi o mais 
influente dos filósofos que precederam Platão. 
Ele tem que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno (verdadeiro, 
próprio, exato) e a compreensão. A grande importância de Parmênides está na forma 
que ele formulou esse argumento (nada muda, tudo é uno), muitos dizem que ele 
inventou a lógica, mas o que ele realmente inventou foi a metafísica baseada na lógica. 
Podemos dizer que Parmênides fala da matéria, amorfa, que tudo que existe é matéria. 
Teoria do Ser e não ser: 
“O ser é, o não ser não é”, a percepção do domínio “ser” corresponde a coisas que são 
percebidas pela mente é o que existe, tudo aquilo que pode ser pensado e verdadeiro e 
para o ser existir tem que haver uma relação ente ser, pensar e dizer. No caso, o “não ser 
“é o que não existe, não pode ser pensado e falso, que seria percebido pelas sensações 
segundo Parmênides enganoso e falso sendo assim uma completa ilusão. 
Segundo seu modo de pensar, o não ser, o nada não existe e não pode ser dito e nem 
pensado. Portanto o “ser” não pode ter surgido porque no caso teria surgido do nada, o 
que é impossível, ou surgido de outro ser, justificando que o ser já era e sempre será 
eterno. Não podendo se alterar, imóvel, indestrutível. 
Deve-se também levar em consideração o conflito de pensamentos entre Parmênides e 
Heráclito, dois pensamentos fundamentais para a filosofia. Como já citado Parmênides 
levava em consideração a ideia de um mundo imóvel. Por exemplo, ao observar a luz e 
a escuridão, notou que a escuridão nada mais era que a negação da luz. Já Heráclito de 
um mundo em constante movimento “ao vermos a chama acesa de uma vela, temos a 
impressão de que é sempre a mesma, no entanto, estamos vendo um processo de 
transformação que ocorre naquele mesmo instante, em que a cera da vela é transformada 
em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar.” Ou seja, enquanto a unidade de 
Parmênides é idêntica e imutável, a de Heráclito está entre dois polos, isto é, mesmo 
que o Ser e o Não Ser sejam parte e coabitem o mesmo, não podem ser descartados 
como simples ilusões. 
Zenão de Eleia 
 
Zenão de Eleia 
Zenão (488-430a.C.). Era discípulo de Parmênides e defensor árduo de seu pensamento. 
Platão disse que ele nada mais fez do que fundamentar a tese de seu mestre, mas não 
provando que o ser é um e sim demonstrando que o múltiplo é impensável. Zenão foi o 
fundador da Dialética como arte de provar ou refutar a verdade de um argumento, 
partindo de princípios admitidos por seu interlocutor. 
Zenão inventou os paradoxos, que permitiam a ele refutar as teses apresentadas como 
meras opiniões, vias do não ser, características das confusões causadas pela percepção 
humana. Assim, remetia toda definição a uma exigência de não contradição, o que mais 
tarde seria desenvolvido, junto com o princípio de identidade de Parmênides, na Lógica 
de Aristóteles, ele criou isso para mostrar aos seus adversários no que consistia a 
unidade ou repouso do ser, evidenciando que o movimento ou pluralidade é impossível. 
Um dos exemplos clássicos dos paradoxos de Zenão é o da corrida entre Aquiles (o 
herói mais veloz da mitologia grega) e a tartaruga, outro famoso paradoxo é o da flecha. 
Corrida entre Aquiles: Segundo Zenão, numa disputa entre os dois, se fosse dada uma 
pequena vantagem à tartaruga, Aquiles jamais a alcançaria. Isso porque se o espaço é 
divisível ao infinito (observe os divisores de uma régua, por exemplo), Aquiles sempre 
deveria passar por um ponto dividido entre o infinito e o ponto de partida, ou seja, o 
espaço será sempre dividido pela metade, impossibilitando o movimento. Isso significa 
que em tempo finito, jamais alguém poderá percorrer uma distância infinita. Difícil? 
Não parece tanto. Se nós modernos sabemos que existem infinitos números entre o 
número 1 e o número 2, como chegar ao 2? Onde e quando se sai efetivamente do 
domínio da unidade? 
Flecha: Neste, um arqueiro mira um alvo e lança a flecha de seu arco. Mas, pensou 
Zenão, em cada instante de tempo determinado, a flecha ocupa um espaço determinado 
(pensem numa imagem fotográfica desse movimento sucessivo de instantes) o quesignifica que em cada tempo finito a flecha está em repouso. Ora, como entender que 
ela está simultaneamente em repouso e movimento? O movimento gera o repouso? Não, 
isso é uma contradição, aos olhos dos antigos. 
Com esse tipo de argumento, Zenão mostrava a insustentabilidade das teses dos 
defensores do mobilismo e defendia a posição do seu mestre de que pensamento, ser e 
linguagem guardam uma relação íntima de tal modo que o nosso conhecimento só pode 
ser concebido se seguidas as leis lógicas da razão. A importância desse modo de pensar 
a realidade prevaleceu durante milênios e só foi resolvida com a física newtoniana, que 
descreve o movimento em relação a um referencial. Devemos lembrar que para os 
antigos, os números (naturais) representavam as coisas materiais e pensar o ser como 
um já era um alto poder de abstração. 
Conclui de que existem leis lógicas e universais na Natureza, que essas leis só podem 
ser concebidas pelo raciocínio e que os sentidos, embora não negada sua experiência, 
conduzem-nos pela via errada e não a da verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empédocles 
 
Quem foi Empédocles: 
Empédocles (490 a.C. - 430 a.C.), foi um filósofo e pensador pré-socrático grego nasceu 
em Aeragas na Magna Grécia. É conhecido por ser o criador da teoria cosmogênica dos 
quatro elementos clássicos que influenciou o pensamento ocidental de uma forma ou de 
outra, até quase meados do século XVIII. Além de filósofo era professor, legislador, 
médico e dramaturgo. Foi um filósofo Pré-Socrático defensor da democracia. 
Empédocles teve um papel predominante na política defendendo o sistema democrático 
e ajudando os menos favorecidos. 
A partir de seus estudos, Empédocles se destacou na filosofia, retórica e oratória com 
diversas ideias ecléticas sobre o mundo e a realidade. Seus pensamentos influenciaram 
grandes filósofos como Aristóteles e Platão. 
Ainda que não tenha feito parte de nenhuma escola filosófica, Empédocles se 
aproximou da Escola Jônica, a primeira escola filosófica grega. No entanto, ele difere 
dos primeiros filósofos os quais tentavam compreender a natureza elegendo somente um 
elemento primordial para ele a origem do universo só poderia ser explicada pela união 
de vários elementos. 
Teoria dos Quatro Elementos: 
Os elementos primordiais e indestrutíveis que geram todas as coisas são o fogo, a água, 
o ar e a terra. Na teoria do filósofo, cunhada de “Teoria dos Quatro Elementos”, esses 
elementos seriam misturados de acordo com dois princípios universais opostos: o amor 
(philia), que leva a harmonização; e o ódio (nekos), associado com a separação. Assim, 
o amor seria responsável pela força de atração, enquanto o ódio, pela força de repulsão. 
Essas duas forças cíclicas, antagônicas e cósmicas geradas pelos dois princípios 
revelariam toda a realidade e as coisas existentes no mundo. 
É na agregação e segregação de elementos que assim resulta, que Empédocles, como os 
atomistas, encontrou o verdadeiro processo que corresponde ao que é popularmente 
chamado de crescimento, aumento ou diminuição. Nada de novo vem ou pode vir a ser, 
a única mudança que pode ocorrer é uma mudança na justaposição de elemento com 
elemento. Essa teoria dos quatro elementos tornou-se o padrão dogma nos dois mil anos 
seguintes. O Amor e o Ódio são forças atrativas e repulsivas. Eles imperam 
alternadamente sobre as coisas. 
Demócrito 
 
Quem foi Demócrito: 
Demócrito (460-370 a.C) nasceu em Abdera, foi discípulo de Leucipo foi o filosofo que 
mais se destacou na busca da arché. Demócrito foi o filosofo responsável pela criação 
do atomismo. Que concordava com a plenitude do ser, mas não aceitava a ideia de que o 
não ser era uma ilusão. Para ele a experiência do movimento era a prova da existência 
de um não ser pois sem espaço vazio nada podia se movimentar. 
Teoria do Atomismo: 
Para Demócrito tudo que constituía a realidade era formado de particular invisíveis pois 
eram minúsculas e indivisíveis por isso as denominou átomos (a=não tomo=divisível) o 
átomo seria uno, pleno e eterno. Porém além do átomo Demócrito percebeu que a 
realidade também é constituída do vazio que era a ausência do ser o não ser. 
Os átomos seriam homogêneos entre si e isso seria possuírem a mesma natureza 
fundamental também seriam infinitos em números por configuração, mas nesse sentido 
os átomos seriam heterogêneos pois nunca se converteriam uns nos outros. 
Há também um dualismo em relação a concepção de afirmar que a realidade é composta 
por átomos e vazio porem sabemos que o vazio era compreendido per Demócrito como 
o não ser de tal forma que ele não poderia ser considerado substância não fazendo parte 
da arché. 
De acordo com Demócrito os átomos estão em constante movimento e com isso podem-
se atrair, repelir e se separar formando assim então os mais distintos corpos com as mais 
distintas características essas características eram explicadas por Demócrito de acordo 
com três fatores, figura, ordem e posição. 
O pensamento e a alma eram explica dos a partir dos princípios de que os átomos mais 
leves e sutis se aglomeram. E nascimento e a morte não existiriam em relação a matéria 
daí a afirmação de Demócrito “nada nasce do nada, nada retorna ao nada ” 
 
 
Cotrim, Gilberto 
Fundamentos da filosofia\ Gilberto Cotrim, Mirna Fernandes.1.ed.-São Paulo :Saraiva, 
2010 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Anax%C3%ADmenes_de_Mileto> Acesso em 26 de 
março de 2017 
Brasil Escola Disponível em: 
< http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/anaximandro.htm> Acesso em 26 de março de 
2017 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Anaximandro> Acesso em 26 de março de 2017 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Tales_de_Mileto> Acesso em 26 de março de 2017 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmologia> Acesso em 26 de março de 2017 
Observatório Nacional Disponível em: 
< http://www.fisica.net/giovane/astro/Modulo1/cosmologia-grega.htm> Acesso em 26 
de março de 2017 
Brasil Escola Disponível em: 
< http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/zenao.htm> Acesso em 26 de março de 2017 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Zen%C3%A3o_de_Eleia> Acesso em 26 de março de 
2017 
Wikipédia Disponível em 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Anaximandro> Acesso em 26 de março de 2017 
Brasil Escola Disponível em: 
< http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/anaximandro.htm> Acesso em 26 de março de 
2017 
Wikipédia Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Emp%C3%A9docles> Acesso em 26 de março de 2017 
UOL Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Emp%C3%A9docles> Acesso em 26 de março de 2017 
Toda Matéria Disponível em: 
< https://www.todamateria.com.br/empedocles/> Acesso em 26 de março de 2017

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