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RESUMO DE FILOSOFIA UNIDADE 1

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
FILOSOFIA 
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
“Não se aprende Filosofia, mas a filosofar”, já disse Kant. A Filosofia não é um conjunto de ideias e de sistemas que possamos apreender automaticamente, não é um passeio turístico pelas paisagens intelectuais, mas uma decisão ou deliberação orientada por um valor: a verdade. É o desejo do verdadeiro que move a Filosofia e suscita filosofias.
SURGIMENTO
O milagre grego é a tese que defende que a filosofia nasce na Grécia porque foi um processo repentino e único aliado as qualidades de inteligência e poder de raciocínio dos gregos. Por isso a filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso significa que as sociedade gregas reuniam características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e condições sociopolíticas. 
O fato dos homens se espantarem com o universo e aquilo que o move foi causa de surgimento da Filosofia.
A filosofia vem surgir da ruptura sobre os antigos mitos gregos. Esse desligamento não se deu de forma radical, e sim de maneira gradual. Por isso o surgimento da Filosofia foi um processo lento e gradativo e não significou o desaparecimento das concepções míticas, pois mesmo com o surgimento do pensamento filosófico e racional, o que ocorreu de forma lenta e gradativa, a consciência mítica permaneceu e permanece influenciando o pensar humano.
As concepções míticas eram uma verdade intuída que não precisava de provas para ser aceita, e apresenta-se como verdade que não precisava ser provada e não admitia contestação pois era considerado uma narrativa sagrada, uma forma de atribuir sentido ao mundo e constituia um modelo de referência que permitia aos gregos situar, compreender e julgar os acontecimentos ao seu redor. Por isso a consciência mítica é uma consciência comunitária, que reforça o coletivismo; é ingênua (não critica) e é baseada na crença e no dogma.
Os mitos eram transmitidos através das epopeias que eram as transmissões orais, através do canto e da poesia, dos mitos gregos, relatos populares, recitados em praça pública. Tiveram função didática na vida dos gregos, transmitindo os valores culturais por meio das histórias dos deuses, expressando uma determinada concepção de vida.
Um homem da civilização grega, no período anterior ao séc. VI a.C., inevitavelmente procurava entender a causa dos fenômenos recorrendo aos mitos, ao sobrenatural, à magia etc., recorrendo, enfim, à interpretação da vontade dos deuses. Por isso antes de interpretar o mundo de maneira argumentativa, o mito expressa o que desejamos ou tememos, como somos atraídos pelas coisas ou como delas nos afastamos; mas o mito Não se trata de qualquer intuição. Para melhor circunscrever o conceito de mito, precisamos de outro componente – o mistério –, pois ele sempre é um enigma a ser decifrado e como tal representa nosso espanto diante do mundo;
Segundo alguns intérpretes, o “falar sobre o mundo” simbolizado pelo mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido, do perigo e da morte. Para tanto, os relatos míticos se sustentam na crença, na fé em forças superiores que protegem ou ameaçam, recompensam ou castigam.
A Filosofia não pode ser confundida nem com o mito, nem com a ciência. Isso porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, clareza, rigor, objetividade (como a ciência) percebe-se que os discursos em busca do conhecimento do todo são construídos na história segundo modelos de racionalidade que vão sendo revisados e substituídos com o tempo (o que a aproxima do mito). Ela permanece numa busca constante da sabedoria.
Os primeiros filósofos foram os pré-socráticos, eles possuíam uma preocupação cosmológica, buscavam a explicação racional para o existente e desconfiavam das explicações míticas.
Quando um indivíduo se espanta com algo que não sabe, ele se reconhece ignorante.
IMPORTÂNCIA
Uma das razões mais importantes para estudar filosofia é aprender a formar e defender pontos de vista próprios. Por isso a missão da filosofia é o esclarecimento da situação do homem, além de elucidar o seu modo de ser, proporcionando novas bases do seu viver. Ela é uma forma consciente e crítica de compreender o mundo e a realidade e que faz uso da reflexão, que pode ser entendida como o repensar, pensar o já pensado, colocar em questão o que já se conhece. 
A filosofia é crítica da ideologia, enquanto forma ilusória de conhecimento que visa á manutenção de privilégios, ela se utiliza de métodos como a razão e a lógica para verificar a consistência dos conhecimentos que o senso comum nos impõe, e também nos ajuda a desenvolver nosso raciocínio lógico e logo nosso pensamento critico.
A Filosofia tem hoje, como teve na antiga Grécia, a missão de elaborar argumentos válidos capazes de nos libertar do medo e da ignorância. A Filosofia instiga a não nos acomodarmos, pois a acomodação do homem alimenta a irracionalidade da besta fera, que toda a evolução da espécie não eliminou.
O legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu é a aspiração ao conhecimento verdadeiro, à busca de explicações racionais para o existente, o uso do pensamento crítico.
A filosofia é uma busca constante pelo conhecimento, o que faz com que ela se torne crítica uma vez que busca a reflexão e critica aos ideais tidos como verdades absolutas. 
Através da filosofia percebemos que as verdades impostas como absolutas podem ser rompidas através do conhecimento e da reflexão.
O processo de romper com os paradigmas socialmente impostos nos mostra que o conhecimento é uma das bases da filosofia, pois o conhecimento nos ajuda a refletir, a questionar, a mudar nossa maneira de pensar.
Quando adquirimos conhecimento refletimos e rompemos com as ideologias dominantes que são nos impostas, e a filosofia nos ajuda nesse processo.
A partir dos fatores citados podemos dizer que como parte essencial da missão da Filosofia nas escolas, está a tarefa de desenvolver no estudante o senso crítico e o resultado desse processo é a ampliação da consciência reflexiva.
A reflexão filosófica é radical, rigorosa e de conjunto. 
FOCO 
A Filosofia não possui apenas um único e exclusivo objeto de estudo. Ela foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.
FILÓSOFOS
O filósofo investiga e questiona a essência e a natureza do universo, do homem e de fatos, por meio de análise, reflexão e crítica. Reflete sobre questões éticas, morais, políticas, metafísicas e epistemológicas, além de buscar compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, o tempo e a verdade.
O filósofo busca a posse de verdades absolutas, que uma vez alcançadas não precisam mais ser revistas. Ele é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, é movido pelo desejo de saber e tem amizade pelo saber, deseja saber e para esse propósito faz uso da razão.
Os filósofos têm em comum com as crianças o fato de serem "perguntadeiros", não admitem respostas definitivas. Não querem apenas explicações, querem compreender.
O filósofo, tal como os atletas, é movido pelo desejo de competir - faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidoresou “atletas intelectuais”. 
O filósofo não é movido por interesses comerciais - não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado.
Gaardner trata da "única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos", ou seja, a capacidade humana de: espantar-se com o mundo.
É considerado o primeiro filósofo Tales de Mileto.
Ao filosofar espontâneo do homem comum, costumamos chamar filosofia de vida.
PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
A filosofia é um ato de reflexão e compreensão do mundo e da realidade de determinada época de uma sociedade. 
O fato de a filosofia buscar a compreensão do mundo e da realidade faz com que ela seja dividida em períodos. Dos quais podemos destacar:
-FILOSOFIA ANTIGA (do século VI d.C): Que compreende os quatro grandes períodos da Filosofia greco-romana, indo dos pré-socráticos aos grandes sistemas do período helenístico. 
No império romano a educação tinha o objetivo de formar o individuo passional, sem dar atenção a filosofia. A preferencia era por assuntos ético-morais.
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. E seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. O principal problema por eles investigado era a cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
-FILOSOFIA PATRÍSTICA (do século I ao VII): Conhecida como a filosofia dos Padres da Igreja, surge a partir do século II, período da decadência do Império Romano, quando o cristianismo se expande.
A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser definida como a retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época, estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião.
A filosofia patrística tinha como base a defesa da fé cristã, por isso propagava os ideais do cristianismo, lutando contra os ataques dos pagãos e dos hereges. Esse tipo de filosofia dividia-se em patrística grega (ligada á igreja de Bizâncio) e a patrística latina (ligada a igreja de Roma). 
-FILOSOFIA MEDIEVAL (do século VIII ao século XIV): A filosofia medieval foi uma continuidade da filosofia platônica e aristotélica que passaram pelo crivo da religião cristã e desenvolveram o que se chamou de filosofia cristã. Por isso, o tema mais debatido e exposto foi o da razão e da fé.
Na Idade Média o aristotelismo foi uma das principais fontes de inspiração e orientação da Escolástica, particularmente de Tomás de Aquino.
Características da filosofia medieval:
Nesse período surgiu a filosofia cristã que tem como base a teologia, que buscava explicar a fé de forma racional. Esse período é caracterizado pelo teocentrismo.
A filosofia se funda no exercício da razão humana e a teologia na revelação divina.
-FILOSOFIA DA RENASCENÇA (do século XIV ao século XVI): O Renascimento ocorreu na passagem da Idade Média para a Moderna.
O avanço no conhecimento ocorrido na renascença faz com que o homem se sinta livre para pensar e criticar, o que o levou a fazer críticas profundas à Igreja Romana, culminando na Reforma Protestante, baseada na ideia de liberdade de crença e de pensamento. À Reforma a Igreja respondeu com a Contra-Reforma e com o recrudescimento do poder da Inquisição.
-FILOSOFIA MODERNA (do século XVII a meados do século XVIII): No período correspondente a filosofia moderna há uma valorização da mentalidade racionalista, o que faz o período ficar conhecido como o Grande Racionalismo.
Na idade moderna surge a laicização do saber e as questões relacionadas ao método ganham espaço, como uma nova forma de pensar o conhecimento.
-FILOSOFIA DA ILUSTRAÇÃO OU ILUMINISMO (meados do século XVIII ao começo do século XIX): O iluminismo também chamado de século das luzes foi um período em que houve a valorização do questionamento, da investigação e da experiência como forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, por isso nesse período houve a valorização da razão.
-FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos dias. 
Hoje, no período que chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais estão:
Uma correspondência do ser na linguagem;
Análise crítica dos métodos utilizados nas ciências;
Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização do homem inserido no mundo do trabalho.
PRINCIPAIS FILÓSOFOS
Sócrates 
Sócrates foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental. 
Seu método filosófico ideal era o diálogo, através do qual ele se comunicava da melhor forma possível com seus contemporâneos, no esforço de transmitir seus conhecimentos para os cidadãos gregos. Além de legar ao mundo sua sabedoria sem par, ele também formou dois discípulos fundamentais para a perpetuação e desenvolvimento de seus ensinamentos – Platão e Xenofontes -, embora não tenha deixado por escrito o fruto de suas pregações.
Sócrates adquiriu muitos inimigos ao investigar e questionar aqueles que se passavam por sábios. Ele foi condenado à morte, acusado de corromper a juventude e não acreditar nos deuses da cidade.
Este filósofo tinha como lema as seguintes sentenças: “só sei que nada sei” e “conhece-te a ti mesmo”.
O método socrático denomina-se respectivamente ironia e maiêutica. A ironia e a Maiêutica enquanto caminhos para conhecer a verdade através do auto-conhecimento (conhecer-te a ti mesmo).
Sócrates guia-se pelo princípio de que nada sabe e, desta perplexidade primeira, inicia a interrogação e o questionamento do que é familiar retirando o caráter dogmático que destrói a filosofia.
O ponto de partida da filosofia socrática encontra-se no fato de que o primeiro passo em direção à verdade é o reconhecimento da ignorância.
Sócrates desperta as consciências adormecidas, mas não se considera um "farol" que ilumina; o caminho novo deve ser construído pela discussão, que é intersubjetiva, e pela busca criativa das soluções em que a filosofia apresenta-se como atitude diante de situações plurais.
A filosofia de Sócrates não ocorre em um "gabinete" e sim na praça pública, de onde se pode deduzir que a vocação da filosofia é política, pois pública.
Sócrates é "subversivo" porque "desnorteia", perturba a "ordem" do conhecer e do fazer e, portanto, deve morrer. A filosofia pode ser assim "morta" quando tornada discurso do poder.
PRINCIPAL PENSAMENTO
Educação: Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores - o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito. Suas idéias foram recolhidas principalmente por Platão, que as sistematizou, e por outros filósofos que conviveram com ele. Sócrates se fazia acompanhar freqüentemente por jovens, alguns pertencentes às mais ilustres e ricas famílias de Atenas. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se formou aí o conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.
O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga por si próprio "iluminar" sua inteligência e sua consciência. Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele deve, segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua função iluminadora, permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta os argumentos dos alunos. Para o filósofo, só a troca de idéias dá liberdade ao pensamento e a sua expressão - condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.
Ao eleger o diálogo como métodode investigação, Sócrates foi o primeiro filósofo a se preocupar não só com a verdade mas com o modo como se pode chegar a ela. Eis por que ele é considerado por muitos o modelo clássico de professor. Quando você prepara suas aulas, costuma levar em conta a necessidade de ajudar seus alunos a desenvolver procedimentos para que possam pensar por si mesmos?
Platão 
Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. 
O filósofo Platão é conhecido pela elaboração do dialogo o banquete e pela criação do mito da caverna( que fala sobre os níveis do conhecimento).
Santo Agostinho retoma a dicotomia mundo sensível versus mundo das idéias, mas substitui este último pelo mundo das idéias divinas. Assim, Agostinho retoma e reinterpreta as idéias de Platão.
PRINCIPAIS PENSAMENTOS 
Aprendizado: Platão defendia a idéia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de reminiscência - um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nessa teoria, que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma idéia que, paradoxalmente, sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a suas inquietações. Por isso, o filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se desenvolver livremente. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima de sua filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que dogmas incontestáveis. O processo dialético platônico - pelo qual, ao longo do debate de ideias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais - também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. 
Conhecimento: Para Platão, "toda virtude é conhecimento". Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o belo. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira - portanto, a educação não pode se restringir aos anos de juventude. Educar é tão importante para uma ordem política baseada na justiça - como Platão preconizava - que deveria ser tarefa de toda a sociedade.
Educação: Para Platão o objetivo final da educação era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo.
Politica: O conceito platónico da política é expresso na “República” de Platão por via de um saber teórico que acha possível a concepção e a construção de uma política ideal e mesmo utópica (por exemplo, as utopias do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista).
Ética: Platão propõe uma ética transcendente, dado que o fundamento de sua proposta ética não é a realidade empírica do mundo, nem mesmo as condutas humanas ou as relações humanas, mas sim o mundo inteligível. O filósofo centra suas indagações na Ideia perfeita, boa e justa que organiza a sociedade e dirige a conduta humana. As Ideias formam a realidade platônica e são os modelos segundo os quais os homens tem seus valores, leis, moral. Conforme o conhecimento das ideias, das essências, o homem obtém os princípios éticos que governam o mundo social.
A ética platônica tem como finalidade conduzir o homem à prática do bem. Esta é a base para se conhecer a ética e a política na concepção platônica.
Diante deste bem, a vida do homem não pode ser uma vida fundada no prazer, mas uma existência que se volte para o bem. A ética embora, não tenha surgido de maneira sistemática com Platão, porém é com este apoiado no pensamento socrático que se dar inicio as especulações acerca da práxis humana em vista de um fim.
 A ética, segundo Platão, deve ter por base a idéia da ordem ou da justa proporção que consiste em equilibrar elementos diversos que desemboquem no mesmo fim. Por exemplo, a justa medida entre o prazer e a inteligência, é por meio deste equilíbrio que as ações humanas atingem o bem.
 O bem na concepção platônica, não são as coisas materiais, mas tudo aquilo que permita o engrandecimento da alma, por isso, ele ensina que o homem deve desprezar os prazeres, as riquezas e as honras em vista da pratica das virtudes.
 As ações humanas na polis devem ter por fim o bem[1], por isso Platão defendia que a filosofia deveria ser o instrumento de acesso do povo - enquanto nação – aos valores de justiça e do bem. Partindo deste pressuposto, defende que a polis deveria ser governada pelo filosofo, já que este despreza os prazeres, a fim de atingir o bem de si e do todo.
 Portanto, a práxis humana na concepção platônica consiste em atingir o bem supremo.
Virtude: A virtude é definida, pois, como capacidade de realizar a tarefa que lhe é inerente. No caso do governante da cidade e da alma racional, a virtude inerente aos mesmos é a sabedoria; no caso dos guerreiro e da parte irascível da alma, a virtude que lhes é própria é a coragem; por fim, no caso da parte concupiscente da alma e dos produtores de bens da cidade, a virtude própria é temperança. Dada a posição de cada classe, pode-se definir a justiça como cada parte fazendo o que lhe compete, conforme suas aptidões. Portanto, ao estabelecer uma relação de analogia entre a sociedade e indivíduo, Platão define o conceito de justiça – o qual seria também concebido como princípio de equilíbrio do indivíduo e da sociedade – e o liga ao conceito de virtude.
Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão que considerava a realidade e a verdade contradições internas.
Hegel foi um dos criadores do idealismo alemão e naturalmente da génese do que é chamado de hegelianismo. Seu cômputo historicista e idealista da realidade como uma Filosofia europeia completamente revolucionada denota que foi, de fato, um importante precursor da Filosofia continental e do marxismo. Esse filósofo desenvolveu uma estrutura filosófica abrangente (ou "sistema") do Realismo a fim de referir-se ao parnasianismo , mediante um modo integrado e desenvolvido, a relação entre mente e natureza, criador da musica do parnasianismo:É o parnasianismo Que prega a Arte pela Arte Tem poemas decritivos Ignorando a realidade. E se o importante e perfeição E o Parnasanismo-mo-mo. Sujeito e objeto do conhecimento, psicologia, Estado, História, Arte, Religião e Filosofia. E, particularmente, ele desenvolveu o conceito de que a mente (ou espírito) – "Geist" – manifesta-se em um conjunto de contradições e oposições que, no final, integram-se e se unem, sem eliminar qualquer dos polos ou reduzir um ao outro. Exemplos de tais contradições incluem aqueles entre natureza e liberdade e entre imanência e transcendência.
Aristóteles 
O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade.
A filosofia de Aristóteles caracterizava-se pela aliança de dois métodos: a capacidade de síntese e de organização de idéias, que se completava com a análise rigorosa e a definição de terminologia. Pela sua originalidade e relevância Aristóteles foi um dos grandes mestres da Filosofia, pelo que se pode dizer que na Idade Média o aristotelismo foi uma das principais fontes de inspiração e orientação da Escolástica, particularmente de Tomás de Aquino (O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi Aristóteles).
Aristóteles criou a teoria das quatro causas.
Quatro tipos de causas podem ser objeto da ciência para Aristóteles: CAUSA MATERIAL, CAUSA EFICIENTE, CAUSA FORMAL E CAUSA FINAL.
Do que é feito? Quem gerou? O que é? Qual a finalidade?
Desenvolveu o princípio da causalidade, de acordo com esse princípio:Tudo o que se move é necessariamente movido por outro, o devir consiste na tendência que todo ser tem de realizar a forma que lhe é própria.
Há quatro sentidos para causa: Material (aquilo de que a coisa é feita), Eficiente (que dá impulso ao movimento), Formal (aquilo que a coisa tende a ser), Final (aquilo para que a coisa éfeita).
Todas as coisas são contingentes, geradas por outro ser. Por isso, é preciso admitir uma causa primeira, Deus é o primeiro motor, o ser incausado.
PRINCIPAIS PENSAMENTOS 
O papel da razão: Nossos pensamentos não surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", dizia Aristóteles.
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Aristóteles chama essas características de acidentes.
Mas como nós fazemos para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí está o papel da razão.
A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos? Sim, há: todos têm seis pernas. Se abstrairmos mais um pouco, perceberemos que os insetos são animais, como os peixes, as aves...
Ética e política: No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade, devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do convívio social.
Aristóteles acredita que a autoindulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter
Educação: O filósofo grego Aristóteles acreditava na educação como forma de preparar o homem para viver em sociedade. Na atualidade, esse pensamento ainda é válido tendo em vista a forma como o homem tem se relacionado com seus semelhantes e esquecido o sentido de viver em sociedade. O maior bem para Aristóteles seria a felicidade e essa só seria alcançada através da educação.
Aristóteles pensa a educação como causa da felicidade, pois acredita que todas as causas têm um fim. A educação seria a maneira de preparar o cidadão para a vida em sociedade, e essa vida em sociedade deveria se dar por meio de virtude calcada na boa educação e na prática de atos virtuosos. Para o filósofo, não aprendemos a virtude lendo textos ou ouvindo conceitos sobre a palavra, mas aprendemos a ser virtuosos mediante a educação que recebemos e praticando atos virtuosos. Entretanto, precisaríamos de certo conhecimento sobre os valores e definições de justiça em cada sociedade para sermos justos e virtuosos, mas a virtude e a justeza não estariam “fechadas” nessas definições.
Segundo Aristóteles, a educação deveria ser direito do estado. Ou seja, deveria haver uma educação pública voltada para todos. E, ao mesmo tempo, a educação teria seus fundamentos na família, sendo supervisionada pelo estado a fim de se garantir sua qualidade com o intuito de preparar a criança para a pólis. Para o filósofo, a forma de se educar seria através da repetição. Uma criança estaria sendo bem educada repetindo os gestos de virtude demonstrados pelos seus preceptores. Daí, a necessidade de as crianças terem uma boa instrução.
Para Aristóteles, a educação é um instrumento pelo qual o homem se realiza no sentido político do termo, pois essa é a finalidade do homem segundo o filósofo. Mas convém lembrar que não existe nenhum escrito de Aristóteles de forma direta sobre educação, então faz-se necessária uma interpretação do que está dito na Ética Nicômaquéia e na Política. Na Ética Nicômaquéia, Aristóteles explicita o caráter de sua ética que- em síntese - seria o bem agir perante a sociedade e praticar atos virtuosos. Ora, para o estagirita o homem seria naturalmente um ser político, nascido, portanto, para a vida em sociedade.
Na escola, o princípio do aprendizado seria a imitação. Segundo ele, os bons hábitos se formavam nas crianças pelo exemplo dos adultos. Quanto ao conteúdo dos estudos, Aristóteles via com desconfiança o saber "útil", uma vez que cabia aos escravos exercer a maioria dos ofícios, considerados indignos dos homens livres.
Descartes
René Descartes foi um filósofo, físico e matemático francês que se notabilizou, sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica.
O filósofo Descartes é considerado o pai da filosofia moderna e tem, dentre suas obras, O discurso do método, cuja principal preocupação é o problema do conhecimento. Tem como ponto de partida a busca de uma verdade que não possa ser colocada em dúvida, convertendo a dúvida em método. 
Descartes criou o método cartesiano, que consiste no Ceticismo Metodológico - duvida-se de cada ideia que pode ser duvidada. Descartes institui a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado. O próprio Descartes consegue provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo - cogito ergo sum: penso, logo existo), considerando o ato de duvidar como indubitável. Portanto o método cartesiano consiste na realização de quatro tarefas básicas: verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada; analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades de composição, fundamentais, e estudar essas coisas mais simples que aparecem; sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro; e enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento. Em resumo o método cartesiano da dúvida visa a remover os preconceitos e opiniões preconcebidas e encontrar uma verdade indubitável.
Descartes estabelece que a alma tem uma natureza puramente intelectual.
Ao estabelecer o primado do espírito, Descartes faz dele algo completamente separado do corpo. Surge a tese em que a alma é uma substância completamente distinta do corpo denominada dualismo
O Argumento do cogito é utilizado por Descartes em suas meditações na tentativa de fundamentar a teoria do conhecimento. Entre seus objetivos estão:
Estabelecer fundamentos do conhecimento – e portando a possibilidade do saber cientifico.
Estabelecer uma verdade primeira que não pudesse ser colocada em dúvida.
Tem como objetivo apontar aos sujeitos a necessidade de conhecimento verdadeiro.
PRINCIPAIS PENSAMENTOS 
Dualismo. Outro aspecto importante da filosofia de Descartes é sua concepção do homem em uma dualidade corpo-espírito. O universo consiste de duas diferentes substâncias: as mentes, ou substância pensante, e a matéria, a última sendo basicamente quantitativa, teoricamente explicável em leis científicas e fórmulas matemáticas. Só no homem as duas substâncias se juntaram em uma união substancial, unidas, porém delimitadas, e assim Descartes inaugura um dualismo radical, oposto da consubstancialidade ensinada pela escolástica tomista.
Ele também rejeita a visão escolástica de que existe uma distinção entre vários tipos de conhecimento baseados na diversidade dos objetos conhecíveis, cada um com seu conceito fixo. Para ele o "poder de conhecer" é sempre o mesmo, qualquer que seja o objeto ao qual seja aplicado. Bem aplicado pode chegar à verdade e à certeza, mal aplicado vai cair no erro ou dúvida. A mente, em muitas de suas atividades, édependente do corpo: a paixão, ou seja, aquilo que é sentido, é uma ação sobre o corpo.
Alguns dão a Descartes a distinção de haver fundado a psicologia fisiológica, porque foi ele que explicou o comportamento de animais inteiramente em bases de funções mecânicas do sistema nervoso, negando que tivessem "almas". Ele também propôs uma teoria que explicava a percepção visual de distancia, forma e tamanho, em termos de indicações secundárias.
Ética. Descartes reconhece o corpo humano como a mais perfeita das máquinas; trabalha por impulsos naturais, - o que é hoje chamado reflexos condicionados -, mas os efeitos destes instintos automáticos e desejos podem ser controlados ou modificados pela mente, pelo poder da vontade racional. A higiene do corpo é importante, mas há igualmente a necessidade de uma higiene mental, a qual é baseada no conhecimento verdadeiro dos fatores psicológicos que condicionam o comportamento. A mente necessita do treinamento do "bom senso" e a aquisição de sabedoria, o que por sua vez depende do conhecimento das verdades da metafísica a qual, a metafísica, por seu turno, inclui o conhecimento de Deus. Descartes assim conclui que a atividade moral está baseada no conhecimento verdadeiro dos valores, ou seja, em idéias claras e distintas garantidas por Deus, do valor relativo das coisas.
O método. O seu Método para o raciocínio correto é principalmente “nunca aceitar qualquer coisa como verdade se essa coisa não pode ser vista clara e distintamente como tal”. Descartes assim implica a rejeição de todas as idéias e opiniões aceitas, a determinação a duvidar até ser convencido do contrário por fatos auto evidentes. Outro preceito é “Conduzir os pensamentos em ordem, começando com os objetos que são os mais simples e fáceis de saber e assim procedendo, gradualmente, ao conhecimento dos mais complexos”.
Propõe também preceitos metodológicos complementares ou preparatórios da evidência: o preceito da análise (dividir as dificuldades que se apresentem em tantas parcelas quantas sejam necessárias para serem resolvidas), o da síntese (conduzir com ordem os pensamentos, começando dos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para depois tentar gradativamente o conhecimento dos mais complexos) e o da enumeração (realizar enumerações de modo a verificar que nada foi omitido).
Classificação das ciências. No "Princípios da Filosofia", Descartes classifica as ciências quanto à sabedoria ou grau de clareza e nitidez de idéias que é possível atingir em cada uma. A ciência, ele diz, pode ser comparada a uma árvore; a metafísica é a raiz, a física é o tronco, e os três principais ramos são a mecânica, a medicina, e a moral, estes formando as três aplicações do nosso conhecimento, que são o mundo externo, o corpo humano, e a conduta da vida. Mas os conhecimentos científicos não bastam a si mesmos: o tronco da física sustenta-se em raízes metafísicas. É o Bom Deus quem garante o conhecimento científico, porque garante as idéias claras. A física cartesiana resulta, assim, de deduções racionais abstratas: Deus existe e serve de apoio para retirar do domínio da dúvida o conhecimento que é claro e evidente. O mundo físico está de antemão provado por uma idéia inata, a de extensão, que é a essência da corporeidade.
Geometria. O La Géométrie é a parte mais importante do "Discurso". Ele representa o primeiro passo para uma teoria dos invariantes, que em estágios posteriores desrelativisa o sistema de referencia e remove arbitrariedades; a álgebra faz possível reconhecer os problemas típicos na geometria e trazer junto os problemas que na roupagem geométrica não pareceriam de nenhum modo estarem relacionados. A álgebra introduz na geometria os princípios mais naturais da divisão e a mais natural hierarquia do método. Com ela as questões de solvabilidade e possibilidade geométricas podem ser resolvidas elegantemente, rapidamente e inteiramente da álgebra paralela; e sem ela não podem ser decididas de modo algum.
Realmente, o grande avanço feito por Descartes foi criar uma fórmula algébrica para representar o fato trivial e então já conhecido de que um ponto em uma folha de papel retangular está infalivelmente, como é evidente, onde as duas linhas de suas duas distancias medidas perpendicularmente a duas margens adjacentes da folha, se encontram. Em linguagem geométrica, isto quer dizer que um ponto em um plano pode ser representado pelos valores (hoje chamados "coordenadas cartesianas") das suas duas distâncias (x, y) tomadas perpendicularmente a dois eixos que se cruzam em ângulo reto nesse plano, com a convenção de lado positivo e negativo para um e outro lado do ponto de cruzamento dos eixos. Então uma equação f(x,y)=0 pode ser satisfeita por um infinito número de valores de x e y. O importante é que esses valores de x e y podem representar as coordenadas de vários pontos de uma curva, da qual a equação f(x,y)=0 expressa alguma propriedade geométrica, isto é, a propriedade verdadeira da curva em cada ponto dela. E isto é geometria analítica, sua invenção.
Ótica e Universo. Dos dois restantes apêndices do Discours um era devotado à ótica, outro a natureza. Seu maior interesse está nas leis da refração, coincidentes, no entanto, com os achados de Snell, cujos experimentos originais Descartes deve ter repetido em Paris, em 1626 e 1627, e provavelmente se esqueceu de mencionar. Descartes estava em dúvida se os raios de luz procediam do olho e tocavam os objetos, como supunham os gregos, ou se, ao contrário, procediam do objeto e afetavam o olho. Porém, como ele considerava a velocidade da luz ser infinita, ele não considerou esse ponto particularmente importante.
No Meteoros, Descartes discute numerosos fenômenos atmosféricos, inclusive o arco-íris, que não explica corretamente por ignorar fatos importantes relativos ao índice de refração das substâncias para diferentes cores de luz.. Sua física do universo, de base metafísica, reunindo muito do que havia preparado para o não publicado Le Monde, encontra-se exposta no seu Principia, de 1644.
Descartes não acredita em ação à distância. Conseqüentemente, não podia admitir haver vácuo em torno da terra e sim alguma matéria que seria o meio pelo qual as forças poderiam ser transferidas. A mecânica de Descartes supõe o universo cheio com a matéria que, devido a algum movimento inicial, se estabeleceu como um sistema de vórtices que carregam o sol, as estrelas, os planetas e seus satélites, e os cometas em seus trajetos.
Por muitas razões a teoria de Descartes, é mais satisfatória do que o efeito misterioso da gravidade agindo à distância. Ele assume que a matéria do universo tem que estar em movimento, e que o movimento deve resultar em diversos vórtices. Sustenta que o sol está no centro de um imenso redemoinho de matéria, no qual os planetas flutuam e são arrastados em círculo como palhas em um redemoinho de água. Supõe que cada planeta está, por sua vez, no centro de um redemoinho secundário no qual os seus satélites são carregados em órbita. Estes redemoinhos secundários supostamente produzem variações de densidade no meio que os circunda e assim afetam o redemoinho primário principal, fazendo os planetas se moverem em elipses e não em círculos.
Educação: Para Descartes, a educação deve fazer a equalização entre o passado e o presente para nortear o futuro. E mais, deve dar vazão à cultura que está próxima, sem afastar a possibilidade de conhecer a de outros povos.
Na educação Descartes deu contribuições . Sua contribuição filosófica para a educação centra-se na proposta do método sem o qual a mente não se organiza para processar o conhecimento seguro. Para ele, a razão é igual em todos os homens. A razão é o bom senso e todos devem desejar possuí-la, pois representa o poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso.
John Locke
John Locke foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.A influência do inglês John Locke costuma ser separada em três grandes áreas. Na política, ele foi o pai do liberalismo como o conhecemos hoje: é o autor de dois tratados de governo que sustentaram a implantação da monarquia parlamentarista na Inglaterra, inspiraram a Constituição dos Estados Unidos e anteciparam as idéias dos iluministas franceses. Na filosofia, construiu uma teoria do conhecimento inovadora, que investigou o modo como a mente capta e traduz o mundo exterior. Na educação, compilou uma série de preceitos sobre aprendizado e desenvolvimento, com base em sua experiência de médico e preceptor, que teve grande repercussão nas classes emergentes de seu tempo.
Uma das principais frases de defesa do empirismo citadas por John Locke é a seguinte frase: “a alma é como uma tábula rasa (uma tábua onde não há inscrições), como uma cera em que não houvesse qualquer impressão, e o conhecimento só começa após a experiência sensível”.
O aprendizado depende primordialmente das informações e vivências às quais a criança é submetida e que ela absorve de modo relativamente previsível e passivo. É, portanto, um aprendizado de fora para dentro, ao contrário do que defenderam alguns pensadores de linha idealista, como o suíço Jean-Jacques Rousseau e Johann Heinrich Pestalozzi, e a maioria dos teóricos da educação contemporâneos.
Para Locke, as crianças não são dotadas de motivação natural para o aprendizado. É necessário oferecer o conhecimento a elas de modo convidativo - mediante jogos, por exemplo. E, embora desse primazia teórica às sensações, não via nelas função didática: educar com prêmios e punições (para provocar prazer e mal-estar) seria manter os pequenos no estágio mais primário do entendimento humano. Levá-los a pensar faria com que rompessem a dependência dos sentidos. Embora não descartasse a possibilidade de castigos, inclusive corporais, Locke afirmava que seu uso poderia fazer com que as crianças se tornassem adultos frágeis e medrosos.
Immanuel Kant
Immanuel Kant foi um filósofo prussiano. Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna, Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução).
Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, é muito provável que Kant rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas, como por exemplo o Pós-modernismo.
Kant é também conhecido pela filosofia moral e pela proposta, a primeira moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a hipótese Kant-Laplace.
PRINCIPAIS PENSAMENTOS 
Conhecimento: Segundo Kant, o conhecimento só poderá surgir da reunião da sensibilidade e entendimento.
Na obra Crítica da Razão Pura, Imannuel Kant, examinando o problema do conhecimento humano, distinguiu duas formas básicas do ato de conhecer. O conhecimento empírico e o conhecimento puro.
Educação: Para Kant é somente a partir da educação que o homem pode alcançar, com plenitude, sua humanidade, pois a educação o “constrói”, fazendo com que ele seja capaz de gozar sua liberdade. A liberdade plena só pode ser alcançada a partir do momento em que o homem compreende que deve cumprir a lei moral e é capaz de cumpri-la. O papel da educação é aperfeiçoar as disposições que o homem já traz dentro de si referentes a esta lei.
O autor considera que a educação deve atender a quatro aspectos imprescindíveis para seu desenvolvimento: a disciplina, a cultura, a civilidade e a moralidade.
Segundo sua classificação a disciplina seria o componente principal da Educação Física que visa impedir que os resquícios de animalidade do homem prejudiquem sua humanidade – uma forma de “domar” sua selvageria. Depois de disciplinado, o homem encontra-se em condições de entrar em contato com os demais aspectos – que unidos constituem o que Kant denominou Educação Prática, também conhecida como educação moral.
O homem nasce com disposições naturais para o bem, no entanto estas disposições desenvolvem-se enquanto virtudes a partir do contato com a Educação Prática. A Educação Prática de Kant consiste em trabalhar no homem sua habilidade, sua prudência e sua moralidade – aspectos que somados estão diretamente relacionados à formação de seu caráter. Quanto às virtudes podemos compreendê-las como a capacidade que o homem desenvolve em si de agir conforme o dever estabelecido por ele mesmo por meio da razão. É a razão que nos permite conhecer a lei moral que encontra-se em nós. Tal lei é um imperativo categórico, pelo fato de ser uma ação boa em si mesma, um princípio ordenado por nossa razão.
A habilidade precisa ser trabalhada para que o homem consiga todos os seus fins e possua um valor em relação a si como indivíduo; a prudência lhe proporciona um valor público preparando-o para tornar-se cidadão; a moral lhe agrega valores relacionados à espécie humana como um todo. 
Em linhas gerais, Kant vê na educação (mais especificamente na educação prática tendo em vista que a educação física está mais relacionada a questão de cuidados para a manutenção do corpo e na contenção do homem) um passaporte para a perfeição da humanidade. Cada geração se aperfeiçoaria mais que a anterior visando um ideal de perfeição, que segundo o próprio autor, estaria apenas no plano das idéias, porém impulsionaria os homens para que gradativamente – geração após geração – buscassem atingi-lo.
Hannah Arendt
Hannah Arendt foi uma filósofa política alemã de origem judaica, que foi perseguida pelo regime de Adolf Hitler, construiu uma obra fundamental para a compreensão da política e da condição humana. Ela foi uma das principais pensadoras da política no século 20, mas sua obra inspira estudos em outras áreas, entre elas a educação. 
Arendt defendia o conservadorismo na educação, mas não na política. Para ela, o campo político deveria se renovar constantemente, movido pelos objetivos da igualdade e da liberdade civil. Ao reivindicar a total separação entre política e educação, Arendt rejeita linhas de pensamento que partem de filósofos como Platão (427-347 a.C.) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). 
PRINCIPAIS PENSAMENTOS 
Politica: Segundo a pensadora, a política é uma área que pertence apenas aos adultos, agindo como iguais – igualdade que não poderia existir entre crianças e adultos. Ela critica a educação moderna por ter posto em prática “o absurdo tratamento das crianças como uma minoria oprimida carente de libertação”. “Hannah Arendt defende que cabe aos adultos conduzir as crianças”, diz Maria de Fátima Simões Francisco.
O pluralismo político era um dos conceitos básicos pregados por Hannah Arendt, na vigência do qual a igualdade política e a liberdade se manifestariam naturalmente entre as pessoas, com tolerância e respeito às diferenças, numa perspectiva de inclusão. Agentes com disposição e capacidade específica devem ter atuação prática em leis, convênios e acordos de natureza política. Em consequência desse tipo de ideia, ela privilegiava a democracia direta ou um sistema de conselhos em detrimento de formas de democracia representativa, em relação às quais adotava uma postura claramente crítica.
Escola: Segundo Arendt a função da escola é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver, sua argumentação é a favor da autoridade na sala de aula e sua visão educativa é assumidamente conservadora.
Hannah Arendt defendia que os adultos têm dois tipos de obrigação em relação às crianças. Uma recai sobre a família, responsável pelo “bem-estarvital” de seus filhos. Outra fica a cargo da escola, a quem cabe o “livre desenvolvimento de qualidades e talentos pessoais”. Ela acusa a educação praticada nos Estados Unidos à época da publicação do artigo de abrir mão de sua função ao rejeitar a autoridade que decorre dela. “Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação”, escreve Arendt. Você concorda com ela? Qual é, a seu ver, a principal responsabilidade da profissão do professor, por exemplo?
Heraclito
Heraclito foi um filósofo pré-socrático considerado o "pai da dialética". Recebeu a alcunha de "Obscuro" principalmente em razão da obra a ele atribuída por Diógenes Laércio, Sobre a Natureza, em estilo obscuro, próximo ao das sentenças oraculares.
Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas estão em constante movimento e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua. Já Parmênides concebe que conhecer é alcançar o idêntico, imutável.
Mundo: O mundo, segundo Heráclito, é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. “A guerra é mãe e rainha de todas as coisas”. É da luta entre os contrários, ou seja, do devir, do tornar-se, do vir-a-ser, que eles se harmonizam numa unidade. O Lógos (razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.
Heráclito concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação. Para ele a vida é um fluxo constante, impulsionada pela luta de forças contrárias: a ordem e a desordem; o bem e o mal; o belo e o feio; a construção e a destruição; a justiça e a injustiça; o racional e o irracional; a alegria e a tristeza.
Luta : Este filósofo afirmava que a luta (guerra) é a mãe, rainha e princípio de todas as coisas. É pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui.
CAPITULO 2 : PRINCIPAIS EXPRESSÕES FILOSÓFICAS	
ALIENAÇÃO
A alienação é a diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar ou agir por si próprios. 
Esse processo de alienação leva nos a nos tornarmos “massa de manobra” termo que se refere à quando a sociedade é conduzida por uma ideologia dominante, se anulando enquanto ser histórico e protagonista. 
O processo de alienação ocorre quando nos deixamos guiar pelo senso comum (que é tudo aquilo que é nos imposto e que tomamos como verdade absoluta).
UTOPIA
Utopia significa um lugar que não existe na realidade. No entanto, a obra tornou-se tão célebre que o termo foi considerado uma espécie de gênero de escrita caracterizado por conter como principal tema uma organização política e/ou social ideais, geralmente em contraponto a uma organização política e/ou social atuais.
CONHECIMENTO
O conhecimento é constituído de matéria e forma. Para termos conhecimento das coisas, temos de organizá-las a partir da forma a priori do espaço e do tempo.
No conhecimento a priori não se pode acrescentar aos objetos nada a não ser o que o sujeito pensante retira de si mesmo.
Conhecimento puro, é aquele que se obtém, sem a necessidade de se ter a experiência do mesmo, ou seja os conhecimentos independentes de experiência.
Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas, e são essas experiências que formam ideias. O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
O racionalismo e o empirismo surgem no século 17 e se mantém até hoje como pressupostos filosóficos que dão embasamento ao conhecimento.
RACIONALISMO
Racionalismo é uma teoria filosófica que dá a prioridade à razão, como faculdade de conhecimento relativamente aos sentidos. Afirma que as ideias claras e distintas são ideias gerais que não derivam do particular, mas já se encontram no espírito, como instrumentos de fundamentação para apreensão de outras verdades. São as ideias inatas, verdadeiras, não sujeitas a erro, pois vêm da razão, independentes das ideias que ‘vem de fora’, formadas pela ação dos sentidos, e das outras que formamos pela imaginação
O racionalismo pode ser dividido em diferentes vertentes: a vertente metafísica, que encontra um caráter racional na realidade e indica que o mundo está ordenado de forma lógica e sujeito a leis; a vertente epistemológica ou gnosiológica, que contempla a razão como fonte de todo o conhecimento verdadeiro, sendo independente da experiência; e a vertente ética, que acentua a relevância da racionalidade, respetivamente, à ação moral.
Os princípios da razão que tornam possível o conhecimento e o juízo moral são inatos e convergem na capacidade do conhecimento humano.
LÓGICA
Lógica é uma parte da filosofia que estuda o fundamento, a estrutura e as expressões humanas do conhecimento. A lógica foi criada por Aristóteles no século IV a.C. para estudar o pensamento humano e distinguir interferências e argumentos certos e errados. 
As falácias que são falhas na argumentação possíveis de serem percebidas são bastante usadas no estudo da lógica, pois auxilia na detecção de verdades e falsidades.
A lógica é a ferramenta que devemos utilizar para refletir ideias e proposições em busca da verdade. 
Quando utilizamos o raciocínio lógico há contradições que resultam em uma incompatibilidade lógica entre duas ou mais proposições, isso ocorre quando as proposições, tomadas em conjunto, geram duas conclusões e formam as inversões lógicas, geralmente opostas uma da outra. Essas contradições são importantes, pois nos mostram as falhas na argumentação das proposições apresentadas e nos auxilia na detecção de verdades e falsidades, e nos auxilia em nosso raciocínio lógico.
PENSAMENTO CRITICO 
Pensamento crítico consiste em analisar e avaliar a consistência dos raciocínios, em especial as afirmações que a sociedade considera verdadeiras. Esse tipo de pensamento nos faz refletir, questionar, observar, pensar e repensar aquilo que temos como verdade absoluta.
O pensamento crítico é um dizer não as ideias pré preparadas, é negar que as perguntas essenciais da sociedade tenham uma resposta pronta, é analisar criticamente essas imposições que são nos impostas, e que temos como verdade absoluta.
A PRIORI
A priori é o conhecimento ou justificação independente da experiência (por exemplo, "Todos os solteiros não são casados​​") 
A POSTERIORI 
A posteriori conhecimento ou justificação dependente de experiência ou evidência empírica (por exemplo, "Alguns solteiros são muito infelizes").
EPISTEMOLOGIA
Epistemologia, gnosiologia ou teoria do conhecimento é a parte da filosofia cujo objeto é o estudo reflexivo e crítico da origem, natureza, limites e validade do conhecimento humano. A reflexão epistemológica incide, pois, sobre duas áreas principais: a natureza ou essência do conhecimento e a questão de suas possibilidades ou seu valor.
	
ATIVIDADE: REFLITA SOBRE O MITO DA CAVERNA E SOBRE A CAIXA DE PANDORA, DEPOIS DESENVOLVA UM TEXTO SOBRE SUA ANÁLISE DO MITO 
MITO DA CAVERNA 
História 
O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações. Até que um prisioneiro decide sair da caverna e explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entrando em contato com a realidade e percebendo que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real fica encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais...Depois o prisioneiro volta a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seuscolegas ainda presos. Porém, foi ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros o chamam de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.
Análise do mito
Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.
Ilustra como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
Esse mito nos mostra o mundo das aparências, as coisas que percebemos, a luz da verdade.
A CAIXA DE PANDORA
História
De acordo com o mito, o titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefe dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta pois dentro dela os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança. Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa liberando todos os males no mundo, mas a fechou antes que a esperança pudesse sair.
Análise do mito
O mito da caixa de Pandora quer significar que ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como consequência da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das intempéries e dos próprios humanos.

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