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Metabolismo dos Ácidos Graxos

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Bioquímica Metabólica 
Metabolismo dos 
Lipídeos 
Profº Gregório F. Gonçalves 
Introdução 
Ácidos graxos são cadeias hidrocarbonadas longas com uma 
carboxila terminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos ácidos graxos 
 Ácidos graxos de cadeia pequena (4 – 6C). 
 
 Ácidos graxos de cadeia media (6 - 12C). 
 
 Ácidos graxos de cadeia longa (12 - 20C). 
 
 Ácidos graxos de cadeia muito longa (>20C). 
Funções dos ácidos graxos 
 Fornecer energia. 
 
 Elementos de construção de fosfolipídeos e glicolipídeos. 
 
 Atuam modificando proteínas. 
 
 Alguns derivados atuam como hormônios e mensageiros 
secundários intracelulares. 
Metabolismo dos ácidos graxos 
Os ácidos graxos de cadeia longa são oxidados a acetil-CoA. 
 
Via central liberadora de energia nos animais, em protistas e em 
algumas bactérias. 
 
Destinos metabólicos do acetil-CoA: 
 
 Ciclo de Krebs 
 
 Formação de corpos cetônicos 
 
 
 
 
Metabolismo dos ácidos graxos 
 
As células podem obter ácidos graxos combustíveis de três 
fontes: 
 
 Gorduras ingeridas na alimentação. 
 
 Gorduras armazenadas nas células na forma de gotículas 
gordurosas. 
 
 Gorduras sintetizadas em um orgão para serem exportadas 
para outro. 
Metabolismo dos ácidos graxos 
Metabolismo dos ácidos graxos 
Triglicerídeos 
 
 Triacilgliceróis ou gorduras neutras. 
 
 Forma de armazenamento dos ácidos 
graxos. 
 
 Triestéres de glicerol. 
 
 Apolares. 
Triglicerídeos 
 Principal forma de armazenamento de energia em humanos. 
 
 A oxidação das gorduras fornece para os humanos duas 
vezes mais energia do que o peso equivalente de 
carboidrato ou proteína desidratada. 
 
Digestão, mobilização e transporte de ácidos 
graxos 
 DIGESTÃO: 
 - Lipases pancreáticas 
 
 ABSORÇÃO 
 - Sais biliares (digestão e absorção lipídica) 
 
 TRANSPORTE 
 - Quilomicrons (triglicerídeos absorvidos) 
 - VLDL (triglicerídeos produzidos pelo figado) 
Triacilglicerois, colesterol e apolipoproteínas 
são incorporados em quilomicrons 
Lipoproteína lipase, ativada por ApoC-II no 
capilar libera ácidos graxos e glicerol. 
 Lipoproteína Lipase pode ser encontrada: 
 
 Tecido adiposo 
 
 Músculo cardíaco 
 
 Músculo esquelético 
Digestão, mobilização e transporte de ácidos 
graxos 
Estrutura molecular de um quilomicron 
 Constituição da estrutura das lipoproteínas; 
 Co-fatores enzimáticos; 
 Ligantes de receptores específicos. 
Funções das apoproteínas 
Constituição lipídica no sangue: 
 
- Triacilgliceróis 16% 
- Fosfolípides 30% 
- Colesterol 14% 
- Estéres de colesterol 36% 
- Ácidos graxos livres 04% 
 
Constituição Lipoprotéica do sangue: 
- Quilomícrons 
- Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) – pré-β lipoproteína 
- Lipoproteína de densidade intermediária (IDL) 
- Lipoproteína de baixa densidade (LDL) – β lipoproteína 
- Lipoproteína de alta densidade (HDL) – α lipoproteína 
Captação do colesterol pelo receptor de LDL 
Armazenamento do colesterol 
 
Hipercolesterolemia familar 
 É uma hiperlipoproteinemia. 
 
 Níveis de colesterol e/ou triglicerídeos elevados no plasma 
sanguíneo. 
 
 Níveis de lipoproteínas 
elevados. 
 
 Deficiência no receptor 
de LDL. 
 
 
Tratamento: 
 
 Atorvastatina 
 Rosuvastatina 
 
Em caso de tolerância à estatinas: 
 
 Ezetimiba + estatinas 
 
 
Hipercolesterolemia familar 
 
 Baixos níveis de glicose no sangue causam 
a liberação de glucagon e epinefrina. 
 
 Estes hormônios ligam-se a receptores 
específicos na superfície celular. 
 
 O complexo hormônio-receptor ativa ciclase 
de adenilato que produz cAMP. 
 
 cAMP ativa uma proteína cinase. 
 
 A proteína cinase fosforila e ativa lipase de 
triacilgliceróis hormônio-sensível ou 
triacilglicerol lipase. 
Metabolismo dos triglicerídeos – 
Lipólise 
Metabolismo dos triglicerídeos – 
Lipólise 
Resultado da Lipólise 
Triglicerídeos 
Glicerol Ácidos graxos 
Piruvato Glicose Oxidação à Acetil-
CoA 
OBS: 
 
Perto de 95% da energia biologicamente disponível dos 
triacilgliceróis reside em seus 3 ácidos graxos de cadeia longa. 
 
Apenas 5% é fornecida pelo glicerol. 
Entrada do glicerol na via glicolítica 
Conversão de um ácido graxo em Acil-CoA 
Antes de serem oxidados, os ácidos graxos são ativados na 
membrana mitocondrial externa. 
1º - Acil-CoA sintetase 
Compostos de alta energia 
Conversão de um ácido graxo em Acil-CoA 
Transporte dos ácidos graxos 
para mitocôndria 
 As enzimas de oxidacão dos ácidos graxos estão 
localizadas na matriz mitocondrial. 
 
 
 Ácidos graxos com 12C ou menos podem penetrar na 
mitocôndria sem auxilio de transportador. 
 
 
 Os que possuem mais de 14C necessitam de um 
mecanismo de transporte especial (conjugação a carnitina). 
Entrada de acil-CoA na mitocôndria através do transportador 
Acil-carnitina/carnitina 
Inibida por malonil-CoA, o primeiro intermediário na síntese 
de ácidos graxos. (previne que a degradação e síntese de 
ácidos graxos aconteça simultaneamente). 
Transportador acil-carnitina/carnitina 
Entrada de acil-CoA na mitocôndria através do transportador 
Acil-carnitina/carnitina 
Deficiência genética no transporte 
por carnitina 
 Existem duas categorias de deficiência de carnitina: 
 
 Primária e secundária 
 
 Mutações podem afetar a carnitina palmitoil transferase 
(CPT) ou a carnitina-acilcarnitina translocase mitocondrial. 
 
 
 
Deficiência genética no transporte 
por carnitina 
A deficiência primária é causada por um defeito no 
transportador de carnitina de alta afinidade. 
 
Afeta: músculos, rins, coração e fibroblastos. 
 
Níveis baixos de carnitina nos tecidos e plasma (incapacidade 
renal de reabsorver a carnitina). 
 
Sintomas clínicos: 
 
 Câimbras musculares leves 
 Fraqueza grave 
 Morte 
 
 
 
 
Deficiência genética no transporte 
por carnitina 
Mutações no gene da carnitina palmitoil transferase – CPT. 
 
Perda parcial da atividade enzimática. 
 
Sintomas clínicos: 
 
 Fraqueza muscular durante exercício prolongado 
 
 Mioglobinúria decorrente de ruptura do tecido muscular 
 
 
 
Carnitina e a atividade física 
A L-Carnitina é um nutriente sintetizado de um aminoácido 
essencial, a lisina. 
 
Potencializa o gasto de gorduras natural durante o exercício. 
 
Auxilia o emagrecimento e o controle do colesterol. 
 
 
Carnitina e a atividade física 
Segundo a Anvisa, não se deve utilizar mais do que 2g diários 
de L -carnitina, acima dessas doses pode provocar náusea, 
diarréia e vômito. 
 
Altas doses podem gerar sobrecarga no funcionamento do 
fígado e dos rins. 
 
Oxidação a acetil-CoA. 
 
Acontece em repetições de 4 etapas principais 
(para ácidos graxos saturados e com números 
de C par). 
 
Desidrogenase (-CH2-CH2-  -CH=CH-) 
 
Hidratase (-CH=CH-  -CH2-CHOH-) 
 
Desidrogenase (-CH2-CHOH-  -CH2-C=O) 
 
Acetil-transferase (produção de acetil-CoA) 
 
 
Oxidação dos ácidos graxos - β oxidação 
β oxidação 
Etapas principais da β oxidação. 
 
 Ocorre no Carbono β da acil-
CoA. 
 
 Forma uma dupla ligaçãoentre os C2-C3. 
 
 
 
 
Configuração Trans 
Etapa 1: Oxidação por Acil-CoA desidrogenase. 
 
 
 
 
 
β oxidação 
β oxidação 
Existem diferentes tipos de acil-CoA-desidrogenase, que 
agem especificamente sobre cadeias diferentes de ácidos 
graxos. 
 
- Acil-CoA cadeia curta (C4 – C6) 
 
-Acil-CoA cadeia media (C6 – C10) 
 
-Acil-CoA cadeia longa (C12 – C20) 
 
- Acil-CoA cadeia muito longa (C≥20) 
 
 
 
Deficiência genética das acil-CoA 
desidrogenase 
A deficiência mais caracterizada é a da Acil-CoA de cadeia 
média. 
 
Sintomas observados após jejum de 12 horas ou mais, 
incluem: 
 
 Vômitos 
 Letargia 
 Coma 
 Hipoglicemia hipocetótica 
 Acidúria por dicarboxílicos 
 
 
 
β oxidação 
Etapa 2: Hidratação pela Enoil-CoA hidratase. 
 
 
 
 
 
β oxidação 
Etapa 3: Oxidação por β-hidroxiacil-CoA desidrogenase. 
 
 
 
 
 
β oxidação 
Etapa 4: Clivagem pela Acil-CoA acetiltransferase. 
 
 
 
 
 
Configuração Trans 
β oxidação 
β oxidação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada ciclo de oxidações gera: 
 
1 Acetil–CoA, 1 NADH, 1 FADH2 
 
Palmitoil-CoA (16:0) 
Palmitoil-CoA (16:0) + 7 CoA 
+ 7 O2 + 28 Pi + 28 ADP 
 
 8 acetil-CoA + 28 ATP 
+ 7 H2O 
Palmitoil-CoA (16:0) + 7 CoA 
+ 7 NAD+ + 7 FAD + 7 H2O 
 
 8 acetil-CoA + 7 NADH 
+ 7 FADH2 + 7 H
+ 
 
... Logo ... 
β oxidação do ácido palmítico 
Palmitoil-CoA + 23 O2 + 108 Pi + 108 ADP  CoA + 108 ATP + 
16 CO2 + 23 H2O 
Palmitato (16 C) Número de equivalentes de 
ATP 
Ativação - 2 ATP 
Palmitil-CoA 
 oxidação 
8 acetil-CoA 
8 giros do ciclo 
de Krebs 
7 NADH 
7 FADH2 
17,5 ATP 
10,5 ATP 
24 NADH 
8 FADH2 
60 ATP 
12 ATP 
8 GTP 8 ATP 
TOTAL: 106 ATP 
Oxidação de ácidos graxos monoinsaturados 
É necessária uma reação de isomerização. 
 
1. Oleato é convertido a oleoil-CoA 
(entra na matriz mitocondrial pelo 
transportador de carnitina); 
 
2. O oleoil-CoA passa por 3 ciclos de 
oxidação dos ácidos graxos; 
 
3. A enzima auxiliar Δ3,Δ2- enoil-CoA 
isomerase converte a forma cis em 
forma trans. 
 
4. A enzima enoil-CoA hidratase 
agora consegue atuar, assim como 
as outras enzimas da β-oxidação. 
 
 
Oxidação de ácidos graxos poliinsaturados 
Necessárias enzimas 
isomerases e redutases. 
 A oxidação de ácidos graxos impares é pela mesma via de 
ácidos graxos pares. 
 
 O substrato para o ultimo passo através da sequência de β-
oxidação e um acil-CoA graxo que tem cinco átomos de 
carbono. 
 
 Quando é clivado forma acetil-CoA e propionil-CoA. 
 
 O propionil-CoA segue uma via enzimática diferente. 
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar 
1º: Propionil-CoA é carboxilado. 
 
2º: D-metilmalonil-CoA é 
epimerizado. 
 
3º: L-metilmalonil-CoA sofre um 
rearranjo intramolecular e forma 
o succinil-CoA. 
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar 
Oxidação de ácidos graxos de cadeia impar 
Acil-CoA 
trans-D2-enoil-CoA 
3-Hidroxiacil-CoA 
3-Cetoacil-CoA 
Acetil-CoA + Acetil-CoA 
Enoil-CoA hidratase 
-Cetotiolase 
FAD+ 
Acetil-CoA 
FADH2 
H2O 
NAD+ 
NADH+H+ 
CoA-SH 
Oxidação 
 Controle da -oxidação 
Oxidação 
Acil-CoA desidrogenasse 
FADH2:FAD
+ 
- 
L-3-Hidroxiacil-CoA deidrogenase 
NADH:NAD+ 
- 
Corpos cetônicos 
 A produção e exportação de corpos 
cetônicos pelo fígado permite a 
oxidação dos ácidos graxos no 
figado. 
 
 Isso em condições em que acetil-
CoA não está sendo oxidado no 
ciclo de Krebs. 
 
 Sua formação é caracterizada pelas 
baixas concentrações de 
oxaloacetato no fígado. 
 
 
 São utilizados pelos músculos 
esqueléticos e cardíacos e pelo 
córtex renal. 
 
 No jejum prolongado, o cérebro 
também pode utilizá-los. 
Não encontradas 
nos tecidos 
extra-hepáticos 
 
Corpos cetônicos 
Não encontrado no fígado 
Corpos cetônicos 
Por circulação 
Mitocôndria 
hepática 
2 acetil-CoA (2C) 
Tiolase 
CoA-SH 
acetoacetil-CoA (4C) 
Acetil-CoA 
CoA-SH 
H2O 
HMG-CoA sintase 
HMG-CoA (6C) 
3-HB 
desidrogena
se 
Acetil-CoA 
Acetoacetato (4C) 
Acetona (3C) 
3-hidroxibutirato (4C) 
CO2 
NADH 
NAD+ 
2 acetil-CoA (2C) 
Tiolase 
CoA-SH 
acetoacetil-CoA (4C) 
3-HB desidrogenase 
Acetoacetato (4C) 
3-hidroxibutirato (4C) 
Mitocôndria (cérebro, 
músculo e coração) 
NAD+ 
NADH 
3-cetoacil transferase 
(enzima que falta no 
fígado!!) 
Succinil-CoA 
Succinato 
Ciclo de 
Krebs 
Fim

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