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– ❖ A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa à acetil-CoA é uma via central de geração de energia em muitos organismos e tecidos. ➢ Os elétrons retirados dos ácidos graxos durante a oxidação passam pela cadeia respiratória, levando à síntese de ATP; ➢ A acetil-CoA produzida a partir dos ácidos graxos pode ser completamente oxidada a CO2 no ciclo do ácido cítrico, resultando em mais conservação de energia. ➢ Em algumas espécies e em alguns tecidos, a acetil-CoA tem destinos alternativos. ➢ No fígado, a acetil-CoA pode ser convertida em corpos cetônicos – combustíveis solúveis em água exportados para o cérebro e para outros tecidos quando a glicose não está disponível. ❖ A oxidação completa dos ácidos graxos a CO2 e H2O ocorre em três etapas: ➢ A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa a fragmentos de dois carbonos, na forma de acetil- CoA (β-oxidação); ➢ A oxidação de acetil-CoA a CO2 no ciclo do ácido cítrico; ➢ E a transferência de elétrons dos transportadores de elétrons reduzidos à cadeia respiratória mitocondrial. DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS ● As células podem obter combustíveis de ácidos graxos de três fontes de ácidos graxos: ○ Gorduras da dieta (40%), ○ Gorduras armazenadas (lipídeos) no tecido adiposo, ○ Gorduras sintetizadas no fígado (excesso de carboidrato) ● Mais da metade da energia utilizada (fígado, coração e músculo) vem de triacilgliceróis GORDURAS DA DIETA SÃO ABSORVIDAS NO INTESTINO DELGADO ◆ Antes que os triacilgliceróis possam ser absorvidos através da parede intestinal, eles precisam ser convertidos de partículas de gordura macroscópicas insolúveis em micelas microscópicas finamente dispersas. ◆ Triacilgliceróis são insolúveis SAIS BILIARES: ● São compostos anfipáticos que atuam como detergentes biológicos. ● Convertem a gordura da dieta em micelas mistas (sais biliares triacilgliceróis ) mais acessíveis à ação das lipases hidrossolúveis no intestino. LIPASES INTESTINAIS: ● Transformam os triacilgliceróis em: ○ Monoacilgliceróis ○ Diacilgliceróis ○ Ácidos graxos livres ○ Glicerol – ● Esses produtos da ação da lipase se difundem para dentro das células epiteliais que revestem a superfície intestinal (a mucosa intestinal) onde são reconvertidos em triacilgliceróis e empacotados com o colesterol da dieta e proteínas específicas em agregados de lipoproteínas chamados quilomícrons. APOLIPOPROTEÍNAS ● São proteínas de ligação a lipídeos no sangue ○ Proteínas em sua forma livre de lipídeos ● Responsáveis pelo transporte de triacilgliceróis, fosfolipídeos, colesterol e ésteres de colesterol entre os órgãos. ● Se combinam com os lipídeos para formar várias classes de partículas de lipoproteína. LIPOPROTEÍNAS = APOLIPOPROTEÍNAS + LIPÍDEOS ● São agregados esféricos com lipídeos hidrofóbicos no centro e cadeias laterais hidrofílicas de proteínas e grupos polares de lipídeos na superfície. ● Diferentes combinações → Partículas com diferentes densidades Lipoproteína “RUIM” - Leva triglicerídeos do fígado para os tecidos, onde pode entupir artérias. Lipoproteínas “BOA” - recolhe o excesso de triglicerídeos do sangue e leva para o fígad – MOBILIZAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS ➔ Os lipídeos neutros são armazenados nos adipócitos (e nas células que sintetizam esteroides do córtex da suprarrenal, dos ovários e dos testículos) na forma de gotículas lipídicas. ➔ Gotículas lipídicas (adipócitos) - revestimento de PERILIPINAS: ◆ Evitam a mobilização prematura dos lipídeos. ➔ Hormônios sinalizam a necessidade de energia metabólica: ◆ Glucagon e Adrenalina Secretados em resposta aos baixos níveis de glicose ou atividade iminente. ◆ Triacilgliceróis são mobilizados ◆ Transportados ao tecido ◆ Oxidado para produção de energia ➔ Mobilização do tecido adiposo: ◆ Hormônio - receptor - cascata de sinalização ◆ Ativa PKA - Fosforila Lipase (HSL) e Perilipina (P) ◆ Dissociação da CGI da pirilipina ● (Leva a mudanças na gotícula de lipídio que permitem a atividade de lipases) ◆ CGI + Triacilglicerol lipase (ATGL) - Cliva triacilglicerol ◆ Perilipina-P + HSL-P = degrada diacilglicerol AMPc → segundo mensageiro que leva a mensagem para o citoplasma ● Desencadeia uma cascata de sinalização ● Ativa a PKA → provocam a fosforilação (acrescenta um grupo fosfato) ○ Lipase (HSL) e Perilipina (P) ○ Dissociação da CGI da pirilipina MOBILIZAÇÃO DOS TRIACILGLICERÓIS ARMAZENADOS NO TECIDO ADIPOSO: 1) Quando os baixos níveis de glicose no sangue ativam a liberação de glucagon, ➊ o hormônio se liga ao seu receptor na membrana do adipócito e assim 2) ➋ estimula a adenilil-ciclase, via uma proteína G, a produzir cAMP; 3) Isso ativa a PKA (proteína-cinase dependente de cAMP), que fosforila ➌ a lipase sensível a hormônio (HSL, de hormone-sensitive lipase) e 4) fosforila ➍ as moléculas de perilipina na superfície da gotícula lipídica. 5) A fosforilação da perilipina causa a ➎ dissociação da proteína CGI da perilipina. A CGI então se associa com a enzima triacilglicerol lipase no adipócito (ATGL, de adipose triacylglycerol lipase), ativando-a. 6) A triacilglicerol lipase ativada ➏ converte triacilgliceróis em diacilgliceróis. 7) A perilipina fosforilada se associa com a lipase sensível a hormônios fosforilada, permitindo o acesso à superfície da gotícula lipídica, onde ➐ ela hidrolisa os diacilgliceróis em monoacilgliceróis. 8) Uma terceira lipase, a monoacilglicerol lipase (MGL, de monoacylglycerol lipase) ➑ hidrolisa os monoacilgliceróis. 9) ➒ Os ácidos graxos saem do adipócito, se ligam à albumina sérica no sangue e são transportados no sangue; eles são liberados da albumina e 10) ➓ entram em um miócito por meio de um transportador específico de ácidos graxos. – 11) ⓫ No miócito, os ácidos graxos são oxidados a CO2, e a energia da oxidação é conservada em ATP, que abastece a contração muscular e outros tipos de metabolismo que necessitam de energia no miócito. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ❖ A oxidação mitocondrial dos ácidos graxos ocorre em três etapas. ❖ Exemplo: Oxidação do Palmitato (16C) ETAPA 1: Β-OXIDAÇÃO ● Remoção oxidativa de 2C na forma de acetil-CoA ● Perde 4H ● Quebra do ácido graxo de 2 em 2 carbonos (acetil) ETAPA 2: ACETIL-COA → CICLO DO ÁC CÍTRICO (MATRIZ) ● Os grupos acetil da acetil-CoA são oxidados a CO2 no ciclo do ácido cítrico, que também ocorre na matriz mitocondrial. ○ A acetil-CoA derivada dos ácidos graxos então entra em uma via de oxidação final comum com a acetil-CoA derivada da glicose precedente da glicólise e da oxidação do piruvato ● As duas primeiras etapas da oxidação dos ácidos graxos produzem os transportadores de elétrons reduzidos NADH e FADH2. – ETAPA 3: NADH E FADH2 DOAM ELÉTRONS PARA A CADEIA RESPIRATÓRIA → FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA → ATP ● Doam elétrons para a cadeia respiratória mitocondrial, por meio da qual os elétrons passam para o oxigênio com a fosforilação concomitante de ADP a ATP. ● A energia liberada pela oxidação dos ácidos graxos é, portanto, conservada como ATP. PRA QUE OXIDAR O ÁCIDO GRAXO? Para entrar em krebs e alimentar a cadeia respiratória. ETAPAS DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS Etapa 1: o Um ácido graxo de cadeia longa é oxidado para produzir resíduos de acetil na forma de acetil-CoA. Esse processo é chamado de b-oxidação. Etapa 2: o Os grupos acetil são oxidados a CO2 no ciclo do ácido cítrico. Etapa 3: o Os elétrons derivados das oxidações das etapas 1 e 2 passam ao O2 por meio da cadeia respiratória mitocondrial, fornecendo a energia para a síntese de ATP por fosforilação oxidativa. ÁC GRAXOS SÃO TRANSPORTADOS PARA O INTERIOR DAS MITOCÔNDRIAS ● As enzimas da oxidação de ácidos graxos nas células animais estão localizadas na matriz mitocondrial. ● Até 12 C -entram na mitocôndria sem necessidade de transportador. ● Ác Graxos > 12C não conseguem passar pela membrana mitocondrial:. CICLO DA CARNITINA - 3 REAÇÕES ENZIMÁTICAS: ● Esse processo de três passos para transferir os ácidos graxos para dentro da mitocôndria – esterificação com CoA, transesterificação com carnitina, seguida de transporte e transesterificação de volta a CoA – liga dois reservatórios de coenzima A e de acil-CoA graxo, um no citosol e o outro na mitocôndria. ● A coenzima A na matriz mitocondrial é amplamente utilizada na degradação oxidativa do piruvato, dos ácidos graxos e de alguns aminoácidos, enquanto a coenzima A citosólica é utilizada na biossíntese de ácidos graxos. – ● A acil-CoA graxo no reservatório citosólico pode ser utilizada para síntese de lipídeos de membrana ou pode ser transportada para dentro da matriz mitocondrial para oxidação e produção de ATP. ● O processo de entrada mediado pela carnitina é o passo limitante para a oxidação dos ácidos graxos na mitocôndria e é um ponto de regulação. 1) Enzima Acil CoA Sintetase : 2) Carnitina Acil transferase I: Ligação com o grupamento hidroxila da carnitina → passagem para o espaço intermembrana poros (proteínas porinas ) - DIFUSÃO FACILITADA 3) Carnitina Acil transferase II: Acil-graxo transferido da carnitina para coenzima A ENTRADA DE ÁCIDO GRAXO NA MITOCÔNDRIA PELO TRANSPORTADOR ACIL-CARNITINA/CARNITINA. Após a formação da acil-carnitina-graxo na membrana externa ou no espaço intermembrana, ela se desloca para a matriz pela difusão facilitada por meio do transportador na membrana interna. Na matriz, o grupo acila é transferido para a coenzima A mitocondrial, tornando a carnitina livre para retornar ao espaço intermembrana pelo mesmo transportador. A aciltransferase I é inibida por malonil-CoA, o primeiro intermediário na síntese de ácidos graxos. Essa inibição evita a síntese e a degradação simultâneas dos ácidos graxos. REGULAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ➔ A oxidação dos ácidos graxos consome um combustível precioso e é regulada de forma que ocorra apenas quando houver a necessidade de energia. ➔ No fígado, a acil-graxo-CoA formada no citosol tem duas vias principais abertas: ◆ β Oxidação por enzimas na mitocôndria; ou ◆ Conversão em triacilgliceróis e fosfolipídeos por enzimas no citosol. ➔ Ciclo da carnitina - Importante ponto de regulação ◆ Acil-CoA graxo direcionado para a matriz da mitocôndria → Oxidação ◆ Acil-CoA graxo pode não ser direcionado para a matriz da mitocôndria: ● Malonil-CoA → primeiro intermediário na biossíntese de ác graxos ○ Inibição da oxidação de Ác graxos - Fígado amplamente suprido de glicose ● Excesso de glicose → Ác graxo ( citosol ) - armazenamento ( triacilglicerol) – ● Alta [insulina] → Acetil CoA carboxilase (ACC) é ativada ○ Carnitina-acil-transferase I é inibida pela malonil-CoA ● Alta [glucagon] → ACC é inibida ( fosforilada) ○ Carnitina-acil-transferase I é ativada REGULAÇÃO COORDENADA DA SÍNTESE E DA DEGRADAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS: Quando a dieta disponibiliza uma fonte imediata de carboidratos como combustível, a b-oxidação dos ácidos graxos é desnecessária, sendo, portanto, desativada. Duas enzimas são essenciais na coordenação do metabolismo dos ácidos graxos: a acetil-CoA-carboxilase (ACC), primeira enzima na síntese dos ácidos graxos, e a carnitina-aciltransferase I, que limita o transporte de ácidos graxos para dentro da matriz mitocondrial para a β-oxidação. A ingestão de uma refeição rica em carboidratos aumenta o nível de glicose no sangue e, portanto, ➊ ativa a liberação de insulina. ➋ A proteína-fosfatase dependente de insulina desfosforila a ACC, ativando-a. ➌ A ACC catalisa a formação de malonil-CoA (o primeiro intermediário da síntese de ácidos graxos), e ➍ o malonil-CoA inibe a carnitina-aciltransferase I, impedindo assim a entrada de ácidos graxos na matriz mitocondrial. Quando baixam os níveis de glicose no sangue, entre as refeições, ➎ a liberação de glucagon ativa a proteína- cinase dependente de cAMP (PKA), que ➏ fosforila e inativa a ACC. Com a baixa concentração de malonil-CoA, a inibição da entrada de ácidos graxos na mitocôndria é aliviada, e ➐ os ácidos graxos entram na matriz mitocondrial e ➑ tornam-se o principal combustível. Como o glucagon também ativa a mobilização de ácidos graxos no tecido adiposo, um suprimento de ácidos graxos começa a chegar ao sangue.
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