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Movimentos Sociais

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INTRODUÇÃO
	Esta é uma pesquisa apresentada à disciplina de Introdução à Sociologia, que tem o intuito de melhor compreender a dinâmica dos movimentos sociais, mais especificamente a do movimento estudantil.
	O trabalho foi elaborado através de pesquisas em livros e pela internet (textos, vídeos e livros digitais) e através de uma pesquisa de campo, com entrevistas feitas por meio de um questionário apresentado aos participantes.
	Consiste em um trabalho escrito, onde é apresentada a definição de movimento social segundo dois sociólogos conhecidos, Maria da Glória Gohn e Alain Touraine, bem como o desenvolvimento dos movimentos ao longo da história mundial e do Brasil em particular, objetivando ampliar a visão sobre movimentos sociais para melhor compreender o Movimento Estudantil, que é o foto do trabalho. Logo após é apresentado o Movimento Estudantil, com seu histórico de atuação e suas atuações ações. O motivo de ter escolhido este movimento como foco deve-se ao fato de este ser o mais próximo de nossa realidade quanto estudantes universitários. 
	Anexado ao trabalho está o relatório da pesquisa de campo, tratando também dos movimentos sociais e com foco em movimento estudantil, onde foi aplicado um questionário para pessoas de diferentes idades e níveis de escolaridade, a fim de ter acesso à compreensão dos entrevistados a respeito do tema apresentado. 
MOVIMENTOS SOCIAIS
De modo geral, os movimentos sociais podem ser definidos como a ação coletiva de um grupo organizado de pessoas, de caráter sociopolítico, que tem o objetivo comum de conquistar mudanças sociais segundo sua ideologia e conforme o contexto em que a sociedade em questão está inserida, seja pela luta por algum ideal ou questionamento de determinada realidade. Segundo Maria Glória Gohn, “as ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento, a partir de interesses em comum. Esta identidade decorre da força do princípio de solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo” (1995). 
Cada sociedade ou estrutura social teria um contexto no qual, assim como apontava Karl Marx, estaria posto um conflito entre classes, vindo das relações sociais, dependentes dos modelos culturais, políticos e sociais. Assim, os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura social geradora por si só da contradição entre as classes, sendo uma ferramenta fundamental para a ação com fins de intervenção e mudança daquela mesma estrutura.
O sociólogo francês Alain Touraine (1925) estudou os problemas das sociedades pós-industriais estendendo a tese de que as sociedades se organizam e se estruturam por meio das lutas sociais. Ao estudar o movimento dos trabalhadores, em especial os da América Latina, Touraine observou que os movimentos sociais se caracterizam por um conflito central dentro de certo grupo social que se opõe aos conceitos do mercado ou aos poderes autoritários. Ele apontou que os movimentos sociais abordam questões como liberdade, projetos de vida, respeito a direitos, e, na visão desse sociólogo, não podem ser reduzidos a ganhos materiais ou políticos. Com isso se pode deduzir que as sociedades não se organizam em movimentos para conseguir coisas materiais, elas lutam por causas mais significativas.
Dessa forma, Touraine defende a ideia de que os movimentos sociais têm duas direções: a vertente utópica – em que os direitos do indivíduo são destacados – e a vertente ideológica – em que a luta se determina contra um adversário social. 
De acordo com alguns estudiosos da psicologia social, os movimentos sociais acontecem a partir de alguns estágios, sendo eles:
Inquietação: sistema de alerta. Algumas inquietações são notadas neste estágio;
Excitação: a causa da inquietação é identificada. Surge um líder que organiza o grupo em benefício do movimento;
Formalização: faze de organização para traçar planos de ação;
Institucionalização: onde normas são estabelecidas para estruturar o movimento.
A existência de um movimento social requer uma organização muito bem desenvolvida, o que demanda a mobilização de recursos e pessoas muito engajadas. Os movimentos sociais não se limitam a manifestações públicas esporádicas, mas trata-se de organizações que sistematicamente atuam para alcançar seus objetivos políticos, o que significa haver uma luta constante e em longo prazo dependendo da natureza da causa. 
OS MOVIMENTOS SOCIAIS NA HISTÓRIA
Historicamente, a ideia de luta por direitos começa com uma nova concepção de conceitos como o homem no centro das transformações, e não mais o divino como centro, essa concepção vem com os iluministas que pregam a razão, que se desenvolve num período compreendido entre os anos de 1650 e 1700.
Essas ideias influenciam a Revolução Francesa de 1789. A burguesia percebe que elas seriam favoráveis à tomada do poder na França e a partir daí usam um slogan que ficaria para a história – Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Com isso a burguesia derruba a bastilha e toma o poder na França.
O século XVIII ficaria conhecido como o século das revoluções, não  apenas pela revolução dos movimentos da França, mas pela onda de revoltas que se espalham pelo mundo. Para o historiador Eric Hobsbawm, a época que vai  de 1789 – 1848 é uma época de revoluções não apenas no campo social, mas também econômico. Uma dupla revolução que mudaria os séculos futuros.
A grande revolução de 1789 -1848 foi o triunfo não da “indústria” como tal, mas da classe média ou da sociedade “burguesa” liberal; não da “economia moderna” ou do “estado moderno”, mas das economias e Estados em uma determinada região geográfica do mundo (parte da Europa e alguns trechos da América do Norte), cujo centro  eram os Estados rivais e vizinhos da Grã-Bretanha e França. A transformação de 1789 – 1848 é essencialmente o levante gêmeo que se deu naqueles dois países e que dali se propagou por todo o mundo.
(Era das Revoluções, HOBSBAWM, pag. 20)
Hobsbawm fala de uma dupla revolução que transforma o mundo. Primeiro a inglesa que é de ordem econômica. Conhecida como revolução industrial ela transforma o modo de produção que deixa de ser meramente artesanal, passando a ser industrial. Os avanços tecnológicos são expressivos.
As massas trabalhadoras vendem sua mão de obra para a burguesia que detém os meios de produção. Nesse momento, para Marx aparecem duas classes distintas, a burguesia detentora dos meios de produção e o proletariado que vende sua mão de obra para essa burguesia.
Surgem duas classes que permeiam a discussão de Marx, que se torna o grande analisador e crítico do capitalismo. Ele vivencia as transformações que o mundo passa e cria uma grande obra que contribui para os movimentos sociais.
Para Marx o capitalismo terá um fim, e ai aparecera uma nova forma de sociedade que seria o socialismo e por fim o comunismo como último estagio. As idéias Marxista contribuem significativamente para a as revoltas na Europa, pois quando a alta burguesia chega ao poder, na França o proletariado e a baixa burguesia são deixados de lado e excluídos do processo políticos; Ao longo do século XVIII e XIX as revoltas vão aumentando significativamente.
As idéias iluministas e Marxistas dominam o mundo. Movimentos de independência buscam nas idéias iluministas a fonte para a ideologia da independência, enquanto na Europa no século XIX o congresso de Viena procura restaurar as monarquias. A partir daí, de 1830 a 1848, a Europa enfrentou um complexo conjunto de fatores socioeconômicos negativos: queda de colheitas situação de miséria do operariado, ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador e repressão à liberdade de expressão.
Essa situação de crise e insatisfação possibilitou a aliança temporária entre setores da pequena e média burguesia com o operariado, cada vez mais consciente da exploração social de que era vitima. Dessa aliança instável nasceram diversosmovimentos revolucionários de contestação as estruturas de poder vigentes em grande parte da Europa. Misturando ideias nacionalistas, liberais e socialistas, esses movimentos explodem em diversos lugares como: França, Itália, Áustria, Irlanda, Alemanha, Suíça, Hungria etc.
O século de mudanças foi sem dúvida o século XIX. Mudanças no campo social, econômico e político. Ouve avanços tecnológicos, apareceram novas teorias políticas, a luta na Europa avança, houve movimentos de unificação na Itália e na Alemanha.
Na América do norte, os Estados Unidos criam uma política que vai da expropriação de terras indígenas, compra de terras, povoamento, através da imigração européia. Houve até guerras entre o norte o sul do país. O rápido avanço do EUA o deixa pronto para participar da segunda revolução industrial. O capitalismo ganha força por todo o mundo, o avanço do capitalismo como forma econômica ganha cada vez mais espaço. Os Estados Unidos adotam uma política claramente liberal, nacionalista. O mundo tem uma nova forma de colonização, conhecida agora como neocolonialismo.
Neste processo a Rússia se torna um país atrasado industrialmente, não conseguindo acompanhar o avanço tecnológico capitalista do século XIX, no começo do século XX, a grande guerra começa e faz a Rússia sair dela, pois a sua população se organiza contra o império dos czares, a população vivia em situação de estrema miséria. Nessa luta, o movimento dos Bolcheviques chega ao poder e criam a ditadura do proletariado para fazer a Rússia avançar.
Movimentos políticos organizam e crescem no século XX entre os quais podemos destacar os Fascistas e Nazistas, com suas ideologias completamente racistas chegam ao poder. Percebe-se que a população menos esclarecida e mais miserável são as primeiras a aderir ao discurso dos movimentos altamente racista.  
 	A segunda guerra abala a economia da Europa. Os Estados Unidos se tornam senhores do mundo juntamente com a União Soviética. Surge uma guerra conhecida como guerra fria, uma nova concepção política aparece à disputa entre o capitalismo liberal versus o socialismo.
Na segunda metade do século XX a guerra fria vai até o final da década de 80 e chega ao fim na década 90, o capitalismo ganha o mundo e surge o conceito de globalização. Mas, mesmo ganhando o capitalismo como forma econômica os movimentos sociais se espalham pelo o mundo. Temos o movimento do rock, do reggae, o movimento dos negros nos Estados Unidos, o movimento das mulheres que vinha desde o começo do século também, a luta pelos direitos humanos, etc. O século XX foi sem duvida o século dos movimentos sociais e da luta contra diversas formas de opressão e busca de direitos.
Não podemos deixar de lado o movimento dos homossexuais que surgiu em são Francisco nos EUA e ganhou o mundo. Hoje está presente em muitas partes do mundo e pode ser considerado um dos movimentos mais fortes que existe na atualidade.
No século XXI surgem novos movimentos. No campo da política, na busca por independência da opressão imposta no Egito, jovens se organizam para tirar do poder o ditador Mubarak. O oriente médio se levanta contra a dominação imposta por ditadores há décadas. Podemos citar também a líbia que derrubou o ditador Muamar Kadafi, na Espanha e na Grécia os jovens se organizam contra a forma de governo que impõe altos impostos e cortes de orçamento na área social, a população foi às ruas e exigiu outra saída para a crise econômica. Nos EUA recentemente temos jovens que se organizaram pacificamente e foram a frente do centro financeiro de Wall Streete onde sofreram forte opressão da policia.
O Brasil sempre teve movimentos sociais, desde movimentos que buscavam a independência do país ate movimentos que lutam pela não violência de animais. No campo político podemos destacar vários partidos comunistas que foram perseguidos por sua luta. Temos no século XX movimentos pelo direito a terra e moradia dignas, um deles é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação da reforma agrária no Brasil.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e garantir moradia a todos os cidadãos. Está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. É um movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo. Dessa constatação, duas opções de luta se abriram: trabalho e moradia.
O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento “altermundialista” organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é “Um outro mundo é possível”.
É um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais. Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases ideomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual criticava o uso de armas nucleares.
O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta os direitos iguais e a proteção legal às mulheres. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, todas preocupadas com as questões relacionadas às diferenças entre os gêneros, e advogam a igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
O movimento sindical também faz parte de grande parte da história do país e esteve presente em diversos momentos, desde o momento em que surge a ditadura militar no Brasil até o seu fim em 1985 a onde também faz surgir várias lideranças políticas, a mais famosa é a do ex-sindicalista que virou presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
O movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento policlassista e constantemente renovado – já que o corpo discente se renova periodicamente nas instituições de ensino.
Recentemente o movimento estudantil junto a vários outros setores da sociedade organizou passeatas e manifestações em diversas partes do país pela ética e contra a corrupção.
Por fim a luta do ser humano contra a desigualdade imposta ao longo da historia continua, na busca por um mundo igualitário, onde de fato as ideias da Revolução Francesa estejam em Prática.
Texto de Bruno Pereira Ferreira, São José do Rio Preto, São Paulo. 
	
TIPOS DE MOVIMENTOS SOCIAIS
	Segue uma lista de tipos de movimentos sociais baseados numa obra de Cláudio da Silva Ribeiro e Virgínia de Oliveira Silva, “Movimentos Sociais e Educação: redes de ações e letramento para o mundo”, segundo o blog “O percurso da ação”, do grupo 04 do Pólo de Bom Jesus do Norte – ES, do curso de especialização de gestão de políticas públicas de gênero e raça da Faculdade Federal do Espírito Santo. 
Migratório
Seus agentes migram para locais diferentes do local de origem, buscando melhores condições sociais. Exemplo: Movimentos Migratórios de nordestinospara o sudeste do país.
Progressista ou Liberais
Agem no desejo de mudar, numa atualização social permanente, contrapondo-se às regras, leis e tradições existentes. Exemplo: Movimentos Sindicais
Conservadores ou de Resistência
Grupos que resistem às reformas e mudanças. Exemplo: Grupos que se manifestam contra a legalização do aborto;
Repressivos ou Reacionários
Grupos insatisfeitos com mudanças e que almejam restabelecer as condições sociais que antes imperavam. Exemplo: Ku KLux Klan, Neonazistas;
Reformistas
Grupos que querem introduzir o que acreditam ser o melhor para a sociedade à qual pertencem sem alterar as estruturas básicas estabelecidas. Exemplo: Movimento Feminista;
Expressivos
Grupos que buscam realizar transformações em sua própria percepção e reações frente ao que é socialmente conflitante, desagradável e confinante. Exemplo: Movimentos Religiosos;
Utópicos
Caracterizam-se pela fuga da realidade, criando um discurso para fundamentar uma sociedade ideal. Exemplo: Movimento Hippie;
Revolucionários
Desejam mudanças rápidas e saem em campo para romper com a ordem hegemônica para conquistar seus interesses. Exemplo: IRA.
 O MOVIMENTO ESTUDANTIL
Movimento estudantil é toda e qualquer ação ou expressão cultural, política, cívica e social de estudantes organizados.
O processo de organização de uma entidade do movimento estudantil brasileiro iniciou em 1901 com a criação da Federação de Estudantes Brasileiros, mas a primeira grande participação dos estudantes na história brasileira aconteceu quase dois séculos antes: em 1710, quando soldados franceses invadiram o Rio de Janeiro e estudantes de conventos e colégios religiosos enfrentaram Jean François Duclerc e seus mil saldados, expulsando-os (GRECA, 2005).
Estudantes também tiveram fundamental envolvimento na Inconfidência Mineira. Jovens matriculados na Universidade de Coimbra, em Portugal, e de Montpellier, na França, mas oriundos de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros, construíram uma aliança com os líderes da Inconfidência Mineira. Em 1785, 12 estudantes brasileiros reuniram-se de forma clandestina na Universidade de Coimbra para formar um pacto na luta pela independência do Brasil. A reunião e as resoluções aprovadas no encontro ficaram conhecidas como o “Pacto dos 12” ou “Pacto de Coimbra”. Apesar da grande repressão portuguesa, os estudantes foram grandes aliados de Tiradentes (CRUZ, s.d.).
Foram os estudantes da primeira faculdade brasileira fundada em 1827, Faculdade de Direito do Largo Francisco (também conhecida como Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, FDUSP), que primeiro clamaram pela liberdade dos escravos e pela Proclamação da República. 
Em março de 1897, estudantes acadêmicos de Direito, Engenharia Civil e Medicina da Bahia lançaram um manifesto, “Manifesto das Estudantes das Escolas Superiores da Bahia aos seus Colegas e aos Republicanos dos Outros Estados”, repelindo acusações injustas que eram noticiadas em amplo território brasileiro, afirmavam que não havia motivos para a inquietação do povo brasileiro em decorrência do que acontecia na Bahia, pois a nação era mal informada. Após a expedição sob o comando do general Arthur Oscar que arrasou o arraial em outubro de 1897, os estudantes baianos lançaram um protesto intitulado “À Nação. A Faculdade de Direito da Bahia.” no mês seguinte ao massacre em Canudos. Enquanto o manifesto buscava esclarecer a situação e era a defesa da Bahia para o acontecimento, o protesto criticava veementemente as atrocidades acontecidas no sertão baiano, acusavam o Exército Nacional de ser o responsável pelos crimes cometidos e que a luta fora terrível, com o uso de degolamento de forma indiscutível (CALASANS, s. d.).
Em 1901, como já dito anteriormente, a Federação de Estudantes Brasileiros foi criada, mas essa entidade teve pouca duração devido a problemas políticos e pessoais dos fundadores. Em 1909 e 1910, estudantes de todo o Brasil participaram da Campanha Civilista de Rui Barbosa, que concorreu contra Hermes da Fonseca à Presidência da República. Durante uma manifestação em setembro de 1909, dois estudantes foram mortos pela polícia, o acontecimento ficou conhecido como a “Primavera de Sangue” (GROPPO, s. d.). Os estudantes resolveram fazer uma manifestação pacífica que simboliza o enterro simbólico do general Souza Aguiar, mas os estudantes foram surpreendidos pela Brigada Policial e tinha comandante o general Souza Aguiar. Os estudantes também participaram da Liga Nacionalista em 1916, ou Liga da Defesa Nacional, de Olavo Bilac, que tinha como ideal um conceito de cidadão-soldado e que considerava as Forças Armadas uma escola de civismo e cidadania, onde intelectuais deveriam se engajar para formar um Estado mais unido e moderno (RANQUETAT, 2011).
A Casa do Estudante do Brasil (Rio de Janeiro) é criada em 1929, visando à assistência social, promoção, difusão e intercâmbio de obras e atividades culturais (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Em 1932, estudantes participaram de uma revolução contra o governo federal, a Revolução Constitucionalista. A eclosão da revolta se deu após a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (BRADO RETUMBANTE, s. d.; FAUSTO, 2008). 
Em 1934, são criadas a Juventude Comunista, a Juventude Integralista, a União Democrática Estudantil, a Federação Vermelha dos Estudantes e a Frente Democrática da Mocidade como representantes de estudantes com ideologias semelhantes (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
O Conselho Nacional de Estudantes, na Casa do Estudante do Brasil em 1937, deu origem à criação da União Nacional dos Estudantes (UNE) que seria a entidade máxima dos estudantes (JORNAL DO BRASIL, 1963).
Em 1939, a UNE cria a carteira única do estudante e solicita ao governo federal o reconhecimento da UNE como entidade máxima da representação estudantil, entretanto a UNE é despejada da Casa do Estudante do Brasil e fica provisoriamente sem sede (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Em 1942, a UNE promoveu grandes mobilizações em vários estados brasileiros contra o nazi-fascismo durante a Segunda Guerra Mundial e exigia que o governo confiscasse os bens dos alemães. Os estudantes ocuparam o prédio do Clube Germânia no Rio de Janeiro, local de simpatizantes da Alemanha. (MELO, 2011) O presidente Getúlio Vargas cede o local para ser sede da UNE e decreta a entidade como a representação oficial dos estudantes universitários brasileiros.
Em novembro de 1943, estudantes promovem a “Passeata do Silêncio”, um protesto contra o governo de Getúlio Vargas. (WINKEL, s. d.) A passeata terminou com a repressão policial que resultou na morte do estudante Jaime da Silva Teles. Dias após o ocorrido, a UNE convoca estudantes contra a ditadura Vargas em comício nas escadarias do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1945, o estudante Demócrito de Sousa Filho foi morto pela polícia de Pernambuco após realizar um discurso em um comício contra a ditadura Vargas (ANDRADE, s. d.).
A UNE lança, em 1947, a campanha “O Petróleo é Nosso”, contra a exploração estrangeira das riquezas nacionais. A luta prosseguiu até 1953 quando a Petrobras foi criada (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.].
Em 1948, o prédio da UNE é invadido pela primeira vez pelo comando policial do governo de Eurico Gaspar Dutra (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Nos anos 50, a UNE e outras entidades estudantis formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas pelo governo (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Em Salvador, em 1960, a UNE realiza o Seminário Nacional da Reforma Universitária (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Com a renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a conturbação da posse do vice, João Goulart, a sede da UNE transferida momentaneamente para Porto Alegre. Na capital do Rio Grande do Sul, os estudantes tiveram participação na Campanhada Legalidade, movimento que defendia a posse de João Goulart (BRADO RETUMBANTE, s. d.).
Em 1962, a ação dos estudantes pela reforma universitária leva à decretação de greve geral nacional, paralisando a maior parte das 40 universidades brasileiras da época (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
Com a implantação da ditadura militar em 1964, a sede da UNE no Rio de Janeiro é metralhada e incendiada como forma de intimidação e ocorrem várias invasões do regime em universidades do país, como ocorreu na Faculdade Nacional de Direito, onde foram apreendidos documentos e acervos do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. O prédio da faculdade quase foi incendiado com alunos dentro, o crime só não ocorreu, pois o capitão do exército Ivan Proença não permitiu, ato esse que o fez ser expulso das forças armadas (DICIONÁRIO CRAVO ALBIN DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, s. d.). No mesmo ano, todas as entidades estudantis são colocadas na ilegalidade por meio da lei Suplicy de Lacerda (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Uma greve de mais de sete mil alunos paralisa a Universidade de São Paulo em 1965. No ano seguinte, uma passeata em Belo Horizonte contra o regime militar é reprimida pelo militares. A violência ocasionada gera passeatas estudantis em outros estados. Na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a polícia invade o local e expulsa os alunos com violência, o acontecimento ficou conhecido como o Massacre da Praia Vermelha (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Em março 1968, o estudante secundarista Edson Luís foi morto pela polícia militar no Rio de Janeiro enquanto jantava no restaurante estudantil do Calabouço. O velório e enterro do estudante viraram ato público. Em junho do mesmo ano, ocorreu a primeira grande manifestação do ano: A Passeata dos Cem Mil, manifesto que reuniu estudantes, artistas, jornalistas e toda a população contra os abusos da ditadura. Clandestinamente, o XXX Congresso da UNE em Ibiúna (SP) foi realizado, mas os militares invadiram o local e prenderam cerca de mil estudantes, entre eles os líderes da UNE (MELITO, 2013). Em dezembro, o Ato Institucional foi promulgado, cassando a liberdade individual, acabando assim a garantia do Habeas Corpus.
	A repressão com tortura e morte de estudantes aumenta nos anos seguintes (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Em 1973, o estudante da Universidade de São Paulo Alexandre Vannucchi Leme é preso e morto pelos militares. A missa em memória do estudante na Catedral da Sé reuniu milhares de pessoas. O ato após a missa transformou-se na maior manifestação de oposição à ditadura desde o ano de 1968 (DCE-USP, s. d.).
	Já no final dos anos 70, a UNE começou a se reestruturar após o enfraquecimento do regime militar. Em 1979, aconteceu em Salvador o Congresso de reconstrução da entidade, a reinvindicação era de mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito e a libertação dos estudantes presos (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Após o fim da ditadura, em 1984, partidos políticos, lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantis e jornalísticas participaram de um dos maiores movimentos sociais da história do país, as “Diretas Já”. O movimento conseguiu recuperar as eleições diretas para presidente da república, mesmo que não de forma imediata (GASPARETTO, 2010). Em 1989, o movimento estudantil fez campanha pelo voto e participação dos jovens nas primeiras eleições democráticas (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Em 1992, após denúncias de corrupção envolvendo o residente Fernando Collor de Melo, os estudantes “caras pintadas” realizaram várias manifestações pelo país na campanha “Fora Collor”. O presidente decidiu renunciar para não sofrer impeachment pelo Congresso Nacional (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Em 1997, os estudantes se posicionaram contra o governo de Fernando Henrique Cardoso, pois eram contra a privatização do patrimônio público, sucateamento das universidades públicas e porque não havia diálogo com os movimentos sociais (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Após um plebiscito nas universidades em 2002, os estudantes decidiram apoiar a candidatura de Lula à presidência. Dois anos depois, a UNE realizou duas caravanas por diversos estados brasileiros, “Caravana UNE pelo Brasil” e “Caravana Universitária de Cultura e Arte – Paschoal Carlos Magno” levando aos estudantes emas como a reforma universitária(UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Após uma manifestação no Rio de Janeiro em 2007, estudantes ocuparam a antiga sede da UNE na Praia do Flamengo. Anos depois o Congresso Nacional reconheceu que o Estado tinha uma dívida com os estudantes após a invasão, incêndio e demolição da sede (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.).
	Em 2010, a UNE apoiou a candidatura da presidente Dilma Rousseff(UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES, s. d.). No mesmo ano, foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional Nº 65, conhecida como PEC da Juventude, no Congresso Nacional (SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE, s. d.). 
ESTRUTURA ATUAL DO MOVIMENTO ESTUDANTIL 
	O anexo a seguir foi retirado do site da UNE (União Nacional dos Estudantes) e se refere à estrutura do movimento estudantil atualmente, apresentando os setores do movimento:
OCLAE – Organização Continental Latino-Americana e Caribenha dos Estudantes
	É a maior entidade dos estudantes na América Latina, todas as entidades nacionais dos países são filiadas a ela. Sua sede fica em Cuba, onde a UNE mantém um representante para levar as lutas e bandeiras dos estudantes brasileiros. A cada dois anos, realiza o CLAE (Congresso Latino Americano e Caribenho dos Estudantes) e atua na defesa da integração dos povos do Continente.
UNE – União Nacional dos Estudantes
É a entidade que reúne todos os DAs, CAs, DCEs, UEEs executivas de curso e outras organizações do movimento estudantil brasileiro. Defende os interesses dos estudantes, promove campanhas específicas e também participa, historicamente, dos principais debates e lutas do país como a defesa da democracia, da educação e do patrimônio nacional. Organiza-se basicamente a partir de três instâncias: o Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEG), reunido CAs e DAs de todo o país; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), reunindo DCEs, UEEs e executivas de cursos e o Congresso da UNE (CONUNE), realizado há cada dois anos reunindo todas as entidades e ainda qualquer estudante que quiser participar de forma independente. No Congresso é eleita a diretoria da entidade, A UNE promove também as Bienais, o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA da UNE), as caravanas pelo país, entre outras atividades. 
UEE – União Estadual dos Estudantes
Representa os universitários de cada estado. Diretamente ligada à UNE, a UEE realiza atividades regionais, de acordo com cada realidade, assim como fortalece a pauta nacional de lutas do movimento estudantil. Realiza congressos a cada dois anos para eleger a nova diretoria e decidir os rumos da sua atuação no estado.
DCE – Diretório Central dos Estudantes
É a entidade que representa o conjunto dos universitários de uma determinada universidade. Deve existir nas instituições de ensino que tenham mais de quatro cursos superiores. O DCE possibilita aos estudantes o debate e mobilizações relacionadas àquela instituição, seus problemas, desafios gerais ou específicos. Promove também atividades culturais, calouradas, e representa o conjunto daqueles estudantes nas UEEs e na UNE. Os DCEs realizam eleições anuais ou bienais, além de assembléias, conselhos de DAs e CAs, entre outras formas de organização para ouvir os alunos e agir.
DA ou CA – Diretório Acadêmico ou Centro Acadêmico
Atuando na chamada base do movimento estudantil, o DA ou CA existe em cada curso da universidade, atendendo aos problemas gerais e desafios no seu interior. Assim como o DCE, realizam atividades de mobilização, luta por melhorias no ensino e na estrutura acadêmica, calouradas, atividades culturais e ações ligadas ao movimentonacional dos estudantes. Representam os cursos das universidades nas UEEs e na UNE. Realizam eleições anuais ou bianuais, assim como conselhos de representantes de turmas e outras ações de mobilização e organização dos estudantes.
EXECUTIVAS DE CURSO
Entidades que representam o conjunto dos estudantes de uma determinada área, exemplo ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) ou EXNEL (Executiva Nacional dos Estudantes de Letras). Fazem o debate e as lutas nacionais de cada curso, como por exemplo nas questões ligadas à regulamentação da profissão ou ao currículo. Promovem encontros nacionais de estudantes de uma determinada área.
CUCA – Centro Universitário de Cultura e Arte
Núcleo de produção, debate e experimentação cultural que compõe a rede nacional de cultura da UNE, aliada ao projeto das Bienais. Nas universidades, o CUCA promove diversas linguagens artísticas como música, literatura, cinema, dança, teatro, além de trazer o intercâmbio com as manifestações populares ou urbanas. O CUCA também pode atuar na perspectiva da extensão universitária em ações com a comunidade.
ATLÉTICAS
São associações esportivas organizadas por curso ou universidade que congregam estudantes atléticas da instituição. Cabe a elas organizar campeonatos esportivos internos e selecionar equipes das mais diversas modalidades para disputar jogos universitários dentro da instituição de ensino, entre instituições e em jogos universitários municipais, estaduais e nacionais. As Atléticas são importantes para a integração e o aperfeiçoamento esportivo dos estudantes.
UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas 
É a entidade máxima de representação dos estudantes secundaristas no país. Seu objetivo é defender os interesses e as opiniões dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico. Funciona como mediadora de questões específicas à educação e também de outros problemas relacionados à juventude. Realiza seu congresso a cada dois anos para deliberar as plataformas da entidade e eleger a nova diretoria, além de conselhos periódicos, encontros diversos e campanhas, sempre garantindo a ampla participação dos estudantes.
UNIÕES ESTADUAIS SECUNDARÍSTAS
Representa os estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de cada estado. Diretamente ligada à UBES, cabe à União Estadual divulgar as campanhas e atividades da entidade nacional, bem como desenvolver um programa político de atuação própria, de acordo com cada realidade. Realiza congressos bienais que elegem sua diretoria e os delegados de cada instituição de ensino para os congressos da UBES.
UMES – União Municipal dos Estudantes Secundaristas
Representa os estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de um mesmo município. Diretamente ligada às Uniões Estaduais e a UBES, cabe às UMES reproduzir as campanhas e atividades de ambas as entidades, bem como desenvolver um programa político de atuação própria, de acordo com a realidade de cada cidade. Realiza congressos anuais ou bienais que elegem os rumos da entidade e elegem a nova diretoria.
GRÊMIO ESTUDANTIL
Entidade que representa o conjunto dos estudantes de uma mesma escola do ensino fundamental, médio ou técnico. O Grêmio possibilita a discussão sobre os problemas gerais ou específicos das instituições de ensino, desenvolvendo as lutas dos estudantes, assim como promovendo sua interação por meio de atividades culturais e acadêmicas. Representa os estudantes de cada escola nos fóruns gerais do movimento estudantil secundarista e promove o diálogo com as entidades gerais (Uniões Estaduais e UBES). Realizam eleições anuais e também assembléias gerais.
APG – Associação de Pós-Graduandos
É a entidade que existe em cada universidade para representar os estudantes de pós-graduação, debatendo os problemas e soluções locais para a área da pesquisa e para os pós-graduandos. Atua junto aos departamentos de cada instituição, reivindicando os direitos dos estudantes, promovendo encontros científicos, seminários, atividades culturais e de representação da universidade no movimento nacional de pós-graduandos.
ANPG – Associação Nacional de Pós-Graduandos 
A Associação Nacional de Pós-graduandos é a entidade representativa dos pós-graduandos brasileiros, estudantes de mestrado, doutorado, ou de outros programas. Sua função é atender às demandas desses estudantes, como reajustes nas bolsas de ensino e melhores condições para a realização da pesquisa no país. A ANPG defende uma a ciência mais humanista e comprometida com as resoluções dos problemas sociais do Brasil, aliando suas pautas às do movimento estudantil universitário e do movimento secundarista.
O MOVIMENTO ESTUDANTIL NAS MANIFESTAÇÕES DE 2013
Multidões tomaram as ruas das principais cidades brasileiras por volta dos meses de Junho e Julho deste ano (2013), seguidas de várias manifestações menores, todas organizadas para reivindicar por causas sociais. Em São Paulo, o Movimento Passe Livre – que em geral se organiza para lutar pela democratização da mobilidade urbana, pelo transporte público gratuito e de qualidade para o conjunto da sociedade – mobilizou a população contra o aumento das passagens de transporte coletivo, o que repercutiu por todo o país por meio principalmente das redes sociais. As manifestações eram feitas com ou sem movimento organizado, com isto a população ganhou a rua e apresentou inúmeras reivindicações. 
O movimento estudantil esteve bastante presente na articulação e organização dos protestos que tomaram as ruas do Brasil, nesse importante período de efervescência social e política a partir de junho de 2013.
Muitas manifestações e pautas foram organizadas através de assembleias nas universidades e praças públicas. Panfletagens também foram feitas, organizadas por integrantes de movimentos estudantis. 
A articulação dos protestos foi feita, sobretudo, através das redes sociais, através de fóruns de discussões, grupos de planejamentos de protestos, muitos deles organizados por entidades estudantis.
REFERÊNCIAS
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