Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
04/10/2013 1 BIOQUÍMICA CLÍNICABIOQUÍMICA CLÍNICA Profª. Msc. Danielle Vitorino Moraes MATERIALMATERIAL • Soro sangüíneo, plasma ou sangue integral. • Quantidade = 2 mL. • Monogástricos� jejum de 12 horas antes da colheita. • Material recentemente colhido �dosagem de glicose. • Hemólise � aumento nos valores da maioria dos constituintes bioquímicos sangüíneos. • Lipemia � aumento em alguns e redução em outros. DESVANTAGEM DO USO DAS DESVANTAGEM DO USO DAS ANÁLISES BIOQUÍMICASANÁLISES BIOQUÍMICAS • Tendência da pessoa confiar ao laboratório toda a responsabilidade na obtenção do diagnóstico. • O laboratório é apenas uma arma a mais disponível ao clínico para auxiliá-lo no diagnóstico VANTAGENSVANTAGENS • Detecção precoce da doença. • Rapidez na execução das análises. • Volume de sangue (soro) a ser coletado é pequeno, permitindo sua execução em animais muito pequenos. • Custo relativamente baixo. ELEMENTOS BIOQUÍMICOS DE ELEMENTOS BIOQUÍMICOS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICAIMPORTÂNCIA CLÍNICA •• PROTEÍNAS PROTEÍNAS TOTAISTOTAIS – Fracionadas por precipitação em albuminas e globulinas. – Na eletroforese comum separa-se: • a albumina, • as globulinas (alfa, beta, gama), • o fibrinogênio (plasma). • Origem: – São sintetizadas a partir dos aminoácidos da dieta. –O fígado sintetiza: as albuminas, as globulinas (alfa e beta) e parte do fibrinogênio. –O sistema monocítico fagocitário (SMF) sintetiza as gamaglobulinas. –A medula óssea sintetiza a outra parte do fibrinogênio. 04/10/2013 2 FRAÇÕES DAS PROTEÍNAS FRAÇÕES DAS PROTEÍNAS SANGUÍNEAS E SUAS FUNÇÕESSANGUÍNEAS E SUAS FUNÇÕES • Pré-albumina => só as aves tem, transporte de tiroxina. – Aumento: síndrome nefrótica – Diminuição: doenças hepáticas e deficiências protéicas. • Albumina => proteína de transporte, ligandina, importante na manutenção da pressão oncótica. • Fibrinogênio => precursor da fibrina, fator de coagulação, aumenta nas doenças inflamatórias agudas. • Amilóide A (AA) => importante proteína de fase aguda. • Proteína C reativa (PCR) => ativa complemento. Proteína de fase aguda, aumenta nas reações inflamatórias agudas mediadas por neutrófilos e monócitos e necrose tissular. • γ Globulinas – IgA, IgD, IgG, IgE, IgM. – Proteína de Bence Jones => globulina de cadeia curta, parte da molécula da imunoglobulina. Presente no mieloma. – Proteínas positivas de fase aguda: – α globulinas: α1-antitripsina, α1-glicoproteína ácida, α2-macroglobulina, ceruloplasmina e haptoglobina. • β globulinas: fibrinogênio, complemento C3 e C4, proteína C reativa, ferritina e amiloide A. • Proteínas negativas de fase aguda: pré- albumina, albumina e transferrina. INTERPRETAÇÃO • Hiperproteinemia –É um achado raro e pouco acentuado. –Pode ocorrer: • nas doenças febris, • choque • desidratação • neoplasias (mieloma múltiplo, plasmocitoma e linfossarcomas), • doenças infecciosas agudas. • Hipoproteinemia ocorre com freqüência em: –Dietas pobres em proteínas, –Má absorção intestinal, –Perda excessiva de proteínas (queimaduras, parasitoses, afecções renais e gliconeogêneses), –Afecções hepáticas crônicas, –Hemorragias graves, – Inanição. • ALBUMINA: –Representa 40 a 60% das proteínas totais. –Funções: •Mantêm a P.O. intravascular. • Agrupa com várias substâncias como a bilirrubina e vários medicamentos evitando sua rápida excreção. • Inativa substâncias tóxicas ao organismo. 04/10/2013 3 • Hiperalbuminemia – ocorre em choque – desidratação, – doenças infecciosas agudas. • Hipoalbuminemia – ingestão deficiente de proteínas, – síntese deficiente pelo fígado, – nas quebras excessivas de proteínas (queima para mantença), – nas perdas renais, – nas parasitoses gastrointestinais, hemorragias graves. • GLOBULINAS – Alfa globulinas • 10 a 20% das proteínas totais. • Lipoproteínas e glicoproteínas => responsáveis pelo transporte de lípides, hormônios lipossolúveis, vitaminas, hexoses, hexosaminas, cobre e hemoglobina. • Aumento das alfa globulinas ocorre nas reações inflamatórias de origem bacterianas e viróticas. – Beta globulinas: • 7,5 a 20% das proteínas totais. • Constituição: lipo e glicoproteínas. • Lipoproteínas: – As lipoproteínas atuam na veiculação: do colesterol sangüíneo, dos hormônios estrogênicos, progesterona e corticóides, dos carotenóides e vitamina A. – Estas se encontram aumentadas após ingestão de alimentos e na icterícia obstrutiva. • Glicoproteínas: – A mais importante é a siderofilina ou transferrina que capta e transporta o ferro e o cobre no plasma. • Gama globulinas: – Representam 5 a 40% das proteínas totais. Estão relacionadas com a imunidade do animal. – Nos recém nascidos (bovinos, ovinos, suínos e eqüinos) sua taxa é muito baixa, aumentando após a ingestão do colostro. – Causas de diminuição: • deficiência congênita de Células T (cão, eqüino), • doenças imunodepressivas, • terapia com corticóides. – Causas de aumento: • infecções bacterianas, viróticas, parasitárias, algumas neoplasias (linfossarcoma, plasmocitoma). • FIBRINOGÊNIO – Pequena quantidade no plasma dos animais (0,5 g%), é uma globulina e tem importante papel na coagulação sangüínea. – Seu aumento é observado: • nas doenças inflamatórias agudas, • nas septicemias, na gestação, na necrose, mieloma múltiplo. – Sua diminuição é observada: • na insuficiência hepática, • nos tumores de estômago, intestino e fígado, • nos processos inflamatórios fibrinosos, • na coagulação intravascular disseminada (CID), • nos casos de afibrinogenemia (defeito na síntese). Testes de Função Renal • Uréia • Creatinina 04/10/2013 4 URÉIAURÉIA • É o principal produto do catabolismo das proteínas, é produzida no fígado e eliminada pelos rins. Sua excreção depende da velocidade de filtração glomerular (VFG) e da integridade funcional dos rins. Sua concentração no sangue nos informa sobre a capacidade funcional dos rins. É muito solúvel em água e facilmente transportada pelo sangue, excretada pelos rins. • Aumento da uréia ocorrem quando 3/4 dos néfrons ou mais estiverem afuncionais. • Bactérias intestinais atuam sobre os aminoácidos da dieta => amônia => absorvida => circulação => fígado convertida pela ação da arginase hepática => ornitina + uréia . • Interpretação – Uremia pré-renal: • Desidratação, • distúrbios circulatórios • dietas ricas em proteínas. – Uremia renal: • Nefrites agudas, sub-agudas e crônicas, • Insuficiência renal. – Uremia pós-renal: • Urolitíases, • estenose da uretra, • cistites, • retenção urinária, • hipertrofia da próstata, tumores, abscessos e cistos prostáticos, etc. • Causas de diminuição: –insuficiências hepáticas graves, –nos distúrbios venosos porto- sistêmicos, –nas poliúrias e polidipsias, –no hiperadrenocorticismo, –hiperhidratação, –no final da gestação –nas dietas pobres em proteínas. CREATININA • É uma substância nitrogenada não protéica originada do metabolismo muscular da creatina e da fosfocreatina, excretada pelo glomérulo renal, não havendo nem excreção e nem reabsorção tubular significativa. • Fornece índices grosseiros da filtração glomerular. • Sua velocidade de excreção depende da velocidade de filtração glomerular (VFG). Sofre as mesmas influências da uréia. • Causas de aumento: – insuficiências renais, – desidratação, – doenças cardíacas, – exercícios prolongados – rabdomioses. 04/10/2013 5 Outras Bioquímicas GLICOSE • O metabolismo da glicose e a manutenção da glicemia dependem de vários órgãos como: – fígado, – pâncreas,– supra-renal, – hipófise, – tireóide, – músculos, – rins, etc. • Causas de hiperglicemia: – Diabetes mellitus (mais freqüente nos cães e gatos) – Pós-prandial (nos monogástricos) – Hiperpituitarismo, – Hipertireoidismo, – Hiperadrenocorticismo. – Anóxias pois o glicogênio hepático é instável diante a falta de 02. – Convulsões, exercícios, tétano, traumas cranianos, devido uma combinação de anóxia e a secreção de adrenalina. – Após anestesia geral (resultante da excitação) – Após administração de adrenalina, corticóides, morfina e soluções glicosadas. • Causas de hipoglicemia: – hiperinsulinismo (insulinomas ou neoplasias do pâncreas), – Inanição, lactação, gestação e acetonemia das vacas e ovelhas, (consumo) – hipopituitarismo, hipotireoidismo, e hipoadrenocorticismo, – hepatopatias em fase terminal (armazenamento de glicogênio), – hipoglicemia idiopática em raças Toy, – hipoglicemia dos recém-nascidos em suínos nos primeiros dias de vida, – má absorção intestinal, – glicosúria renal canina (casos graves) – amostras retidas com os eritrócitos e leucócitos (gasto da glicose). CÁLCIOCÁLCIO • Encontrado em maior concentração nos ossos e dentes, embora esteja presente em todos os tecidos. • Funções: – preservação da estrutura óssea, – contração muscular, – coagulação sangüínea e ativação enzimática, – permeabilidade das membranas. – transmissão de impulsos nervosos. • O cálcio no soro pode ser encontrado: – parte combinada com as proteínas, formando complexos com citrato e fosfato e parece ser fisiologicamente inativa. – parte difusível através das membranas capilares, é o cálcio ionizado e fisiologicamente ativo. 04/10/2013 6 A calcemia é mantida pela ação: • Vitamina D (Calcitriol ou D 3). – Atua na absorção intestinal do cálcio e fósforo e na excreção renal do fósforo. • Paratormônio ( PTH) que atua: – na eliminação do fósforo pelos rins (diminuindo a reabsorção tubular). – na liberação do cálcio e fósforo dos ossos (aumento da osteólise) – aumentando a reabsorção tubular do cálcio. • Calcitonina (tirocalcitonina): – Produzida pelas células parafoliculares da tireóide. Quando a taxa de cálcio sangüíneo está alta, ela age inibindo a liberação de cálcio dos ossos. – Aumento da concentração do cálcio plasmático suprime a secreção do PTH e estimula a secreção da calcitonina, que inibirá a reabsorção óssea de cálcio. Hipercalcemia é achado raro, podendo ser observada: – no hiperparatireoidismo primário, devido a adenoma da paratireóide, – nefropatias, devido a uma insuficiência renal grave e retenção de fósforo no organismo; Conseqüência: osteodistrofia fibrosa, – hipervitaminose D, – hiperproteinemias (hiperalbuminemias), – neoplasias ósseas pouco comum, – osteopatia osteolítica. • Hipocalcemia é achado bastante freqüente, podendo ser observada: – hipoparatireoidismo, – inanição, diminui o cálcio ligado à proteína e o cálcio total, o cálcio ionizado está normal, – acetonemia, – febre vitular - queda do cálcio ionizável e do Ca++ ligado à proteína, – eclampsia das cadelas, – raquitismo (animal jovem), – osteomalácea (adulto), – osteodistrofia fibrosa (cavalo), – rinite atrófica (suínos), – osteogênese imperfeita (gato) ou hiperparatireoidismo 2ario nutricional, – tetania hipomagnesiana (ruminantes), – deficiência de Vitaminas "A" e "D". FÓSFORO • O fósforo inorgânico é encontrado nos ossos e dentes combinado com o cálcio. • Está presente também nas células e líquidos extracelulares. • Grande quantidade acha-se em combinação orgânica intracelularmente (ATP, ADP, nucleoproteinas e fosfolípedes). • A determinação da fração orgânica não tem grande valor diagnóstico, além disso dosá-lo é difícil, não sendo feito rotineiramente portanto, considerações são feitas apenas a respeito da fração inorgânica. • Fatores que influenciam na fosfatemia: – Vitamina D: • Atua na absorção intestinal de Cálcio e em menor grau de Fósforo, além de sua relação na excreção renal de fósforo. – Paratormônio (PTH) • Aumenta a excreção renal de fósforo, promovendo ainda sua mobilização dos ossos, juntamente com o cálcio. – Estado funcional dos rins: • Ocorre retenção de fósforo nas lesões renais graves. – Taxa de cálcio ionizável no soro: • As taxas deste e do fósforo geralmente variam de uma maneira recíproca. • Hiperfosfatemia ocorre: – insuficiências renais crônicas, constituindo um mau sinal no prognóstico, – recuperações de fraturas ósseas (ligeiro aumento), –hipervitaminose B, –hipoparatireoidismo (raro), –Diabetes mellitus (ins. renal). 04/10/2013 7 • Hipofosfatemia: está associada aos seguintes casos: – Ingestão deficiente (a fosforose) muito comum em nosso meio. Os bovinos parecem ser mais sensíveis. – Raquitismo e osteomalácea, causadas por ingestão deficiente, dificuldade na absorção, ou por inadequada utilização pelo organismo. – Hiperparatireoidismo primário, ocorre maior eliminação do fósforo pelos rins, levando a uma hiperfosfatúria e hipofosfatemia. – Hipofosfatemia pós-parto (vaca) ou hemoglobinúria pós-parto. COLESTEROL • É sintetizado em qualquer parte do organismo, sendo os principais locais de síntese: fígado, intestinos e pele. • Existem duas frações: – fração livre (CL) – fração esterificada (CE) • Sofre muita influência da dieta, porém uma vez controlada a dieta, serve para avaliar a função da tireóide e a eficácia do tratamento do hipotireoidismo. • Soro é estável 6 dias refrigerado. . ácido cólico + taurina e glicina ácido glicólico e taurocólico bile íleo forma ácidos biliares secundários reabsorção intestinal circulação entero-hepática reexcretado com a bile Colesterol Elementos clássicos no metabolismo das lipoproteínas no cão • Hipercolesterolemia: – dieta rica em lípides (pós-prandial), – obstrução biliar, disfunção hepática, – diabetes mellitus (300 a 900 mg/dL), – síndrome nefrótica, – hipotireoidismo – hiperandrenocorticismo, – hiperquilomicronemia primária em gatos. • Hipocolesterolemia: – doenças hepáticas avançadas, – inanição, enteropatia com perda protéica, – ingestão deficiente de gordura e insuficiência pancreática exócrina. – Os níveis do CT e CE caem nas hepatopatias avançadas, pois está comprometida a síntese e a esterificação do mesmo. • HDL => bom colesterol . Boa proteção. • VLDL => lipoproteína de muito baixa densidade. • LDL => lipoproteína de baixa densidade. 04/10/2013 8 ENZIMASENZIMAS • São proteínas complexas com várias modificações não protéicas. • Elas ocorrem em quantidades diminutas no sangue. • O valor de seu estudo está relacionado com sua especificidade sobre o substrato e sua distribuição no organismo, quanto mais específico e localizado maior valor no diagnóstico terá. Principios básicos sobre enzimas • Diferentes orgãos, tecidos ou células possuem diferentes enzimas. • atividade sérica de uma enzima, será quando maior quantidade dessa enzima alcançar a corrente sanguínea. • Meia vida da enzima. • Manuseio e armazenamento apropriados da amostra. DesidrogenaseDesidrogenase láctica (DHL) ou láctica (DHL) ou lactatolactato desidrogenasedesidrogenase (LDH)(LDH) • O soro não pode ser congelado, pois ocorre inativação da enzima. • Encontrada na maioria dos tecidos corporais. • Catalisa a oxidação reversível do lactato para piruvato com o co-fator NAD+. • Pela eletroforese cinco isoenzimas podem ser identificadas: DHL 1, DHL 2, DHL 3, DHL 4 e DHL 5. – A LDH 1 é de origem da musculatura cardíaca. – A LDH 5 é de origem hepática e musculatura esquelética. • Sua atividade máxima ocorre entre 48 a 72 horas e volta ao normal lentamente.• Causas de aumento da DHL sérica: – doenças do músculo cardíaco e esquelético; – hepatopatias (alteração da permeabilidade dos hepatócitos); – nas doenças hemolíticas. Creatina Creatina fosfoquinasefosfoquinase (CPK) ou (CPK) ou Creatina Creatina quinasequinase (CK)(CK) • Estável dois dias à temperatura ambiente. • É uma enzima proveniente do tecido muscular, sua atividade aumenta poucas horas após a lesão e com 12 horas atinge seus valores máximos. • Retorna a seus valores normais 24 a 48 horas após cessar o aumento da permeabilidade muscular. • Sua meia vida é curta, com 6 horas reduz 50% de sua atividade. • Creatina + ATP => ADP + fosfocreatina. • O fosfato inorgânico liberado é proporcional a atividade enzimática. • Possui as seguintes isoenzimas: – CK1 ou CK-BB - tecido cerebral, – CK2 ou CK-MB - musculatura e cardíaca (< 6% da CK total) – CK3 ou CK-MM - musculatura esquelética (dominante ≅ 94% da CK total). • Taxas altas de CPK sérica indica doença muscular ativa ou recente. • Causas de aumento da CPK: – exercícios ou treinamentos rigorosos; – miosites por clostrídios, purulenta, eosinofílica; – contusões e traumas musculares; – convulsões; – infarto do miocárdio; – hiperazotúria dos cavalos; – encefalomalácia (LCR). • Aumentos da CPK + TGO indica alterações musculares. Testes de Função Hepática • Doença hepática X Insuficiência hepática – Doença hepática – lesão dos hepatócitos ou colestase • Hipóxia • Doenças metabólicas • Intoxicações • Neoplasias • Traumatismos • Obstruções biliares 04/10/2013 9 • Insuficiência hepática – Resulta da doença hepática – Incapacidade de remover do sangue substâncias que deveriam ser excretadas. –Menor produção de substâncias. – Perda de + 80% da massa hepática. Extravasamento X Indução • Extravasamento celular� lesão de células – Citoplasma – Aumento rápido (horas) • Indução � aumento da produção –Membranas celulares – Aumento gradativo (dias) FOSFATASES • São enzimas que hidrolisam ésteres fosfóricos, liberando fosfatos inorgânicos. • Fosfatase Alcalina – Tem pH ótimo para sua atividade enzimática entre 9 a 10. – Largamente distribuída no organismo ocorrendo em maior quantidade nos ossos a nível de osteoblastos, mucosa intestinal, túbulos renais, fígado e placenta. – Sua dosagem pode ser feita no soro ou plasma. – O soro para dosá-la é estável 10 dias refrigerado, 1 mês congelado. – A fosfatase alcalina possui as seguintes isoenzimas: • Fosfatase alcalina óssea - é termolábil, quando aquecemos o soro, ela reduzirá até 75%. • Fosfatase alcalina hepática- é termoestável, reduzirá em menos de 20% quando aquecido o soro. • Fosfatase alcalina intestinal - é termoestável, reduzirá em menos de 20% quando aquecemos o soro, durante 10' a 15' a 56oC. • Causas de aumento: – afecções ósseas (raquitismo e osteomalácea, sarcoma osteogênico), – hiperparatireoidismo, – consolidação de fraturas, – estase biliar (colestase), – tumores mamários mistos, – panosteíte em cães – pequeno aumento na gestação. • A produção da fosfatase alcalina é induzida por aumento da pressão hidrostática intracanalicular. A duração de seu aumento depende da persistência de sua saída dos hepatócitos e de sua velocidade de saída do plasma. Fosfatase Alcalina • Fosfatase alcalina de origem óssea – Animais em crescimento – Hiperparatireoidismo • Fosfatase alcalina de origem hepática – Colestase – Lipidose hepática – Inflamação do parênquima hepático • Fosfatase alcalina induzida por medicamentos – Glicocorticóides – Anticonvulsivantes • Fosfatases Ácidas –Tem sua atividade máxima num pH em torno de 5. –Ela aumenta no carcinoma da próstata do homem. –Nos animais a hipertrofia da próstata determina seu aumento no líquido seminal. –Tem uma estabilidade de 4 horas a temperatura ambiente, 3 dias sob refrigeração e/ou congelamento. 04/10/2013 10 AminotransferasesAminotransferases ou ou transaminasestransaminases • São enzimas catalisadoras da transferência de um grupamento amina (NH2) dos alfa aminoácidos para um alfa cetoácido e vice-versa. • As duas aminotransferases clinicamente importantes são: – Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase glutâmica pirúvica (TGP) – Aspartato amiotransferase (AST) ou Transaminase glutâmica oxalacética (TGO). • Aspartato aminotransferase (AST) – Produzida no citoplasma e mitocondrias das células hepaticas perilobulares e musculares. – É estável no soro ou plasma por 3 dias à temperatura de 25ºC, uma semana sob refrigeração e um mês sob congelamento. – Possui meia vida de 50 horas para equinos. – É de pouca especificidade. – Pode estar aumentada no soro nos casos de: • necrose do músculo esquelético como: contusões, miosites, azotúria; • necrose do músculo cardíaco (enfarte do miocárdio); • Lesão de hepatócitos, necrose hepática • aumento devido alteração da permeabilidade das membranas celulares do fígado, músculo esquelético e cardíaco causadas por anóxia, toxinas, inflamação e distúrbios metabólicos; • exercícios intensos, • esteatose hepática na vaca e cabra. • Alanina aminotransferase (ALT) – Localização: células perilobulares no citoplasma. – É estável por dois dias a 25ºC, uma semana sob refrigeração e um mês sob congelamento. – Possui uma meia vida de 50 horas. – Alanina + α cetoglutarato =>piruvato + glutamato. – Está aumentada no soro nos casos de: • Necrose de hepatócito, necrose do fígado, • Hipóxia, toxinas, • Inflamação e distúrbios metabólicos, acúmulo de lipídios nos hepatócitos • Lesões musculares. • Medicamentos. SorbitolSorbitol desidrogenasedesidrogenase (SDH)(SDH) • É uma enzima hepato-específica em todas as espécies, sendo produzida no citoplasma das células centro lobulares. • É instável à temperatura ambiente, porém estável um dia sob refrigeração e dois dias sob congelamento. • Mais usada para eqüinos e ruminantes, sendo de pouco valor para cães e gatos. Gama glutamiltransferase (GGT)Gama glutamiltransferase (GGT) • Esta associada à membrana nas células do epitélio dos ductos biliares e túbulos renais, sendo também encontrada no pâncreas, intestino delgado e glândula mamária. • A GGT plasmática é de origem hepática e indicativa de colestase e proliferação dos ductos biliares em todas as espécies animais. • Pode aumentar induzida por glicocorticóides. • A GGT urinária provém dos túbulos renais, sendo indicativa de dano renal, suas concentrações nos cães e gatos e muito baixa. • Esta enzima é indicadora de colestase tanto intra como pós-hepática. • Está elevada no sangue somente nas doenças do fígado ou da vesícula biliar. • Sendo de valor no diagnóstico em cães, cavalos e bovinos, não tem valor nos gatos. • Tem maior especificidade que a fosfatase alcalina e AST para avaliar doença hepática, não aumenta nas doenças ósseas como a fosfatase alcalina e nas musculares como a AST. 04/10/2013 11 Bilirrubina • Aumento: – Aumento da hemoglobina (hemólise) – Diminuição da taxa de conjugação – Defeitos do fluxo biliar Ácidos biliares • Sintetizados a partir do colesterol. • Causas de aumento: – Desvio de circulação portal (shunt portossistêmico) – Hepatite – Colestase (obstrução do ducto biliar, colangite)
Compartilhar