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Exercícios sobre livros Direito e Conjuntura e Programa de sociologia jurídica

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UNIFLU – Campus I 
Período: 2º Turma: 1 – manhã
Disciplina: Sociologia do Direito
Professora: Ana Lucia
QUESTÕES DO LIVRO “DIREITO E CONJUNTURA” 
Utilizando o quadro comparativo do 4º capítulo do livro Direito e Conjuntura, aponte situações concretas que classificam o Brasil em um dos modelos.
Analisando os modelos de Estado apresentados no capítulo 4, modelos Keynesiano e Schumpeteriano, o que mais se assemelha ao Estado brasileiro é o Keynesiano. Isso porque é nas características desse modelo que o nosso Estado se encaixa, como por exemplo:
- Políticas de pleno emprego e de bem-estar: criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho.
- Integração social: criação do SUS (Sistema Único de Saúde) que na teoria é uma assistência médica gratuita a toda população
- Proteção da indústria nacional: criação do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) que é um programa que busca estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.
- Financiamento previdenciário e intergerencial: criação da Previdência Social, que é uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados e utiliza a renda para substituir a renda do trabalhador contribuinte quando ele perde a capacidade de trabalho. 
Dentre as nove (09) tendências do Direito apresentadas no livro Direito e Conjuntura, indique as três mais importantes segundo sua visão e explique a razão de cada uma de suas escolhas.
- Primeira tendência: alargamento e desformalização nos tradicionais procedimentos de elaboração legislativa, especialmente nas questões mais técnicas, de caráter interdisciplinar e situadas nas fronteiras do conhecimento. 
É importante essa diminuição de complexidade e formalidade no âmbito legislativo para que os mais interessados na elaboração e votação de determinadas normas, principalmente em casos interdisciplinares, se interessem realmente e entendam completamente com o que estão lidando. É necessário que em uma situação de interdisciplinaridade ambas as partes se comuniquem com linguagens gerais, nada estritamente específico de uma área e que a outra não entenderia sem um estudo prévio, é importante que todas as partes se deem a entender e quando há uma diminuição da complexidade e da formalidade isso pode se tornar mais acessível e assim acabaria simplificando o processo legislativo.
- Terceira tendência: está relacionada ao excesso de formalismo dos tribunais e à excessiva burocratização dos mecanismos processuais.
Com uma reformulação simplificando, desburocratizando e reduzindo alguns procedimentos no Direito processual penal e civil acarretaria em uma diminuição no tempo da duração processual levando a uma maior rapidez decisória e consequentemente a uma fluidez nos processos o que acarretaria em uma maior eficácia da justiça. 
- Nona tendência: prevalecimento do primado Lei e Ordem no âmbito do Direito Penal.
É muito necessário que a lei e a ordem sejam superiores a qualquer outra coisa quando estamos falando de Direito Penal. Isso porque se está lidando com um ramo do Direito que trata de pessoas infringindo a lei e consequentemente trazendo malefícios a pelo menos uma pessoa no meio social, o que nos leva a uma necessidade de punição para que esse prejuízo não seja repetido, e a única forma de punição aceitável tem de ser dada através da lei para que esta seja justa e é necessário também que haja uma ordem para que tudo seja concretizado constitucionalmente. Porém é de extrema importância também que haja um aumento nessas sanções determinadas pela lei, ou pelo menos é indispensável que haja uma revisão nas mesmas, visto que a violência e o terrorismo continuam sendo eventos constantes e a impressão que a sociedade tem é de que quem os pratica não vê mais a lei como um impedimento, mas sim um obstáculo que pode ser transpassado, e muitas vezes de maneira até bem simples.
QUESTÃO DO LIVRO “PROGRAMA DE SOCIOLOGIA JURÍDICA”
Escolha três ramos do Direito, dentre os abordados no citado capítulo, explique suas características fundamentais, correlacione com capítulos e artigos da Constituição Federal e dê exemplos de aplicabilidade em casos reais.
- Direito Penal: é o ramo do Direito público que regulamenta o poder punitivo do Estado, estabelecendo as infrações penais e suas respectivas sanções.
Características Fundamentais: 
 - Direito público: regula as relações entre indivíduo e a sociedade, mantendo uma harmonia entre eles;
 - Ciência social: é uma ciência do “dever ser” e não do “ser” que estuda o cumprimento das regras, como sendo uma dogmática jurídica;
 - Normativa: tem como objeto o estudo da norma, do Direito Positivo;
 - Valorativo: consiste na valoração das normas pelo Direito, em conformidade com o fato e em escala hierárquica;
 - Finalista: consiste na sua atuação e, defesa da sociedade, protegendo bens jurídicos fundamentais;
 - Sancionador: protege a ordem jurídica cominando sanções e através dessa cominação, protegem normas de natureza extrapenal;
 - Dogmático: expõe seu conteúdo através de normas.
Ligação com a Constituição Federal: 
 - Art. 5º, XII, CF: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
 - Art. 5º, XXXIX, CF: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
 - Art. 5º, XL, CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
 - Art. 5º, XLI, CF: a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
 Art. 5º, XLII, CF: a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
 - Art. 5º, XLIII, CF - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
 - Art. 5º, XLIV, CF - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
 - Art. 228, CF: São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Exemplos de aplicabilidade em caso concreto:
 - Homicídio simples: se encaixa na definição de crime contra a vida. É a destruição ilícita da vida de uma pessoa por outra. É o ato de matar alguém.
 Art. 121, CP. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos
 - Furto: se encaixa na definição de crime contra o patrimônio. É a apropriação de um objeto ou um bem que pertence a outra pessoa.
 Art. 155, CP - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
 - Direito do Consumidor: é o ramo do direito que lida com as relações jurídicas entre fornecedores de bens e serviços e seus consumidores
Características Fundamentais do CDC (Código de Defesa do Consumidor):
 - Diploma multidisciplinar: envolve diversas disciplinas e ramos do Direito, entre eles o Direito Civil, processual civil, direito constitucional, penal e administrativo;
 - Microssistema: é um conjunto de normas destinados à destinatários específicos.
 - Finalidade: proteger e tutelar o interesse dos consumidores;
 - Lei Principiológica: envolve diversos princípios e teorias;
 - Normas Cogentes: são normas de ordem pública, onde o juiz não precisa de provocação para aplicar o CDC. Porém, tem uma exceção, a 381 do STJ dispõe que o juiz não pode conhecer de ofício cláusula abusiva em contrato bancário;
 - Normas de 3ª Geração (ou Dimensão): são normas de direito de solidariedade ou de fraternidade;
 - Normas de Interesse Social: As relações de consumo envolve à todose não só à um indivíduo. 
Ligação com a Constituição Federal:
 - Art. 5º, XXXII, CF: o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
 - Art. 70, V, CF: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: defesa do consumidor;
 - Art. 48, CF: O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.
Exemplos de aplicabilidade em casos concretos:
 - Código de Defesa do Consumidor: um conjunto de normas que visam a proteção aos direitos do consumidor, bem como disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor (fabricante de produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades.
 Art. 1°, CDC. O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
 - Publicidade: tornar público (divulgar) o produto ou serviço, com o intuito de aproximar o consumidor do fornecedor, promovendo o lucro da atividade comercia
 Art. 36, CDC. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
Art. 37, CDC. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
 - Das Práticas Abusivas: são comportamentos, tanto na esfera contratual quanto à margem dela, que abusam da boa-fé ou situação de inferioridade econômica ou técnica do consumidor
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: inciso I e seguintes. 
- Direito de Família: é a área do direito que estabelece e regula as normas da convivência familiar, contendo normas que abrangem organização, estrutura e proteção da família além de tratar das relações familiares e dos direitos e obrigações que surgem com as mesmas.
Características Fundamentais:
 - Normas de Direito de Família também não admitem modalidade (encargo, condição ou termo);
 - Impõe-se a todos de modo imperativo;
 - As normas são de ordem pública e imprescritíveis.
Princípios fundamentais 
 - Princípio da ratio do Direito de Família (princípio da afetividade);
 - Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges;
 - Princípio da igualdade jurídica dos filhos.
Ligação com a Constituição Federal:
 - Art. 203, I, CF: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
 - Art. 221, IV, CF: A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
 - Capítulo VII, CF: Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso.
 - Art. 226, CF: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
 - Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
 - Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Exemplos de aplicabilidade em casos concretos:
 - Divórcio: é o rompimento do vínculo conjugal reconhecido pela lei. O divórcio rompe o vínculo matrimonial, permitindo um novo casamento dos cônjuges divorciados. Ele põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso, mas não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.
 Art. 1.571, IV, CC. A sociedade conjugal termina: pelo divórcio.
 - Adoção: ato jurídico solene e bilateral em que uma pessoa, denominada adotante, cria vinculo de filiação entre as partes, findando assim as ligações de filiação do adotando com a sua família biológica, ato este irrevogável e personalíssimo.
Art. 39, § 1o, CC. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
 - Casamento: é um contrato de direito de família que regula a união entre marido e mulher.
 Art. 1.514, CC. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

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