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Nervos Cranianos cap11

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Nervos Cranianos (cap. 11 Machado)
Os nervos cranianos fazem conexão com o encéfalo.
Ligam-se ao tronco encefálico, exceto os nervos olfatório e ópticos, que se ligam respectivamente ao telencéfalo e ao diencéfalo.
Os nervos oculumotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) inervam os músculos do olho.
O trigêmeo possui três ramos: oftálmico, maxilar, e mandibular.
O nervo vestibulococlear tem dois componentes distintos, o vestibular(equilíbrio) e coclear(audição).
Nervo acessório é formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e outra espinhal.
- Componentes funcionais dos nervos cranianos
Os órgãos de sentido complexos são os órgãos da visão, audição, gustação e olfação. Seus receptores são “especiais”, para distingui-los dos receptores do resto do corpo que são denominados gerais.
a)Fibras aferentes somáticas gerais: originam-se em exteroceptores e proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção.
b)Fibras aferentes somáticas especiais: originam na retina e no ouvido interno, relacionado com visão, audição e equilíbrio.
c)Fibras aferentes viscerais gerais: originam-se em visceroceptores e conduzem impulsos relacionados com a dor visceral, por exemplo.
d)Fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e olfatórios, são viscerais por estar em sistemas viscerais, como os sistemas digestivo e respiratório.
Os arcos branquioméricos são formações viscerais, e as fibras que inerva os músculos neles originados são fibras eferentes viscerais especiais, para diferenciá-las das eferentes viscerais gerais, que inervam os músculos lisos, cardíacos e as glândulas. As fibras eferentes viscerais gerais pertencem à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e terminam em gânglios viscerais, de onde os impulsos são levados ás estruturas viscerais. São fibras pré-ganglionares e promovem inervação pré-ganglionar. Fibras que inervam músculos estriados miotômicos são fibras eferentes somáticas.
- Estudo sumário dos nervos cranianos
Nervo olfatório, I par
Origina-se na região olfatória de cada fossa nasal, atravessam a lâmina crivosa do osso etmóide e terminam no bulbo olfatório. È um nervo sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios. São classificados como aferentes viscerais especiais.
Nervo óptico, II par
Origina-se na retina emergem próximo ao pólo posterior do bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde partes das fibras se cruzam e continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. É um nervo sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais. São fibras aferentes somáticas especiais.
Nervos oculomotor, III par; Troclear, IV par; Abducente VI par
São nervos motores, penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior e oblíquo inferior. Todos esses músculos são inervados pelo oculomotor, exceto o reto lateral e oblíquo superior, inervados respectivamente pelos nervos abducente e troclear. São fibras eferentes somáticas. O oculomotor tem fibras de inervação pré-ganglionar dos músculos intrínsecos do bulbo ocular: músculo ciliar (convergência do cristalino) e o músculo esfíncter da pupila. Estes músculos são lisos e as fibras que os inervam são efetentes viscerais gerais.
Nervo trigêmeo, V par
É um nervo misto, mas o componente sensitivo é maior.Possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora. A raiz sensitiva é formada por prolongamentos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal, e formam distalmente ao gânglio, os três ramos: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular. São responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça. As fibras são aferentes somáticas gerais, que conduzem impulsos exteroceptivos e proprioceptivos(músculos mastigadores e articulação temporomandibular).
Os impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) originam-se da: pele da face e fronte; conjutiva ocular; parte ectodérmica da mucosa da cavidade bucal, nasal e seis paranasais; dentes; 2/3 anteriores da língua; dura-máter craniana.
A raiz motora do trigêmeo acompanha o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores, esses músculos derivam do primeiro arco branquial, e as fibras são eferentes viscerais especiais.
Nervo facial, VII par 
Tem relações com o nervo vestíbulococlear e ouvido médio e interno.
Emerge do sulco bulbo-pontino pela raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Junto com o nervo vestibulococlear o nervo facial penetra no meato acústico interno, formando um tronco nervoso único que penetra no canal facial. O nervo facial encurva-se formando o joelho externo ou genículo do nervo facial onde tem o gânglio geniculado (sensitivo). Depois emerge do crânio pelo forame estilomastoídeo, atravessa a glândula parótida e emite ramos para os mm. Mímicos, estilo-hioídeo e digástrico. Esses mm. Derivam do segundo arco branquial, são, pois, eferentes viscerais especiais.
O nervo intermédio, componente do nervo VII, possui fibras aferentes viscerais especiais (impulsos gustativos dos 2/3 anteriores da língua), aferentes viscerais gerais e aferentes somáticas gerais.
Os eferentes originam-se em núcleos do tronco encefálico. Fibras eferentes viscerais especiais (mm. Mímicos, estilo-hioídeos, ventre posterior do digástrico) e fibras eferentes viscerais gerais (inervação pré-ganglionar das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual).
Nervo vestibulococlear, VIII par
É sensitivo, penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, na região ângulo ponto-cerebelar.
Ocupa junto com o nervo facial e intermédio, o meato acústico interno na porção petrosa do osso temporal.
As fibras da parte vestibular originam do gânglio vestibular, conduz impulsos relacionados ao equilíbrio, originados em receptores da porção vestibular do ouvido interno.
Fibras da parte coclear originam do gânglio espiral e conduz impulsos relacionados com a audição, originados no órgão espiral, situado na cóclea.
As fibras no nervo vestíbulococlear são aferentes somáticas especiais.
Nervo glossofaríngeio, IX par
É um nervo misto, emerge do sulco lateral posterior do bulbo, e sai do crânio pelo forame jugular, onde tem o gânglio superior (ou jugular) e inferior (ou petroso), formado por neurônios sensitivos.
Ao sair do crânio tem trajeto descendente e ramifica-se na raiz da língua e na faringe.
As fibras aferentes viscerais gerais são responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos. 
As fibras eferentes viscerais gerais são da divisão parassimpática do SNAutônomo e terminam no gânglio óptico, onde saem fibras do nervo auriculotemporal que inervam a glândula parótida.
Nervo vago, X par
É misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do buldo, emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e tórax, terminando no abdome. Emite ramos que inerva a laringe e faringe. Entra na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. 
Possui dois gânglios sensitivos, o superior (ou jugular) e o inferior (ou nodoso).
Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos originados na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
Fibras eferentes viscerais gerais: inervação parassimpática das vísceras.
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os mm. da faringe e laringe.
Fibras eferentes originam de núcleos situados no bulbo.
Nervo acessório, XI par
Possui uma raiz craniana e uma raiz espinhal. 
A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos primeiros segmentos cervicais da medula e constituem um tronco comum que penetra no crânio pelo foramemagno. A esse tronco reúne a raiz craniana que emerge do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco comum junto com o nervo glossofaríngeo e vago divide-se em ramo interno e externo. O ramo interno, o que possui a raiz craniana reúne-se ao vago e se distribuem. O ramo externo com a raiz espinhal inerva os mm. trapézio e esternocleidomastoídeo. 
As fibras do ramo interno podem ser eferentes viscerais especiais (inervam os mm. da laringe) e eferentes viscerais gerais (inervam vísceras torácicas junto com fibras vagais.
Nervo hipoglosso, XII par 
É essencialmente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo. Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, distribui-se aos mm. intrínsecos e extrínsecos da língua. 
São fibras eferentes somáticas.
- Inervação da língua
Os nervos trigêmeo, facial (não chega a língua, somente algumas fibras junto com o nervo V), glossofaríngeo e hipoglosso contem fibras que inervam a língua. 
V: sensibilidade geral (temperatura, dor pressão e tato) nos 2/3 anteriores.
VII: sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores.
IX: sensibilidade geral e gustativa no terço posterior.
XII: motricidade.

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