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A DIVERSIDADE CULTURAL
AGUILAR , Lúcia da Silva Vera 1 
RU: 919438
SOBRENOME, Nome do professor ²
RESUMO
O presente artigo, teve como objetivo apresentar a importância da diversidade cultural na escola e proporcionar um encontro entre diversas culturas , tendo com foco principal a etnia negra que lutou por seus direitos civis no século XX, apresentando ao mundo as ideias multiculturalistas , neste sentido o artigo abordou sobre o multiculturalismo quando e onde surgiu , e como a escola pode enfrentar os desafios de proporcionar uma educação multicultural com base nos ensinos Freire (1999), Silva e Brandim (2008), Candau (1997) e outros. Objetivo do presente texto foi analisar a importância do respeito ao outro, porque o Brasil é um país multicultural das diversidades por este motivo o artigo apresentou e apontou para os desafios enfrentados pelo escola e soluções para solucionar estas dificuldades e vencer as barreiras do preconceito. Para o desenvolvimento deste artigo optou-se pela pesquisa bibliográfica, consulta de livros, revistas e artigos na Internet. A pesquisa se justificou na importância de saber respeitar outros e destacou que o preconceito não ensina nada a ninguém e leva a ignorância de um povo.
Palavras-chave: Escola. Multiculturalismo. Educação. Diversidade Cultural.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo pretende apresentar a diversidade cultural, a importância de aprender a respeitar a diferença cultural dentro da escola, tendo como base uma educação multicultural e intercultural, levantando questões de como a escola poderá vencer o desafio das diferenças culturais em seu meio buscando uma educação multi e intercultural.
Com o objetivo de analisar a educação multi e intercultural e a importância delas nas escolas, aprender aspectos teóricos da educação multicultural e apresentar as suas contribuições na educação, seguindo a metodologia com base em pesquisas bibliográficas, visando alcançar os objetivos propostos realizados através de livros e artigos com teorias que abordam o tema.
Oliveira (2007) faz uma importante distinção entre essas modalidades de pesquisa. Para essa autora a pesquisa bibliográfica é uma modalidade de estudo e análise de documentos de domínio científico tais como livros, periódicos, enciclopédias, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos. Como característica diferenciadora ela pontua que é um tipo de “estudo direto em fontes científicas, sem precisar recorrer diretamente aos fatos/fenômenos da realidade empírica” (p. 69). 
Neste sentido pretendeu-se alcançar os objetivos de como a escola pode vencer os desafios da diferença cultural, buscando as teóricas que abordam o tema; como as dificuldades enfrentadas pelos professores e alunos que não conseguem conviver com as diferenças dos outros e identificar a influência do multiculturalismo nos dias atuais.
A pesquisa tem como justificativa levantar questões no meio escolar de como vencer os desafios das diferenças culturais hoje, a sociedade é multicultural as diferenças fazem parte da vida do ser humano segundo a educadora Roseli Fischarman professora de pós-graduação da faculdade de Educação da USP, ela afirma que as crianças precisam aprender a conviver com as diferenças. O presente artigo visa colaborar para que a escola possa estar preparada para acolher a todos.
Na visão de Banks, a educação multicultural é um movimento reformador destinado a realizar grandes mudanças no sistema educacional. Concebe como a principal finalidade da educação multicultural favorecer que todos os estudantes desenvolvam habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para atuar no contexto da sua própria cultura étnica, no da cultura dominante, assim como para interagir com outras culturas, e situar-se em contextos diferentes de sua origem (BANKS, 1999: 2 apud CANDAU, 2002, p.85).
Deste modo cabe a escola preparar seus alunos para aprender a respeitar as diferenças baseando-se no conceito da educação multicultural porque todo ser humano é diferente aos mesmos tempos somos todos iguais nas diferenças. O espaço escolar é o melhor ambiente para ensinar e conviver com as diferenças.
Sendo assim o artigo a seguir apresenta textos com fundamentações teóricas com importantes teorias que será de muito ajuda, que contribuirá para uma educação de qualidade para todos.
2. A DIVERSIDADE CULTURAL E A ESCOLA
 
O ambiente escolar da atualidade tem o grande desafio de saber lidar com as diferenças são alunos e alunos de diferentes culturas, diferenças sociais, mais nem sempre possível saber lidar com as diferenças causando angustias e incompreensões ,os educadores devem estar preparados para receber em suas salas de aula diferentes tipos de aluno, saber lidar com o diferente é máxima importância para evitar o comodismo e a intolerância, a escola deve manter sempre o dialogo aberto sobre a questões da diferença cultural.
Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, no artigo I diz que todas as pessoas tem direito a educação nascem livres e iguais em dignidade e direito, o artigo II diz que todas as pessoas tem capacidade para gozar os direitos e a liberdade sem distinção de qualquer espécie seja, raça, cor, sexo língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social nascimento ou qualquer outra condição (ONU, 1948) todos o ser humano é livre e igual em dignidade, a escola forma cidadão, cabe a ela ensinar seus alunos a ser bons cidadãos tendo como ponto de partida a liberdade de ser diferente.
A educação transforma seus alunos, os documentos oficiais como RCNEI de 1998 e os PCN do ensino fundamental, de 1996 trazem em seu interior capítulos especiais sobre como trabalhar as diferenças, o decreto n° 7.037/2009 reforça questões de diversidade, orientação de gênero, devem ser trabalhados na escola para contribuir com a formação de relações sociais mais justas e igualitária e cidadãs.
O grande desafio da escola é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional e dar a conhecer a riqueza representada por essa diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, investindo na superação de qualquer tipo de discriminação e valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade (BRASIL, 1998, p.117)
Nesse sentindo vale ressaltar o que afirma Menezes: “a escola pode ser um espaço de disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito”.
Sendo assim a escola deve ampliar os espaços de discussões e respeitar a cultura do outro, ser criativo e levar os alunos a refletir sobre a cultura dos grupos em sua volta, infelizmente a escola não prepara seus educadores de forma a reconhecer e respeitar a identidades culturais, por isso há tantas dificuldades de seus alunos respeitar a cultura do outro. Paulo Freire defende que o fim maior da educação deve ser desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, as pessoas podem lutar por sua liberdade contra a máquina opressiva do capitalismo.
 	A escola deve preparar educadores e alunos para conviver de forma harmoniosa com o próximo, as diferenças fazem parte da vida de todo ser humano, entender o multiculturalismo pode ajudar e muito, a respeitar as diferenças os grupos sociais, o educador tem uma forte influência nos seus alunos, então ele poderá contribuir para minimizar os preconceitos tão existente na nossa sociedade hoje.
De acordo com Menezes:
(...) ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar questionarmos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade. Sendo assim, aguardamos mecanismos que devam possibilitar um aprendizado sistematizado favorecendo a ascensão profissional e pessoal de todos os que usufruem os seus serviços. 
Neste contexto cabe a escola possibilitar um aprendizado que favorece a todos, buscar formas de preservar a diversidade cultural dentro de seus espaços, porqueo ambiente escolar é o encontro de diferentes culturas e se não houver o respeito, o preconceito irá tomar conta, isso seria um fracasso para a sociedade.
A exclusão não é tema desconhecida pois deste da época que Brasil foi colônia de Portugal, os povos negros e índios sofrem o preconceito por ser diferentes, isso reflete até os dias atuais e o preconceito ainda uma realidade no Brasil, nos ambientes escolares não é diferente , assim a escola e os professores precisam enfrentar este desafio, mostrar que o preconceito é coisa do passado, que hoje não há espaços para o preconceito porque todos somos iguais, que impossível não viver com pessoas diferentes de nós, porque ninguém é melhor do que ninguém.
Por este motivo a diversidade cultural tem sido muito considerada em debates, literaturas, seminários e congressos.
Neste sentindo, Candau (1997) reafirma o crescimento, nos últimos anos, de encontros, seminários e congressos abordando temas relativos à globalização, pluralismo cultural, identidades sociais e culturais etc. O marco para o início dos debates nos foros educacionais universitários deu-se numa das reuniões anuais da ANPED. Ela relata que, “(...) em 1995, pela primeira vez, foi realizada uma sessão especial sobre o tema multiculturalismo e universidade. Os participantes fomos testemunhas das reticências e reservas que o tema suscitou no debate” (IBID, 241).
Nesta perspectiva, muitos estudos têm sido feitos para melhor compreensão da diversidade cultural como destaca os PCN (BRASIL,1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”. (SILVA e BRANDIM, P. 59, 2008).
Somente no inicio do século XXI e que podemos perceber uma significativa mudança, posto que várias instituições do ensino superior começaram a adotar as denominadas ações afirmativas para negros e indígenas, com ênfase no sistema de cotas. E, desde 2003, há a obrigatoriedade das temáticas história e cultura do negro no Brasil nos currículos escolares, sancionada através da Lei 10.639. (SANTOS e QUEIROZ,2007)
Portanto, o Brasil vem lutando contra o preconceito e procurando meios e soluções para evitá-lo no ambiente escolar, com isso em mente as escolas brasileiras tem evitado o preconceito e ensinando aos povos respeitar a vontade dos outros e conviver com suas diferenças.
2.1 EDUCAÇAO E MULTICURALISMO
O multiculturalismo é a convivência pacífica de várias culturas em um mesmo ambiente , o termo multiculturalismo possui uma polissemia de significas , como o estudo do artigo Flávio Pansini e Miguel Nenevé que citam silva (2007), o multiculturalismo se inicia no final do século xx nos Estados Unidos com objetivo da luta pelos direitos civis e entre estes direito está a formação de um currículo escolar que aborta questões relacionadas a ensinar os alunos ha não ter preconceitos e discriminações , visto que a escola é espaço de socialização .
Para Semprini (1999), alguns traços da história americana são substancialmente importantes para compreender e descrever as principais especificidades e controvérsias do multiculturalismo naquele país. Os aspectos da história da colonização americana que merecem destaque seriam: a presença indígena, o tráfico de escravos, as migrações religiosas, a base anglo-saxônica das elites e os fluxos migratórios.
Haja vista a crescente necessidade de conciliação entre culturas diferentes no seio de uma mesma nação, torna-se indispensável reconhecer o passado autóctone da sociedade americana, marcado pela presença de populações indígenas (Semprini, 1999). Privados, todavia, de sua cultura e pertença, os afrodescendentes reuniram-se na reconstrução de uma nova identidade (Semprini, 1999).
Segundo Bhikhu Parekh (2000) o multiculturalismo, enquanto processo de reivindicação identitária, iniciou-se por volta dos anos 60 do século 20, quando foi reconhecido pela mídia mundial o movimento popular norte americano denominado “Panteras Negras”.
Segundo Silva e Brandim (2008: 56) “Os precursores do multiculturalismo foram professores, doutores afro-americanos, docentes universitários na área dos estudos sociais que trouxeram por meio de suas obras, questões sociais, políticas e culturais de interesse para os afrodescendentes”. Esses precursores foram essenciais para que no século XX por meio de novos intelectuais o tema se voltasse também à educação.
Portanto, eles contribuíram muito para que o multiculturalismo fizesse parte da educação nos dias atuais, e com isso o reconhecimento internacional da livre manifestação cultural como direito de todos os homens, por meio da Declaração Universal da Unesco sobre a diversidade cultural, de 2002.
Diante do contexto exposto pelos autores o multiculturalismo é a busca por direitos iguais tem como foco principal a etnia negra porque infelizmente a raça negra sofre muito ainda preconceito, devido ao passado, os negros nos dias atuais são geralmente de nível social mais baixo este motivo gera um desconforto na sociedade, os negros acabem sendo vítimas de racismo, as crianças e adolescentes crescem com ideia que nada valem, sem condições de crescer intelectual e profissionalmente.
Nessa direção Menezes destaca:
O preconceito racial cria uma ação perversa que desencadeia estímulos dolorosos e retira do sujeito toda possibilidade de reconhecimento e mérito, levando-o a utilizar mecanismos defensivos das mais diversas ordens, contra a identidade ou o pensamento persecutório que o despersonaliza e o enlouquece. Nessa perspectiva, é fortalecida a ideia de dominação de grupos que se julgam mais adiantados, legitimando os desequilíbrios e desintegrando a dignidade dos grupos dominados.
A educação é direito de todos sem excluir ninguém não pode haver preconceito racional dentro da escola , todos conforme já mencionado neste artigo tem direito legal a educação conformo nos mostra artigo 26 da Declaração dos Direitos Humanos de 1948 e também a constituição do Brasil Artigo 205 de 1988 diz que a educação é direitos de todos , sendo assim a educação deve ser acessível a todos brancos , negros e índios , pardos e mulatos , mais infelizmente a população de negros e índios ainda sofre com a discriminação racial como por exemplo a população negra tem média de 6,7 anos de estudo , tem praticamente 2 anos de estudo a menos que branca 8,4 anos (PNAD,2009).
Portanto esta ainda é uma triste realidade do Brasil , porque a grande maioria da população negra não tem condições de continuar os estudos pois tem que trabalhar para sustentar a família , ajudar na renda familiar não sobrando tempo para estudos , ainda há muito a se fazer para melhores condições de acesso à escola para população negra e indígenas, nesta questão para Romão (2001) , a reversão desse quadro será possível pelo reconhecimento da escola como reprodutora das diferenças étnicas, investindo na busca de estratégias que atendam às necessidades especificas de alunos negros, incentivando-os e estimulando-os nos níveis cognitivos, cultural e físicas .
Partindo desta questão a escola pode ser um ponto de partida para o resgate da cultura, da autoestima da valorização deste aluno marginalizado a escola pode contribuir para diminuir o preconceito e assim facilitar o acesso e permanência deste na escola, para que possa chegar até o final dos estudos, então a escola deve se sujeitar a respeitar a bagagem cultural de seus alunos.
Muitos estudos têm sido feitos para mudar esta realidade no Brasil, o Brasil é um país de várias etnias é multicultural, cabe a ele abraçar por assim dizer o seu povo, acolhe-los em seu meio, não discriminar ninguém, porque a necessidade de fazer do Brasil, um país de todos, começando por ter nas salas de aula uma educação multicultural tendo como princípio dominante o respeito a boa convivência com as diferenças, onde todos devem ser tratados como iguais.
 Neste sentido Valentim diz:
Vivemosnuma sociedade onde a cor e/ ou a raça e/ ou a etnia constituem se como poderosos mecanismos de estratificação social, em que os afrodescendentes são segregados no acesso aos bens de toda ordem, tendo limitados os seus direitos de cidadania (VALENTIM, 2005, p.151)
Sendo assim, deve-se parar de pensar em cor de pelo como isso formasse o carácter de um ser, e pensar que todos são iguais e com mesmo direitos e deveres, que a educação é melhor caminho para vencer as diferenças.
 
2.3 MULTICULTURALISMO E OS DESAFIOS PARA A EDUCAÇAO 
Para que aja uma educação de qualidade, faz-se necessário repensar o conceito sobre multiculturalismo pois a escola, os currículos escolares e os educadores não podem desconsiderar o fato de que o Brasil é um país multicultural.
De acordo com Carmem (2007, p101):
Síntese criativos a partir de olhares plurais só tem a contribuir no caminho da construção de alternativas educacionais propiciadoras da formação de geração abertas à diversidade cultural, e desafiadora de congelamentos identários e preconceito.
O papel da escola é buscar não discriminar ninguém está aberta para a diversidade e enfrentar os desafios de acolher a todos, para Canem Oliveira (2002) três categorias parecem ser centrais nas práticas multiculturais: a crítica cultural, a hibridização e a ancoragem social dos discursos.
A crítica cultural segundo Canem Oliveira (2002) pressupõe a possibilidade dada aos alunos de analisar suas identidades étnicas, gerar conhecimento baseados na pluralidade de verdade.
A linguagem Híbrida procura superar os congelamentos identitários, e as metáforas preconceituosos incorporando discursos múltiplos e reconhecendo a pluralidade a provisoriedade de tais discursos. Ainda se tem que uma interessante hidridização discursiva pode ser realizada por meio de ancoragem social, como conexões entre discursos históricos políticos sociológicos e outros (CANEM OLIVEIRA, 2002).
A partir do momento em que a escola concretiza saindo da teoria e colocando-se em prática estas três categorias referidas pela autora irá diminuir as diferenças e ter outro olhar sobre as diferenças. No currículo escolar o multiculturalismo não deve constituir-se como um adendo mais horizonte de trabalho. Ele deve impregnar estratégias, conteúdos e práticas normalmente, trabalhados em aula pelo educador (CANEM, 2007).
Neste sentido o professor tem papel fundamental conforme afirma Canem (2007) reforça-se o papel do educador de como pesquisador constante sua prática. O professor não deve deixar este assunto nas mãos da sociedade ou da família, mais deve buscar caminhos diferentes para a valorização das diferenças sem excluir nenhum grupo étnico, vale ressaltar a necessidade de formar bons professores.
Neste sentido Xavier e Canem (2005, p336) afirmam que:
Formar o professor multiculturalmente orientado implica, conforme temos argumentado, trabalhar em prol de um modelo de professor apto a compreender o conhecimento e o currículo como processos discursivos, marcado por relações de poder desiguais que participam da formação das identidades. Implica tensionar conteúdos pré-estabelecidos e pretensões a verdades únicas, procurando detectar vozes silenciadas e representadas nesses discursos curriculares, de forma a mobilizar a construção de identidades docentes sensíveis a diversidade cultural e aptas a formular alternativas discursivas transformadoras, desafiadoras do congelamento de identidades e estereótipos.
O professor, a partir de uma postura crítica, deve aceitar as diferenças “e reconhecer as situações em que essas peculiaridades podem atender contra a saúde e o bem-estar ou dignidade da pessoa humana“. (Werneck 2008 p 417).
A formação de professores com ideia multicultural é uma necessidade nos dias atuais, pois a escola é um ambiente onde todos as culturas e gêneros se encontra, com isso em mente a escola deve ter em seu meio uma educação multicultural.
 Candau (2001p85):
Na visão de Banks, a educação multicultural é um movimento reformador destinado a realizar grandes mudanças no sistema educacional. Concebe como a principal finalidade da educação multicultural favorecer que todos os estudantes desenvolvam habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para atuar no contexto da sua própria cultura étnica, no da cultura dominante, assim como para interagir com outras culturas, e situar-se em contextos diferentes de sua origem (BANKS, 1999: 2 apud CANDAU, 2002, p.85).
Neste perceptiva a educação multicultural favorece aos alunos, porque o objetivo da educação multicultural é trazer grandes mudanças no sentido educacional como afirma Banks, todos estão envolvidos em aprender, habilidades e atitudes e conhecimento do outro.
Uma cultura escolar e estrutura social que reforcem o empoderamento de diferentes grupos: promove um processo de reestruturação da cultura e organização da escola, para que os alunos de diversos grupos étnicos, raciais e sociais, possam experimentar a equidade educacional e o reforço de seu poder na escola. (BANKS, 1999, p. 2 apud CANDAU, 2005, p.26-27).
Portanto a escola precisa basear o seu currículo escolar na valorização das diferenças, e acabar com qualquer forma de preconceito existente em seu meio produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagem, Soares (2003 pág. 161) afirma:
As diferenças fazem parte de um processo social e cultural e que não são para explicar que homens e mulheres negras e brancas, distingue entre si, é antes entender que ao longo do processo histórico, as diferenças forma produzidas usadas socialmente como critério de classificação, inclusão e exclusão.
Sabe-se que a diversidade cultural está presente em todo contexto escolar por este motivo vale ressaltar novamente a importância da escola em propor o conhecimento destas diferenças para a construção de saberes segundo Freire o processo educativo é organizado na relação entre currículo, conhecimento e cultura.
A instituição escolar é a mediadora em transmitir conhecimentos aos seus alunos mais esta não é apenas a função da escola, pois ela também é a responsável por transmitir a cultura de um povo, vale lembrar que a escola é um lugar das diferenças nela encontramos pessoas de todas as raças de todos credos, gêneros, então não há como negar esta realidade, as diferenças fazem parte do ambiente escolar por este motivo, elas devem ser respeitadas isso deve começar pelos seus educadores.
Moreira e Candau (2003, p161) diz que:
A escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença. Tende a silenciá-las e neutralizá-las. Sente-se mais confortável com a homogeneização e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diversidade, a diferença e para o cruzamento de culturas constitui o grande desafio que está chamada a enfrentar.
Então é possível vencer este desafio, basta que a escola desenvolva práticas pedagógicas que busquem alternativas cabíeis para a construção de uma educação multicultural. 
Em suma Gadotti et.al (2001, p.119) afirma que “a diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas além da sua”.
Então é suma importância que a escola mostre aos alunos que existe as diferenças que elas devem ser respeitadas, os professores devem ensinar aos alunos sobre as culturas existentes em seu meio para que alunos aprendem uma cultura diferente da sua, fazendo isso eles vão aprender a respeitar outro.
 O foco central do multiculturalismo está em trabalhar as diferenças culturais (CANDAU, 2008), partindo da proposta de Emília Ferreira (2007, p.7) “ transformar a diversidade conhecida em vantagem pedagógica, “com esta proposta em mente é preciso trabalhar as diferenças não vê-las como desafios não alcançados, mais sim como vantagem de ensino. 
O Brasil como já mencionado é um pais de fortes misturas culturais, como a cultura dos negros, índios, portugueses e outros, então a escola pode tornar conhecimento de tudoisso e ensinar através de seus alunos de como é rica a cultura brasileira, sendo assim os alunos vão aprender que não há cultura melhor do que outra pois todos são importantes e vale pena aprender com outro. A escola tem poder de transformar seus alunos fazê-los refletir que as diferenças são necessárias porque foi através delas que se formou a conhecida nação hoje, Brasil.
Assim a escola tem este grande desafio de trabalhar a diversidade cultural desenvolver um ensino que atenda a esta questão como diz Trindade (2000, p. 17):
A questão que se coloca é a importância de se entender a relação cultura e educação. De um lado está a educação e do outro a ideia de cultura como lugar, a fonte de que se nutre o processo educacional para formar pessoas, para formar consciência.
 Segundo o livro A diversidade cultural como prática na educação, cada cultura tem uma lógica própria, é verdade, mas não é da lógica de nenhuma cultura ser destruída pela cultura dominante, então a opção neste caso é o respeito.
Brandão afirma:
Pois somos a única espécie que, munida de um mesmo aparato biopsicológico, ao invés de produzir um único modo de vida ou maneiras de ser semelhantes, geramos quase incontáveis formas de ser e de viver no interior de inúmeras variedades de culturas.
Os professores, devem estar atentos a este fato de variedades de culturas e saber aproveitar as diferenças para o bem e evitar situações de omissão e intolerância.
 Segundo Brandão (2002 pág. 31) :
A cultura existe nas diversas maneiras por meio das quais criamos e recriamos as teias e as (tessituras) e os tecidos sociais de símbolos e de significados que atribuímos a nós próprios as nossas vidas e aos nossos mundos. Criamos os mundos sociais em que vivemos e só sabemos viver nos mundos sociais que criamos. Ou onde reaprendemos a viver, para sabermos criarmos com os outros os seus outros mundos sociais. E isto é a cultura que criamos para viver e conviver.
É preciso segundo Brandão ter contando com outras pessoas e aprender da cultura dela assim nos relacionarmos com outros, não há como negar que é o melhor lugar para esta socialização é a escola.
De acordo com Gimeno Sacristán (2001p,21):
A educação contribuiu consideravelmente para fundamentar e para manter a ideia de progresso como processo de marcha ascendente na História; assim, ajudou a sustentar a esperança em alguns indivíduos, em uma sociedade, em um mundo e em um porvir melhores. A fé na educação nutre-se da crença de que esta possa melhorar a qualidade de vida, a racionalidade, o desenvolvimento da sensibilidade, a compreensão entre os seres humanos, o decréscimo da agressividade, o desenvolvimento econômico, ou o domínio da fatalidade e da natureza hostil pelo progresso das ciências e da tecnologia propagadas e incrementadas pela educação. Graças a ela, tornou-se possível acreditar na possibilidade de que o projeto ilustrado pudesse triunfar devido ao desenvolvimento da inteligência, ao exercício da racionalidade, à utilização do conhecimento científico e à geração de uma nova ordem social mais racional.
Portanto, cabe a educação escolar trazer igualdade para todos, no entanto a realidade é bem diferente, estudos e pesquisas mostram que a educação ainda tem uma visão monocultural, porque negros e índios e outras classes ainda são excluídos no meio escolar. Por este motivo a escola deve deixar de lado a visão monocultural ter uma visão multicultural e Intercultural, neste sentido Pérez Gomes (1998) propõe que entendam que hoje a escola como espaço de cruzamento de cultura, ou seja ter um novo olhar em uma educação multicultural e intercultural, permitir o diálogo e troca entre elas.
As diferenças culturais enchem a vida de significados, Jeová Deus criou o homem “um só homem todas as nações dos homens“ Atos 17:26, sendo assim todos nós somos iguais, porém com formação diferentes, isso que a escola deve ensinar aos alunos, somos um só povo com etnias diferentes.
2.4 METODOLOGIA
A pesquisa realizada buscou a compreensão dos aspectos relevantes para trabalhar a diversidade dentro do ambiente escolar. Utilizando a forma de pesquisa bibliográfica e descritiva, sendo de natureza exploratória de forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que apresentam menor rigidez no planejamento, pois são planejadas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Segundo Malhotra (2001), a pesquisa exploratória é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior precisão.
Para alcançar os objetivos procurou-se adotar várias estratégias e leituras de teorias que argumentam que é necessária uma educação multicultural para que ninguém se sinta excluído.
Foi uma pesquisa qualitativa, reunindo diversas informações como objetivo de enriquecer a compreensão dos fatos apresentados. Para Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima valorização do contato direto com a situação estudada, buscando-se o que era comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.
Para a realização do trabalho foi feita a leitura bibliográfica contendo ideias dos autores sobre o assunto da diversidade cultural.
De modo que a pesquisa presente buscou criar condições de aproximar dos autores que tratam da questão da educação multicultural, para que se desenvolva uma escola com uma educação multicultural, acerca da importância de respeitar as diferenças.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Carlos Rodrigues, A Educação como Cultura. Campinas: Mercado das Letras, 2002.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: temas transversais terceiro e quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura(s): questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002
CANDAU, V. M. (2009a) Multiculturalismo, Direitos Humanos e Educação: a tensão entre igualdade e diferença. GECEC. Departamento de Educação, PUC-Rio/CNPq. (Relatório final da pesquisa)
CANDAU, Vera Maria. Sociedade, Cotidiano Escolar e Cultura(s): uma aproximação. In: Educação & Sociedade. Campinas: 2002, nº 79. ____________________. 
Educação Escolar e Cultura(s): multiculturalismo, universalismo e currículo. In: CANDAU. V. M. (org.) didática: questões contemporâneas. Rio de Janeiro: Ed. Forma & Ação, 2009.
CANEM, Ana, ARBACHE, Ana Paula, FRANCO, Monique. Pesquisando Multiculturalismo e Educação o que dizem as Dissertações e Teses.168.96.200.17/ar/libros/anped/1208T.PDF. 
CANEN, A. O multiculturalismo e seus dilemas: implicações na educação. Revista comunicação e política, v.25, n.2, p.091-107, 2007. Disponível em: http://www.cebela.org.br/imagens/Materia/02DED04%20Ana%20Caren.pdf. Acesso em: 02 mai. 2017.
CANEN, A.; XAVIER, G.P.M. Multiculturalismo, pesquisa e formação de professores: o caso das Diretrizes Curriculares para a formação docente. Ensaio: Avaliação e políticas públicas em educação. Rio de Janeiro: Fundação Cesgranrio, v.13, n48, p.333-334, jul./set.2005.
CANEN, A; OLIVEIRA, A.M.A. Multiculturalismo e currículo em ação: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação. n.21. Set-dez. 2002.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Disponível na Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo: www.direitoshumanos.usp.br
FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: Saberes necessário a Prática Educativa: Rio de Janeiro Paz e Terra 1999.
FREIRE, Paulo. Ação Cultural para liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984.
FREITAS, Fátimae Silva de. A diversidade cultural como prática na educação. Curitiba: Ibpex, 2011.
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