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Dissertação acerca de Positivismo, Historicismo, Materialismo Histórico e Dialético e Escola Metódica.

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Atila de Jesus Matos Rezende Oliveira
3º Semestre de História
Belém-PA
2017
1 - A RESPEITO DO POSITIVISMO E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA, DISSERTE SOBRE OS PONTOS COLOCADOS.
O Positivismo pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano visando a obtenção de resultados claros, objetivos e completamente corretos. Os seguidores do positivismo acreditavam num ideal de neutralidade, ou seja, na separação entre o pesquisador e sua obra: esta, em vez de mostrar as opiniões e julgamentos de seu criador, retrataria de forma neutra e clara uma dada realidade a partir de seus fatos, mas sem os analisar. Os positivistas acreditam que o conhecimento se explica por si mesmo, necessitando apenas seu estudioso recuperá-lo e colocá-lo à mostra. Pode-se inclusive dizer que o Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos, capazes de fazer-se entender por sua conta. Assim, para os positivistas que estudaram a História, esta assume o caráter de ciência pura: é formada pelos fatos cronológicos e o que realmente significam em si. São objetivos à medida que possuem uma verdade única em sua formação e não requerem a ação do historiador para serem entendidos: como já dito, o papel deste é coletá-los e ajeitá-los, constatando pela análise minuciosa e liberta de julgamentos pessoais sua validade ou não.  Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis: para se obter a totalidade sobre os fatos e não deixar nenhuma margem de dúvida no que se refere à sua compreensão. A busca desses fatos deve ser feita por mentes neutras, pois qualquer juízo de valor na pesquisa e análise altera o sentido e a verdade própria dos fatos, modificando, pois a própria História. Esta se tornaria uma ciência falha e totalmente fora de seu caráter científico, e, portanto, destituída de valor e validade. Relacionando com a Escola Metódica, que tem como objetivo inicial expor os métodos positivistas utilizados por historiadores alemães e franceses. Em uma abordagem inicial, destaca-se a figura do historiador Leopold Von Ranke, com a intenção de ‘destrinchar’ os métodos positivistas da época. Ranke era um erudito, baseava-se principalmente nos documentos históricos para fazer a história do Estado e de suas relações exteriores, pois acreditava que as relações diplomáticas determinavam as iniciativas internas do estado. Ranke utilizava alguns métodos como: O historiador não é juiz do passado, não deve instruir os contemporâneos, mas apenas dar conta do que realmente se passou; Não há nenhuma interdependência entre o historiador, sujeito do conhecimento, o seu objeto e os eventos históricos passados. O historiador seria capaz de escapar a todo condicionamento social, cultural, religioso, filosófico, etc. Em sua relação com o objeto, procurando a neutralidade.
O Positivismo teve como propósito transformar a História em uma ciência. A partir disso, os positivistas procuravam uma objetividade nos métodos utilizados para analisar os fatos históricos, que para eles deviam ser sempre buscados nos documentos escritos e legitimados pelo Estado. Para os positivistas, os métodos utilizados nas ciências da natureza poderiam ser aplicados para uma análise social. Contudo, o historiador deveria manter certa imparcialidade diante seu objeto de estudo, sendo totalmente neutro para que assim chegasse a uma verdade histórica objetiva. Já a corrente historicista é uma corrente contrária ao positivismo, pois nela o historiador tem um contato direto com seu objeto de estudo, não se afastando do mesmo, pois ambos se refletem entre si. A partir de tais regras, notamos que o historicismo não busca fazer uma análise objetiva do fato histórico, pois tal fato é construído e reconstruído a partir de diferentes análises. Na concepção historicista o fato está preso em seu tempo e a análise é factual, não sendo mais uma “linha do tempo”, onde os fatos são postos cronologicamente, mas podendo-se analisar certo ponto histórico, não sendo necessariamente linear.
2 – SOBRE O MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO, DEFINA OS CONCEITOS ABAIXO:
Luta de Classes: Para Marx a luta de classes é o motor da História, pois exprime as contradições e o movimento dialético da vida social. A luta entre as classes, a luta entre as forças sociais progressistas e reacionárias encontra expressão na filosofia como luta entre correntes ideológicas opostas. A luta de classes seria, portanto, o motor das mudanças sociais, refletiria as diferenças materiais que se instauram no meio social. Essas mudanças poderiam ocorrer de forma gradual ou, em casos extremos de desigualdade, por meio de revoluções. ou seja, A luta de classes seria a origem das grandes mudanças sociais.
Ideologia: A ideologia no materialismo dialético é um conjunto de preposições elaborado na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe. A manutenção social requer de certa forma o menor uso da violência, a ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status e da própria sociedade. O método da ideologia é o uso do discurso lacunar. Ainda podemos dizer que “ideologia” é um fenômeno social que tem origem no modo de produção econômico, acabando por exprimir a divisão social do trabalho de cada época. A Ideologia, entretanto, surge a partir de um momento histórico específico, quando acontece a divisão entre dois tipos de trabalho: o material (a produção de coisas) e o intelectual (a produção de ideias).
Dialética: A dialética postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento, é pensamento e realidade a um só tempo. Mas a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético.
A hipótese fundamental da dialética é de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico do dinâmico e da transformação. A dialética de Heigel é diferente da dialética de Marx. A primeira é idealista e a segunda, é materialista. Para Marx o mundo material é que determina o mundo das ideias. Foi, contudo, a partir de Heigel que Marx retomou e aprimorou o conceito de dialética, caracterizada, segundo ele, principalmente pela transformação das coisas sociais. Marx nega a síntese de Hegel, que viria da tese e da antítese. No pensamento marxista, não há uma transformação para a síntese de contrários, mas uma transformação essencial do objeto, uma mudança de qualidade. 
Infraestrutura:
A infraestrutura trata-se das forças de produção, compostas pelo conjunto formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dá as relações de produção: empregados-empregados, patrões-empregados). Trata-se da base econômica da sociedade, onde se dão, segundo Marx, as relações de trabalho, estas marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do processo de acumulação capitalista.
Modo de Produção: O Modo de produção é a maneira como se organiza a produção material em um dado estágio de desenvolvimento social. Essa maneira depende do desenvolvimento das forças produtivas (a força do trabalho humano e os meios de produção, tais como máquinas, ferramentas, etc.) e da forma das relações de produção.
Marx define os seguintes modos de produção dominantes em cada época: o comunismo primitivo; o escravismo na Antiguidade; o feudalismo na Idade Média e o capitalismo na Idade Moderna.
A passagem de um modo de produção a outro, segundo o filósofo, dá-se no momento em que o nível de desenvolvimento das forças produtivas entra em contradição com as relações sociais de produção. Quando isso ocorre, há um sufocamento daprodução em virtude da inadequação das relações nas quais ela se dá. Nesse momento, surgem as possibilidades objetivas de transformação desse modo de produção.
De acordo com Marx, caberia à classe social que possui, nesse momento, um caráter revolucionário intervir por meio de ações concretas, práticas, para que essas transformações ocorram. Foi o que aconteceu, por exemplo, na passagem do feudalismo ao capitalismo, com as revoluções burguesas.
3 – SOBRE A ESCOLA METÓDICA, EXPLIQUE OS PONTOS COLOCADOS.
A escola metódica quer impor uma investigação científica afastando qualquer especulação filosófica e visando objetividade absoluta no domínio da história,
pensa atingir os seus fins aplicando técnicas rigorosas respeitando o inventário de fontes e a crítica dos documentos. Usa-se a Heurística, que corresponderia à tarefa primordial do historiador, ou seja, reunir, classificar e proteger os documentos; a Crítica de erudição ou crítica externa, onde se busca saber sobre a autenticidade do documento, se ele foi bem conservado se é verídico e bate com os fatos históricos; Hermenêutica, que era a análise minuciosa dos textos, tanto quando da linguística quanto histórica. A escola metódica tem como principal influente Leopold Von Ranke, um historiador alemão que nega a filosofia da história, por considerá-la subjetiva e tenta transformar a história em ciência a separando da literatura. As ciências naturais dominavam o âmbito acadêmico e cientifico, principalmente graças à criação dos métodos de pesquisas empírico-científicos da matemática, física, química e biologia, acreditava-se que poderiam esquematizar o universo através de leis. As ciências humanas estava se encontrava em conflito de identidade, pois não podiam ser empiricamente testadas, portanto não eram ciências válidas, não possuíam métodos. Com a história não foi diferente, desde séculos passados era um misto de literatura, filosofia e relatos, ranke a fim de transformar história em ciência adaptando as leis naturais separou-se da literatura buscando métodos, e o encontrado foi o uso empírico dos documentos, mais precisamente documentos oficiais de caráter diplomático e militar. Os documentos garantiram a objetividade e a validade cientifica. Por serem oficiais, ranke acreditava que estavam totalmente puros, sem influências ideológicas e livres de mentiras, portanto objetivo.

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