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MARIA NEIJANE LOPES SALES SANTOS AV2 – PRÁTICA SIMULADA CASTANHAL-PA 2017 MARIA NEIJANE LOPES SALES SANTOS AV2 – PRÁTICA SIMULADA Trabalho apresentado à disciplina de Prática Simulada, do curso de bacharelado em direito da Estácio-FCAT, como requisito para avaliação AV2. Professor: MsC. Yuri Serra Teixeira. CASTANHAL-PA 2017 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE ________ - ESTADO _________. Processo nº:XXXXXXXXXX Willian Vonner da Silva, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado e procurador infra-assinado, conforme faz prova procuração anexa, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, insatisfeito com a respeitável decisão, interpor tempestivamente, recurso de AGRAVO EM EXECUÇÃO com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal, a fim de requerer a realização do Juízo de Retratação, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, em sendo mantida a decisão atacada, que seja o presente recurso encaminhado para segunda instância para devido processamento e julgamento. Termos em que, Pede-se deferimento. ___________, ___/___/2016 XXXXXXXXXXXX Advogado OAB/XXX, nºXXXX RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO Recorrente: Willian Vonner da Silva Recorrido: Ministério Público do Estado ____ Processo nº:XXXXXXXXXXX Egrégio Tribunal Colenda Câmara Douto Julgadores Willian Vonner da Silva, já qualificado nos autos, através de seu advogado e procurador que a esta subscreve, procuração anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos autos do processo de execução de pena em epígrafe, inconformado com a respeitável decisão do Juízo da __ Vara de Execução Penal da Comarca de ______ , interpor recurso de: AGRAVO DE EXECUÇÃO Com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: I- DOS FATOS Willian Vonner da Silva foi condenado por incidir nas sanções previstas no artigo 121, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal Brasileiro. Na sentença, a pena privativa de liberdade decretada foi de 12 anos de reclusão a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. O reú iniciou o cumprimento de sua pena em regime fechado no dia de fevereiro de 2014. Desde o início do cumprimento de sua pena, sempre apresentou bom comportamento, inclusive trabalhando cinco dias por semana, desde junho de 2015, no setor administrativo do presídio, como é de direito ao recorrente, foi peticionado ao juízo da execução, no dia 02 de maio de 2016, requerendo a progressão de regime do recorrente. No entanto, foi negado o pedido de progressão de regime, pelo Juiz da Vara da Execução Penal, com o justificativa, de que mesmo estando presentes os requisitos subjetivos, o apenado não preencheu o requisito objetivo indispensável, sendo condenado por crime hediondo. II - DO MÉRITO O recorrente ostenta todos os elementos objetivos e subjetivos para a permissão do benefício de progressão para regime semiaberto, eis que cumpre todos os requisitos do artigo 112 da Lei de Execução Penal, uma vez que possui bom comportamento carcerário e cumpriu um sexto da pena. Deste modo, não cabe a respeitável decisão proferida pelo Juiz da Vara de Execução Penal. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Estão presentes os elementos subjetivos para concessão do benefício, visto que, conforme fazem prova documentos anexados nos autos do processo, o recorrente sempre contemplou um excelente comportamento. Tais elementos objetivos para concessão da progressão de regime, também estão presentes, já que o recorrente trabalha cinco dias por semana desde de junho de 2015, tendo remido, deste modo, no cumprimento de sua pena, o correspondente a 80 dias, ou seja, dois meses e 20 dias, conforme previsão do artigo 126, §1º da Lei de Execução Penal Se incluirmos os dois meses e 20 dias remidos por trabalho, com os 2 anos e 03 meses de cumprimento da pena privativa de liberdade em regime fechado, chegaremos a conclusão, que o recorrente cumpriu 02 anos, 5 meses e 20 dias de sua pena, tendo assim, cumprido mais de 1/6 de sua pena, nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal. De fato, modo a vedação de aplicação do instituto da progressão de regime e livramento condiciona, previstas na Lei dos Crimes Hediondos, artigos 1ª e 2º, foi declarada inconstitucional pelo Superior Tribunal Federal, sendo conhecido que reeducando tem direito ao benefício desde que cumprido 1/6 da pena e presentes demais requisitos subjetivos. Sendo assim, a progressão para regime semiaberto é medida de direito e justiça que se impõe, já que o recorrente cumpre todos os requisitos para sua concessão. Conforme jurisprudência do STJ abaixo: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO DO REGIME FECHADO PARA O SEMI-ABERTO. REQUISITO OBJETIVO CUMPRIDO. ART. 112 DA LEP. INDEFERIMENTO DO PEDIDO COM BASE NA LONGEVIDADE DA PENA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Declarada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 23/2/06 (HC 987.76/RJ), a inconstitucionalidade incidental do art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, que veda a progressão de regime nos casos de crimes hediondos e a eles equiparados, afastado restou o óbice à execução progressiva da pena. 2. A redação do art. 112 da LEP, dada pela Lei 10.792/03, estabelece que, para a progressão de regime de cumprimento de pena, basta que se satisfaçam dois pressupostos: o primeiro, de caráter objetivo, que depende do cumprimento de pelo menos 1/6 da pena; o segundo, de caráter subjetivo, relativo ao seu bom comportamento carcerário, que deve ser atestado pelo diretor do estabelecimento prisional. 3. Configura constrangimento ilegal a exigência de lapso temporal de cumprimento de pena maior do que o previsto pela legislação de regência. 4. Assim, o fundamento de que, diante da extensão da pena imposta, o preenchimento do requisito temporal previsto na lei de regência (1/6 da pena) seria insuficiente para a progressão de regime, porque representaria estímulo à evasão, não se mostra idôneo a ensejar o indeferimento do benefício legal. 5. Ordem parcialmente concedida para, anulando a decisão proferida pelo Juízo da execução, determinar o exame dos requisitos para a obtenção do benefício da progressão de regime (art. 112 da LEP) (STJ - HC: 114426 SP 2008/0190277-0, Relator: Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Data de Julgamento: 24/11/2008, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: --> DJe 19/12/2008) III - PEDIDO Pelo exposto, requer de Vossa Excelência que seja conhecido o presente recurso e reformada a respeitável decisão, para assim ser declarada a progressão do recorrido para regime semiaberto, nos termos do artigo 112, da Lei de Execução Penal, determinando-se ao Meritíssimo Juízo a expedição do alvará de soltura, por ser de direito e de justiça. Termos em que Pede e aguarda deferimento. ________, ____ de ______ de 2016. XXXXXXXXXXXXX Advogado OAB/XX, nºXXX.XX.
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