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Unidade 5 (Apostila: Questões Relevantes sobre a Ética e Cidadania)

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5
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Questões Relevantes sobre a Ética e 
Cidadania 
Caro(a) aluno(a), 
Após o estudo dos aspectos gerais da cidadania, analisaremos, neste capítulo, 
questões relevantes sobre a ética e cidadania, tais como: política, educação, a atuação das 
mulheres, os direitos sociais e alguns casos práticos para fixação da matéria. 
Vamos lá... Bons estudos! 
 
 
 A Cidadania e a Política 
 
 Para começar, porque alguns cidadãos não participam ou não se interessam pela 
política brasileira? Na verdade, este ato de inércia ou omissão pelo cidadão, já representa um ato 
político. 
Quando as pessoas se negarem a interagirem e participarem das decisões sociais sobre 
saúde, segurança, transporte, educação e outros, estão se recusando a decidir sobre suas próprias 
vidas. Estão permitindo que os assuntos que dizem respeito as suas vidas sejam discutidos e 
decididos por outras pessoas. 
Para Gallo (2011, p. 28), “[...] a política é a reflexão sobre os atos humanos que se 
cometem em sociedade, na vida pública. O engajamento do público se dará pelos interesses que 
estiverem em jogo. [...] política é a tomada de decisões que visem objetivar interesses que irão 
refletir na coletividade”. 
 Ocorre que qualquer cidadão atento aos noticiários sabe quais são os principais 
problemas sociais de nosso país. Eles são desemprego, alimentação, saúde, habitação, educação e 
violência urbana. O difícil não é reconhecê-los, mas resolvê-los. Tão difícil que entra ano sai ano, 
políticos e seus partidos prometem resolver os problemas sem jamais fazê-lo. 
 
5.1
2 
 
 
 
 
6
0 
 Os eleitores brasileiros estão cansados de ouvir as eternas promessas de campanha 
que nunca são cumpridas (GOUVÊA, 2002, p. 23). 
Para ter uma participação política efetiva, os cidadãos devem se organizar para a 
defesa de interesses sociais. A participação na vida política é exercida de várias formas. Vejamos 
alguns exemplos de como podemos exercitar essa participação: 
• posso, junto com outros cidadãos, dirigir abaixo-assinados às autoridades em geral; 
• posso inscrever-me em partidos políticos e participar deles; 
• posso exigir e fiscalizar a prestação de contas dos governantes; 
• posso requerer que os governos prestem as informações de meu interesse, como 
pessoa e cidadão, em caráter individual ou coletivo, conforme o caso; 
• posso promover reuniões ou participar livremente de reuniões e posso livremente 
criar associações ou participar de associações já existentes; (HERKENHOFF, 2013, p. 59/60). 
 • no contexto laboral, integrar o movimento sindical, as associações empresariais e as 
inúmeras maneiras hoje existentes de participação dos empregados na vida das empresas e 
outros. 
Em relação às eleições para cargos públicos no Brasil (por exemplo: Presidente, 
governador, prefeito, senador, deputado e vereador), o cidadão precisa preencher certos 
requisitos que a legislação eleitoral exige para ter direito a votar, como segue: 
• ter o registro/título eleitoral; 
• estar em dia com a justiça eleitoral; 
• o voto é obrigatório para aqueles que são maiores de 18 anos e menores de 70 anos 
de idade; 
• o voto é facultativo para aqueles que estão entre 16 e 18 anos incompletos, alem 
para aquelas pessoas a partir dos 70 anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Será possível, como cidadão, pleitear a candidatura a algum cargo público? 
 Qualquer cidadão que esteja gozando de seus direitos políticos pode se candidatar em 
eleições, se observadas às seguintes regras: 
• Idade mínima – A Constituição determina idade mínima aos aspirantes a alguns 
cargos públicos. Exemplo: apenas brasileiros natos com idade igual ou superior a 35 anos podem 
ocupar o cargo de presidente da república do Brasil. Os candidatos a senador também devem ter 
idade mínima de 35 anos. Já os candidatos a governador devem ter idade igual ou superior a 30 
anos. Aos deputados, exige-se a idade mínima de 21 anos, e aos vereadores, 18 anos; 
• Domicílio eleitoral – O domicílio eleitoral precisará ser observado para se candidatar 
aos cargos que a lei determina. Exemplo: O candidato a Governador pelo Estado de São Paulo 
deverá ter seu domicílio no mesmo Estado. O candidato a prefeito da cidade de Santos (SP) precisa 
comprovar seu domicílio naquela cidade; 
• Pertencer a um partido político – Um partido é formado por pessoas que têm 
afinidade com um determinado ideal político. É o partido que indica a candidatura do cidadão a 
um determinado cargo político; 
• Ser alfabetizado – Um governante precisa saber ler e escrever. Ao contrário, não 
poderia representar a sociedade, já que todas as determinações são realizadas através de 
documentos escritos. (RORIZ, 2012, p. 77). 
 
Saiba Mais 
O que acontece se eu não votar e não justificar a minha ausência? 
Você terá de pagar multa em torno de R$ 3,50. Se não pagar a multa, fica 
impedido de inscrever-se em concurso público, participar de concorrências, 
obter empréstimos em instituições financeiras do governo, receber 
remuneração de função ou emprego público, obter passaporte ou carteira de 
identidade, renovar matrícula em estabelecimento público de ensino ou 
praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou 
Imposto de renda. Quem não votar e não justificar a ausência em 3 eleições 
consecutivas (lembrando que cada turno é uma eleição), terá o título 
cancelado. (Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/ 2010/guia-do-eleitor/duvidas-
frequentes. Acessado em 28 mai. 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
6
2 
Observe que a participação política de cada indivíduo, só construirá novos valores para 
a formação de um país instruído e ciente de suas responsabilidades, portanto, exercite os seus 
direitos de cidadão. 
 
 
 A educação como Instrumento de Cidadania 
 
Para que aprender? O que fazer com o conhecimento? Aí estão duas questões que 
servem como base para inúmeras discussões. 
O direito à educação, garantido constitucionalmente, é aquele que visa ao pleno 
desenvolvimento da pessoa (cidadão), seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para a atividade laboral (trabalho). Dessa forma, não se trata do mero direito à informação, 
mesmo porque este se constitui um direito individual já conquistado por lei. 
Buscar o conhecimento, o aprendizado e, consequentemente, a educação, é inerente a 
todo ser humano. A aquisição e construção do conhecimento só são possíveis por meio da 
aprendizagem e da linguagem. 
Essa forma que o ser humano tem de compreender e interpretar o mundo em que vive 
é uma pista para que sejamos capazes de reconhecer a função do conhecimento em nossas vidas. 
(GARCIA, 2011, p. 64). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2
2 
Dicionário 
 
Educação – s.f. Ação de desenvolver as faculdades psíquicas, 
intelectuais e morais: a educação da juventude. / Resultado dessa ação. / 
Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras: homem sem 
educação. / Educação nacional, conjunto de órgãos encarregados da 
organização, da direção e da gestão de todos os graus do ensino público, 
bem como da fiscalização do ensino particular. / Educação física, 
conjunto dos exercícios corporais que visam a melhorar as qualidades 
físicas do homem. (Fonte: http://www.dicionariodoaurelio.com/ 
Educacao.html. Acessado em: 29 mai. 2014). 
 
 
 
 
 
6
3 
 A Constituição Cidadã, já estudada por nós, dispõe nos seus artigos 205 ao 214, um 
tratamento diferenciado e especial para a educação brasileira, destacando os artigos 205 e 206 
como segue: 
Artigo 205– A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Artigo 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o 
saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino; 
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
 
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, 
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das 
redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII – garantia de padrão de qualidade; 
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006). 
 
 
 
 
 
Atenção 
 
 
Atenção 
 
 Recomendamos a leitura na íntegra do Capítulo III – Da 
Educação, da Cultura e do Desporto – Seção I – Da Educação da 
Constituição Federal de 1988. 
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição 
compilado.htm. Acessado em: 18 jun. 2014. 
 
 
 
 
 
 
6
4 
E para detalhar e especificar todo o sistema educacional brasileiro foi criado a Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB – nº 9.394/96), discriminando às regras desde a creche até a universidade. 
De acordo com o artigo 2º da LDB, a educação, dever da família e do Estado, inspirada 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para “o exercício da cidadania” e sua qualificação 
para o trabalho. O direito à educação deve observar os princípios da universalidade, 
progressividade, indivisibilidade, interdependência, exigibilidade, participação e, especialmente, o 
princípio da educação por valores éticos. (SANTOS & SILVA, 2014, p. 183). 
 Uma das finalidades da educação é preparar o aluno para o exercício da cidadania, 
promovendo a formação dos educandos para cumprir os deveres e buscar o respeito dos seus 
direitos. 
 Neste contexto, Carneiro (2012, p. 68) entende que: “Desta forma, ao mesmo tempo 
em que estará se preparando para o exercício da cidadania, sentindo-se participante, responsável, 
o aluno desenvolverá sua independência, seu espírito de iniciativa, o que resultará em maior 
realização pessoal e social”. 
 
 
Atenção 
 
 
 
 
 A Mulher e o Exercício da Cidadania 
 
 Para começar o estudo deste tópico, já deixo um questionamento: As mulheres 
exercem a cidadania em todas as suas amplitudes e possibilidades? Creio que sua resposta 
teria sido à seguinte: “Professor, mas depende?!”, ou então, “Geralmente não!”. 
 Vamos, então, explicar melhor, o porquê desta sua resposta? 
 
5.3
2 
Atenção 
 
 Ter educação é adquirir conhecimento, formação e 
informação, para saber discutir e exigir seus direitos como cidadão. 
 
 
 
 
 
6
5 
 De um lado, podemos afirmar inúmeros direitos das mulheres, conforme determina a 
Declaração Universal dos Direitos do Homem (DUDH), que entre outros artigos, destacamos 
alguns: 
Artigo I – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São 
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de 
fraternidade. 
Artigo VII – Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual 
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a 
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
Artigo XXIII – Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a 
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
 A vigente Constituição Cidadã do Brasil, no seu artigo 5º, inciso I deixa bem claro que: 
Artigo 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; (negrito nosso) 
 [...] 
Por outro lado, mesmo com a criação de inúmeras normas que protegem e amparam 
as mulheres, existem várias atitudes da sociedade, que incomodam e prejudicam as mulheres no 
exercício da sua plena cidadania. 
Existem, ainda, grandes dificuldades para estabelecer o verdadeiro papel das mulheres 
na sociedade. Para Crocetti (2005, p. 49), “Isto é fruto de uma estrutura social patriarcal que 
reserva à mulher apenas o trabalho doméstico. Contudo, historicamente, a mulher vem 
conquistando sua cidadania completa, não obstante os embates cotidianos com os homens, e vem 
sendo incorporada ao mercado de trabalho”. 
São discriminadas não apenas na remuneração do seu trabalho (uma mulher recebe o 
salário menor para desempenhar a mesma função que um homem), mas também, nos seus 
direitos de cidadania. Isto ocorre, pois houve uma exorbitante ascensão e inserção das mulheres 
no mercado de trabalho, provocando certos conflitos, principalmente, em cargos de comando e de 
chefia. 
 
 
 
 
6
6 
No início do século 20 as mulheres não votavam, não podiam exercer cargos públicos 
nem uma série de atividades econômicas. 
Não tinham sequer o direito de ter propriedades, e precisavam transferir todos os 
bens herdados de suas famílias aos maridos, caindo, naturalmente, na dependência econômico-
financeira. As leis civis e penais – elaboradas pelos homens – consideravam-nas seres humanos de 
qualidade inferior. 
Na medida em que foi conquistando seu espaço no mercado de trabalho, a mulher foi 
reduzindo sua dependência do protecionismo masculino, tanto dos familiares como do marido, e 
avançando rumo a novas conquistas, para enfim desembocar em um tempo que, sem dúvida 
alguma, pertence às mulheres. 
Uma dessas conquistas, fundamental na escalada rumo à posição de destaque que a 
mulher ocupa na sociedade contemporânea, foi o direito ao voto. Naturalmente, nada disso veio 
de graça. Numa sociedade historicamente machista, foi e continua sendo necessário travar árduas 
batalhas para consolidar as vitórias já alcançadas. (Fonte: http://www.oabsp.org.br/ 
comissoes2010/mulher-advogada/cartilhas/cartilha_direito_trabalhista.pdf. Acessado em 25 jul. 
2014). 
Quanto ao direito a voto, ocorreu apenas em 1932, após intensa campanha nacional, 
mesmo assim com algumas restrições: “[...] foi ainda aprovado parcialmente por permitir somente 
às mulheres casadas (com autorização dos maridos) e às viúvas e solteiras que tivessem renda 
própria, o exercício de um direito básico para o pleno exercício da cidadania.” (Fonte: 
http://www.tre-es.jus.br/noticias-tre-es/2014/Fevereiro/82-anos-da-conquista-do-voto-feminino-
no-brasil. Acessado em: 28 abr. 2014). 
 Apesar de todas as dificuldades existentes, pode-se notar uma valorização e um respeito 
crescente da própria sociedade em relação ao papel exercido pela mulher cidadã. 
 
 
 A Cidadania e os Direitos Sociais 
 
Os direitos sociais são direitos de todos os cidadãos, e entre eles se apresentam os 
direitossociais inerentes ao trabalhador. Para tanto, a Constituição Cidadã de 1988 determina, no 
artigo 6º, que: “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
5.4
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