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1 Introdução à FilosofiaIntrodução à Filosofia Gustavo Gustavo ArjaArja CastañonCastañon PORQUE EXISTE O SER E NÃO O NADA ?PORQUE EXISTE O SER E NÃO O NADA ? Existe o ser. Então...Existe o ser. Então... O que é o ser?O que é o ser? ONTOLOGIAONTOLOGIA Como podemos conhecer o ser?Como podemos conhecer o ser? EPISTEMOLOGIAEPISTEMOLOGIA O que devemos fazer?O que devemos fazer? ÉTICAÉTICA FilosofiaFilosofia Termo cunhado por PitágorasTermo cunhado por Pitágoras Conteúdo: todo o realConteúdo: todo o real Método: razãoMétodo: razão Objetivo: puro valor da verdadeObjetivo: puro valor da verdade Motor: “Motor: “thaumatzeinthaumatzein”” 2 Disciplinas FilosóficasDisciplinas Filosóficas Alegações de ConhecimentoAlegações de Conhecimento Mito Religião Senso comum Filosofia Ciência Origem Tradição Palavra sagrada Experiência Razão Razão e experiência Método Transmissão Hermenêutica Prática Lógica Experimental Proceder Acrítico Acrítico Acrítico Crítico Crítico Conjunto Assistemático Sistemático Assistemático Sistemático Sistemático Alegações Infalsificáveis Infalsificáveis Falsificáveis Infalsificáveis Falsificáveis A maior das revoluçõesA maior das revoluções Filosofia tornou possível a civilização ocidentalFilosofia tornou possível a civilização ocidental Razão pura como revolução ocidentalRazão pura como revolução ocidental Há ideias que impossibilitam a mudançaHá ideias que impossibilitam a mudança Espírito Espírito teoréticoteorético puro: conhecer por conhecerpuro: conhecer por conhecer Linha do TempoLinha do Tempo Thales VI AC O surgimento da Filosofia Cristianismo Platão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Começo da Era Cristã 1224-74 Tomás de Aquino Escolástica Antiga 354-430 Patrística Medieval Descartes Racionalismo Moderna Kant 1781 Criticismo Contemporânea 1637 3 Antiga (~500AC-~400DC) Medieval (~400-1637) Moderna (1637-1781) Contemporânea (1781- ) Pré-socráticos Sofistas Sócrates Platão Aristóteles Estóicos Epicuro Agostinho Anselmo Tomás de Aquino Ockham Descartes Bacon Locke Leibniz Hobbes Spinoza Malebranche Hume Kant Hegel Schopenhauer Nietzsche Marx Comte Husserl Frege Russell Wittgenstein Popper Sartre Heidegger Principais FilósofosPrincipais Filósofos Condições sociaisCondições sociais Religião sem textos canônicos e Religião sem textos canônicos e OrfismoOrfismo Democracia e classe de artesãos e comerciantesDemocracia e classe de artesãos e comerciantes Riqueza de parte da populaçãoRiqueza de parte da população Convívio com diferentes culturasConvívio com diferentes culturas Grécia AntigaGrécia Antiga Novas IdeiasNovas Ideias PHYSIS PHYSIS –– Mundo natural fechado em si mesmoMundo natural fechado em si mesmo CAUSALIDADE CAUSALIDADE –– causa e efeito são naturaiscausa e efeito são naturais ARCHÉ ARCHÉ –– (origem) elemento primordial, causa (origem) elemento primordial, causa incausadaincausada COSMOS COSMOS –– (ordem) universo é cosmos: ordem e beleza(ordem) universo é cosmos: ordem e beleza LOGOS LOGOS –– (discurso, argumento) razão(discurso, argumento) razão CRÍTICA CRÍTICA –– argumentos são questionáveisargumentos são questionáveis 4 Linha do Tempo: AntigaLinha do Tempo: Antiga Thales VI AC O surgimento da Filosofia CristianismoPlatão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Era Cristã 470-399 Sócrates Lógica Physis 354-430 Filosofia Cristã Estoicismo 300ac~200dc Determinismo Plotino 204-270 Parmênides V AC Dialética Monismo Aristóteles 384-322 Humanismo Clássico NeoplatonismoHelenismo Epicuro 341-271 Hedonismo Heilocentrismo Thales de MiletoThales de Mileto (final VII (final VII a.c.a.c. até metade de VI até metade de VI a.c.a.c.)) Obra: “Sobre a natureza” Obra: “Sobre a natureza” Arché: Princípio (origem, destino e sustentáculo)Arché: Princípio (origem, destino e sustentáculo) Princípio de vida é a águaPrincípio de vida é a água Tudo está pleno de deuses: Tudo está pleno de deuses: panpsiquismopanpsiquismo. . (exemplo do ímã)(exemplo do ímã) AnaximandroAnaximandro (fim VII (fim VII a.c.a.c. até segunda metade VI até segunda metade VI a.c.a.c.)) Obra: “Sobre a natureza”Obra: “Sobre a natureza” Arché é o infinito (água é derivada)Arché é o infinito (água é derivada) AA--peironpeiron: privado de limites: privado de limites O divino não morre nem nasceO divino não morre nem nasce Primeiras ideias de evolução das espécies e de Primeiras ideias de evolução das espécies e de gravidadegravidade AnaxímenesAnaxímenes (séc.VII A.C.)(séc.VII A.C.) Obra: “Sobre a natureza”Obra: “Sobre a natureza” Arché é o arArché é o ar Frio é condensação e calor é dilataçãoFrio é condensação e calor é dilatação 5 HeráclitoHeráclito (entre VI e V (entre VI e V a.c.a.c.)) PantaPanta rheirhei: Tudo se move: Tudo se move “Não se pode descer duas vezes o mesmo rio”“Não se pode descer duas vezes o mesmo rio” Tudo passa de um contrário ao outro. A guerra é a Tudo passa de um contrário ao outro. A guerra é a mãe de todas as coisasmãe de todas as coisas Não se conheceria sequer o nome da justiça, se ela Não se conheceria sequer o nome da justiça, se ela não fosse ofendidanão fosse ofendida Harmonia dos contrários: “o caminho de descida e Harmonia dos contrários: “o caminho de descida e de subida são o mesmo caminho”de subida são o mesmo caminho” Deus é a harmonia dos contráriosDeus é a harmonia dos contrários Fogo (inteligência) é o archéFogo (inteligência) é o arché Sentidos enganamSentidos enganam PitágorasPitágoras (final VI (final VI a.c.a.c. -- início V início V a.c.a.c.)) Número é o princípio (não era um ente abstrato)Número é o princípio (não era um ente abstrato) Música é matemáticaMúsica é matemática Tudo é número, número é ordem, então tudo é ordemTudo é número, número é ordem, então tudo é ordem �� “Girando segundo o número e a harmonia, os céus produzem “Girando segundo o número e a harmonia, os céus produzem uma celeste música de esferas, belíssimas consonâncias, que uma celeste música de esferas, belíssimas consonâncias, que os nossos ouvidos não percebem ou não sabem mais distinguir os nossos ouvidos não percebem ou não sabem mais distinguir porque foram acostumados desde sempre a ouviporque foram acostumados desde sempre a ouvi--la”.la”. PitagorismoPitagorismo: mistérios, ascetismo, : mistérios, ascetismo, orfismoorfismo e ocultismoe ocultismo Função da vida é libertar a alma do corpoFunção da vida é libertar a alma do corpo Defesa da vida contemplativaDefesa da vida contemplativa ParmênidesParmênides (entre VI e V (entre VI e V a.c.a.c.)) Ser é pensarSer é pensar “o ser é e não pode não ser, o não ser não é e não “o ser é e não pode não ser, o não ser não é e não pode ser de modo algum”.pode ser de modo algum”. Ser é Ser é incriadoincriado O Ser é incorruptívelO Ser é incorruptível O Ser é eterno (O Ser é eterno (pqpq passado e futuro não existem)passado e futuro não existem) O ser é imutávelO ser é imutável O ser é completo portanto finito!O ser é completo portanto finito! Razão (conhece) X Sentidos (revelam o não ser e o Razão (conhece) X Sentidos (revelam o não ser e o movimento)movimento) EleatasEleatas MELISSO (MELISSO (sécséc V V a.c.a.c.)) Ser é informeSer é informe Ser é infinitoSer é infinito ZENON (ZENON (sécséc V V a.ca.c.).) Demonstração por absurdoDemonstração por absurdo Flecha está em repouso, pois em cada instante está Flecha está em repouso, pois em cada instante está em repousoem repouso Aquiles não pode alcançar a tartarugaAquiles não pode alcançar a tartaruga O movimento é relativo, não essencialO movimento é relativo, não essencial Não pode haver múltiplos seresporque entre eles Não pode haver múltiplos seres porque entre eles haverão outros múltiplos seres e assim por diante.haverão outros múltiplos seres e assim por diante. 6 MobilismoMobilismo X MonismoX Monismo EleatasEleatas O Ser é, o O Ser é, o nãonão--serser não é.não é. O movimento é ilusão.O movimento é ilusão. Busca a essência da Busca a essência da realidade, aquilo que realidade, aquilo que permanece na mudança.permanece na mudança. A realidade é única.A realidade é única. HeráclitoHeráclito ““PantaPanta rheirhei” (tudo flui)” (tudo flui) Tudo é movimento.Tudo é movimento. A realidade tem uma A realidade tem uma unidade na pluralidade, unidade na pluralidade, uma unidade dos uma unidade dos opostos. opostos. PluralistasPluralistas EMPÉDOCLES (~484 a.c a 421a.c.)EMPÉDOCLES (~484 a.c a 421a.c.) Doutrina dos quatro elementosDoutrina dos quatro elementos Amor une ódio separaAmor une ódio separa ANAXÁGORAS (~500a.c a 428 ANAXÁGORAS (~500a.c a 428 a.c.a.c.)) Nascer é comporNascer é compor--se, morrer, dividirse, morrer, dividir--sese Há vários elementos originais, as Há vários elementos originais, as homeomeriashomeomerias (partes iguais)(partes iguais) Tudo está em tudo, em cada coisa há parte de cada coisa Tudo está em tudo, em cada coisa há parte de cada coisa (como se poderia produzir cabelo do trigo?)(como se poderia produzir cabelo do trigo?) A inteligência ordenadora (a mais sutil de todas as coisas)A inteligência ordenadora (a mais sutil de todas as coisas) Pluralistas: DemócritoPluralistas: Demócrito (~460 (~460 a.c.a.c. a 390 a 390 a.c.a.c.)) O elemento é uma quantidade infinita de O elemento é uma quantidade infinita de aa--tomostomos Os átomos variam de formaOs átomos variam de forma Átomos, vazio e movimento: explicam tudoÁtomos, vazio e movimento: explicam tudo Os fenômenos derivam do encontro dos átomos Os fenômenos derivam do encontro dos átomos com nossos sentidoscom nossos sentidos Cheiros são átomos que se libertam das coisasCheiros são átomos que se libertam das coisas Alma e inteligência são átomos superioresAlma e inteligência são átomos superiores SofistasSofistas Tentativa de resgate atual:Tentativa de resgate atual: Democratizaram o “saber”Democratizaram o “saber” Instituíram a remuneraçãoInstituíram a remuneração Eram cidadãos da Eram cidadãos da HéladeHélade Eram totalmente livres das amarras da tradiçãoEram totalmente livres das amarras da tradição Tinham várias correntes e os últimos Tinham várias correntes e os últimos degeneraramdegeneraram 7 ProtágorasProtágoras (~481a.c. a 410a.c.)(~481a.c. a 410a.c.) Obra: “Antilogias”Obra: “Antilogias” Homo mesuraHomo mesura: “O homem é a medida de todas as coisas; das : “O homem é a medida de todas as coisas; das que são por aquilo que são, e das que não são por aquilo que que são por aquilo que são, e das que não são por aquilo que não são”não são” “Tal como algo aparece para mim, é para mim. Tal como “Tal como algo aparece para mim, é para mim. Tal como aparece pra ti, é para ti”aparece pra ti, é para ti” Nega a existência de critério universal pra definir ser e Nega a existência de critério universal pra definir ser e nãonão-- serser, certo e errado. O que existe é o mais útil, certo e errado. O que existe é o mais útil Este vento é frio? Para quem está com frio, é frio, para quem Este vento é frio? Para quem está com frio, é frio, para quem não está, não é.não está, não é. Em torno de tudo há dois raciocínios que se contrapõem. Em torno de tudo há dois raciocínios que se contrapõem. Ensinar filosofia é ensinar a disputar um torneio de razõesEnsinar filosofia é ensinar a disputar um torneio de razões Virtude é habilidade de fazer prevalecer sua posição sobre a Virtude é habilidade de fazer prevalecer sua posição sobre a opinião oposta.opinião oposta. GórgiasGórgias (485a.c. a 380a.c.)(485a.c. a 380a.c.) O ser não existeO ser não existe: os filósofos chegam a conclusões : os filósofos chegam a conclusões contraditórias sobre o ser, logo, ele não pode sercontraditórias sobre o ser, logo, ele não pode ser Se o ser existe, não pode ser cognoscívelSe o ser existe, não pode ser cognoscível: pode se : pode se pensar coisas que não existempensar coisas que não existem Se o ser é pensável, não pode ser exprimívelSe o ser é pensável, não pode ser exprimível: a palavra : a palavra não pode expressar nada além dela mesmanão pode expressar nada além dela mesma Sofistas NaturalistasSofistas Naturalistas Lei é contra a naturezaLei é contra a natureza Lei da natureza é verdade, lei positiva é Lei da natureza é verdade, lei positiva é doxadoxa Descumprir a lei positiva sempreDescumprir a lei positiva sempre TrasímacoTrasímaco: o justo é a vantagem do mais forte: o justo é a vantagem do mais forte 1 Introdução à FilosofiaIntrodução à Filosofia (Sócrates e Platão)(Sócrates e Platão) Gustavo Arja Castañon Linha do TempoLinha do Tempo Thales VI AC O surgimento da Filosofia Cristianismo Platão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Começo da Era Cristã 1224-74 Tomás de Aquino Escolástica Antiga 354-430 Patrística Medieval Descartes Racionalismo Moderna Kant 1781 Criticismo Contemporânea 1637 Linha do Tempo: AntigaLinha do Tempo: Antiga Thales VI AC O surgimento da Filosofia CristianismoPlatão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Era Cristã 470-399 Sócrates Lógica Physis 354-430 Filosofia Cristã Estoicismo 300ac~200dc Determinismo Plotino 204-270 Parmênides V AC Dialética Monismo Aristóteles 384-322 Humanismo Clássico NeoplatonismoHelenismo Epicuro 341-271 Hedonismo Heilocentrismo SócratesSócrates Uma revolução Uma revolução espiritualespiritual Questão central: O que Questão central: O que é o homem?é o homem? O homem é sua alma O homem é sua alma (consciência, (consciência, psychépsyché))“Conhece-te a ti mesmo” 2 SócratesSócrates (470 a 399 a.c)(470 a 399 a.c) A questão das fontesA questão das fontes Questão central: O que é o homem?Questão central: O que é o homem? O homem é sua alma (consciência, O homem é sua alma (consciência, psychépsyché)) Corpo é instrumento de algo, almaCorpo é instrumento de algo, alma ConheceConhece--te a ti mesmote a ti mesmo SócratesSócrates (470 a 399 a.c)(470 a 399 a.c) Virtude é o que aperfeiçoa cada coisa naquilo Virtude é o que aperfeiçoa cada coisa naquilo que ela é ou sua funçãoque ela é ou sua função Virtude do ser humano o conhecimentoVirtude do ser humano o conhecimento Riqueza, beleza, força, poder, fama, não são Riqueza, beleza, força, poder, fama, não são valores em si mesmosvalores em si mesmos Intelectualismo socrático: Intelectualismo socrático: �� 1) Conhecimento é virtude, ignorância é vício1) Conhecimento é virtude, ignorância é vício �� 2) Só se faz o mal por ignorância do bem2) Só se faz o mal por ignorância do bem �� 3) Quem faz o mal espera extrair daí um bem.3) Quem faz o mal espera extrair daí um bem. SócratesSócrates (470 a 399 a.c)(470 a 399 a.c) AutoAuto--domíniodomínio da alma sobre o corpo é a base da da alma sobre o corpo é a base da virtude e felicidadevirtude e felicidade Livre é o homem cuja alma domina o corpo, escravo Livre é o homem cuja alma domina o corpo, escravo o que é dominado pelos instintoso que é dominado pelos instintos Conceito de homemConceito de homem--autarquia: quanto menos autarquia: quanto menos dependente do externo, mais felizdependente do externo, mais feliz Felicidade é a ordem da alma assim como saúde é a Felicidade é a ordem da alma assim como saúde é a ordem do corpoordem do corpo A virtude é seu próprio prêmio: alma ordenadaA virtude é seu próprio prêmio: alma ordenada Só o próprio pode destruir a harmonia da alma Só o próprio podedestruir a harmonia da alma NãoNão--violênciaviolência socráticasocrática SócratesSócrates (470 a 399 a.c)(470 a 399 a.c) Argumento da existência de Deus:Argumento da existência de Deus: �� 1) aquilo que é ordenado para alcançar um fim, é 1) aquilo que é ordenado para alcançar um fim, é necessariamente obra de uma inteligência. necessariamente obra de uma inteligência. �� 2) O universo é ordenado em todos os seus aspectos. 2) O universo é ordenado em todos os seus aspectos. �� 3) É portanto obra de uma inteligência ordenadora.3) É portanto obra de uma inteligência ordenadora. A inteligência ordenadora não pode ser vista, A inteligência ordenadora não pode ser vista, mas nossa alma tão poucomas nossa alma tão pouco Por ser portador de inteligência, provaPor ser portador de inteligência, prova--se que o se que o ser humano tem status especialser humano tem status especial 3 SócratesSócrates (470 a 399 a.c)(470 a 399 a.c) Dialética socrática: definição, refutação e maiêuticaDialética socrática: definição, refutação e maiêutica “Só sei que nada sei” socrático não é ceticismo, só se “Só sei que nada sei” socrático não é ceticismo, só se compreende em comparação a Deus.compreende em comparação a Deus. Mas em Sócrates está presente a concepção do saber Mas em Sócrates está presente a concepção do saber negativo pela primeira vez.negativo pela primeira vez. Ironia é metódica: engrandecer o interlocutor até leváIronia é metódica: engrandecer o interlocutor até levá--lo ao lo ao ridículo ou contradição.ridículo ou contradição. O “Ta ti” socrático.O “Ta ti” socrático. Refutação: forçava uma definição e levava o interlocutor a Refutação: forçava uma definição e levava o interlocutor a examináexaminá--la mostrando as contradiçõesla mostrando as contradições Maiêutica: através de perguntas tenta levar o interlocutor a Maiêutica: através de perguntas tenta levar o interlocutor a alcançar o conhecimento dentro delealcançar o conhecimento dentro dele PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) A fundação da MetafísicaA fundação da Metafísica A descoberta do ImaterialA descoberta do Imaterial A descoberta do A descoberta do ConceitoConceito A fundação da Teoria do A fundação da Teoria do ConhecimentoConhecimento A fundação da Filosofia A fundação da Filosofia da Linguagemda Linguagem A fundação da Filosofia A fundação da Filosofia PolíticaPolítica A segunda navegação: a descoberta do imaterialA segunda navegação: a descoberta do imaterial A fundação da metafísicaA fundação da metafísica As verdadeiras causas não são físicas (ex: Sócrates preso)As verdadeiras causas não são físicas (ex: Sócrates preso) O ser é cindido em dois: um material, fenomênico, sempre O ser é cindido em dois: um material, fenomênico, sempre mutante, e outro imaterial, pensável, sempre idênticomutante, e outro imaterial, pensável, sempre idêntico Cosmos deixa de ser a totalidade das coisas que existem, Cosmos deixa de ser a totalidade das coisas que existem, para se tornar a totalidade das coisas que aparecempara se tornar a totalidade das coisas que aparecem Essas entidades imateriais foram chamadas de ideias ou eidos Essas entidades imateriais foram chamadas de ideias ou eidos (forma)(forma) PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) O Mundo das Ideias (Hiperurânio)O Mundo das Ideias (Hiperurânio) As As idéiasidéias são as essências das coisas, em outra palavra, o conceito. são as essências das coisas, em outra palavra, o conceito. (‘paradigma’)(‘paradigma’) BeloBelo––emem--sisi, , BemBem--emem--sisi, expressões que marcam a não relatividade , expressões que marcam a não relatividade dos conceitosdos conceitos Hiperurânio é um lugar Hiperurânio é um lugar nãonão--físicofísico O sensível só se explica através do O sensível só se explica através do nãonão--sensívelsensível e o relativo através e o relativo através do universaldo universal Resolução para o conflito Heráclito e ParmênidesResolução para o conflito Heráclito e Parmênides Não existe o Não existe o nãonão--serser absoluto, mas existe o absoluto, mas existe o nãonão--serser como como alteridade, em relação a uma ideia.alteridade, em relação a uma ideia. Mundo das ideias é hierárquico (hierarquia dos conceitos)Mundo das ideias é hierárquico (hierarquia dos conceitos) No topo da hierarquia, a ideia incondicionada: o Bem (Uno)No topo da hierarquia, a ideia incondicionada: o Bem (Uno) PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) 4 O mundo físico deriva das ideias como princípio formalO mundo físico deriva das ideias como princípio formal É necessário que haja uma inteligência ordenadora, que É necessário que haja uma inteligência ordenadora, que pensa e quer, plasmando a chorapensa e quer, plasmando a chora Demiurgo e Hiperurânio são eternos, mundo sensível Demiurgo e Hiperurânio são eternos, mundo sensível corruptívelcorruptível Demiurgo criou o mundo porque era bomDemiurgo criou o mundo porque era bom Mal no mundo é resultado da margem de Mal no mundo é resultado da margem de inadaptaçãoinadaptação da da matériamatéria Tempo só começa com o mundo.Tempo só começa com o mundo. Deus é estruturalmente múltiplo, nas doutrinas Deus é estruturalmente múltiplo, nas doutrinas nãonão--escritasescritas, , não.não. Deus é a medida de todas as coisas (contra Protágoras)Deus é a medida de todas as coisas (contra Protágoras) PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) ConhecimentoConhecimento É crença verdadeira justificada (É crença verdadeira justificada (TeetetoTeeteto, p.102), p.102) Explicação racional é enumeração das partes e do nexo Explicação racional é enumeração das partes e do nexo entre elas.entre elas. DefineDefine--se uma parte identificando o que a distingue das se uma parte identificando o que a distingue das demais (definição leva da opinião ao conhecimento)demais (definição leva da opinião ao conhecimento) Contra o problema Contra o problema erísticoerístico (não se pode conhecer)(não se pode conhecer) Erro é em função de aplicar a forma de cera Erro é em função de aplicar a forma de cera (representação mnemônica) de uma sensação antiga à (representação mnemônica) de uma sensação antiga à outra. (outra. (TeetetoTeeteto)) PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) ConhecimentoConhecimento As duas teses do Menon para a origem do conhecimento:As duas teses do Menon para a origem do conhecimento: �� Conhecimento é Conhecimento é anamneseanamnese (justifica a maiêutica)(justifica a maiêutica) �� Conhecimento parte de hipótese (para o mundo físico)Conhecimento parte de hipótese (para o mundo físico) FedonFedon: prova da : prova da anamneseanamnese é presença de ideias sem correspondente é presença de ideias sem correspondente físico (círculo perfeito, igual, etc.)físico (círculo perfeito, igual, etc.) Quase o inconsciente: (Quase o inconsciente: (TeetetoTeeteto, pág.98) Metáfora dos pensamentos , pág.98) Metáfora dos pensamentos como pombos, uns você tem à mão outros precisa aprender de novo, como pombos, uns você tem à mão outros precisa aprender de novo, trazendotrazendo--os à mão.os à mão. Conhecimento é proporcional ao ser. O ser máximo é absolutamente Conhecimento é proporcional ao ser. O ser máximo é absolutamente conhecido, o conhecido, o nãonão--serser impossível. O sensível, com ser intermediário, impossível. O sensível, com ser intermediário, só passível de opinião (só passível de opinião (doxadoxa)) A A doxadoxa da coisa tem que se relacionar com sua ideia causal para se da coisa tem que se relacionar com sua ideia causal para se tornar tornar epistemeepisteme.. PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) ArteArte Arte é cópia de cópia: simulacroArte é cópia de cópia: simulacro Em relação ao valor de verdade a Arte é nocivaEm relação ao valor de verdade a Arte é nociva Retórica éadulação das massas e adulteração do Retórica é adulação das massas e adulteração do verdadeiro, jogando com impulsos e paixõesverdadeiro, jogando com impulsos e paixões Verdadeira política não é a retórica, mas a filosofia: Verdadeira política não é a retórica, mas a filosofia: política é educaçãopolítica é educação PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) 5 AmorAmor Em Platão é o amor que se relaciona à beleza, não a arteEm Platão é o amor que se relaciona à beleza, não a arte O amor platônico é o amor erótico, é desejoO amor platônico é o amor erótico, é desejo O amor é um intermediário dos mundos, não é bom nem O amor é um intermediário dos mundos, não é bom nem belo: é sede de beleza e bondade.belo: é sede de beleza e bondade. O verdadeiro amor é desejo do belo, do bom, do verdadeiro, O verdadeiro amor é desejo do belo, do bom, do verdadeiro, do eterno, do absoluto.do eterno, do absoluto. Três níveis do amor: 1) de corpos; 2) de almas; 3) das ideiasTrês níveis do amor: 1) de corpos; 2) de almas; 3) das ideias Amor é a nostalgia do Absoluto despertada pelo reflexo da Amor é a nostalgia do Absoluto despertada pelo reflexo da beleza em si nas coisasbeleza em si nas coisas PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) Ser HumanoSer Humano Alma não pode ser atingida com a morte, ao contrário, é Alma não pode ser atingida com a morte, ao contrário, é beneficiadabeneficiada Conhecimento é virtude: ao ampliar o conhecimento o Conhecimento é virtude: ao ampliar o conhecimento o ser humano sai da dimensão da aparência para o serser humano sai da dimensão da aparência para o ser A alma é eterna porque é da mesma natureza das coisas A alma é eterna porque é da mesma natureza das coisas que concebe.que concebe. Alma tripartite: Alma tripartite: �� Concupiscível (apetite: prazeres e impulsos),Concupiscível (apetite: prazeres e impulsos), �� Irascível (emoção),Irascível (emoção), �� RacionalRacional Virtudes são temperança, coragem e sabedoriaVirtudes são temperança, coragem e sabedoria PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) Ser HumanoSer Humano Fédon e os argumentos da imortalidade da alma:Fédon e os argumentos da imortalidade da alma: �� Todo ser engendra seu oposto: logo assim como o que está Todo ser engendra seu oposto: logo assim como o que está morto vem do que está vivo, o que está vivo precisa vir do que morto vem do que está vivo, o que está vivo precisa vir do que está morto. (se não fosse assim, tudo acabaria morto)está morto. (se não fosse assim, tudo acabaria morto) �� Reminiscência indica que adquirimos certos conhecimentos antes Reminiscência indica que adquirimos certos conhecimentos antes do nascimentodo nascimento �� As ideias em si não são compostas, portanto não se decompõe. As ideias em si não são compostas, portanto não se decompõe. O corpo é composto e se decompõe. A alma pode conceber as O corpo é composto e se decompõe. A alma pode conceber as ideias, portanto é da mesma natureza que elasideias, portanto é da mesma natureza que elas �� A alma traz a vida para o corpo, portanto ela carrega a vida em A alma traz a vida para o corpo, portanto ela carrega a vida em si. Não pode aceitar seu contrário.si. Não pode aceitar seu contrário. PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) Teoria do EstadoTeoria do Estado ResRes publicapublica Estado perfeito é tripartite como o ser humanoEstado perfeito é tripartite como o ser humano Classe dos comerciantes e artesãos, dos soldados e dos Classe dos comerciantes e artesãos, dos soldados e dos governantesgovernantes--filósofosfilósofos Estado precisa de educação. Militares, física. Filósofos, Estado precisa de educação. Militares, física. Filósofos, dialéticadialética Necessidade de divisão do poder (bens, armas e governo)Necessidade de divisão do poder (bens, armas e governo) Primeira utopia (materialização é menos importante)Primeira utopia (materialização é menos importante) Mas na cidade real filósofo e governante não coincidem, logo Mas na cidade real filósofo e governante não coincidem, logo é necessário constituiçãoé necessário constituição MonarquiaMonarquia--AristocraciaAristocracia--Democracia X TiraniaDemocracia X Tirania--OligarquiaOligarquia-- DemagogiaDemagogia PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) 6 O Mito da cavernaO Mito da caverna Os quatro significados do mito da cavernaOs quatro significados do mito da caverna Ontológico: as sombras são as aparências sensíveis, as Ontológico: as sombras são as aparências sensíveis, as estátuas são as coisas sensíveis, o muro divide o estátuas são as coisas sensíveis, o muro divide o sensível do sensível do suprasupra--sensívelsensível, as , as IdéiasIdéias verdadeiras do verdadeiras do outro lado e o Sol é a outro lado e o Sol é a IdéiaIdéia de Bem; de Bem; Simboliza os dois graus de conhecimento; Simboliza os dois graus de conhecimento; A vida na dimensão dos sentidos e na dimensão do A vida na dimensão dos sentidos e na dimensão do espírito;espírito; Concepção política é simbolizada pelo “retorno” apesar Concepção política é simbolizada pelo “retorno” apesar dos riscos.dos riscos. PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) CríticasCríticas Concepção equivocada da arte em função de seu valor Concepção equivocada da arte em função de seu valor de verdadede verdade Impossibilidade de comunicação entre os dois mundos Impossibilidade de comunicação entre os dois mundos (Aristóteles)(Aristóteles) Mortificação do mundo, concepção gnóstica (crítica Mortificação do mundo, concepção gnóstica (crítica nietzschiana)nietzschiana) Utopia como raiz dos totalitarismos (Popper) Utopia como raiz dos totalitarismos (Popper) PlatãoPlatão (428a.c.(428a.c.––347a.c.)347a.c.) 1 Introdução à FilosofiaIntrodução à Filosofia (Aristóteles e Helenismo)(Aristóteles e Helenismo) Gustavo Arja Castañon Linha do TempoLinha do Tempo Thales VI AC O surgimento da Filosofia Cristianismo Platão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Começo da Era Cristã 1224-74 Tomás de Aquino Escolástica Antiga 354-430 Patrística Medieval Descartes Racionalismo Moderna Kant 1781 Criticismo Contemporânea 1637 Linha do Tempo: AntigaLinha do Tempo: Antiga Thales VI AC O surgimento da Filosofia CristianismoPlatão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Era Cristã 470-399 Sócrates Lógica Physis 354-430 Filosofia Cristã Estoicismo 300ac~200dc Determinismo Plotino 204-270 Parmênides V AC Dialética Monismo Aristóteles 384-322 Humanismo Clássico NeoplatonismoHelenismo Epicuro 341-271 Hedonismo Heilocentrismo AristótelesAristóteles (384 a 322 a.c)(384 a 322 a.c) O fundador da O fundador da LógicaLógica Gênio metafísicoGênio metafísico Cientista empíricoCientista empírico Pensador político Pensador político conservadorconservador“Quem não tem necessidade de viver em sociedade ou é uma fera ou é um deus” 2 AristótelesAristóteles (384 a 322 a.c)(384 a 322 a.c) Aristóteles discípulo de PlatãoAristóteles discípulo de Platão Tutor de AlexandreTutor de Alexandre Fundador do LiceuFundador do Liceu Escreveu obras exotéricas que se perderam, só chegaram até Escreveu obras exotéricas que se perderam, só chegaram até nós as esotéricasnós as esotéricas Divisão da Filosofia em Metafísica, Física, Psicologia, Ética, Divisão da Filosofia em Metafísica, Física, Psicologia, Ética, Política, Estética e LógicaPolítica, Estética e Lógica Ciências:Ciências: �� TeoréticasTeoréticas (saber em si mesmo), (saber em si mesmo), �� Práticas (saber como agir moralmente)Práticas (saber como agir moralmente) �� PoiéticasPoiéticas (saber para produzir objetos)(saber para produzir objetos) MetafísicaMetafísica “Todas as ciências podem ser maisnecessárias ao homem,“Todas as ciências podem ser mais necessárias ao homem, mas nenhuma lhe é superior”mas nenhuma lhe é superior” Metafísica é disciplina que investigaMetafísica é disciplina que investiga �� a) as causas e princípios primeiros e supremosa) as causas e princípios primeiros e supremos �� b) o ser enquanto serb) o ser enquanto ser �� c) a substânciac) a substância �� d) Deusd) Deus Para que serve a metafísica? Para nada. Por isso é a mais Para que serve a metafísica? Para nada. Por isso é a mais nobre e elevada. Surge da pura necessidade de saber o que e nobre e elevada. Surge da pura necessidade de saber o que e porqueporque Termo é de discípulo. Aristóteles não o usou. Usava Filosofia Termo é de discípulo. Aristóteles não o usou. Usava Filosofia Primeira ou TeologiaPrimeira ou Teologia MetafísicaMetafísica AristótelesAristóteles Quando perguntamos qual a causa de algo, temos que Quando perguntamos qual a causa de algo, temos que distinguir 4 sentidos diferentes:distinguir 4 sentidos diferentes: �� Causa Material (matéria da qual é feita a coisa)Causa Material (matéria da qual é feita a coisa) �� Causa Formal (forma que a matéria possuí)Causa Formal (forma que a matéria possuí) �� Causa Eficiente (ação eficiente que deu a forma atual a coisa)Causa Eficiente (ação eficiente que deu a forma atual a coisa) �� Causa Final (finalidade para a qual foi criada)Causa Final (finalidade para a qual foi criada) MetafísicaMetafísica AristótelesAristóteles Ser é tudo o que não é um puro nadaSer é tudo o que não é um puro nada Ser é substância, alteração da substância ou atividade da substância.Ser é substância, alteração da substância ou atividade da substância. Podemos então pensar o ser como categorias, como ato e potência, Podemos então pensar o ser como categorias, como ato e potência, como acidente, como verdadeirocomo acidente, como verdadeiro Ser acidental é aquele que acontece mas não está ligado ao ser por Ser acidental é aquele que acontece mas não está ligado ao ser por qualquer vínculo essencialqualquer vínculo essencial Verdadeiro é quando o pensamento liga duas coisas e as conjuga Verdadeiro é quando o pensamento liga duas coisas e as conjuga ou separa da mesma forma como elas estão conjugadas ou ou separa da mesma forma como elas estão conjugadas ou separadas na realidade (doutrina da correspondência)separadas na realidade (doutrina da correspondência) 3 MetafísicaMetafísica AristótelesAristóteles As categorias (gêneros de) do ser:As categorias (gêneros de) do ser: �� substânciasubstância �� quantidadequantidade �� qualidadequalidade �� relaçãorelação �� açãoação �� paixãopaixão �� lugarlugar �� tempotempo As categorias “ter” e “jazer” não estão presentes na maioria dos As categorias “ter” e “jazer” não estão presentes na maioria dos manuscritos.manuscritos. Ato e potência são originários e se dão em todas as categoriasAto e potência são originários e se dão em todas as categorias MetafísicaMetafísica AristótelesAristóteles A substância tem matéria e forma (A substância tem matéria e forma (sínolosínolo). Por ). Por excelência a substância é a forma.excelência a substância é a forma. Matéria é potência e forma é atoMatéria é potência e forma é ato Formas puras são atos puros, privados de Formas puras são atos puros, privados de potencialidade.potencialidade. Ato é superior ontologicamente a potência porque é fim Ato é superior ontologicamente a potência porque é fim de toda potênciade toda potência o que é eterno é puro atoo que é eterno é puro ato Metafísica: DeusMetafísica: Deus AristótelesAristóteles Tempo existe porque existe o movimentoTempo existe porque existe o movimento O tempo é eterno, portanto o movimento é eternoO tempo é eterno, portanto o movimento é eterno O movimento só pode ser eterno se tiver um princípio O movimento só pode ser eterno se tiver um princípio primeiro como sua causaprimeiro como sua causa Portanto ele é eternoPortanto ele é eterno A causa do movimento não pode ser movimento porque seria A causa do movimento não pode ser movimento porque seria uma regressão ao infinitouma regressão ao infinito Portanto ele é imóvelPortanto ele é imóvel O princípio é ato puro porque senão seria possível seu O princípio é ato puro porque senão seria possível seu movimentomovimento Portanto ele é atoPortanto ele é ato Metafísica: DeusMetafísica: Deus AristótelesAristóteles A substância A substância suprasupra--sensívelsensível atrai as coisas para si como atrai as coisas para si como o belo atraí o homem. o belo atraí o homem. A causa do movimento do universo não é eficiente, mas A causa do movimento do universo não é eficiente, mas final.final. O mundo não teve um começo, não houve o caos (que é O mundo não teve um começo, não houve o caos (que é pura potência)pura potência) Deus sempre atraiu o universo como objeto de amor, Deus sempre atraiu o universo como objeto de amor, portanto o universo sempre deve ter sido tal qual é.portanto o universo sempre deve ter sido tal qual é. Deus é pensamento puro, contempla o mais excelente, Deus é pensamento puro, contempla o mais excelente, ou seja, a si mesmo. É pensamento de pensamento.ou seja, a si mesmo. É pensamento de pensamento. 4 Metafísica: críticasMetafísica: críticas AristótelesAristóteles Aristóteles atribui eternidade e divindade também às 55 Aristóteles atribui eternidade e divindade também às 55 esferas celestes, sem explicar sua origemesferas celestes, sem explicar sua origem Deus não ama porque amar é estar privado de algo (não há Deus não ama porque amar é estar privado de algo (não há amor como graça)amor como graça) O mundo O mundo suprasupra--sensívelsensível de Aristóteles é um mundo de de Aristóteles é um mundo de inteligências, não de formasinteligências, não de formas A crítica a Platão é que se as ideias fossem uma outra A crítica a Platão é que se as ideias fossem uma outra substância, não poderiam ser causa das substâncias no substância, não poderiam ser causa das substâncias no mundo sensívelmundo sensível Crítica: não entende o abstrato nem as ideias como Crítica: não entende o abstrato nem as ideias como pensamento de Deuspensamento de Deus FísicaFísica AristótelesAristóteles Estudo da substância em movimentoEstudo da substância em movimento Movimento e passagem do ser em potência para o ser Movimento e passagem do ser em potência para o ser em atoem ato Mutação:Mutação: �� de substância (geração e corrupção da forma)de substância (geração e corrupção da forma) �� de qualidade (alteração)de qualidade (alteração) �� de quantidade (aumento ou diminuição)de quantidade (aumento ou diminuição) �� de lugar (translação, movimento)de lugar (translação, movimento) FísicaFísica AristótelesAristóteles Lugar: primeiro imóvel limite do que contémLugar: primeiro imóvel limite do que contém Lugar é um ser, portanto o vácuo é impossívelLugar é um ser, portanto o vácuo é impossível Percepção do tempo depende do movimento e da almaPercepção do tempo depende do movimento e da alma Tempo é a contagem da movimento entre um antes e um Tempo é a contagem da movimento entre um antes e um depoisdepois Quem conta é a alma, logo não há movimento sem almaQuem conta é a alma, logo não há movimento sem alma Não existe infinito em ato, só em potênciaNão existe infinito em ato, só em potência Finito é perfeito e infinito é imperfeitoFinito é perfeito e infinito é imperfeito Mundo sublunar (mutante) e supralunar (eterno)Mundo sublunar (mutante) e supralunar (eterno) PsicologiaPsicologia AristótelesAristóteles Corpos vivos tem vida mas não são a vidaCorpos vivos tem vida mas não são a vida Alma é enteléquia (forma) de um corpo que tem vida em Alma é enteléquia (forma) de um corpo que tem vida em potênciapotência Fenômeno da vidatem funções claras associadasFenômeno da vida tem funções claras associadas Alma humana tem as três funções:Alma humana tem as três funções: �� Vegetativa (nascimento, nutrição e crescimento, reprodução)Vegetativa (nascimento, nutrição e crescimento, reprodução) �� SensórioSensório--motora (motora (apetiçãoapetição, sensação e movimento), sensação e movimento) �� Intelectiva (conhecimento, deliberação e escolha)Intelectiva (conhecimento, deliberação e escolha) 5 PsicologiaPsicologia AristótelesAristóteles Sensação é a assimilação da forma sem matériaSensação é a assimilação da forma sem matéria Sensação alimenta a fantasia, que é a produção de Sensação alimenta a fantasia, que é a produção de imagens, a memória, que é sua conservação e a imagens, a memória, que é sua conservação e a experiência, que é a acumulação de fatos mnemônicosexperiência, que é a acumulação de fatos mnemônicos Toda sensação vem com uma vivência de prazer e Toda sensação vem com uma vivência de prazer e desprazer. Daí nasce o apetite.desprazer. Daí nasce o apetite. Intelecto é a potência de conhecer as formas purasIntelecto é a potência de conhecer as formas puras Intelecto não se degenera, sua alteração na velhice se Intelecto não se degenera, sua alteração na velhice se dá em virtude da degradação do corpo (vide embriaguez dá em virtude da degradação do corpo (vide embriaguez e doenças)e doenças) PsicologiaPsicologia AristótelesAristóteles Sensação é a assimilação da forma sem matériaSensação é a assimilação da forma sem matéria Sensação alimenta a fantasia, que é a produção de Sensação alimenta a fantasia, que é a produção de imagens, a memória, que é sua conservação e a imagens, a memória, que é sua conservação e a experiência, que é a acumulação de fatos mnemônicosexperiência, que é a acumulação de fatos mnemônicos Toda sensação vem com uma vivência de prazer e Toda sensação vem com uma vivência de prazer e desprazer. Daí nasce o apetite.desprazer. Daí nasce o apetite. Intelecto é a potência de conhecer as formas purasIntelecto é a potência de conhecer as formas puras Intelecto não se degenera, sua alteração na velhice se Intelecto não se degenera, sua alteração na velhice se dá em virtude da degradação do corpo (vide embriaguez dá em virtude da degradação do corpo (vide embriaguez e doenças)e doenças) ÉticaÉtica AristótelesAristóteles Ciências práticas (conduta do homem e o fim que eles Ciências práticas (conduta do homem e o fim que eles querem atingir)querem atingir) Estudo da conduta individual Estudo da conduta individual –– ÉticaÉtica Estudo da conduta numa sociedade Estudo da conduta numa sociedade –– PolíticaPolítica Todas as ações humanas tendem a um fim último: Todas as ações humanas tendem a um fim último: felicidadefelicidade Ética aristotélica é pois um tipo de Ética aristotélica é pois um tipo de eudaimoniaeudaimonia ÉticaÉtica AristótelesAristóteles O que é felicidade? O que é felicidade? Vida para o prazer: redução a animaisVida para o prazer: redução a animais Vida para a honra: é extrínseca e está nos outrosVida para a honra: é extrínseca e está nos outros Vida para a riqueza: é a mais absurda e antinatural Vida para a riqueza: é a mais absurda e antinatural (riquezas são meio)(riquezas são meio) Felicidade do homem é o bem supremo, o que Felicidade do homem é o bem supremo, o que aperfeiçoa sua natureza: razãoaperfeiçoa sua natureza: razão Matéria não traz felicidade mas a compromete com sua Matéria não traz felicidade mas a compromete com sua ausênciaausência 6 ÉticaÉtica “Somos bons apenas de um modo, maus de muitas maneiras”“Somos bons apenas de um modo, maus de muitas maneiras” AristótelesAristóteles Virtude ética é a dominação do desejo pela razão (já Virtude ética é a dominação do desejo pela razão (já que aspectos vegetativos não se submetem a ela)que aspectos vegetativos não se submetem a ela) Nos tornamos virtuosos pelo hábitoNos tornamos virtuosos pelo hábito Virtude é o caminho do meio.Virtude é o caminho do meio. Vício vem do excesso ou falta causado pelos desejosVício vem do excesso ou falta causado pelos desejos A coragem é o resultado da temeridade ou covardia A coragem é o resultado da temeridade ou covardia domadas pela razãodomadas pela razão A atividade contemplativa do intelecto é a máxima A atividade contemplativa do intelecto é a máxima felicidade do ser humanofelicidade do ser humano PolíticaPolítica “O homem é um animal político”“O homem é um animal político” AristótelesAristóteles Bem do indivíduo é o bem da sociedadeBem do indivíduo é o bem da sociedade Cidadão é só aquele que tem algum tempo livre para Cidadão é só aquele que tem algum tempo livre para participar do processo de decisão da cidadeparticipar do processo de decisão da cidade Há homens que não fazem uso da razão e são escravos por Há homens que não fazem uso da razão e são escravos por naturezanatureza Um homem que aceita ser escravizado merece a escravidão.Um homem que aceita ser escravizado merece a escravidão. Três formas de governo como PlatãoTrês formas de governo como Platão �� 1)monarquia/tirania; 2)aristocracia/oligarquia; 3)1)monarquia/tirania; 2)aristocracia/oligarquia; 3)politíapolitía/democracia/democracia Contra a democracia, pela aristocraciaContra a democracia, pela aristocracia PolíticaPolítica AristótelesAristóteles Estado deve visar o incremento dos bens da almaEstado deve visar o incremento dos bens da alma Viver em paz e fazer as coisas belas é o ideal do estadoViver em paz e fazer as coisas belas é o ideal do estado Objetivo da guerra só pode ser a pazObjetivo da guerra só pode ser a paz Objetivo do trabalho é a libertação da matériaObjetivo do trabalho é a libertação da matéria Objetivo das coisas é o acesso às coisas belasObjetivo das coisas é o acesso às coisas belas Objetivo último do estado é promover o ócio e a pazObjetivo último do estado é promover o ócio e a paz PolíticaPolítica AristótelesAristóteles Constituição é o fundamento da ordemConstituição é o fundamento da ordem Justiça do Estado distingue dois tipos de bens: partilháveis Justiça do Estado distingue dois tipos de bens: partilháveis ((distribuíveisdistribuíveis: dinheiro) e participáveis (: dinheiro) e participáveis (indistribuíveisindistribuíveis: poder): poder) Justiça distributiva (bens) e participativa (poder)Justiça distributiva (bens) e participativa (poder) Justiça distributiva: é injusto tratar igualmente os desiguaisJustiça distributiva: é injusto tratar igualmente os desiguais Justiça participativa depende do valor principal da cidade Justiça participativa depende do valor principal da cidade (honra, virtude ou igualdade)(honra, virtude ou igualdade) Justiça da cidade depende da força das instituiçõesJustiça da cidade depende da força das instituições 7 EstéticaEstética AristótelesAristóteles Arte como mimese e arte como catarseArte como mimese e arte como catarse Arte como mimese não é cópia, mas recriação da Arte como mimese não é cópia, mas recriação da realidade realidade Arte não se ocupa do que é, mas do que poderia serArte não se ocupa do que é, mas do que poderia ser Arte como catarse tem objetivo de libertar das emoçõesArte como catarse tem objetivo de libertar das emoções LógicaLógica AristótelesAristóteles Lógica apresenta a forma de todo tipo de discurso que queira Lógica apresenta a forma de todo tipo de discurso que queira demonstrar algodemonstrar algo É o instrumento do pensamento e da filosofiaÉ o instrumento do pensamento e da filosofia Aristóteles a chamava de “analítica”Aristóteles a chamava de “analítica” Verdades que não podem ser negadas sem se fazer uso Verdades que não podem ser negadas sem se fazer uso delas:delas: �� Princípio da identidade (A é idêntico a si mesmo)Princípio da identidade (A é idêntico a simesmo) �� Princípio da não contradição (A e Princípio da não contradição (A e nãonão--AA não podem ser ambos não podem ser ambos verdadeiros)verdadeiros) �� Terceiro excluído (De A e Terceiro excluído (De A e nãonão--AA um necessariamente é verdadeiro)um necessariamente é verdadeiro) LógicaLógica AristótelesAristóteles Definir é o discurso que expressa a essência das coisasDefinir é o discurso que expressa a essência das coisas Definir é identificar o gênero próximo e diferença Definir é identificar o gênero próximo e diferença específicaespecífica Os termos são sempre, isoladamente, categorias do serOs termos são sempre, isoladamente, categorias do ser Isoladamente, termos não são verdadeiros nem falsos. Isoladamente, termos não são verdadeiros nem falsos. LógicaLógica AristótelesAristóteles Verdadeiro ou Falso se aplica a juízos que os conectamVerdadeiro ou Falso se aplica a juízos que os conectam Quando unimos os termos entre si, afirmando ou Quando unimos os termos entre si, afirmando ou negando algo de alguma coisa, temos um juízonegando algo de alguma coisa, temos um juízo Expressão lógica de um juízo é a proposiçãoExpressão lógica de um juízo é a proposição Proposição é a forma de todo conhecimentoProposição é a forma de todo conhecimento Verdade é o juízo que conjuga ou separa o que é de fato Verdade é o juízo que conjuga ou separa o que é de fato assimassim 8 LógicaLógica AristótelesAristóteles RaciocínoRaciocíno é o processo de extrair uma consequência é o processo de extrair uma consequência necessária de premissasnecessária de premissas Silogismo é a forma mais simples de raciocínio: duas Silogismo é a forma mais simples de raciocínio: duas premissas e uma conclusãopremissas e uma conclusão Silogismo científico depende da correção da conclusão e da Silogismo científico depende da correção da conclusão e da verdade das premissasverdade das premissas Premissas podem ser obtidas por indução ou intuiçãoPremissas podem ser obtidas por indução ou intuição Conhecimento é processo cumulativo: sensação Conhecimento é processo cumulativo: sensação –– memória memória –– experiência experiência –– técnica técnica –– teoria/ciência (teoria/ciência (epistemeepisteme)) HelenismoHelenismo (384 a 322 a.c)(384 a 322 a.c) O “nascimento” do O “nascimento” do indivíduoindivíduo A Filosofia como A Filosofia como “filosofia de vida” ou “filosofia de vida” ou eudaimoniaeudaimonia O começo da O começo da influência cristãinfluência cristã A Estoá restaurada, em Atenas Linha do Tempo: AntigaLinha do Tempo: Antiga Thales VI AC O surgimento da Filosofia CristianismoPlatão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Era Cristã 470-399 Sócrates Lógica Physis 354-430 Filosofia Cristã Estoicismo 300ac~200dc Determinismo Plotino 204-270 Parmênides V AC Dialética Monismo Aristóteles 384-322 Humanismo Clássico NeoplatonismoHelenismo Epicuro 341-271 Hedonismo Heilocentrismo CinismoCinismo “Procuro um homem”“Procuro um homem” Diógenes, o cão.Diógenes, o cão. Necessidades do ser humano são as animaisNecessidades do ser humano são as animais Quanto mais se elimina as necessidades supérfluas, mais se é Quanto mais se elimina as necessidades supérfluas, mais se é livrelivre Prática de vida para habituar o físico às fadigas impostas pela Prática de vida para habituar o físico às fadigas impostas pela natureza e dominar os prazeresnatureza e dominar os prazeres O prazer amolece o corpo e o espírito, tornando o homem O prazer amolece o corpo e o espírito, tornando o homem escravo das coisas e seres humanosescravo das coisas e seres humanos Autarquia apatia e indiferença diante de tudo são as metasAutarquia apatia e indiferença diante de tudo são as metas Crítica: Ideal de animalidade, pobreza espiritual diante de Crítica: Ideal de animalidade, pobreza espiritual diante de tarefa espiritualmente hercúleatarefa espiritualmente hercúlea 9 EpicurismoEpicurismo “Tudo o que é natural, é fácil de conseguir. Difícil é tudo o que é inútil.”“Tudo o que é natural, é fácil de conseguir. Difícil é tudo o que é inútil.” Resumo:Resumo: �� A realidade é perfeitamente penetrável e cognoscível pela A realidade é perfeitamente penetrável e cognoscível pela inteligência do homeminteligência do homem �� A felicidade do homem é possível na realidadeA felicidade do homem é possível na realidade �� A felicidade é falta de dor e A felicidade é falta de dor e pertubaçãopertubação �� Para ser feliz homem só precisa de si mesmoPara ser feliz homem só precisa de si mesmo �� Nada mais lhe serve (honra, riqueza, cidade, Nada mais lhe serve (honra, riqueza, cidade, etcetc)) Fé no natural e no físicoFé no natural e no físico EpicurismoEpicurismo Sensação colhe o ser infalivelmenteSensação colhe o ser infalivelmente Sensação é alteração passiva, produzida pela estrutura Sensação é alteração passiva, produzida pela estrutura atômica da realidade.atômica da realidade. Como é Como é arracionalarracional, não acrescenta ou retira nada da , não acrescenta ou retira nada da realidade.realidade. Prazer e dor são critérios de verdade e de moralidade.Prazer e dor são critérios de verdade e de moralidade. Sensações, prazer e dor oferecem evidência imediata.Sensações, prazer e dor oferecem evidência imediata. Raciocínio é mediato, por isso é ocasião de erroRaciocínio é mediato, por isso é ocasião de erro Atomismo temperado com caos abre espaço para liberdadeAtomismo temperado com caos abre espaço para liberdade EpicurismoEpicurismo Essência do homem é material e material é o seu bemEssência do homem é material e material é o seu bem Bem é prazerBem é prazer Cúmulo do prazer é o prazer na quietude Cúmulo do prazer é o prazer na quietude Meta é o homem autárquico Meta é o homem autárquico Verdadeiro prazer é:Verdadeiro prazer é: �� AponíaAponía: ausência de dor no corpo; e: ausência de dor no corpo; e �� AtaraxiaAtaraxia: ausência de perturbação na alma: ausência de perturbação na alma Regra da vida moral é a discriminação dos prazeres feita pela razãoRegra da vida moral é a discriminação dos prazeres feita pela razão Escolher os prazeres sem dor e perturbação e rejeitar os que as Escolher os prazeres sem dor e perturbação e rejeitar os que as trazemtrazem EpicurismoEpicurismo Três tipos de prazeres:Três tipos de prazeres: �� Naturais e necessários (conservação da vida)Naturais e necessários (conservação da vida) �� Naturais e não necessários (sexo e variações supérfluas dos prazeres naturais)Naturais e não necessários (sexo e variações supérfluas dos prazeres naturais) �� Não naturais e não necessários (exterioridades: riqueza, poder, fama, etc.)Não naturais e não necessários (exterioridades: riqueza, poder, fama, etc.) Nos naturais, o limite é a eliminação da dorNos naturais, o limite é a eliminação da dor Nos naturais e não necessários não subtraem dor e o prazer é Nos naturais e não necessários não subtraem dor e o prazer é declinante, podendo causar imenso danodeclinante, podendo causar imenso dano Nos não naturais não há eliminação da dor e causam perturbação Nos não naturais não há eliminação da dor e causam perturbação da almada alma O mal físico se é leve, é facilmente suportável, se agudo, passa O mal físico se é leve, é facilmente suportável, se agudo, passa rápido, se não, leva a morte.rápido, se não, leva a morte. 10 EpicurismoEpicurismo Morte é dissolução, logo, insensibilidadeMorte é dissolução, logo, insensibilidade Vida política compromete Vida política compromete aponíaaponía e e ataraxiaataraxia e portanto deve ser e portanto deve ser evitadaevitada Os quatro remédios de Os quatro remédios de EpicuroEpicuro:: �� São vãos os temores dos deuses e do alémSão vãos os temores dos deuses e do além ��Medo da morte é absurdo, porque ela é o nadaMedo da morte é absurdo, porque ela é o nada �� O prazer, entendido corretamente, está a disposição de todosO prazer, entendido corretamente, está a disposição de todos �� O mal ou dura pouco ou é perfeitamente suportávelO mal ou dura pouco ou é perfeitamente suportável EstoicismoEstoicismo “O destino conduz tanto aquele que quer, como quem não quer”“O destino conduz tanto aquele que quer, como quem não quer” Fundado por Zenon de Fundado por Zenon de CítioCítio Se estendeu até o início da PatrísticaSe estendeu até o início da Patrística Filosofia dominante na Grécia e Império RomanoFilosofia dominante na Grécia e Império Romano Filosofia é pomar: lógica o muro, física as árvores, ética o frutoFilosofia é pomar: lógica o muro, física as árvores, ética o fruto Ser é o que pode agir e sofrer: ser e corpo são idênticosSer é o que pode agir e sofrer: ser e corpo são idênticos Virtudes são três: Inteligência (conhece o bem e o mal), Coragem Virtudes são três: Inteligência (conhece o bem e o mal), Coragem (conhece o que temer e não temer) e Justiça (conhece o que é (conhece o que temer e não temer) e Justiça (conhece o que é devido a cada um)devido a cada um) EstoicismoEstoicismo Deus penetra em toda a realidade (é inteligência, alma, natureza)Deus penetra em toda a realidade (é inteligência, alma, natureza) Tudo é obra do Logos, portanto, rigorosamente determinadoTudo é obra do Logos, portanto, rigorosamente determinado Destino é a ordem natural e inevitável dos acontecimentosDestino é a ordem natural e inevitável dos acontecimentos Não há liberdade. O que ocorre é que o sábio passa a querer o que Não há liberdade. O que ocorre é que o sábio passa a querer o que o logos quero logos quer Eterno retorno do mesmoEterno retorno do mesmo A alma, por ser substância mais sutil, sobrevive à morte do corpo, A alma, por ser substância mais sutil, sobrevive à morte do corpo, por um tempopor um tempo EstoicismoEstoicismo Objetivo do viver é a obtenção de felicidadeObjetivo do viver é a obtenção de felicidade Felicidade se obtém vivendo segundo a naturezaFelicidade se obtém vivendo segundo a natureza “Bem” é o que incrementa e conserva o ser, “mal” o que o danifica e “Bem” é o que incrementa e conserva o ser, “mal” o que o danifica e diminui.diminui. Para o ser humano, bem é o que incrementa o logosPara o ser humano, bem é o que incrementa o logos Tudo o que é relativo ao corpo é indiferente moralmente.Tudo o que é relativo ao corpo é indiferente moralmente. Mas pode ser valor ou Mas pode ser valor ou desvalordesvalor Paixões são erros da razãoPaixões são erros da razão Ascetismo: devemos evitar toda paixão e atingir a apatia Ascetismo: devemos evitar toda paixão e atingir a apatia 11 EstoicismoEstoicismo EPÍCTETO:EPÍCTETO: As coisas se dividem em duas classes:As coisas se dividem em duas classes: �� Aquelas que estão em nosso poder (nossas atividades: opiniões e desejos)Aquelas que estão em nosso poder (nossas atividades: opiniões e desejos) �� Aquelas que não estão em nosso poder (o que não é atividade: corpo, parentes, Aquelas que não estão em nosso poder (o que não é atividade: corpo, parentes, bens, bens, etcetc)) Eventos externos são regidos pelo destino, internos nãoEventos externos são regidos pelo destino, internos não Felicidade é se concentrar nas primeiras e rejeitar as segundasFelicidade é se concentrar nas primeiras e rejeitar as segundas Todo desejo nos degrada ao tornarTodo desejo nos degrada ao tornar--nos escravo nos escravo do desejadodo desejado “Não são as coisas mesmas que causam perturbação ao homem, “Não são as coisas mesmas que causam perturbação ao homem, mas a opinião que ele tem sobre elas”mas a opinião que ele tem sobre elas” CeticismoCeticismo PirroPirro de de ÉlidaÉlida, 323 A.C., 323 A.C. É possível viver feliz sem a verdade e sem os valoresÉ possível viver feliz sem a verdade e sem os valores Três ideias básicas: Três ideias básicas: �� São igualmente sem diferença, indiscriminadas, logo nossas sensações não São igualmente sem diferença, indiscriminadas, logo nossas sensações não podem ser verdadeiras ou falsaspodem ser verdadeiras ou falsas �� DeveDeve--se permanecer sem opiniões a respeito de tudo: “Nem é nem não é”, se permanecer sem opiniões a respeito de tudo: “Nem é nem não é”, “é “é e e não é”não é” �� Nessa disposição virá em primeiro lugar a apatia, depois a imperturbabilidade Nessa disposição virá em primeiro lugar a apatia, depois a imperturbabilidade Homem tem que absterHomem tem que abster--se de julgar: afasiase de julgar: afasia “Quem duvida se uma coisa é bem ou mal por natureza, nem foge “Quem duvida se uma coisa é bem ou mal por natureza, nem foge nem persegue nada com ardor, por isso, é imperturbável”nem persegue nada com ardor, por isso, é imperturbável” 1 Introdução à FilosofiaIntrodução à Filosofia (Cristianismo)(Cristianismo) Gustavo Arja Castañon Linha do TempoLinha do Tempo Thales VI AC O surgimento da Filosofia Cristianismo Platão Agostinho Metafísica 428-347 Ano 1 Começo da Era Cristã 1224-74 Tomás de Aquino Escolástica Antiga 354-430 Patrística Medieval Descartes Racionalismo Moderna Kant 1781 Criticismo Contemporânea 1637 Linha do Tempo: MedievalLinha do Tempo: Medieval Galileu 1564-642 Cristianismo Anselmo Agostinho Prova ontológica 1033-109Ano 1 Começo da Era Cristã 1224-74 Tomás de Aquino Escolástica Neoplatonismo 354-430 Patrística Patrística Descartes Racionalismo Escolástica Lutero 1483-546 Protestantismo 1637 Ciência Moderna Ockham Nominalismo 1285-347 A Mensagem bíblicaA Mensagem bíblica “No princípio, Deus criou os céus e a Terra” Gênesis (1,1) 2 Livros da BíbliaLivros da Bíblia ANTIGO TESTAMENTOANTIGO TESTAMENTO (1300 AC (1300 AC -- 100 DC)100 DC) Pentateuco (Pentateuco (ToráTorá)) HistóricosHistóricos Sapienciais e PoéticosSapienciais e Poéticos Profetas maioresProfetas maiores Profetas menoresProfetas menores Conjunto de livros de diferentes fontes e autoria desconhecida (AT)Conjunto de livros de diferentes fontes e autoria desconhecida (AT) De vários tipos: Históricos, Sapienciais, Poéticos e ProféticosDe vários tipos: Históricos, Sapienciais, Poéticos e Proféticos NOVO TESTAMENTONOVO TESTAMENTO (Século I DC)(Século I DC) EvangelhosEvangelhos AtosAtos Epístolas de PauloEpístolas de Paulo Epístolas de apóstolosEpístolas de apóstolos ApocalipseApocalipse Ideias Judaicas e CristãsIdeias Judaicas e Cristãs JUDAÍSMOJUDAÍSMO MonoteísmoMonoteísmo CriacionismoCriacionismo Sentido da históriaSentido da história AntropocentrismoAntropocentrismo LivreLivre--arbítrioarbítrio ProvidênciaProvidência Pecado OriginalPecado Original Deus Deus nomotetanomoteta Salvação pela raçaSalvação pela raça RessurreiçãoRessurreição CRISTIANISMOCRISTIANISMO Divindade do ser humanoDivindade do ser humano Intenção moralIntenção moral FéFé GraçaGraça Ética do amorÉtica do amor Salvação pela féSalvação pela fé Imortalidade da almaImortalidade da alma Amor Amor agápicoagápico EspíritoEspírito NãoNão--violênciaviolência Revolução de valoresRevolução de valores Antigo TestamentoAntigo Testamento “Eu Sou Aquele que É”“Eu Sou Aquele que É” Escrito entre 1300 AC e 100 DCEscrito entre 1300 AC e 100 DC Codificação de tradições oraisCodificação de tradições orais Contém (como o NT) ideias com consequências filosóficas, Contém (como o NT) ideias com consequências filosóficas, mas não é um texto filosófico. Apresentamas não é um texto filosófico. Apresenta--se como inspirada se como inspirada por Deus, portanto, é escritura sagrada: religiãopor Deus, portanto, é escritura sagrada: religião Apresentaum Deus único, infinito em potência, radicalmente Apresenta um Deus único, infinito em potência, radicalmente diverso de todas as coisas: transcendência absolutadiverso de todas as coisas: transcendência absoluta Criação Criação exex--nihilonihilo Ato de vontade, graça pura, por causa do bemAto de vontade, graça pura, por causa do bem Antigo TestamentoAntigo Testamento Antropocentrismo e sentido da históriaAntropocentrismo e sentido da história Ser humano é o ser mais elevado do universo criado (contra Grécia)Ser humano é o ser mais elevado do universo criado (contra Grécia) “Imago viva Dei”“Imago viva Dei” LivreLivre--arbítrio torna possível fazer livremente a vontade de Deusarbítrio torna possível fazer livremente a vontade de Deus Superioridade ontológica garante livre uso dos recursosSuperioridade ontológica garante livre uso dos recursos História deixa de ser estanque ou cíclica e se torna linearHistória deixa de ser estanque ou cíclica e se torna linear Começo absoluto com a criação, meio com a aliança, termo com a Começo absoluto com a criação, meio com a aliança, termo com a vinda do Messias e fim com o juízovinda do Messias e fim com o juízo A ideia de progresso histórico é introduzida no pensamento ocidentalA ideia de progresso histórico é introduzida no pensamento ocidental 3 Antigo TestamentoAntigo Testamento Deus Deus nomotetanomoteta e providentee providente A lei moral é feita e imposta por DeusA lei moral é feita e imposta por Deus Virtude judaica é obediência a DeusVirtude judaica é obediência a Deus Ética Ética deontológicadeontológica e negativae negativa Obediência é livre, um ato de vontadeObediência é livre, um ato de vontade Deus provê, se dirige a indivíduosDeus provê, se dirige a indivíduos Deus sujeito, antropomorfoDeus sujeito, antropomorfo Mensagem de segurança total Mensagem de segurança total Antigo TestamentoAntigo Testamento Os dez mandamentos Os dez mandamentos ((DtDt 5,15,1--21) 21) 1 Não terás outros deuses diante de mim.1 Não terás outros deuses diante de mim. 2 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem 2 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.guardam os meus mandamentos. 3 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que 3 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.tomar o seu nome em vão. 4 Lembra4 Lembra--te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou. 5 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus 5 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.te dá. 6 Não matarás.6 Não matarás. 7 Não adulterarás.7 Não adulterarás. 8 Não furtarás.8 Não furtarás. 9 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.9 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 10 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem 10 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. Antigo TestamentoAntigo Testamento O Pecado OriginalO Pecado Original Mal no mundo é explicado em virtude de uma culpa originalMal no mundo é explicado em virtude de uma culpa original Pecado é desobedecer a Deus: rebeliãoPecado é desobedecer a Deus: rebelião “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás”“Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás” Interpretação: saída do estado animal. Tomada de Interpretação: saída do estado animal. Tomada de consciência do bom e mal implica no pecado de não fazer o consciência do bom e mal implica no pecado de não fazer o bembem Interpretação: soberba do ser humano que queria ser como Interpretação: soberba do ser humano que queria ser como Deus e sem a limitação do mandamentoDeus e sem a limitação do mandamento Novo TestamentoNovo Testamento “Este é o meu mandamento: Amai“Este é o meu mandamento: Amai--vos uns aos outros como eu vos amei” vos uns aos outros como eu vos amei” (João 15, 12)(João 15, 12) UMA REVOLUÇÃO DE VALORES:UMA REVOLUÇÃO DE VALORES: BemBem--aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus!aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus! BemBem--aventurados os que choram, porque serão consolados!aventurados os que choram, porque serão consolados! BemBem--aventurados os mansos, porque herdarão a terra!aventurados os mansos, porque herdarão a terra! BemBem--aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! BemBem--aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! BemBem--aventurados os puros de coração, porque verão Deus!aventurados os puros de coração, porque verão Deus! BemBem--aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! BemBem--aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!céus! BemBem--aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegraifalsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai--vos e exultai, porque será vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. (Mateus 5, 3de vós. (Mateus 5, 3--12)12) 4 Novo TestamentoNovo Testamento Uma revolução de valoresUma revolução de valores Pureza e não sofisticação ou malíciaPureza e não sofisticação ou malícia Pacifismo e não força físicaPacifismo e não força física Humildade e não orgulhoHumildade e não orgulho Desligamento dos recursos e não riquezaDesligamento dos recursos e não riqueza Salvação externae não autarquiaSalvação externa e não autarquia Escárnio do mundo e não honraEscárnio do mundo e não honra Novo TestamentoNovo Testamento IntençãoIntenção Divindade do ser humano: ênfase na natureza espiritual do ser Divindade do ser humano: ênfase na natureza espiritual do ser humano, no “Vós sois deuses” do antigo testamentohumano, no “Vós sois deuses” do antigo testamento Moralidade depende da intenção, e não do ato externo. É Moralidade depende da intenção, e não do ato externo. É querer a vontade de Deus e não fazer a vontade de Deusquerer a vontade de Deus e não fazer a vontade de Deus “Eu, porém, digo“Eu, porém, digo--vos: todo aquele que olha para uma mulher e vos: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuídeseja possuí--la, já cometeu adultério com ela no coração”. la, já cometeu adultério com ela no coração”. (Mateus 5,28) (Mateus 5,28) “E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles “E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondogostam de fazer oração pondo--se em pé nas sinagogas e nas se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa”. (Mateus 6,5)digo: já receberam a sua recompensa”. (Mateus 6,5) Fazer o bem requer conhecer o bem e querer o bemFazer o bem requer conhecer o bem e querer o bem Novo TestamentoNovo Testamento A origem do malA origem do mal Novo pecado: conhecer o bem e fazer o malNovo pecado: conhecer o bem e fazer o mal “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram mas trevas à luz, porque as suas obras eram más. Pois preferiram mas trevas à luz, porque as suas obras eram más. Pois quem faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que suas quem faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que suas obras não sejam demonstradas como culpáveis. Mas quem pratica a obras não sejam demonstradas como culpáveis. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se manifeste que suas obras são verdade vem para a luz, para que se manifeste que suas obras são feitas em Deus". (João 3, 17feitas em Deus". (João 3, 17--21)21) “Se Eu não tivesse vindo e não lhes tivesse falado, não seriam “Se Eu não tivesse vindo e não lhes tivesse falado, não seriam culpados de pecado. Mas agora não têm nenhuma desculpa do seu culpados de pecado. Mas agora não têm nenhuma desculpa do seu pecado. Quem me odeia, odeia também meu Pai”. (João 15, 22)pecado. Quem me odeia, odeia também meu Pai”. (João 15, 22) “Mas quem duvida e assim mesmo toma o alimento é condenado, “Mas quem duvida e assim mesmo toma o alimento é condenado, pois o seu comportamento não provém de uma convicção. E tudo o pois o seu comportamento não provém de uma convicção. E tudo o que não provém de uma convicção é pecado”. (Romanos 14, 23)que não provém de uma convicção é pecado”. (Romanos 14, 23) Novo TestamentoNovo Testamento “Quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus”. (João 3, 3)“Quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus”. (João 3, 3) O que significa a “salvação pela fé”?O que significa a “salvação pela fé”? Pelas próprias forças ser humano não se salvaria pois é Pelas próprias forças ser humano não se salvaria pois é imperfeito necessariamente, e não pode cumprir a leiimperfeito necessariamente, e não pode cumprir a lei “Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o “Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho único de Deus”. (João porque não creu no Nome do Filho único de Deus”. (João 3, 173, 17--18)18) A salvação vem de reconhecer a palavra de DeusA salvação vem de reconhecer a palavra de Deus 5 Novo TestamentoNovo Testamento UniversalismoUniversalismo A salvação vem do reconhecer a Deus, e não da origem racialA salvação vem do reconhecer a Deus, e não da origem racial “Em verdade vos digo: quem não renascer da água e do Espírito “Em verdade vos digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito”. (João 3, 5)carne, e o que nasceu do Espírito é espírito”. (João 3, 5) “Fazei obras que provem que vos convertestes, e não comeceis “Fazei obras que provem que vos convertestes, e não comeceis a pensar: "Abraão é nosso pai". Porque eu vos digo: até destas a pensar: "Abraão é nosso pai". Porque eu vos digo: até destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão”. (Lucas 3, 8)pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão”. (Lucas 3, 8) Universalismo: “Eu digoUniversalismo: “Eu digo--vos: muitos virão do Oriente e do vos: muitos virão do Oriente e do Ocidente e sentarOcidente e sentar--sese--ão à mesa no Reino do Céu juntamente ão à mesa no Reino do Céu juntamente com Abraão, Isaac e Jacob” (São Mateus 8,11)com Abraão, Isaac e Jacob” (São Mateus 8,11) Novo TestamentoNovo Testamento Ética do amorÉtica do amor O motor do ato moral é o amor. Sem amor (O motor do ato moral é o amor. Sem amor (agápicoagápico) o ato ) o ato moral, que é sempre um ato de renúncia, não se explicamoral, que é sempre um ato de renúncia, não se explica Você conhece e tem vontade de fazer o bem. Mas tem vontade Você conhece e tem vontade de fazer o bem. Mas tem vontade porque ama.porque ama. “Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com “Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”. Este é o toda a tua alma e com todo o teu entendimento”. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Nestes este: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Nestes mandamentos estão toda a lei e os profetas”. (Mateus, 22, 36mandamentos estão toda a lei e os profetas”. (Mateus, 22, 36-- 40)40) “Este é o meu mandamento: Amai“Este é o meu mandamento: Amai--vos uns aos outros como eu vos uns aos outros como eu vos amei” (João 15, 12)vos amei” (João 15, 12) Novo TestamentoNovo Testamento “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I João 4, 8)(I João 4, 8) A ética da Lei é uma ética negativa. Ou seja, é a ética do não, veda A ética da Lei é uma ética negativa. Ou seja, é a ética do não, veda determinados comportamentosdeterminados comportamentos A ética do amor é positiva. Ou seja, é a ética que diz o que fazer, que A ética do amor é positiva. Ou seja, é a ética que diz o que fazer, que indica o que ser para fazer naturalmente o bemindica o que ser para fazer naturalmente o bem Quem ama não precisa de lei porque é incapaz de descumpriQuem ama não precisa de lei porque é incapaz de descumpri--la.la. “Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser o amor mútuo. Pois, “Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser o amor mútuo. Pois, quem ama o próximo cumpriu plenamente a Lei”. (Romanos 13,8)quem ama o próximo cumpriu plenamente a Lei”. (Romanos 13,8) “Irmãos, fostes chamados para serdes livres. Que essa liberdade, “Irmãos, fostes chamados para serdes livres. Que essa liberdade, porém, não se torne desculpa para viverdes satisfazendo os instintos porém, não se torne desculpa para viverdes satisfazendo os instintos egoístas. Pelo contrário, fazeiegoístas. Pelo contrário, fazei--vos servos uns dos outros através do vos servos uns dos outros através do amor. Pois toda a Lei encontra a sua plenitude num
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