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FICHAMENTO - GOMES, Paulo Cesar da Costa. Os dois pólos epistemológicos da modernidade.

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Nome: Patrick Giuliano Taranti 
Nº matrícula: 11711GEO232 
Disciplina: História do Pensamento Geográfico 
Turma: Noturno ☐ Diurno ☐ 
Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza 
 
Referências Bibliográficas 
 
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Os dois pólos epistemológicos da modernidade. 
Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. p. 17–49. Nota: capítulo 
1. 
 O texto faz uma discussão sobre a modernidade, a fim de situar o pensamento 
geográfico enquanto conhecimento científico. 
 O autor inicia discutindo a questão da modernidade e a emergência das características 
pós-modernas diante das mudanças ocorridas em diversas áreas do conhecimento como 
a arquitetura, as ciências e as artes. Onde as características de racionalidade, 
universalidade e funcionalidade, marcantes dentro do modernismo, são confrontadas por 
novos elementos que expressam em si a “[...] negação da razão como único princípio 
legítimo da cultura e do saber.” (p.25) 
 O autor constata que a modernidade apesar de ser 
[...] frequentemente apresentada como um período totalmente dominado pela 
racionalidade, [...] constrói sua identidade mais sob a forma de um duplo 
caráter: de um lado, o território da razão, das instituições de saber metódico 
e normativo; de outro, diversas “contracorrentes”, contestando o poder da 
razão, os modelos e métodos da ciência institucionalizada e o espírito científico 
universalizante. (p.26) 
 
 Esse campo de tensão, é demonstrado por ele como dois polos, que mesmo ao se opor, 
ainda se apresentam de forma dialógica e construtiva e, podem de certo modo ser tomados 
como complementares. Sendo o primeiro polo epistemológico centrado na universalidade 
da razão, onde “O pensamento é um julgamento racional lógico sobre a realidade, e a 
ciência constitui a esfera onde as regras e os princípios deste julgamento são organizados 
sistematicamente.”, (p.30), afim de “[...] conseguir estabelecer afirmações universais.”(p.32) 
 No outro polo epistemológico considera-se que “Em lugar de explicar, a partir da 
construção de um sistema abstrato e racional, a ciência deveria compreender o sentido das 
coisas.” (p.33). Tem-se aqui, “A valorização do sentido, da expressão, do único, do 
espontâneo, da subjetividade e da multiplicidade de vias analíticas [...]” (p.34), ou seja, uma 
distinção na forma de relacionar homem e natureza. 
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 É justamente nessa contraposição entre os dois polos epistemológicos da modernidade, 
a racionalidade e a contrarracionalidade que, a ciência se mantem em movimento 
permanente, fazendo assim, sua renovação. 
 Partindo dessa dualidade da modernidade, ele passa então a elaborar hipóteses sobre 
o desenvolvimento da ciência geográfica. 
A primeira é a de que em torno desta confrontação entre estes dois polos surgiu um 
gênero de debate na geografia, encontrado recorrentemente a cada momento de 
transformação ou de discussão metodológica. A segunda deriva da primeira e 
consiste em considerar que esta disciplina constitui uma expressão da modernidade, 
uma vez que ela apresenta exatamente uma imagem do mundo ou a descrição do 
mundo correspondente a este período moderno. (p.41) 
 
 “Na medida em que o sistema de oposição entre as corrente racionalistas e as 
contracorrentes é o ponto de vista privilegiado, foi necessário recolocar em relevo as 
discussões ligadas a esta dualidade no discurso geográfico.” (p.45) Os questionamentos 
surgem sobre a legitimidade científica da geografia, fomentando debates sobre a natureza 
do seu conhecimento, seus métodos e finalidade, e estes levaram a “[...] momentos de 
mudança na orientação do discurso predominante na geografia.” (p.46). O que leva a 
conclusão que a geografia vivenciou em si, toda a dinâmica da dualidade modernista. 
 
Comentários 
• Localização na Biblioteca Digital Particular “Patrick Giuliano Taranti” 
o Chamada / Tombo: TD-002.148 
Obs: obra completa 
 
Sobre o livro 
 Este livro percorre momentos fundamentais da relação entre o projeto da modernidade 
e a construção de uma ciência geográfica. Seu objetivo é, antes de mais nada, mostrar que 
o moderno se fundamenta através de um discurso e que sua estrutura é recorrente não só 
na interpretação dos fatos, como também na forma como a geografia apresenta seus 
principais debates epistemológicos. A identidade geral da modernidade é vista sob um novo 
ângulo, e diversos autores clássicos da geografia são reexaminados à luz dessa nova 
interpretação. 
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Sobre o autor 
3/3 
 
 Paulo Cesar da Costa Gomes é um geógrafo humano Brasileiro da área de história do 
pensamento geográfico, de epistemologia e de geografia política. 
 Gomes é conhecido por reconstruir “a história do pensamento geográfico a partir dos 
polos epistemológicos da ciência moderna”. É também conhecido por mapear novas 
possibilidades de interação disciplinar para a geografia cultural. O seu livro Geografia e 
Modernidade de 1996 é uma crítica ao determinismo geográfico e pode ser como 
contribuição pós-moderna para o pensamento geográfico. (fonte: Wikipédia) 
• Currículo: 
o Plataforma Lattes: <http://lattes.cnpq.br/8018472707325963> 
o UERJ: <http://www.somos.ufrj.br/professores/view/2414> 
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Principais obras do autor 
 As principais obras do autor podem ser consultadas no currículo disponibilizado na UERJ 
e Wikipédia.

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