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AULA DE 06 A 10

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AULA 6
ESTRUTURA E FORMATAÇÃO
REGRAS:
COMO FAZER?
A FAMOSA ABNT: 
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Mas você deve estar se perguntando:
No que ela interfere no meu trabalho acadêmico?
Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos.
Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT.
Vamos começar pela estrutura
Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo.
Esses elementos devem apresentar uniformidade gráfica e seguir a seguinte estrutura:
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS: são aqueles que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho. Tais como capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos, folha de aprovação, resumo e sumário.
TEXTUAIS: É a parte do trabalho em que é exposta a matéria, por exemplo, introdução, desenvolvimento, metodologia, embasamento teórico e conclusão. É o corpo do trabalho.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS: São os elementos que complementam o trabalho e que figuram após a exposição do conteúdo. É a última parte, composta pelas referências, anexos, apêndices, índices e etc.
Alguns elementos foram classificados como obrigatórios?Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho:
OBRIGATÓRIOS: 
 • Capa
• Folha de rosto
• Folha de aprovação
• Resumo na língua vernácula
• Resumo na língua estrangeira
• Sumário
OPCIONAIS:
• Lombada
• Ficha catalográfica
• Errata
• Agradecimento
• Dedicatória
• Epígrafe
• Lista de Ilustrações
• Lista de tabelas
• Lista de abreviaturas e siglas
• Lista de símbolos
O que é Formatação?
Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto.
É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. 
Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido.
Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos
Observe agora alguns dos itens mais importantes a serem considerados na formatação de um trabalho acadêmico:
Fonte; Espaço; Margem; Capa;Folha de rosto; Sumário; Citações; Referencia bibliográfica
AULA 7
CITAÇÃO
Qual é o propósito de um texto científico?
Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. 
Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. 
 Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto.
Antes de tudo...
 Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. 
 Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico.  
Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações-chave que utilizará, caso seja necessário.
Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002)
Elas estão divididas em três tipos:
CITAÇÃO DIRETA:
As citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. 
 Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”.
 É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando o pensamento expresso pelo autor consultado é efetivamente significativo, claro e necessário à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas, gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de comunicação, comprometendo o trabalho.
CITAÇÃO INDIRETA:
As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. 
Nesta hipótese, então, não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho. 
A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor.
João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando outras palavras. 
E explicar as ideias que encontramos no texto original é muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? 
Por isso, parafrasear é muito melhor do que a citação direta.
{ PARÁFRASE: PARAFRASEAR É TRADUZIR AS PALAVRAS DE UM TEXTO POR OUTRAS DE SENTIDO EQUIVALENTE, MANTENDO AS IDÉIAS ORIGINAIS, A PARÁFRAE INCLUI O DESENVOLVIMENTO DE UM TEXTO, O COMENTÁRIO, A EXPLICITAÇÃO.}
Citação indireta
Veja um exemplo: 
Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa.
No exemplo acima vemos que a ideia de Israel Belo de Azevedo foi apresentada e que foi informado o ano em que encontramos a publicação dela. 
Porém, o trecho que contém o conceito foi reescrito por quem está elaborando o trabalho. Assim, não houve a necessidade de utilizar as aspas duplas. 
O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usam as aspas. Essa é uma forma também de você explicar ao seu leitor, com as suas palavras, a ideia do autor que você estudou.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO:
Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita para nós também.
Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada por ele. 
Como resolver isso? 
Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud que significa citado por. 
Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor.  
Não abuse deste recurso. Ele é apenas uma solução emergencial. Devemos sempre que possível recorrer à obra original.
EXEMPLO DE APUD: 
Segundo Warde (1990 apud ALVES-MAZZOTTI, 2003, p. 35), o conceito de pesquisa se ampliou tanto que hoje tudo cabe: “os folclores, os sensos comuns, os relatos de experiência, para não computar os desabafos emocionais e os cabotinismos”.
 Você observou que no exemplo acima o trecho citado é uma citação direta que a autora Alves-Mazzotti fez de outro autor, com o sobrenome Warde?  
Na sua lista de referências deve-se inserir a obra da autora Alves-Mazzotti. Então, sempre que você precisar transcrever um trecho de algum autor que figura na obra de outro, deve-se usar a expressão apud, inserindo a referência completa do autor que você pesquisou e não do autor citado por este.
 Portanto, na lista de referências deverá constar apenas o autor a que você teve acesso.
REGRAS DAS NOTAS E CITAÇÕES DIRETAS:
Acréscimos ou interpolações
Significa a inserção de expressões que não constam do original ― entre colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto citado, para torná-lo mais compreensível. 
Exemplo: 
“Envolve uma redação simplificada do texto [estudado], substituindo a linguagemdo autor por expressões diretas e com sentenças inteligíveis. A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
Supressões
Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das ideias.  Para suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre colchetes/parênteses: (...) ou [...]. 
Exemplos: 
“A física moderna (...) considera a lei da inércia sua lei mais fundamental.” (KOYRÉ, 1982, p. 182)
“[...] A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
Incorreções
Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente incorreta ou equívoco gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico.
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p. 48)
A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é pra mim [sic] fazer!”
Como indicar a supressão de parágrafos?
E quando não precisamos utilizar todos os parágrafos? Como indicar isso ao nosso leitor? 
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada. Veja um exemplo:
O conhecimento, o modo de compreender a realidade, muda de acordo com a época, à medida que coloca em dúvida o conceito de verdade estabelecido. Quando conhecemos um fato, sempre nos perguntamos se ele corresponde ou não à realidade. Assim, a verdade é uma atividade histórica, e o homem foi dando fundamentos a essa verdade de acordo com sua vivência, conhecimento e crenças.
..............................................................................................................................................  
Para explicar a realidade ou ainda os fenômenos da natureza, os povos primitivos criavam histórias nas quais utilizam as figuras dos deuses na tentativa de compreender a origem das coisas. (SANTOS MOLINA; DIAS, 2007, p.21)
Quais são os erros mais comuns?
 • Excesso ou escassez de citações diretas. O melhor é reescrever o texto estudado, creditando a passagem ao seu autor;
• Uso de bibliografia inadequada;
• Presença no texto de informações que deveriam estar em notas de rodapé;
• Citações sem discussão;
• Não há necessidade de se citar frases ou parágrafos completos, longos demais. Transcreva apenas a unidade de pensamento que realmente interessa. Para tanto, use a supressão;
• Inserir os títulos das obras citadas no texto sem colocá-las em itálico.
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor-data. 
 Qualquer que seja o sistema adotado, este deve ser seguido ao longo de todo o trabalho.
Conheça um pouco mais sobre eles:
SISTEMA NUMÉRICO: 
No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos;
• Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
• A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
• Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
• Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
Quando escolhemos o sistema numérico não devemos usar notas explicativas em rodapé para informações adicionais.
Elas são aquelas que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas e servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto.
E como deve ser a nota de rodapé?
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser inseridos na sequência sugerida pela ABNT:
SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Cidade: editora, ano. (página na hipótese de citação direta). 
 Veja o exemplo abaixo:
1 CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. p. 57.
SISTEMA AUTOR-DATA:
Autor-data: consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses. 
Vejamos alguns exemplos de citação direta pelo sistema autor-data:Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”. 
Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 Você observou que no sistema de chamada autor-data o nome do autor pode ser incluído na sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes próprios ou entre parêntesis com todas as letras do último sobrenome em maiúsculas. Já comentamos sobre isso nesta aula, inclusive.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: APRENDA MAIS: 
Referências Bibliográficas 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
_______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para elaboração de trabalhos acadêmicos. 5. ed. Piracicaba: Unimep, 1997.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1994.
FOLSCHEID, D. Metodologia filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
HUHNE, L. M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000.
KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.
LAKATOS, E. M. MARCONI, M. Metodologia do trabalho científico. SP: Atlas, 1992.
AULA 8
Referência, bibliografia e referências bibliográficas
Diferença entre Referência, Bibliografia e Referências bibliográficas?
1 – REFERÊNCIA: conjunto padronizado de elementos descritivos de um documento.
Referência: 
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica que pelo termo referência deve-se considerar uma nota informativa de remissão em uma publicação. A origem etimológica do termo nos remete à palavra inglesa reference que significa “ato de referir ou consultar; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte de informação”. 
Já a ABNT observa que a referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento. Assim, deve ser constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos  complementares. Porém, a ABNT não faz comentário algum sobre a possível diferença entre os termos.
Portanto, entende-se pelo termo referências o conjunto padronizado de informações que permitem a identificação de documentos citados em um trabalho acadêmico.
2 - BIBLIOGRAFIA: relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto, ou seção em que se listam livros e outras publicações.
Bibliografia:
Conforme visto na atividade, Bibliografia é a relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto ou seção em que se faz uma relação de livros e outras publicações.
Trata-se de uma lista de fontes de consulta utilizadas no desenvolvimento de um trabalho, com o objetivo de documentá-lo, mostrando que ele está aparentemente sustentado, pois foi baseado naquelas fontes descritas.
E quanto ao Referencial Bibliográfico, do que se trata?
Em um trabalho acadêmico devemos mencionar apenas as obras efetivamente citadas, o que reforça o uso do termo referências. 
Vale ressaltar também que o termo referência bibliográfica não é mais usado, pois foi substituído apenaspela palavra referências.  
Agora que você aprendeu a principal diferença entre Referência e Bibliografia, vamos entender quais são as partes de uma Referência e as suas funções.
Vamos começar, observando a estrutura correta de uma referência:
PATACO, Vera Lúcia P.; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, Érica dos Santos. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008,  06 p.
A Referência é dividida em:
ELEMENTOS ESSENCIAIS: São aqueles indispensáveis na identificação do documento, tais como: autor(es), título, edição, local, editora e data da publicação.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES: São opcionais e podem ser acrescentados para uma melhor identificação do documento, tais como: coleção, série, número do ISBN, número de páginas (como o "06 p." do exemplo), se edição exclusiva para assinantes, se inclui algum brinde etc.
Vamos aprender a referenciar?
1 - Como devo indicar os autores?
AUTORES: Na lista de referências, o autor é indicado pelo último sobrenome, escrito em caixa alta, seguido do nome, por extenso ou abreviado. O sobrenome é separado do nome por vírgula.
Exemplo:
GOMES, L. F.
GARCIA, Othon M.
SEVERINO, A. J.
MEDEIROS, João Bosco
E se for mais de um autor, o que fazer?
Na hipótese de obra escrita por até três autores todos devem ser mencionados na mesma ordem em que aparecem na publicação. É só conferir a ficha catalográfica, no verso da folha de rosto.
 Os nomes de cada autor devem ser separados uns dos outros por ponto e vírgula:
Exemplo:
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.  
MACEDO, Luiz Roberto Dias de; CASTANHEIRA, Nelson Pereira; ROCHA, Alex.
E se forem mais de três?
Na eventual hipótese de a obra ter mais de três autores, somente o primeiro deve ser indicado, seguido da expressão et al. ( É UMA ABREVIAÇÃO LATINA QUE SIGNIFICA E OUTROS)
Exemplo:
ALVES, João et al.
ATENÇÃO:
Se for autoria coletiva deve ser indicado o nome do responsável, seguido da abreviatura da palavra que caracteriza a sua responsabilidade no trabalho, entre parêntese: Editor (Ed.); Coordenador (Coord.); Organizador (Org.); Compilador (Comp.).
EX:
ALVES, João (Org.)
ALVES, João (Coord.)
ALVES, João (Ed.)
Algumas observações interessantes!
1. Sobrenomes que indicam parentesco (Júnior, Filho, Neto, Sobrinho) acompanham o último sobrenome e não devem ser considerados como entrada.
CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Matoso. Título.
2. No caso de sobrenomes compostos, a entrada é feita por expressão composta.
CASTELLO BRANCO, H. A. Título.
3. Já sobrenomes ligados por hífen e com prefixos devem ser transcritos por extenso.
ALVES-MAZZOTTI, A. J. Título.
LAS CASAS, A. Título.
E quando a autoria é desconhecida?
Nesta hipótese, inicia-se pela primeira palavra do título em caixa alta. Se a palavra for precedida por um artigo este também deve ser escrito em caixa alta.
Veja dois exemplos:
A EDUCAÇÃO ambiental no séc. XX.
AUDITORIA interna de empresas.
Quando se trata de uma instituição e não de um autor pessoa física?
Os documentos de responsabilidade de entidades (instituições, organizações, empresas) têm entrada pelo nome delas, escrita por extenso e em CAIXA ALTA.
Observe:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências e elaboração. Rio de Janeiro, 2002.  
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a política ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993. 35 p.
Como faço a referência quando se trata de publicações técnicas?
Quando se tratar de publicações técnicas e administrativas, indica-se o nome da entidade. 
 No caso de entidades governamentais, quando se tratar de órgãos da administração direta (Ministérios, Secretarias), indica-se o nome geográfico antes do nome da entidade.
Exemplo:
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia.
DICA: Uma regrinha importante! 
Nos casos em que foram usadas várias fontes do mesmo autor, estes podem ser substituídos por um traço equivalente a seis dígitos seguido de um ponto (______.), nas referências subsequentes. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p.
_______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
2- TÍTULOS:
Os títulos devem ser escritos na forma em que se apresentam nos documentos, sendo apenas a primeira palavra iniciada com letra maiúscula e destacados com negrito.
Já os subtítulos (informações apresentadas após o título para complementá-lo) devem ser precedidos por dois pontos e não recebem qualquer destaque gráfico.
Exemplo: RUCH, Gastão. História geral da civilização: da antiguidade ao século XX.
E quando há tradutor? Deve ser mencionado?
Quando há tradutor, atualizador, revisor, ilustrador, entre outros, deve ser mencionado logo após o título.
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Tradução. Edição. Local: Editora, data.  
3 - Preciso mencionar a Edição?
Quando houver a indicação da edição, esta deve ser inserida na sua referência, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição. 
4ª edição = 4. ed.
5ª edição = 5. ed.
Exemplo: PATACO, Vera Lúcia P.; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, Érica dos Santos. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. 4. ed. [...]
4- Cidade:
A cidade é item obrigatório na referenciação. Não se esqueça!
O nome da cidade deve ser grafado como aparece na obra, e não “traduzido”, nos casos de obras estrangeiras. 
Em alguns casos, principalmente nas obras de outros países, é preciso especificar também o Estado ou País a que a cidade pertence.
Quando uma das cidades de mesmo nome é mais antiga e mais conhecida do que a outra, só se coloca o complemento na cidade menos conhecida. Por exemplo: não é necessário informar que a cidade de Paris fica na França, mas é necessário indicar o Estado quando se tratar da cidade de Paris que fica no Texas. Não se costuma também indicar que a famosa cidade de Cambridge fica na Inglaterra, mas indica-se que a “outra” Cambridge fica no Estado de Massachusetts.
Fonte: Roberto de Andrade Martins – Normas sobre referência bibliográfica.
Outro ponto importante é quando não se sabe a cidade de publicação. Para isso, coloca-se [s. l.], abreviação de “sine loco” que significa “sem local” [de publicação]. Quando a cidade é conhecida mas não aparece na obra, coloca-se o nome da cidade entre colchetes.
Nos casos mais comuns, segundo a ABNT, a cidade de publicação fica alocada conforme mostra o exemplo abaixo:
5- EDITORA:
Como devo mencionar o nome da editora?
O nome da editora é indicado conforme aparece na publicação, seguido de vírgula, eliminando-se as palavras que identificam sua natureza comercial ou jurídica como: S/A, Ltda, Editora, Livraria etc.
Quando houver duas editoras, ambas devem ser indicadas com seus respectivos locais, seguidas de dois pontos e separadas por ponto e vírgula. 
 Se tiver mais que duas editoras, indica-se somente a primeira ou a que estiver em destaque na publicação.
Exemplo: Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP, 1997
E se não há identificação da editora?
Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão latina sine nonime, que significa “sem nome”, de forma abreviada entre colchetes [s.n.].
Exemplo: FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993. 107 p.
E se a editora for a própria instituição?
Quando a editora for a própria instituição ou pessoa responsável pela autoria da obra e já tiver sido mencionada, não é necessário ser indicada.
Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação, 1994-1995. Viçosa, MG, 1994. 385 p. (O nome da editora deveria estar aqui, mas não é necessário repetir)
SAIBA MAIS:
A obra não menciona local e editora! Como devo fazer a referência? 
Na impossibilidade de local e editor da publicação, emprega-se a notação S.l. (ausência de local – letra “S” em maiúscula seguida deponto e letra “l” em minúscula)
 Exemplo: GONÇALVES, F. B. A história de Mirabor. [S.l.: s.n.], 1993.
6 – ANO DE PUBLICAÇÃO
Preciso mencionar o ano da publicação?
O ano de publicação do documento deve ser indicado em algarismos arábicos (1,2,3..), mesmo que nele apareça em algarismos romanos.
Exemplo: LEITE, C. B. O século do desempenho. São Paulo: LTr, 1994.
Se não constar data de publicação, o que faço?
Você poderá inserir uma data provável entre colchetes de acordo com as regras de referenciação.
xemplo: FLORENZANO, Everton. Dicionário de ideias semelhantes. Rio de Janeiro: Ediouro, [1993]. 383 p. ANO PROVÁVEL.
7- VOLUME:
Preciso mencionar o volume?
Nas referências com vários volumes, o número de volumes da obra deve ser indicado após a data e o ponto final, com a palavra volume abreviada.
Exemplo: RUCH, Gastão. História geral da civilização: da Antiguidade ao século XX. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1940. 4 v.
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR
Não confundir  2 v. (dois volumes) com v. 2 (volume 2).
8 – PÁGINAS
É preciso dizer a página?
A quantidade de páginas é usada principalmente para referenciação de capítulos de livros.
Mas como se faz para referenciar capítulos de livros?
A autoria do capítulo pode ser referenciada de duas formas:
AUTORIA DO CAPÍTULO: 
Quando a autoria do capítulo é diferente da autoria do livro:
 SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título. In:  SOBRENOME, Prenome (autor da obra). Título: subtítulo. Local: Editora, ano. Página inicial e final.
Exemplo: ROMANO, Giovani. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
AUTORIA DA OBRA:
Quando a autoria do capítulo é igual à autoria da obra: 
 SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título (do capítulo). In: ______.  Título: subtítulo. Local: Editora, ano. Número do capítulo (se houver), página inicial e final.
Exemplo:
SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: ______. História do Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3. p. 15-24.
( X ) ABREU JR., Laerthe. Conhecimento transdisciplinar: o cenário epistemológico da complexidade. 1. ed. Piracicaba: Unimep, 1996.
( ) ABREU JR., Laerthe. Conhecimento transdisciplinar: o cenário epistemológico da complexidade. 1. ed. Unimep: Piracicaba, 1996.
( ) ABREU JR., Laerthe. Conhecimento transdisciplinar: o cenário epistemológico da complexidade. 1996. 1. ed. Piracicaba: Unimep.
A primeira opção é a correta, pois está dentro da estrutura sugerida pela ABNT, veja:
Autor. + Título da Obra: + Subtítulo da Obra. + Edição. + Cidade: + Editora, Ano.
E quando a fonte foi publicada em meio eletrônico?
As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do meio ou suporte.
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre <brackets>, precedido da expressão: “Disponível em:” 
 A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve conter o dia, o mês abreviado  e o ano (04 abr. 2010.).
Exemplo: SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Cidade: Editora, ano. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês ano.
OUTRAS FORMAS DE REFERENCIA:
Dicionários e enciclopédias
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, data.  
Exemplo: FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
ARTIGO DE JORNAL:
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do jornal, local, dia, mês e ano. Título do caderno, seção ou suplemento, página inicial e final.
Exemplo: NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, Maio de 2009. Caderno 8, Folha Turismo, p. 20.
Monografias, Dissertações e Teses
SOBRENOME, prenome. Título: subtítulo. Ano de entrega. Total de folhas. Tipo de trabalho (grau e área) – instituição, Local, Ano de defesa.  
Exemplo: SILVA, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) –  Faculdade de Odontologia, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 1990.
CR-ROM E DVD:
AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, data. Tipo de mídia. 
Exemplo: PIZZOTT, R. Enciclopédia básica da mídia eletrônica. São Paulo: SENAC, 2003. 1 DVD.
ENTREVISTA:
ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da Entrevista. 
Exemplo: CRUZ, Joaquim.  A Estratégia para Vencer. São Paulo, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J. A. Dias Lopes.
Site Institucional:
INSTITUIÇÃO.Título. Disponível em < endereço eletrônico>. Acesso em: data.
Exemplo: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso em: 30 mar. 2010.
Artigo de Revista:
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano.
Exemplo: SEKEFF, Gisela. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n. 1344, p. 30-36, 3 fev. 2002.
AULA 9
O surgimento da Universidade marcou um momento de transição na história da humanidade. Com o começo da vida urbana, do pensamento racional e da busca de novos paradigmas foi necessário criar espaços destinados à reflexão.
Levando esse fato em consideração podemos afirmar que a Universidade encontra suas raízes na Europa medieval, por volta do século XII e XIII, tornando-se o lugar de debates e polêmicas, sofrendo intervenções reais e eclesiásticas.
Apesar de uma única história, cada parte do mundo, desenvolveu um modelo específico. 
Vamos conhecer agora um pouco do surgimento das Universidades e alguns destes modelos.
Conforme vimos, foi a partir do final do século XII que começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras Universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica.
Sua função primordial é educar pessoas para trabalhar com o saber, fornecendo as condições para que estas pessoas sejam capazes de utilizar o conhecimento em um mundo complexo que não raras vezes é pensado de maneira simplificada ou ingênua. 
É nesse aspecto que podemos afirmar que o debate entre estudantes e as pesquisas realizadas e apresentadas em espaços acadêmicos fortalecem a sua razão de ser.
Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante.
Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa. 
O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
A produção científica estimulada nas universidades tem como objetivo o exercício da nossa capacidade de pensar e discernir, direcionados para análises de ambientes, dados e situações diversas. O que exige procedimentos intelectuais e técnicos (Gil, 1991).
Mas o que podemos entender por produção científica?
Podemos entender como o conjunto de atividades acadêmicas desenvolvidas por docentes e discentes nas instituições de ensino superior. 
Tais atividades são divulgadas através de publicações especializadas e/ou fóruns para debate público que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas áreas de saber.
As agências de fomento  CAPES e CNPq, bem como as fundações  de amparo à pesquisa, assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.   
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, foi criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. 
Assim, oferecem bolsas de estudos para iniciação científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado.Além de auxílios à pesquisa, à participação em reuniões científicas, à editoração, entre outros.
A Plataforma Lattes  é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios, selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira.
Esse sistema é utilizado por várias instituições de ensino superior e também pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais.  
A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje, elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentam projetos de pesquisa às Agências de Fomento.
Para isso, os bolsistas de pesquisa, em diferentes níveis — Mestrado, Doutorado e Iniciação Científica —, os orientadores e outros membros da comunidade devem estar cadastrados na Plataforma Lattes.
Concluindo...
Podemos dizer que falar de pesquisa é, na verdade, refletir sobre o papel da Universidade e seu compromisso com a sociedade, com o conhecimento e desenvolvimento da cultura, porque as ações realizadas no interior das instituições de ensino podem gerar mudanças sociais significativas. 
E você faz parte desse processo!
Como ensina João Álvaro Ruiz (2008, p. 19): 
Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo proveito do curso que vai fazer. Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.
1 Sistema utilizado por várias instituições de ensino superior e pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais. LATTES
2. Criado com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. CNPQ
3. Significa totalidade, conjunto, corpo, companhia, corporação e comunidade. UNIVERSIDADE
4. Organização que fazia o monopólio intelectual na Idade Média. IGREJA
Aula 10
Projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecere, que significa lançar para diante ou, conforme coloca Moacir Gadotti (2001), lançar-se para frente, denotando o sentido de movimento ou mudança. 
O termo, então, assume o sentido de plano ou descrição escrita e detalhada de um empreendimento.
Já Vasconcellos (1995, p. 143) diz que “Projeto [...] é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano [...], só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica  e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição.
Mas o que Vasconcellos quer dizer com Instrumento teórico-metodológico que visa ajustar a enfrentar os desafios do cotidiano? ”
Na verdade Cesar ao falar de instrumento teórico metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano estava se referindo ao PPP projeto político pedagogico
 O que é?
Toda instituição de ensino (principalmente as escolas) tem “objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político Pedagógico ― o famoso PPP.” (LOPES, 2013).
Perceba que as palavras que compõem o nome do documento já dão muitas pistas sobre ele:
 PROJETO: Propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo
 POLÍTICO: Considera a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
 PEDAGÓGICO: Define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Você viu que a palavra projeto vem do verbo projetar, lançar-se para frente, denotando o sentido de movimento ou mudança. 
Porém, este termo assume sentido diferente quando pensamos no papel da Universidade, certo? 
Projeto Político Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano.
É um estudo que deve ser consciente, sistematizado, orgânico e participativo.
É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes de uma instituição de ensino.
Então, marque a única opção abaixo que oferece uma informação errada acerca do Projeto Político Pedagógico:
É o mesmo que extensão, ou seja, ações da Universidade junto à comunidade, disponibilizando o conhecimento adquirido com o ensino e a pesquisa.
A última opção está errada, pois o Projeto Político Pedagógico não pode ser confundido com as atividades de extensão desenvolvidas pelas Universidades.
É Projeto Político Pedagógico ou Projeto Pedagógico?
Vamos encontrar documentos que usam os dois termos. Segundo alguns autores, os nomes projeto pedagógico ou projeto político pedagógico não apresentam diferenças.
São duas formas que podemos usar para designar o mesmo sentido de projetar, de lançar, de orientar, ou dar sentido a uma ideia.
A colocação da palavra político ressalta que não há ação pedagógica sem o compromisso com uma ação transformadora, formando para o exercício da cidadania. 
Assim, em sua construção são observadas as seguintes questões (BAFFI, 2002):
• Concepção de homem e mundo;
• Concepção de sociedade;
• Concepção de educação;
• Concepção de universidade;
• Concepção de cidadão;
• Concepção de profissional;
• Concepção de conhecimento;
• Concepção de currículo;
• Relação teoria e prática.
E no Ensino Superior, qual é o papel do Projeto Pedagógico?
O processo de globalização, o avanço da tecnologia e da ciência, o cuidado na utilização de novas linguagens na construção do conhecimento exige muito mais das instituições de ensino em todos os níveis, concorda? 
Por isso, todos os profissionais que atuam no ensino vêm se preocupando com a melhor maneira de adequar-se aos novos tempos e em mudar a cara da educação. 
É nesse sentido que precisamos pensar na visão de mundo subjacente às nossas ideias e práticas.  
Assim, o ensino superior assume o papel de articulador da sociedade que contribui de maneira efetiva para a formação de profissionais capazes de pensar e agir criticamente. 
E, para que isso ocorra, não basta a simples ideia, mas um processo para torná-la realidade através de um planejamento.
Na Universidade cada curso expressa a sua leitura de mundo e deve contribuir, em seu conjunto, para uma discussão sobre os rumos da sociedade.
É preciso, então, pensar a construção do conhecimento a fim de elaborar um saber sobre a prática que realiza. E essa é a função de um Projeto Pedagógico.
No Brasil, a Lei nº 9394/94 ― Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ―, em seu art. 12, inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, têm a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.   
Logo, o Projeto Pedagógico de uma instituição de ensino é elaborado a partir de um conjunto de leituras e informações sobre as diretrizes que fundamentam os princípios e métodos da prática educativa, seu compromisso social de maneira contextualizada. 
Nesse instrumento são apresentados os currículos das diversas áreas com seus objetivos e especificidades. O currículo de um curso representa a síntese dos conhecimentos e valores que caracterizam determinadaárea de saber.  
Na atividade de planejamento do PPP são definidas as finalidades e necessidades dos alunos, professores, enfim, dos cursos de graduação. Por isso, não deve ser entendido como um documento acabado, mas em construção, considerando-se que, ao longo do tempo, algumas práticas precisam ser revistas e modificadas.
Até aqui você viu o que significa projeto pedagógico e observou que este apresenta a concepção de sua identidade quando define padrões referenciais, conceituais e estruturais.
Mas o que são padrões referenciais?
Padrões referenciais são aqueles que expressam a visão de sociedade, da instituição, bem como a determinação e análise das necessidades e problemas prioritários da área de estudo no país. 
Quando se pensa em padrões conceituais, focaliza-se no perfil baseado nas competências do profissional a ser formado. 
Nessa ótica, quando observamos os padrões estruturais, repensamos conteúdos, métodos e sistema de avaliação em sintonia com as concepções construídas nas etapas anteriores. Sem desconsiderar a relação entre ensino, pesquisa e extensão.
No que consiste um perfil baseado em competências?
Segundo o INEP, “competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer”.  
A essa modalidade estrutural dá-se  o nome de CHA, que significa Conhecimento, Habilidades e Atitudes.
Modalidades estruturais da inteligência. R: Competência.
2. Representa a síntese dos conhecimentos e valores que caracterizam determinada área de saber. R: curriculo 
3. Sigla do instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano. R: PPP
4. Expressam a visão de sociedade, da instituição, bem como a determinação e análise das necessidades e problemas prioritários da área de estudo no país. R: padrões referenciais
5. No CHA, saber fazer está relacionado à: r: habilidade
6. No CHA, atitude está ligada ao: r: interesse
O Projeto Pedagógico compreende, portanto, a forma como a Universidade pretende realizar seu ideal pedagógico e, assim, configura o material básico que direciona a ação de todas as unidades acadêmicas, orientando suas práticas pedagógicas, em especial os projetos pedagógicos dos cursos que a integram, pensando sempre na construção do conhecimento, habilidades e atitudes que constituem a competência do aluno em formação.
SABER O QUE E O PORQUÊ FAZER: INFORMAÇÃO CONHECIMENTO E COMPETENCIA
COMPETENCIA: HABILIDADE E ATITUDE
SABER FAZER: TECNICA
QUERER FAZER: INTERESSE

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