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sedentarismo e enfermagem

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COORDENADORA GERAL:
CARMEN ELIZABETH KALINOWSKI
DIRETORAS ACADÊMICAS:
JUSSARA GUE MARTINI
VANDA ELISA ANDRES FELLI
PROENF | SAÚDE DO ADULTO | Porto Alegre | Ciclo 2 | Módulo 3 | 2007
PROENF
PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
SAÚDE DO ADULTO
3CICLO MÓDULO2
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Associação Brasileira de Enfermagem
ABEn Nacional
SGAN, Conjunto “B”.
CEP: 70830-030 - Brasília, DF
Tel (61) 3226-0653 
E-mail: aben@nacional.org.br
http://www.abennacional.org.br
Artmed/Panamericana Editora Ltda.
Avenida Jerônimo de Ornelas, 670. Bairro Santana
90040-340 – Porto Alegre, RS – Brasil
Fone (51) 3025-2550 – Fax (51) 3025-2555
E-mail: info@sescad.com.br
consultas@sescad.com.br
http://www.sescad.com.br
Os autores têm realizado todos os esforços para localizar e indicar
os detentores dos direitos de autor das fontes do material utilizado.
No entanto, se alguma omissão ocorreu, terão a maior satisfação
de na primeira oportunidade reparar as falhas ocorridas.
As ciências da saúde estão em permanente atualização. À
medida que as novas pesquisas e a experiência ampliam nosso
conhecimento, modificações são necessárias nas modalidades
terapêuticas e nos tratamentos farmacológicos. Os autores desta
obra verificaram toda a informação com fontes confiáveis para
assegurar-se de que esta é completa e de acordo com os padrões
aceitos no momento da publicação. No entanto, em vista da
possibilidade de um erro humano ou de mudanças nas ciências da
saúde, nem os autores, nem a editora ou qualquer outra pessoa
envolvida na preparação da publicação deste trabalho garantem
que a totalidade da informação aqui contida seja exata ou
completa e não se responsabilizam por erros
ou omissões ou por resultados obtidos do uso da informação.
Aconselha-se aos leitores confirmá-la com outras fontes. Por
exemplo, e em particular, recomenda-se aos leitores revisar
o prospecto de cada fármaco que lanejam administrar para
certificar-se de que a informação contida neste livro seja correta
e não tenha produzido mudanças nas doses sugeridas ou nas
contra-indicações da sua administração. Esta recomendação
tem especial importância em relação a fármacos novos
ou de pouco uso.
Estimado leitor
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas
ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na web e outros),
sem permissão expressa da Editora.
Os inscritos aprovados na Avaliação de Ciclo do Programa de Atualização em Enfermagem
(PROENF) receberão certificado de 180h/aula, outorgado pela Associação Brasileira de Enfermagem
(ABEn) e pelo Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância (SESCAD) da Artmed/
Panamericana Editora, e créditos a serem contabilizados pela Comissão Nacional de Acreditação
(CNA), para obtenção da recertificação (Certificado de Avaliação Profissional).
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Vitor Hugo Marques – Enfermeiro. Professor. Presidente da Sociedade Brasileira de
Enfermagem nos Esportes
Anna Maria Chiesa – Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Professora Associada do
Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade
de São Paulo (EEUSP)
ENFRENTAMENTO
DO SEDENTARISMO
NA ATENÇÃO BÁSICA A PARTIR
DAS AÇÕES DE ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) configura-se como uma política pública avançada
que contempla, além do direito à saúde, a participação da população na gestão dos serviços,
a integralidade e a eqüidade das ações como princípios norteadores.
A concretização dos princípios norteadores do SUS requer a estruturação de um novo modelo
assistencial, cujo foco de atenção não seja dirigido somente ao tratamento das doenças, mas
contemple, também, os determinantes das condições de saúde de uma daterminada população.
Nesse sentido, formula-se a proposta da vigilância à saúde, entendida como um processo
muito mais amplo e complexo para o enfrentamento dos inúmeros problemas e agravos que
comprometem a qualidade de vida dos diferentes segmentos da população.
A qualidade de vida é entendida como a condição de existência relativa ao modo de
viver em sociedade, articulando o momento histórico e a estruturação no cotidiano,
que está estreitamente relacionada ao grau de liberdade social e à capacidade de
usufruto das conquistas técnico-científicas pelos indivíduos e grupos sociais.
Tendo em vista o desafio de atender às demandas de reformulação do modelo assistencial no
contexto dos serviços públicos do Brasil, é necessário recuperar as práticas de enfermagem
em saúde coletiva e analisar como essas têm contribuído para a concretização desse desafio.
VITOR HUGO MARQUES
ANNA MARIA CHIESA
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EM A pesquisa de Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva,
realizada em âmbito nacional no final da década de 1990, evidencia algumas características
que tal prática vinha assumindo. Segundo Almeida e colaboradores,1 destacam-se os seguintes
aspectos:
“As tecnologias de atenção à saúde são pautadas pelo saber biomédico; a doença
é o eixo principal da atenção; a rede básica de saúde tem incorporado tecnologias
de uso hospitalar; há diversificação dos agentes/trabalhadores produtores das
ações de saúde na rede básica; o trabalho coletivo é ainda tomado por um
somatório de ações particularizadas; o social é tomado como algo externo aos
sujeitos-históricos; o modelo hegemônico é o modelo médico, individual, curativo;
há pluralidade de ações e de inserção da Enfermagem em diversos setores, a
qualificação é focalizada para o ato e desvinculada de um processo de educação
continuada, há normatização das ações em função das necessidades dos setores;
o quantitativo tem maior representação na produção das ações.”
A citação de Almeida e colaboradores aponta um cenário desfavorável de atuação, no qual os
profissionais limitam o uso de saberes e de práticas relacionadas ao conceito ampliado de saúde.
Ainda com relação à pesquisa de Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em
Saúde Coletiva, Egry e colaboradores2 destacam a extrema diversidade de implantação do
SUS, principalmente, do ponto de vista de planos de ações municipais voltados para contemplar
os perfis epidemiológicos da população; a variedade de composição e de distribuição da força
de trabalho em saúde e, especialmente, em enfermagem; a variedade de ações componentes
da prática, albergando momentos de intervenção mais individuais, grupais, familiais e coletivas,
com pequeno respaldo institucional.
Diante desse cenário desfavorável de ação para os profissionais de saúde, é mister acionar
os espaços de formação e educação permanentes em saúde e em enfermagem para a sua
reversão. Neste capítulo, serão apresentadas algumas contribuições do campo da promoção
da saúde, associado com aspectos de prática de atividade física e formação de cidadania
ativa, capazes de instrumentalizar os enfermeiros que atuam na atenção básica, sobretudo
em equipes do Programa Saúde da Família (PSF), para redirecionar suas ações.
Consideramos que é fundamental para os enfermeiros assumirem um espaço maior
na assistência que o Programa Saúde da Família possibilita, enfocando as ações
para os aspectos de manutenção de potenciais de saúde da população atendida,
com o embasamento científico inerente à prática profissional responsável.
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ADOBJETIVOS
Após o estudo do presente capítulo, o leitor estará apto a:
■■■■■ recuperar, historicamente, a importância da dimensão assistencial da enfermagem na
Atenção Básica em saúde;
■■■■■ resgatar as contribuições da Promoção da Saúde como campo de conceitos e práticas que
subsidiam ações de clínica ampliada para a enfermagem na Atenção Básica ao adulto;
■■■■■ apresentar as bases fisiológicas do sedentarismo na população adulta e as possibilidades
de minimização dos problemas por meio da recomendação e do seguimento da atividade
física;
■■■■■ apresentar elementos para estruturação de atividades educativas na perspectiva
emancipatória.
ESQUEMA CONCEITUAL
Enfrentamento
do sedentarismo
na atenção
básica a partir
das ações de
enfermagem
Promoção da saúde como campo de conhecimentos e de práticas
Sedentarismo – aspectos históricos e epidemiológicos
Bases fisiológicas do desenvolvimento e da degradação
do organismo humano
Atividade física – conceituação geral
Atividade física e saúde – protocolo de consenso para
prescrição multiprofissional
Histórico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Plano assistencial
Prescrição de enfermagem – plano de cuidados
Atividade física e prática assistencial de enfermagem
Nível de atividade física atual
Caso clínico 1
Caso clínico 2
Conclusão
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EM PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO CAMPO DE CONHECIMENTOS
E DE PRÁTICAS
A I Conferência Mundial de Promoção da Saúde ocorreu em 1986, na cidade de Ottawa, Canadá,
tornando-se o principal marco de referência na constituição desse campo, tendo contribuído para
ampliar as discussões sobre os determinantes da saúde e o objeto de ação de suas práticas.
Desde então, o movimento da Promoção à Saúde vem concretizando esse ideário ao enfatizar o
entendimento da produção social do processo saúde-doença, na medida em que enfatiza a
organização social na gênese desse processo e responsabiliza a sociedade na superação dos
problemas, extrapolando o setor saúde.
Na ocasião da Conferência Mundial de Promoção da Saúde, a Promoção à Saúde foi conceituada
como “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida
e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo”.3 Tal conceituação põe a
população em uma posição bastante distinta, de proposições simplistas, voltadas para a adoção
de “estilos de vida saudáveis”, na medida em que ela deixa de ser somente o alvo dos programas
e passa a assumir uma posição na definição dos problemas a serem enfrentados. Amplia-se a
concepção de saúde, referindo-a aos seus determinantes, assim como a possibilidade de
intervenções, que extrapolam o setor saúde.
Os campos de ação, definidos na Carta de Ottawa, incluem cinco eixos de atuação:
■■■■■ elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
■■■■■ criação de ambientes favoráveis à saúde;
■■■■■ reforço para a ação comunitária;
■■■■■ desenvolvimento de habilidades pessoais;
■■■■■ reorientação dos sistemas e serviços de saúde.
Em 1988, na ll Conferência Mundial de Promoção da Saúde, realizada em Adelaide, Austrália, as
discussões centraram-se no tema das políticas públicas saudáveis, reforçando o entendimento
da saúde como um direito humano fundamental e um sólido investimento social.
Para o fortalecimento das políticas públicas saudáveis, foi evidenciada a necessidade de ampliar
o interesse e a preocupação de diferentes setores no sentido de se criarem ambientes favoráveis
para a vida. Nessas discussões, ainda, foi destacado o conceito de eqüidade, como meta para a
superação das desigualdades decorrentes da inserção social desigual. Já naquele momento, foi
destacada a importância do desenvolvimento de parcerias, com vistas a ações intersetoriais,
capazes de causarem impacto sobre as condições geradoras de saúde.
Em 1991, foi realizada a lll Conferência Internacional de Promoção à Saúde, em Sundsvall, na
Suécia, que contribuiu para a melhor caracterização do campo de ação relacionado aos ambientes
saudáveis. As discussões realizadas vieram a incorporar as dimensões sociais, econômicas,
políticas e culturais, além dos aspectos físicos e naturais, ao conceito de ambiente.
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ADNo contexto da América Latina, foi realizada, em 1992, uma Conferência Internacional de Promoção
à Saúde, em Bogotá, Colômbia, com a participação de representantes de vários países latino-
americanos, cuja discussão principal foi a adequação da incorporação dos conceitos do novo
paradigma da Promoção à Saúde no contexto excludente do continente latino-americano.
Na reunião da América Latina, foi destacada a importância dos determinantes sociais
sobre a saúde dos povos, propondo-se que o conceito de Promoção à Saúde incorporasse
a tarefa de “transformar as relações excludentes, conciliando interesses econômicos e
propósitos sociais de bem-estar social”.3
A realização da Conferência no contexto latino-americano contribuiu para destacar o contingente
de pessoas vivendo em condições de miséria, decorrentes de um modelo econômico excludente
que constitui uma séria barreira aos propósitos das ações de Promoção à Saúde. Recupera-se,
assim, a importância da eqüidade social e da solidariedade para o alcance do objetivo maior de
atuar sobre os determinantes de saúde.
Em 1997, em Jacarta, Indonésia, ocorreu a IV Conferência Internacional de Promoção à Saúde.
Foi a primeira vez que um país asiático e em desenvolvimento, com problemas estruturais
extremamente sérios, sediou esse tipo de evento, o que reforçou os propósitos anteriormente
delineados para a Promoção à Saúde. Foi destacada a importância de serem formuladas ações
concretas para alcançar os propósitos e de estabelecer uma articulação mundial para efetivá-las,
dadas as condições desiguais vivenciadas pelos diferentes países.
A aliança global proposta pela Declaração de Jacarta implica um compromisso de reforçar
as ações necessárias, dadas as especificidades de cada país, sem que isso signifique
que os países sejam os únicos responsáveis pela concretização das metas.
A partir dessa breve recuperação histórica acerca das Conferências Internacionais sobre a
Promoção à Saúde, é possível visualizar importantes conceitos, definidos em um curto período de
12 anos, ressaltando aspectos de políticas públicas saudáveis e ações focais favoráveis à saúde.
Entretanto, os avanços conceituais não tiveram a repercussão esperada em termos de ações
concretas.
Apesar de serem encontrados muitos textos que propõem a capacitação da população no controle
e/ou melhoria das condições de saúde, esse é um aspecto central no processo das mudanças
necessárias, porém, ainda se encontra pouco consolidado em experiências concretas.
Vários autores identificam o conhecimento das necessidades sentidas pela população-
alvo como o ponto de partida fundamental para a estruturação de programas.4-6
Dado que as necessidades da população-alvo configuram um aspecto subjetivo da realidade, são
necessários métodos específicos de abordagem dessa realidade, para que os programas tenham
êxito. Caso contrário, as políticas se tornarão estéreis, com soluções tecnocráticas e voltadas
para problemas inexistentes ou pouco importantes para a população a quem se destinam as
ações, recolocando a população em uma situação de protagonista, mais do que, simplesmente,
alvo das políticas.
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EM Vasconcelos7 considera a medicina oficial como “deseducadora” e elenca, entre outros fatores, o
modo autoritário e grosseiro como a população é tratada nos centros de saúde, levando-a a um
sentimento de autodesvalorização. Além disso, nas atividades ditas educativas, como as palestras,
está presente a idéia de que a doença se deve, principalmente, à falta de cuidado e ao desleixo da
população com a sua saúde, deixando a “vítima” com sentimento de “culpa” pelo problema que
apresenta.
Cocco,8 ao analisar a prática educativa do enfermeiro em saúde coletiva, aponta que o fato da
população não saber o que ocorre com o próprio corpo é uma condição de submissão estabelecida.
O exercício da dominação se operacionaliza por meio da tentativa de ocultar as contradições,
sendo importante superar o nível aparente, o qual visa a homogeneizar ou a naturalizar o real. A
partir da década de 1970, com a adoção de um conceito de processo saúde-doença que enfatiza
a inserção dos indivíduos nos meios de produção como determinantes do acesso aos bens de
consumo social e da exposição a diferentes riscos de adoecer e de morrer; e de experiências com
educação popular, constrói-se um novo referencial teórico para a prática educativa, dentro da
perspectiva histórico-estruturalista.9
A participação voluntária da população nos programas educativos é fundamental para
que não se reproduzam os modelos paternalistas, coercitivos e normatizadores de
condutas, historicamente presentes na prática educativa em saúde, os quais têm sido
alvo de severas críticas.8-10
Segundo Green e Kreuter,4 o escopo da Promoção à Saúde amplia o conceito de atuação na medida
em que incorpora a combinação de apoios educacionais e ambientais para as ações e modificações
nas condições de vida, para que se propiciem condições necessárias para a saúde da população.
Às intervenções educativas, deveriam ser incorporadas ações gerenciais e econômicas,
necessárias para a construção de sistemas sociais e políticas saudáveis, pois a exposição
às condições de risco que geram os processos mórbidos não se dá de forma equânime
entre os diferentes segmentos populacionais.
É fundamental conhecer as necessidades de saúde específicas dos grupos que compõem a
população, enfatizando as ações coletivas, além das intervenções individuais, e o trabalho
intersetorial para atuar sobre as causas que levam aos problemas de saúde, e não somente sobre
as doenças.
Dentro da perspectiva de conhecer as necessidades de saúde específicas dos grupos, apresentam-
se os conceitos fundamentais para a atuação dos enfermeiros no enfrentamento do sedentarismo.
O profissional de enfermagem vai atuar junto à população adulta, atendida nos serviços da rede
básica, pautados no processo de autonomia da população nos aspectos relacionados ao seu
processo de saúde e doença por meio do processo de desenvolvimento de cidadania ativa
ocasionado pela prática social de atividade física.
1. Segundo o exposto no capítulo, defina qualidade de vida.
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2. São campos de ação definidos pela Carta de Ottawa, EXCETO:
A) elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis.
B) criação de ambientes favoráveis à saúde.
C) desenvolvimento de atletas para competições esportivas.
D) reforço para a ação comunitária.
3. Com base nas informações do texto, faça a relação das colunas.
Respostas no final do capítulo
4. No que consiste a aliança global, proposta na IV Conferência Internacional de
Promoção à Saúde?
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( A ) I Conferência
Internacional de
Promoção à Saúde.
( B ) II Conferência
Internacional de
Promoção à Saúde.
( C ) III Conferência
Internacional de
Promoção à Saúde.
( D ) IV Conferência
Internacional de
Promoção à Saúde.
( ) As discussões centraram-se no tema
das políticas públicas saudáveis,
reforçando o entendimento da saúde
como um direito humano fundamental
e um sólido investimento social.
( ) Foi destacada a importância de se
formularem ações concretas para
alcançar os propósitos e de estabele-
cer uma articulação mundial para
efetivá-las, dadas as condições desi-
guais vivenciadas pelos diferentes
países.
( ) A Promoção à Saúde foi conceituada
como “processo de capacitação da
comunidade para atuar na melhoria
da sua qualidade de vida e saúde,
incluindo uma maior participação no
controle desse processo”.
( ) As discussões realizadas vieram a
incorporar as dimensões sociais,
econômicas, políticas e culturais,
além dos aspectos físicos e naturais
ao conceito de ambiente.
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EM 5. Por que a participação voluntária da população nos programas educativos é
fundamental para o enfrentamento do sedentarismo?
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SEDENTARISMO – ASPECTOS HISTÓRICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Utilizando-se dos desenhos infantis das décadas de 1970 e 1980 – como os “Flintstones” e os
“Jetsons” –, é possível traçar um paralelo sobre os aspectos da construção social da diminuição
da utilização do maquinário musculoesquelético na evolução da vida social e profissional dos
indivíduos, além dos aspectos estruturais que influenciam o sedentarismo na atualidade.
Tomando como exemplo os desenhos infantis, observa-se que o homem, ao longo do processo
histórico, sempre utilizou sua biomecânica para poder desempenhar ações de trabalho e de vida
social. Ao longo da história da sociedade, vários aspectos da prática de atividade física sempre
estiveram associados com as atividades cotidianas.
Com a domesticaçãode animais para consumo, e a sua utilização como ferramenta para o preparo
da terra para cultivo, diminuíram os aspectos de caça e da necessidade de fuga de predadores
naturais. Em relação à moradia e vestuário, o homem, na maior parte do tempo, atuava de forma
ativa na confecção das próprias roupas e na construção da própria morada. Durante o século
XVIII, com a Primeira e a Segunda Revoluções Industriais, a utilização de máquinas passou a
substituir a ação humana em muitos momentos do processo de trabalho.11
Com o desenvolvimento da sociedade industrial e do processo de produção de bens e
serviços, o século XX pode ser considerado como o século do sedentarismo. Nesse
período, a substituição das atividades manuais de trabalho por máquinas e a oferta
acessível de equipamentos eletroeletrônicos produzidos em massa facilitaram a vida
cotidiana com o conceito de que “conforto é ter tudo pronto sempre à mão”.
Os avanços tecnológicos, tanto na esfera do trabalho como na área de lazer, aumentam o tempo
diário com atividades, predominantemente, sedentárias. Há uma tendência a optar-se pelas ações
consideradas mais fáceis e que promovem menor gasto calórico. Isso pode ser considerado um
paradoxo, pois, ao mesmo tempo em que se vive a “ditadura da magreza”, também se observa
uma ojeriza ao suor.
Nos meios de comunicação, divulga-se a idéia de que o sucesso está associado à aparência e
que atividades manuais não combinam com o sucesso. Conceitos de “pense, não faça, mande
fazer”, ou “o sucesso e a felicidade ao aperto de um botão”, imperam e moldam as ações coletivas.
Até o esporte é veiculado como algo apenas a ser admirado, como uma obra de arte, exibido e
comercializado em programas de televisão ou em arenas desportivas.
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ADO ambiente da sociedade moderna desempenha um papel pouco encorajador para o envolvimento
com a atividade física (AF).11-15 Poucas são as atitudes que privilegiam ou estimulam a adoção de
um estilo de vida ativo. Há a priorização do transporte motorizado individual em detrimento do
transporte coletivo ou do transporte ativo – patins, bicicletas, skates, etc.
Nas grandes cidades brasileiras, inexistem ciclovias e locais de estacionamento público de bicicletas.
Os prédios e edifícios comerciais ou residenciais não apresentam locais de caminhada. As escadas
são consideradas apenas como rota de fuga em caso de emergências ou locais de risco para
quedas com possíveis riscos de processos indenizatórios.
Bairros com poucos praticantes de AF podem tornar-se ambientes opressores para a prática por
meio de atitudes desencorajadoras e agressivas dos moradores, tais como desrespeito dos
motoristas, apelidos pejorativos, dentre outros.
Observa-se o surgimento do conceito de “cansaço psicológico”, no qual se vê a falta de
interesse/motivação para a execução do ato de transporte ativo (caminhar e/ou subir
escadas) sempre que estiverem disponíveis possibilidades de transporte passivo
(escadas e esteiras rolantes, elevadores, etc.). Isso pode ser observado, também, quando
há opção de estacionar veículos sempre nas vagas mais próximas dos acessos ou
destinos, ou mesmo no pagamento da execução de tarefas manuais.
O processo de informação educativa sobre os benefícios da prática de AF e, principalmente, sobre
as formas de como essa pode ser executada em atividades específicas ou cotidianas, é pequeno,
seja em locais públicos ou em locais privados. Mesmo nas escolas, na imprensa ou em locais de
atendimento de saúde, pouco se aborda sobre o tema AF e saúde nos seus aspectos práticos e
alternativos.
BASES FISIOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO
E DA DEGRADAÇÃO DO ORGANISMO HUMANO
A maioria das doenças associadas ao sedentarismo, somente se manifesta na vida adulta, mas é
cada vez mais evidente que o seu desenvolvimento se inicia na infância e adolescência,
principalmente, os distúrbios cardiovasculares, endócrinos e metabólicos.16
O envelhecimento é um processo contínuo, durante o qual ocorre uma diminuição do
funcionamento fisiológico natural. Os dados do Centro Nacional de Estatística para a Saúde,
apontados pela posição oficial das Sociedades Brasileiras de Medicina Esportiva e Geriatria sobre
atividade física e saúde do idoso, demonstram que, cerca de 84% das pessoas com idade igual ou
superior a 65 anos, são dependentes para realizar as suas atividades cotidianas, constituindo-se
em um maior risco de institucionalização.
Pode-se considerar que a maioria dos efeitos do envelhecimento é ocasionada por
imobilidade e má adaptação, decorrência de processo contínuo de sedentarismo, e não
por doença crônica.
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EM A massa óssea termina o seu processo de consolidação por volta dos 20 anos, em ambos os
sexos, e começa um declínio gradual a partir dos 30-40 anos de idade. Esse declínio é de,
aproximadamente, 0,5% ao ano, sendo que essa perda é muito mais acentuada (3%) em mulheres
após a menopausa.17
À redução da massa óssea, associa-se a alteração natural da cartilagem articular, que, associadas
às alterações biomecânicas, adquiridas ou não, provocam degenerações diversas ao longo da
vida. Esse processo pode levar à diminuição da função locomotora e da flexibilidade, acarretando
maior risco de lesões e comprometimento da autonomia.
A maturação do sistema neuromuscular ocorre por volta dos 20 a 30 anos de idade.
Entre a terceira e a quarta décadas de vida, ocorrem mínimas alterações na força máxima.
Todavia, a partir da quinta década de vida, é observada uma redução da força máxima
muscular de cerca de 10% por década.18
Além das alterações musculoesqueléticas, observam-se alterações estruturais cardíacas,
associadas ao envelhecimento, tais como o aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5 g/
ano, entre 30 e 90 anos de idade, pelo aumento da espessura da parede do ventrículo esquerdo
(VE), bem como do septo interventricular.
Paralelamente às alterações cardíacas, há aumento da rigidez do coração decorrente da deposição
de tecido colágeno, principalmente, na parede posterior do VE. Associa-se a esse fato uma maior
rigidez da aorta, além de alterações na elasticidade, na distensibilidade e na dilatação nas artérias
corporais. Esse fato favorece o aumento da pressão arterial sistólica.
O aumento da resistência arterial periférica determina um incremento progressivo da pressão
arterial média. Somam-se a essas alterações, as neurológicas e as pulmonares, decorrentes do
processo natural de degradação celular.18
É consenso na literatura que, mesmo com todas as alterações morfofuncionais que
ocorrem com a idade, decorrentes do processo de envelhecimento, mantendo-se um
estilo de vida saudável por meio da prática de AF regular, essas podem ser retardadas
e/ou minimizadas.11,12,13,17,19-23 A implantação de estratégias de prevenção, como a prática
da atividade física regular e de programas de reabilitação e fortalecimento, poderá
promover a melhora funcional e minimizar ou prevenir o aparecimento dessas
incapacidades.
6. Por que o ambiente da sociedade moderna desempenha um papel pouco encorajador
para o envolvimento com atividade física?
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AD7. O que se compreende por cansaço psicológico?
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8. Explique a relação entre efeitos do envelhecimento e sedentarismo.
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9. A massa óssea começa um declínio gradual a partir dos 30-40 anos de idade.
Em indivíduos do gênero masculino, esse declínio é de aproximadamente:
A) 0,5% ao ano.
B) 3% ao ano.
C) 20% ao ano.
D) Nenhuma das alternativas anteriores.
10. Das alterações físicas associadas ao envelhecimento, pode-se afirmar
corretamente que:
A) a maturação do sistema neuromuscular ocorre por volta dos 40 anos de idade.
B) entre a terceira e quarta décadas de vida, ocorrem as maiores alterações na
força máxima.
C) a partir da quinta década de vida, é observada pouca redução da força máxima
muscular, de cerca de 1% por década.
D) além das alterações musculoesqueléticas, observam-se alterações como o
aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos de
idade.
Respostas no final do capítulo
ATIVIDADE FÍSICA – CONCEITUAÇÃO GERAL
A associação entre AF e saúde é relatada na cultura Chinesa e Indiana, em textos gregos e romanos,
além de citações no período clássico e renascentista.11,19 A relação entre epidemiologia e atividade
física, aparentemente, tem início na era epidemiológica das doenças crônico-degenerativas.
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EM Estudos epidemiológicos, publicados a partir da década de 1950, apresentam o conceito
de que a AF é benéfica para a saúde. O sedentarismo aparece como condição prejudicial
à saúde, e a AF aparece como um dos potenciais que poderia modificar o risco dos
indivíduos de adoecerem.11
Observa-se uma grande dificuldade na comparação dos dados de sedentarismo e prática de AF
entre países ou cidades, em decorrência da diferença dos métodos utilizados no diagnóstico ou
na classificação dos níveis de atividade física, tais como sedentário, pouco ativo, ativo, muito
ativo, entre outros.19
Para o termo AF, diversas classificações são relacionadas. Dentre elas, destaca-se que a AF seria
a ação humana que comporta a idéia de trabalho como conceito físico, ou seja, qualquer movimento
corporal, produzido pela musculatura esquelética, que resulte em gasto energético; qualquer
atividade muscular que resulte, desde os mais simples movimentos corporais até os mais
complexos, coordenados e metodizados exercícios e atividades. Refere-se, também, à totalidade
de movimentos executados no contexto do esporte, da aptidão física, da recreação, da brincadeira,
do jogo e do exercício, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e
comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, caminhadas, passeios,
atividades lúdicas, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e deslocamentos.11,19,24,25
A AF é um comportamento complexo, pois toda e qualquer atividade musculoesquelética
é englobada por ela, tanto na prática de qualquer tipo de exercício físico, atividades
esportivas, treinamentos, quanto em ações cotidianas ou lúdicas, como caminhar, dançar,
limpar a casa ou o carro, subir ou descer de escadas, passear com o cachorro, entre
outras. Assim, pode ser considerada AF toda a forma de gasto de energia promovido
pelo aparelho musculoesquelético.
Para o conceito de gasto energético, pode-se considerar que o ser humano o faz por meio de três
processos:
■■■■■ processo digestório – gasto energético por meio dos três processos que ocorrem com os
nutrientes em todo o trato digestório: digestão – absorção – eliminação;
■■■■■ gasto energético basal – quantidade de energia mínima para a manutenção dos aspectos
vitais – funcionamento dos órgãos, processos de renovação dos tecidos mucosos e de células
corporais, entre outros;
■■■■■ prática de AF – quantidade de energia gasta com a prática de qualquer atividade
musculoesquelética, ordenada ou não.
De acordo com Andrade,12 pode-se considerar a relação entre AF e promoção da saúde em três
momentos distintos, sendo identificados três vertentes de promoção, como demonstra o Quadro 1.
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ADQuadro 1
 VERTENTES DA RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Os malefícios do sedentarismo superam, em muito, as eventuais complicações
decorrentes da prática de AF, os quais, portanto, apresentam uma interessantíssima
relação risco/benefício.
ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE – PROTOCOLO DE CONSENSO
PARA PRESCRIÇÃO MULTIPROFISSIONAL
Para uma vida saudável, é necessária a associação de aspectos de atividades e atitudes saudáveis,
tais como nutrição adequada e prática de AF. Esses podem ser caracterizados como um padrão
de comportamento mensurável, no qual esses comportamentos identificáveis possam ser
valorizados, quando benéficos e promotores de saúde, e trabalhados/modificados quando
representam um fator agressor à condição saudável do indivíduo.
É possível elencar, como estilos de vida saudáveis, aqueles que possam ser caracterizados como
positivos, tais como prática regular de AF, padrões nutricionais adequados dentro dos critérios de
distribuição de quantidade de calorias e variedade de nutrientes associados ao fracionamento das
refeições e ingestão de quantidades adequadas de líquidos, dentre outros.12
O conhecimento dos profissionais de saúde sobre as recomendações da promoção da saúde pela
prática de atividade física é necessário, para que a AF possa ser utilizada com esse propósito.
Para isso, é importante estabelecer e clarificar os critérios na qual a atividade física pode ser
utilizada para promoção da saúde.
Prática esportiva
Aptidão física
Atividade física
Durante a década de 1970, profissionais de diferentes áreas ligadas à saúde
acreditavam que a prática de esportes poderia promover a saúde; porém, os
macrotraumas osteomusculares decorrentes de treinamentos intensos e
repetitivos evidenciaram que a prática esportiva não promovia, necessariamente,
a saúde, nem prevenia o surgimento de algumas doenças.
Com a disseminação da relação entre aptidão física e saúde e o aumento no
número das academias durante adécada de 1980, houve o aumento do anseio
em adquirir um “corpo perfeito” sem considerar os aspectos de uma boa saúde.
Com a prática regular de exercícios, a necessidade da atividade supervisionada e
o controle rígido dos critérios de prescrição (freqüência, duração, intensidade e
tipo de atividade física), observou-se o aumento dos microtraumas, isso sem
considerar as alterações psicológicas e sociais dos cultuadores do físico
(vigorexia, anorexia, exclusão por questões financeiras, por exemplo). Outra
característica importante desse período foi a grande utilização das baterias de
medidas e testes de aptidão física em escolares, atletas e população em geral,
reforçando, excessivamente, a necessidade da prescrição do exercício para a
manutenção e melhora da aptidão física, como o único caminho para a promoção
da saúde.
Mais recentemente, pesquisadores reconhecem a relação entre atividade física e
promoção da saúde como uma proposta mais democrática e com grande
aplicabilidade populacional, no que tange os aspectos de promoção da saúde,
prevenção e tratamento de doenças.
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EM Não basta saber que a AF é benéfica e que se considera AF todo e qualquer movimento
corporal; é necessário, também, que os critérios mínimos de utilização estejam claros e
que esses sejam possíveis de serem aplicados em âmbito terapêutico, na forma de
tratamento ou prevenção de doenças, ou na esfera da promoção da saúde.
Andrade12 relata que, na década de 1990 pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos (CCDC-USA) e do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM)
definiram a recomendação sobre as formas de AF necessárias para a promoção da saúde, o
tratamento e a prevenção de doenças. A metodologia utilizada foi pelo levantamento de evidências
científicas das áreas de epidemiologia, de fisiologia e de clínicas diversas (cardiologia, geriatria,
pneumologia, etc.), por meio de pesquisas básicas, de artigos de revisão da literatura e das principais
conclusões dos últimos encontros científicos que enfatizaram esse tema.
Por meio da pesquisa de Andrade, a posição sobre a AF e a promoção da saúde é a de que
indivíduos adultos deveriam acumular, no mínimo, 30 minutos ou mais de atividade física
com uma intensidade moderada, preferivelmente, todos os dias da semana, no mínimo 5
dias, de forma contínua ou acumulada.12
Pode-se destacar o fator benéfico à saúde, advindo do acúmulo da prática de AF em pequenas
atividades executadas de intensidade moderada e de forma intervalada e, não necessariamente,
pela obrigatoriedade da realização de atividades vigorosas e executadas de forma contínua
(ininterrupta). Esse fato incentiva, facilita e fortalece os indivíduos para a adoção de um
comportamento ativo, por meio do acúmulo de atividades físicas durante o dia.
A prática contínua de AF pode ser feita com atividades cotidianas simples, tais como
utilizar escadas, ao invés do elevador, executando caminhadas nos intervalos diários,
seja pela utilização de espaços próprios para a prática de exercícios ou de atividades
esportivas em curtos intervalos de tempo durante o dia. Pode-se ressaltar o fato da
possibilidade de associação entre as duas formas de prática de AF ao longo do dia ou
da semana.
A proposta da AF contínua aproxima-se do conceito de promoção da saúde por propiciar aspectos
de opção e de escolha, possibilitando ao indivíduo a autonomia para a adoção de um estilo de
vida mais ativo da forma que melhor lhe convier. Todavia, essa possibilidade não exclui as formas
mais tradicionais de envolvimento com a AF, de aspectos mais vigorosos, tais como exercícios
supervisionados e práticas esportivas, em ambientes fechados ou não, com objetivos competitivos
ou lúdicos.
A AF orientada tem-se mostrado benéfica para o controle, o tratamento e a prevenção de doenças
fisiológicas, cognitivas e sociais, tais como diabete, cardiopatias, hipertensão, arteriosclerose,
varizes, enfermidades respiratórias, artrose e transtornos mentais ou psicológicos, artrite e dor
crônica, dentre outras.
A prática de exercícios físicos habituais, além da promoção à saúde, influencia na
reabilitação de determinadas patologias associadas com o aumento dos índices de
morbidade e de mortalidade. Dessa forma, terapeutas têm ressaltado a importância da
AF para o tratamento de doenças e a melhoria da saúde.11-15,19-23
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ADMatsudo e colaboradores26 relata que os principais benefícios à saúde, advindos da prática correta
de AF terapêutica, referem-se aos aspectos dispostos no Quadro 2.
Quadro 2
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS À SAÚDE ADVINDOS DA PRÁTICA DE AF
Para a prática de AF fazer parte dos hábitos cotidianos, é necessário caracterizar e identificar os
seus aspectos determinantes. Esses podem ser entendidos como fatores que influenciam de
maneira positiva ou negativa o envolvimento, a manutenção e o abandono de um estilo de vida
ativo.
De acordo com Andrade,12 alguns fatores positivos e negativos podem influenciar a adesão/não-
adesão dos indivíduos à prática de AF (Quadro 3).
Quadro 3
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A ADESÃO/NÃO-ADESÃO À PRÁTICA DE AF
Positivos
■■■■■ Instrução e encorajamento (social, familiar,
profissional)
■■■■■ Rotina regular
■■■■■ Ausência de lesões, de dor e de desconforto
■■■■■ Prazer
■■■■■ Diversão
■■■■■ Variedade da AF
■■■■■ Grupo amistoso
■■■■■ Avaliação dos progressos
■■■■■ Aprovação do cônjuge
■■■■■ Baixo custo financeiro para a prática
■■■■■ Espaços públicos desportivos conservados
■■■■■ Facilidade de execução (proximidade da
residência)
■■■■■ Segurança
Negativos
■■■■■ Instrução inadequada
■■■■■ Inconveniência de tempo
■■■■■ Problemas/distúrbios musculoesqueléticos
■■■■■ Exercício sem motivação
■■■■■ Compromisso individual
■■■■■ Falta de conhecimento dos progressos
■■■■■ Desaprovação do cônjuge
■■■■■ Falta de encorajamento
■■■■■ Alto custo
■■■■■ Falta de locais públicos específicos
■■■■■ Insegurança
■■■■■ Não-prescrição/orientação dos profissionais de
saúde por meio de propaganda impressa
Aspectos
Metabólicos
Antropométricos e
neuromusculares
Psicológicos
Benefícios
Aumento do volume sistólico, aumento da potência aeróbica, aumento da
ventilação pulmonar, melhora do perfil lipídico, diminuição da pressão arterial,
melhora da sensibilidade à insulina e diminuição da freqüência cardíaca em
repouso e no trabalho submáximo.
Diminuição da gordura corporal, incremento da força e da massa muscular, da
densidade óssea e da flexibilidade.
Melhoria da auto-estima, do autoconceito, da imagem corporal, das funções
cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na
diminuição do consumo de medicamentos.
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EM É importante salientar o fato de que, a exemplo de outras intervenções em saúde, a AF terapêutica
regular deve obedecer a alguns fundamentos, para assegurar a melhor relação risco/benefício. As
principais variáveis a serem observadas para a prescrição, de acordo com as recomendações do
programa Agita São Paulo, são:
■■■■■ modalidade – caracterizada pelo tipo de AF executada, seja essa realizada com atividades
cotidianas, atividades esportivas ou pela prática de exercícios físicos;
■■■■■ freqüência – caracterizada pelo número dedias por semana em que os indivíduos se envolvem
com AF moderada ou intensa;
■■■■■ duração – definida pela quantidade de minutos de AF por dia, tempo de duração de cada
sessão;
■■■■■ intensidade – característica do esforço desempenhado para a prática da AF. É classificada em
leve ou moderada (aquelas que fazem o indivíduo suar levemente ou aumentam leve ou
moderadamente sua respiração ou batimentos do coração); ou vigorosa (aquelas que fazem o
indivíduo suar bastante ou aumentam muito a sua respiração ou os seus batimentos do coração);
■■■■■ modo de progressão – forma de execução da AF. É classificado em contínuo (uma única
sessão por dia), acumulado (várias sessões por dia), ou indiferente (contínua ou acumulada).
Para uma maior adesão dos praticantes, a escolha da modalidade de AF deve valorizar, acima de
tudo, as preferências pessoais e as possibilidades do praticante, enfatizando aspectos de lazer e
socialização, além dessas atividades serem, preferencialmente, executadas em grupo e de forma
variada.
Os profissionais de saúde devem adotar, tanto para a prescrição quanto para a definição/
caracterização de sedentarismo, a seguinte metodologia:
■■■■■ duração – pelo menos 30 minutos;
■■■■■ intensidade – moderada;
■■■■■ freqüência – no mínimo 5 dias por semana;
■■■■■ modo – de forma contínua ou acumulada em:
■■■■■ 30min seguidos; ou 3 sessões de 10min; ou 2 sessões de 15min.
Seguindo a recomendação mínima de AF para o adulto, definida pelo CDC e pelo ACSM, adotada
pela OMS e pelo programa Agita São Paulo, o Quadro 4 demonstra as classificações dos indivíduos
relacionando-os com a prática de AF.
Quadro 4
CLASSIFICAÇÕES DOS INDIVÍDUOS CONFORME A PRÁTICA DE AF
Classificação
Fisicamente inativo
(sedentário)
Insuficientemente
ativo
Fisicamente ativo
Freqüência
Não realiza
< 5 dias/sem
≥ 3 dias/sem
≥ 5 dias/sem
Duração
Não realiza
< 30min/dia
≥ 20min/dia
≥ 30min/dia
Tipo
Não realiza
Qualquer tipo
Vigorosa
Moderada
Total
--------
< 150min/sem
e < 5 dias/sem
≥ 60min/sem
≥ 150min/sem
Fonte: Matsudo (1998).19
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ADDe acordo com a definição das classificações de prática de AF, é possível considerar que a
inatividade física/sedentarismo é um comportamento passível de ser identificado e mensurado e,
dessa forma, modificado por meio de diferentes ações, com foco individual, coletivo e social
conforme os conceitos mais recentes de promoção da saúde.
Um fato que também desperta atenção é que, apesar de a população e os profissionais de saúde,
de forma geral, reconhecerem os benefícios da AF como uma forma de recuperar ou manter a
saúde, apenas esse reconhecimento não é suficiente para a adoção de um estilo de vida ativo.
Apesar das evidências sobre os benefícios da prática de AF, pesquisas demonstram a alta
prevalência de sedentarismo tanto em adultos quanto em crianças e adolescentes, tanto em países
desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento.
Os profissionais de saúde pouco fazem, de forma geral, para mudar esse quadro.
Ortopedistas brasileiros apenas recomendam a execução de AF apenas de forma verbal
sem a utilização de receituário,27 e essa recomendação difere do protocolo proposto
pela OMS. A não-prescrição em receituário reduz a aceitação, a compreensão e a adesão
dos pacientes acerca da execução e dos benefícios advindos da prática regular de AF.
Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Enfermagem nos Esportes, em 2006,28
em evento realizado para enfermeiros da rede básica de saúde, demonstrou que esses
desconhecem o protocolo de prescrição de AF e que não a utilizam como ferramenta terapêutica
por meio de programas organizados, ou por meio de prescrição em folha de receituário.
Considerando a alta prevalência de obesidade aliada ao significativo risco relativo do sedentarismo
referente às doenças crônico-degenerativas, o incremento da AF de uma população contribui
decisivamente para a saúde pública,12-14 com forte impacto na redução dos custos com tratamentos
hospitalares e medicamentosos, além de internações, consultas e pronto atendimento, dentre
outros.
11. Quais são os principais benefícios à saúde, referentes aos aspectos metabólicos,
advindos da prática correta de AF terapêutica?
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12. Cite três exemplos de fatores positivos e três exemplos de fatores negativos
que podem influenciar na adesão/não-adesão da prática de AF.
Resposta no final do capítulo
Positivos Negativos
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13. Nos dias em que é realizada alguma atividade física, por quanto tempo essa
deve ser praticada para promover benefício à saúde?
A) Mínimo 20 minutos.
B) Mínimo 30 minutos.
C) Mínimo 50 minutos.
D) Não importa o tempo mínimo.
14. No mínimo, quantos dias da semana as pessoas devem ser fisicamente ativas
para promover benefício à saúde?
A) 7 dias por semana.
B) 5 dias por semana.
C) 3 dias por semana.
D) Não importa a freqüência.
Respostas no final do capítulo
15. Como se caracteriza um indivíduo insuficientemente ativo?
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ATIVIDADE FÍSICA E PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM
Segundo dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),29 por meio do relatório de
pesquisa sobre padrões de vida dos brasileiros, elaborado em 1999, 26% dos homens realizam
AF semanalmente, e em relação às mulheres, os valores correspondem a 12,7%. A quantidade de
pessoas que se exercita de forma vigorosa durante pelo menos 30 minutos ou mais, por pelo
menos 3 dias na semana, encontra-se em 10,8% e 5,2% do total de homens e de mulheres,
respectivamente.
O número percentual de praticantes de AF, tanto na população masculina quanto na
feminina, é extremamente baixo e com pouca significância estatística. Cerca de 3 em
cada 4 homens brasileiros são sedentários ou insuficientemente ativos, e esses valores
aumentam para cerca de 9 em cada 10 mulheres brasileiras nessa condição prejudicial.
O sedentarismo é um problema crônico e assintomático, e isso faz com que seja minimizada a
preocupação dos profissionais de saúde e da própria população em relação a esse problema. Os
aspectos relacionados com os benefícios da prática regular de AF, com base nos critérios mínimos
de execução, representam condições que beneficiam o processo saúde-doença,seja nas
dimensões física, social e psicológica.
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ADOs benefícios da prática de AF apresentam-se de forma gradual e podem ser detectados no aspecto
de escolha da terapêutica global, na qual o paciente se torna agente ativo no seu processo de
saúde-doença, atuando com possibilidades diversas para controle e reversão dos agravos
adquiridos.
A incorporação da AF a partir da assistência de enfermagem pode ter início com conceito o tradicional
dos 5 certos, utilizados para a terapêutica medicamentosa (paciente certo – hora certa – dose
certa – via certa – droga certa). Para prescrição e aplicação da AF, os conceitos associados aos 5
certos podem ser aplicados como mostra o Quadro 5.
Quadro 5
CONCEITOS ASSOCIADOS AOS 5 CERTOS
O que se percebe nas recomendações dos 5 certos é que os enfermeiros trabalharão com a
administração de terapêutica diferencial, ou seja, ao invés de utilizar-se apenas de drogas/
medicações, o que se propõe é a administração de AF como o remédio a ser receitado e
administrado.
Cabe ressaltar que a aplicação de AF não substitui a terapêutica medicamentosa
tradicional e que ambas devem estar associadas a outras formas terapêuticas, tais como
nutricionais, psicológicas, dentre outras.
Os enfermeiros podem utilizar a AF como terapêutica complementar à medicamentosa, sendo
que essa deve ser preconizada de forma contínua e em doses preestabelecidas, seguindo as
especificidades individuais e os protocolos de prescrição.
Para que a AF possa ser prescrita de forma similar às terapêuticas clínicas tradicionais de
enfermagem, deve-se avaliar os pacientes por meio dos aspectos da Sistematização de
Enfermagem (SAE), seguindo as etapas do processo e utilizando-se das informações obtidas
para o desenvolvimento do processo de raciocínio clínico, administrativo e epidemiológico.
Horta30 define o processo de enfermagem como a dinâmica das ações sistematizadas e inter-
relacionadas, visando à assistência ao ser humano. Isso se caracteriza pelo inter-relacionamento
e dinamismo de suas 6 fases ou passos, e no centro dessas fases situa-se o indivíduo, a família e
a comunidade.
Praticante certo
Freqüência certa
Duração certa
Intensidade certa
Atividade certa
Paciente que executará a AF.
Quantidade mínima de dias da semana a ser executada a AF.
Quantidade mínima de tempo destinado à prática da AF, de forma contínua ou
acumulada.
Forma de execução da AF, moderada, leve ou vigorosa de acordo com as
características e limitações do praticante.
O tipo de AF a ser executada, como caminhada, ginástica oriental, dança, etc.
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EM As fases da SAE a serem consideradas nesse processo estão no Quadro 6.
Quadro 6
AS SEIS FASES DA SAE
16. Sobre as estatísticas da prática de atividades físicas no Brasil, analise as
alternativas.
I) O percentual de praticantes de atividade física na população masculina
apresenta-se baixo e com pouca significância estatística.
II) O percentual de praticantes de atividade física na população feminina
apresenta-se baixo e com pouca significância estatística.
III) Cerca de 3 em cada 4 homens brasileiros são sedentários ou insuficientemente
ativos.
IV) Cerca de 9 em cada 10 mulheres brasileiras são sedentárias ou
insuficientemente ativas.
Estão corretas as alternativas:
A) I e III.
B) I e IV.
C) Apenas a alternativa II está correta.
D) Todas as alternativas estão corretas.
Respostas no final do capítulo
Histórico de enfermagem
Diagnóstico de
enfermagem
Plano assistencial
Plano de cuidados
(prescrição de
enfermagem)
Evolução de enfermagem
Prognóstico de
enfermagem
Coleta de informações clínicas, pessoais, sociais e psicológicas do
paciente obtidas por meio da consulta de enfermagem.
Identificação das necessidades do paciente que requerem atendimento
e a determinação, pelo enfermeiro, do grau de dependência desse
atendimento em natureza e extensão. Esse diagnóstico não substitui o
diagnóstico médico, trata-se de um processo complementar e
independente.
Determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano
deve receber diante do diagnóstico estabelecido. Trata-se do
desenvolvimento teórico da assistência a ser executada.
Implementação prática do plano assistencial pela prescrição que
coordena a ação da equipe de enfermagem e dos próprios pacientes na
execução dos cuidados adequados ao atendimento de suas
necessidades básicas e específicas.
Relato das sucessivas mudanças que ocorrem com o paciente enquanto
esse estiver sob assistência profissional. Pela evolução, é possível
avaliar a resposta do paciente à assistência de enfermagem
implementada.
Estimativa da capacidade do ser humano em atender suas
necessidades básicas alteradas após a implementação do plano
assistencial e à luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem.
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AD17. Quais são os 5 certos da assistência de enfermagem?
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
18. Dentre as seis fases da SAE, explique o plano de Cuidados (prescrição de
enfermagem).
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Iniciando-se no foco da assistência individual, utiliza-se a AF na abordagem do indivíduo ou em
um grupo educativo de pacientes com problemas semelhantes. Para isso, é necessário realizar o
histórico de enfermagem.
O histórico de enfermagem é feito durante a realização de consulta de enfermagem, com ênfase
na captação das seguintes informações:
Aspectos clínicos
■■■■■ Idade, gênero, condições gerais de hidratação e de nutrição;
■■■■■ Patologia principal e outras patologias associadas (cardiovasculares, osteomusculoarticulares,
neurológicas, dentre outras);
■■■■■ Tratamento medicamentoso;
■■■■■ Dados antropométricos, tais como peso, estatura, IMC, dobras cutâneas, diâmetros ósseos
(cotovelo, joelho, punho), circunferências corpóreas (braço, antebraço, coxa, perna, cintura
abdominal e pélvica);
■■■■■ Medidas específicas de avaliação dos aspectos de força, de flexibilidade, de equilíbrio e de
agilidade.
Indivíduos sintomáticos e/ou com importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares,
metabólicas, pulmonares e do sistema locomotor, que poderiam ser agravadas pela atividadefísica, exigem avaliação médica especializada, para a definição objetiva de eventuais restrições e
a prescrição correta de AF.
Para a avaliação de indivíduos assintomáticos, o acompanhamento clínico e a realização de
eletrocardiograma de repouso associado ao inquérito de antecedentes de cardiopatia individual e
familiar podem garantir segurança na execução da prática de AF de intensidade leve ou moderada.
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EM Aspectos psicológicos
■■■■■ Motivação.
■■■■■ Aspectos relacionados à depressão, à ansiedade, à tristeza, ao isolamento, dentre outros.
■■■■■ Prática preferida: grupal ou individual/esporte – exercício – AF.
Aspectos sociais
■■■■■ Tipo de moradia.
■■■■■ Familiares.
■■■■■ Atividades de trabalho – tempo e característica.
■■■■■ Infra-estrutura social – clubes, parques, praças, etc.
Para a aquisição das informações sobre aspectos clínicos, psicológicos e sociais do indivíduo, os
enfermeiros devem buscar os dados disponíveis em sites de informação municipal ou distrital e
buscar fazer as adaptações de acordo com as especificidades das características individuais e
regionais dos pacientes atendidos na rede básica.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Com as informações coletadas na consulta de enfermagem, acrescidas do diagnóstico médico, o
enfermeiro executa o diagnóstico de enfermagem nos aspectos das necessidades clínicas,
epidemiológicas e psicológicas do paciente. Todavia, não se deve excluir a classificação do indivíduo
em relação à prática de AF (sedentário, insuficientemente ativo, ativo). Esse dado é de suma
importância para o início da prescrição da AF terapêutica.
Para detecção do nível de prática de AF, o enfermeiro deve utilizar os conceitos antes expostos. A
verificação desses pode ser feita pela utilização do Questionário Internacional de Atividade Física
(IPAQ).12 Esse instrumento validado tem como objetivo mensurar o nível de prática de AF do
entrevistado. Por meio dessa mensuração, o enfermeiro pode detectar o risco ao qual o indivíduo
está exposto mediante o seu grau de sedentarismo.
PLANO ASSISTENCIAL
É na etapa do plano assistencial que se iniciam as diversificações dos objetivos a serem propostos
com a prática da AF.
A AF não deve ser utilizada de forma simplificada, ou seja, almejando obter ganhos ou
alterações apenas nos aspectos clínicos individuais ou de um grupo de pacientes.
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ADA AF é uma ferramenta potente que pode ser utilizada com foco no indivíduo, na comunidade e na
sociedade. Trata-se da utilização da AF para o fortalecimento das redes sociais, para que haja a
capacitação do indivíduo para o exercício do processo de cidadania ativa na qual essa rede passa
a ser um elemento facilitador das mudanças em seu bairro e sua cidade.
A AF terapêutica deve ser sempre analisada, por parte dos enfermeiros, com base em três critérios:
■■■■■ Individual – processo de raciocínio mediante adaptação das possibilidades de prescrição e de
organização de atividades físicas individuais ou realizadas em grupo mediante as limitações
fisiopatológicas individuais dos pacientes, administrativas da Unidade Básica de Saúde (UBS)
e sociais da comunidade. Processo de projeção dos fortalecimentos dos aspectos de cidadania
ativa e de percepção do fortalecimento das ações individuais de mudança de comportamento
individual, familiar e social: processo de autocuidado, motivador e multiplicador dos conceitos
benéficos do estilo de vida saudável, aspectos de comportamento social ativo e participativo
pela criação e pela manutenção de grupos de prática de AF na comunidade.
■■■■■ Comunitário – organização e oferta, na própria comunidade, da integração das redes sociais
já existentes, tais como igrejas, utilização da organização e dos espaços dessas; escolas,
essas com os programas de Escola da Família e com a integração e utilização dos profissionais
de Educação Física e das quadras; integração de outros grupos de AF organizados por outras
UBS do distrito municipal para organização de eventos comuns, tais como AF em grupo,
atividades esportivas lúdicas, campeonatos e competições entre bairros, etc.; possibilidade de
integração com academias e clubes; e aquisição de patrocínios com empresários e comerciantes
locais.
■■■■■ Social – fortalecimento desses grupos para reivindicação de ações públicas primordiais, tais
como construção, manutenção e melhoria de ciclovias, espaços de caminhada e corrida, parques
e locais para a prática de atividades esportivas (quadras poliesportivas, campos de futebol,
etc.), pistas de patins e skate. Incentivo e facilitação, por meio de leis e de ações práticas, para
o uso de meios de locomoção ativa saudável – ciclovias e estacionamento de bicicletas em
escolas, zonas de embarque e terminais de transporte públicos coletivos, além de
estacionamento em zonas centrais das cidades, inclusão de aspectos de educação em saúde
no currículo escolar fundamental.
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM – PLANO DE CUIDADOS
O primeiro ponto a ser considerado na prescrição de enfermagem da AF terapêutica é que essa,
obrigatoriamente, deve ser executada em formulário próprio ou folha de prescrição. Sem isso,
torna-se difícil a compreensão do paciente em relação à realização da AF e a conseqüente adesão
ao programa pré-estabelecido.
A prescrição adequada de AF contempla as variáveis como duração, intensidade e freqüência
semanal. Para isso, o enfermeiro deve considerar todos os aspectos clínicos e sociais do paciente
e prescrever as orientações de forma a contemplar todas as possibilidades da sua execução,
além de oferecer, nos locais de atendimento, essas possibilidades.
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EM A prescrição da AF individual ou em grupo deve seguir, rigorosamente, os mínimos propostos pela
OMS e adotados pelo programa Agita São Paulo, que preconizam a realização da AF da seguinte
forma:
■■■■■ duração – pelo menos 30 minutos;
■■■■■ intensidade – moderada;
■■■■■ freqüência – no mínimo 5 dias por semana;
■■■■■ modo – de forma contínua ou acumulada em:
• 30min seguidos; ou 3 sessões de 10min; ou 2 sessões de 15min.
É importante enfatizar que o planejamento da AF deve ser individualizado, levando em consideração
os resultados da avaliação clínica pré-participação e o levantamento das co-morbidades presentes,
além dos aspectos sociais e psicológicos relevantes. Após essas avaliações, uma ou mais
modalidades podem ser contra-indicadas em decorrência de doenças, distúrbios ou impossibilidades
encontradas no indivíduo ou em seu meio social.
Andrade12 salienta que os riscos para a saúde, particularmente, os de natureza cardiovascular,
decorrentes da AF moderada são extremamente baixos e podem tornar-se ainda mais reduzidos,
por uma avaliação pré-participação criteriosa, que permita a prática orientada.
A prática da AF deve ser iniciada por uma fase de aquecimento, com alongamento
muscular e mobilidade articular, além da execução da atividade principal em intensidade
leve.
O aquecimento é uma fase importante da prática de qualquer AF, pois aumenta o fluxo sangüíneo
para a musculatura esquelética, melhora a ação neural e hormonal, além das questões psicológicas,
o que diminui riscos de lesões, de síncopes e de desconforto. Seguindo o mesmo raciocínio, a
redução progressiva da intensidade da AF para a suafinalização é igualmente importante, por
prevenir a hipotensão pós-esforço.
Os efeitos da prática de AF podem ser exacerbados nos idosos, pois eles apresentam mecanismos
de ajustes hemodinâmicos mais lentos e, freqüentemente, utilizam medicamentos de ação
cardiovascular e hormonais. Para o idoso, o programa de AF deve estar dirigido para diminuir as
alterações do envelhecimento, priorizando o aumento da força muscular e a melhora do equilíbrio
em relação à potência aeróbica máxima e diminuindo os efeitos deletérios do sedentarismo.
Em alguns indivíduos idosos, a baixa capacidade funcional não permite a prescrição de
exercícios da forma ideal. É, portanto, necessária uma fase inicial de adaptação na qual
a intensidade e a duração serão determinadas em níveis abaixo dos ideais.
Para idosos com baixa capacidade funcional, deve-se maximizar o contato social, reduzindo a
ansiedade, o isolamento e a depressão, comuns nessa faixa etária. A prática de AF regular, nesse
grupo, é recomendada para manter e/ou melhorar a densidade mineral óssea e prevenir a perda
de massa óssea, assim como minimizar o processo de diminuição da força muscular, o que diminui
a incidência de quedas.
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ADA associação entre o tratamento medicamentoso com a prática de AF, juntamente com a adequação
nutricional é um excelente instrumento terapêutico com o objetivo de se prevenir fraturas.
Cabe ressaltar que um programa de AF composto apenas de caminhada não oferece requisitos
importantes na obtenção de força e de flexibilidade. Para esses objetivos, a utilização de exercícios
específicos se faz necessária.
As principais recomendações para a realização de uma sessão de AF estão dispostas no Quadro 7.
Quadro 7
RECOMENDAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE UMA SESSÃO DE AF
19. Idade, gênero, condições gerais de hidratação e de nutrição são aspectos
relacionados a qual abordagem utilizada pelo enfermeiro na avaliação do paciente?
A) Histórico de enfermagem.
B) Diagnóstico de enfermagem.
C) Plano assistencial.
D) Prescrição de enfermagem.
20. Em relação à prática de AF, analise a situação a seguir.
I. Fisicamente inativo (sedentário).
II. Insuficientemente ativo.
III. Fisicamente ativo.
Apresentam maior risco para a saúde as alternativas:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) Todas as alternativas.
Respostas no final do capítulo
■■■■■ Realizar somente quando houver bem-estar físico.
■■■■■ Usar roupas e calçados adequados.
■■■■■ Evitar o fumo e o uso de sedativos.
■■■■■ Não realizar em jejum. Dar preferência a carboidratos antes da sua execução.
■■■■■ Respeitar os limites pessoais, interrompendo sempre que houver dor ou desconforto.
■■■■■ Evitar realizar em dias de extremos de temperatura e umidade.
■■■■■ Iniciar de forma lenta e gradativa, para permitir adaptação/aquecimento.
■■■■■ Finalizar da mesma forma, lenta e gradativa.
■■■■■ Realizar processo de hidratação adequada antes, durante e após a mesma.
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21. Quais parâmetros devem ser considerados para a prescrição de atividade
física para promover benefício à saúde?
A) Modo.
B) Intensidade.
C) Freqüência.
D) Todas as alternativas devem ser consideradas.
22. Nos dias em que é realizada alguma atividade física, essa deve ser feita em
uma sessão ou pode ser dividida em períodos curtos?
A) Somente uma sessão, realizada de forma contínua.
B) Somente curtos períodos, realizada de forma acumulada.
C) Não importa o modo, pode ser realizada de forma contínua ou acumulada.
D) Nenhum modo de execução está correto.
Respostas no final do capítulo
23. Em alguns indivíduos idosos, a baixa capacidade funcional não permite a prescrição
de exercícios da forma ideal. O que deve ser feito?
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
24. Cite algumas das recomendações para a realização de uma sessão de AF.
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
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ADNÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA ATUAL
É apresentado no Quadro 8 o modelo do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ).
Quadro 8
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA (IPAQ)
Atividades vigorosas: são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem
respirar MUITO mais forte que o normal.
Atividades moderadas: são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem
respirar UM POUCO mais forte que o normal.
Para responder, pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutos
contínuos de cada vez.
1A. Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por PELO MENOS 10 MINUTOS CONTÍNUOS
em casa ou no trabalho, como forma de se locomover de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou
como forma de exercício?
_____dias por SEMANA ( )Nenhum
1B. Nos dias em que você caminhou por PELO MENOS 10 MINUTOS CONTÍNUOS, quanto tempo no
total você gastou caminhando POR DIA?
_____horas ______ minutos
2A. Em quantos dias da última semana você realizou atividades MODERADAS POR PELO MENOS
10 MINUTOS CONTÍNUOS, como, por exemplo, pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica
aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no
quintal ou no jardim, como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar
MODERADAMENTE sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR, NÃO INCLUA
CAMINHADA).
_____dias por SEMANA ( )Nenhum
2B. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas POR PELO MENOS 10 MINUTOS
CONTÍNUOS, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades POR DIA?
_____horas ______ minutos
3A. Em quantos dias da última semana você realizou atividades VIGOROSAS POR PELO MENOS 10
MINUTOS CONTÍNUOS, como, por exemplo, correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar
rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar
no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou
batimentos do coração.
_____dias por SEMANA ( )Nenhum
Continua ➜➜➜➜➜
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