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EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE

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- -1
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA E 
SAÚDE
Autoria: Ma. Maíra de Souza; Ma. Taís Feitosa Da 
Silva
- -2
Introdução
Antes de começar reflita sobre as questões: quais as atividades e programas que têm se tornado tendência nos
últimos tempos no mundo do fitness e na saúde? O que você entende por tendência e modismo? Outra
questão: será que existe alguma política que garanta a promoção da qualidade de vida e a redução da
vulnerabilidade e riscos à saúde da população? Você conhece alguma ação realizada pelo profissional de
educação física na Atenção Básica?
Perguntas como essas deveriam fazer parte do cotidiano, tanto dos estudantes quanto dos profissionais de
educação física, pois a todo o instante estão sendo provocados a tomar decisões quanto ao investimento em
formação continuada, além de responder às demandas sociais com ética e responsabilidade. Quanto às
respostas dos questionamentos, essas devem ser analisadas considerando a sua contextualização histórica, pois
assim tudo fará sentido.
Neste capítulo você irá conhecer as tendências de saúde e de fitness dos últimos anos, analisando as diversas
possibilidades de intervenção, desde a utilização de recursos tecnológicos, até a realização de atividades ao ar
livre. Além disso, você será convidado a fazer um resgate histórico da política de saúde brasileira,
compreendendo a sistematização das ações de práticas corporais e atividades físicas na Atenção Básica,
reconhecendo o sentido da inserção do profissional de educação física nesse âmbito. Vamos lá?
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 59 minutos.
2.1 Educação Física e o Diálogo com as Tendências de Saúde e 
Fitness Identificadas pelo American College of Sports Medicine
Anualmente, o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a partir da publicação no Health &
, divulga as principais tendências de saúde e de fitness para o ano seguinte, com o objetivo deFitness Journal
identificar as atividades, modalidades e programas que estão crescendo e se desenvolvendo com maior
expressividade em todo o mundo. Esse resultado é fruto de uma pesquisa de opinião realizada com
especialistas da área - incluindo profissionais da Ásia, Europa, Austrália, África, América do Norte e América
do Sul – na qual os mesmos descrevem as atividades e técnicas que estão em crescimento e se destacando nos
seus respectivos países.
- -3
Há 12 anos essa pesquisa eletrônica indica tendência, e não modismo, que estão mais em alta, catalogando-as
para servir como referência para toda a indústria de fitness. Neste sentido, os seus resultados podem ajudar o
profissional de educação física a tomar decisões quanto ao investimento em formação continuada, bem como
aos gestores planejarem as melhores estratégias para maximizar os resultados.
Figura 1 - Práticas saudáveis Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de alguns itens relacionados à educação física e às práticas
saudáveis. Da esquerda para a direita, temos um caderno aberto no chão de madeira com uma caneta, seguido
de três maçãs (uma vermelha e duas verdes) envoltas por uma fita métrica amarela. Na parte de baixo, há um
fone de ouvido enrolado e um smartphone. Ao lado, já à direita, encontramos um par de tênis rosa na parte
superior, seguido por uma garrada de água embaixo e um toalha azul enrolada.
No que se refere à pesquisa propriamente dita, as tendências são organizadas de forma a garantir a
representatividade dos quatro setores da indústria da saúde: corporativo, clínico, comunitário e comercial. As
mesmas são seguidas de uma breve descrição, oferecendo ao entrevistado alguns detalhes. Além disso, livros e
cartões-presente são disponibilizados como incentivo para finalizarem a pesquisa.
Para analisar os resultados da pesquisa, as respostas são agrupadas e classificadas da tendência mais popular à
tendência menos popular. No recurso a seguir, serão apresentadas as 16 principais tendências dos últimos
anos. Vejamos!
Você sabia?
Você sabe a diferença entre tendencia e modismo? Tendência refere-se ao 
desenvolvimento geral ou mudança de comportamento dos indivíduos. Já o modismo é 
algo que alcança um entusiasmo expressivo, ocorrendo apenas em um breve período.
- -4
Treinamento Intervalado de Alta Intensidade - HIIT
Treinamento em Grupo - Aulas Coletivas
Tecnologia Wearables
Treinamento com Peso Corporal
Treinamento de Força
Profissionais de fitness instruídos, certificados e experientes
Yoga
Personal Training
Programas de fitness para terceira idade
Treinamento funcional
Exercício e perda de peso
Exercício é Remédio
Personal Training em pequenos grupos
Esportes ao ar livre
Flexibilidade e mobilidade usando rolos
Licenciamento para profissionais de fitness
2.1.1 Treinamento Intervalado de Alta Intensidade – HIIT
O treino intervalado de alta intensidade se caracteriza por um treino com sessões de intensidade (cerca de 90%
do VO2máx), intervaladas com sessões de repouso, podendo ser passivas ou ativas. É um modelo de treino de
curta duração, normalmente leva menos de 30 minutos para ser realizado, o qual tem se revelado eficaz na
diminuição do peso corporal, melhoria da capacidade aeróbica e anaeróbica, dentre outros (PRATA, 2015).
- -5
Essa forma de exercício tem se popularizado em academias de todo o mundo. No entanto, esse tipo de treino
não deve ser realizado sem o acompanhamento de um profissional, pois vale ressaltar que o HIIT apresenta
características de esforço extremo, o qual é considerado fator complicador para a aplicação e adesão em
programas de treinamento de longo prazo, uma vez que ocorre a diminuição da sensação de prazer gerada pelo
exercício (SILVA et al., 2017).
2.1.2 Treinamento em Grupos – Aulas Coletivas
Esse tipo de treinamento caracteriza-se por sessões altamente motivacionais e eficazes para diferentes níveis
de condicionamento físico. Os profissionais responsáveis pela condução do treino apresentam uma ótima
capacidade de liderança e motivação, o que ajuda os alunos a atingirem o objetivo da aula. Segundo Amaral
(2017), supervisionar atividades coletivas não é uma tarefa fácil, motivo pelo qual o professor deve adotar
estratégias visando aumentar o senso individual de autoeficácia de cada aluno.
Existe uma diversidade de tipos de aulas e equipamentos para a realização desse treinamento, desde a aeróbica
convencional até as aulas de dança. No Brasil, muitas academias têm investido nesse tipo de treinamento,
criando modelos exclusivos de aulas.
Figura 2 - Aula de exercício coletivos Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de algumas pessoas fazendo exercício físico no chão de um
ambiente apropriado para isso. Aparentemente, as pessoas estão fazendo abdominal. Ao fundo, pode-se
observar uma parede de tijolos expostos e um grande portão preto.
2.1.3 Tecnologia Wearables
- -6
A tecnologia Wearables tem uma diversidade de equipamentos que foram criados nos últimos anos,
potencializando o monitoramento e, consequentemente, os resultados relacionados ao universo fitness e
desportivo. De acordo com Thompson (2017), é imprevisível o quanto essa tecnologia avançará na próxima
década, uma vez que a todo o momento surgem rastreadores de atividade, relógios inteligentes, monitores de
frequência cardíaca, dispositivos de rastreamento por GPS e óculos inteligentes (projetados para mostrar
mapas e acompanhar atividades).
2.1.4 Treinamento com Peso Corporal
Esse tipo de treinamento tem sido bastante utilizado devido ao baixo custo, pois utiliza o próprio peso
corporal, assim como equipamentos mínimos, conseguindo ser muito eficaz. Existem pessoas que acreditam
que o treinamento com peso corporal é limitado às flexões, no entanto, pode ser muito mais do que isso.
Figura 3 - Aluna fazendo exercício Fonte: Shutterstock, 2021.
Você sabia?
Dentre os dispositivos mais populares estão o (61%), seguido dos fitness band
(45%) e (17%).smartwatches mHealth devices
Vocêquer ver?
No que se refere ao fitness band, este chegou ao mercado com tudo, apresentando uma 
diversidade de recursos, modelos e marcas. Assista no link a seguir, um pouco mais 
sobre o que essa pulseira é capaz de fazer!
Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=MkOXymPWgFo
- -7
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma mulher fazendo alongamento. Ela está virada para a
direita, usando um top rosa, calça legging cinza e tênis vermelhos. Suas mãos estão apoiadas no chão, com os
braços estendidos. Uma das pernas está com os joelhos no chão, enquanto a outra está estendida para cima e
para trás.
2.1.5 Treinamento de Força
O treinamento de força é um dos mais populares tipos de treinamento utilizados por um público diverso, não
apenas para o ganho de força, mas também para a reabilitação cardiovascular e pulmonar, além de programas
direcionados ao acompanhamento de doenças metabólicas. De acordo com Neto et al. (2017), apesar de
existirem várias estratégias para a manutenção e o desenvolvimento das qualidades físicas de um indivíduo, o
treinamento de força deve fazer parte de uma rotina de exercícios físicos, objetivando tanto a melhoria do
desempenho quanto das variáveis associadas à saúde.
Para organizar uma periodização, o profissional deve considerar algumas variáveis, como: a escolha dos
exercícios, a ordem de execução, a intensidade, o número de séries e os intervalos.
2.1.6 Profissionais de fitness instruídos, certificados e experientes
Como o mercado tem crescido nos últimos anos, os profissionais estão em busca de uma formação parafitness 
ser o diferencial diante da competitividade. É justamente nesse contexto que surge uma variedade de
certificações para adesão de programas reconhecidos nacional e internacionalmente.
Segundo Thompson (2017), em 2007 a Comissão de Credenciamento de Programas Aliados de
Educação em Saúde (CAAHEP), adicionou um credenciamento para programas dePersonal Trainer
graduação de certificado (1 ano) e associado (2 anos).
Você quer ler?
Para conhecer um pouco mais sobre o treinamento de força sugere-se a leitura da obra 
de Flek e Kraemer (2017), pois se trata de uma literatura indispensável para o 
desenvolvimento de programas de treinamento individualizado. Nela, os autores 
direcionam como projetar programas de treinamento de resistência baseados em estudos 
científicos, mostrando como modificar e adaptar programas para as necessidades de 
populações, aplicando os elementos no contexto real.
- -8
Esse credenciamento se juntou ao credenciamento do programa acadêmico para a ciência do exercício
(bacharelado) e fisiologia do exercício (programas de pós-graduação em fisiologia do exercício
aplicada ou fisiologia do exercício clínico).
Vale salientar que, aqui no Brasil, as escolas, faculdades e universidades, têm investido em programas
educacionais de formação continuada. Dessa forma, os profissionais estão mais atentos às necessidades do
público-alvo e às mais recentes discussões científicas acerca do cenário nacional e internacional.
2.1.7 Yoga
Apesar de parecer uma tendência nova, o yoga começou há mais de 3.000 anos na Índia. Mesmo contendo
exercícios físicos, ele é apenas um componente, pois o objetivo principal do yoga consiste no treinamento do
corpo, mente e respiração, bem como a conexão com a sua espiritualidade.
No que se refere aos objetivos, o yoga apresenta desde a melhoria da flexibilidade, força, equilíbrio e
resistência, até mesmo à redução da ansiedade e estresse, melhorando a clareza mental e, ainda, ajudando a
dormir melhor.
Figura 4 - Aula de yoga Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma pessoa fazendo aula de yoga. Aparece apenas do seu
pescoço para baixo, pois ela está sentada, com as pernas cruzadas na frente. Seu braço esquerdo está apoiado
no joelho do mesmo lado, com as mãos abertas para cima e o polegar e indicador encostados. Ao fundo, pode-
se observar outro indivíduo na mesma posição.
A sua prática é “aconselhada para os sistemas nacionais de saúde em todos os países membros da Organização
Mundial de Saúde (OMS)” (BARROS et al., 2014). Neste sentido, a OMS (2005) reconhece o yoga como uma
prática integrativa/complementar de saúde que: a) atua como exercício físico, respiratório e mental; b) relaxa e
- -9
contrai músculos, ocasionando automassagem sobre as glândulas endócrinas; c) expande a capacidade
respiratória; d) e exercita a parte cognitiva e a atenção, por meio da meditação. Ademais, a prática do yoga
preconiza o autocuidado sem excessos nem vícios, assim como estimula uma alimentação saudável e
vegetariana, condiciona ao exercício da ética e, sobretudo, a não violência (BARROS et al., 2014).
A literatura aponta diversas vertentes do yoga, porém, destacam-se, no Ocidente, as mais praticadas:
Hatha
Yoga
Considerada no domínio físico, focando mais na saúde do corpo, por meio de exercícios físicos e
respiratórios, sem tanto aprofundamento filosófico.
Ashtanga
Yoga
É uma prática mais vigorosa, a qual exige um grau cada vez maior de força, flexibilidade e consciência.
Iyengar
Yoga
É um método baseado no alinhamento do corpo. O uso de blocos, cintos, cadeiras, dentre outros, possibilita a
qualquer praticante se aprofundar mais nas posturas, ou ainda, adaptá-las, o que potencializa também o uso
terapêutico da prática.
Vinyasa
Yoga
Como outros tipos de yoga, Vinyasa deriva, primariamente, do Hatha Yoga, mas se distingue, porém, devido
às transições e planejamento das posturas. Uma aula depende muito da individualidade de cada professor,
mas, de forma geral, pode-se esperar uma aula sempre diferente, alinhamentos bem explicados e muito
movimento.
Yogaterapia
Integrativa
Trabalha todos os níveis do ser humano - físico, mental, emocional e espiritual. Atua no processo de cura por
meio da consciência criada durante a prática (VEDANTHAN et al., 1998).
Atualmente, nas academias, o yoga tem feito parte das chamadas atividades Mind & Body, juntamente com o
Pilates, Tai Chi, etc. Apesar de não haver contraindicações para a prática, é necessário informar o professor
sobre eventuais problemas de saúde e limitações.
- -10
A sua prática também é indicada durante a gravidez, pois ajuda a prevenir dores nas costas, a fortalecer os
músculos do pavimento pélvico, trabalhar outros músculos importantes para o trabalho de parto, além de
ensinar a mulher a escutar o seu corpo, acalmando-a e motivando-a para viver essa fase da vida com
naturalidade.
2.1.8 Personal Training
Desde que a primeira pesquisa foi publicada em 2006, o treinamento personalizado tem se mantido entre o top
10. O mesmo consiste em um processo de aplicação e execução de testes e tarefas realizadas de maneira
sistemática e individualizadas. Sendo a sua utilização baseada em parâmetros morfológicos, biológicos e
psicológicos, bem como no grau de condicionamento físico inicial e no objetivo do cliente, aluno ou atleta.
Diante desse contexto, o personal trainer tem buscado cada vez mais o aperfeiçoamento do seu serviço a partir
de cursos, utilização de novos produtos, articulação com uma rede de profissionais, dentre outros. Muitas
pessoas identificam esse profissional como autônomo, o qual trabalha de forma independente. No entanto, o
mesmo pode compor equipes de profissionais envolvidos e empregados em programas de bem-estar,
condicionamento físico, ambientes comerciais e comunidades.
2.1.9 Programas de fitness para a terceira idade
O processo de envelhecimento é contínuo e gera alterações fisiológicas inevitáveis e irreversíveis, as quais
acarretam alterações funcionais, e que no idoso se torna uma limitação, reduzindo sua capacidade funcional
(SILVA et al., 2011). Diante das evidências, têm aumentado o número de programas voltados para esse
publico, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, tornando-os independentes e mais ativos
(MONTENEGRO, 2011).
Muitas instituições têm unido o útil ao agradável, ao ofertar atividades parao público idoso (aposentados, na
grande maioria), preenchendo os horários durante o dia, no qual a maioria das academias é subutilizada
(THOMPSON, 2017).
- -11
Figura 5 - Exercício durante a 3° idade Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de um senhor fazendo exercício físico. Ele está virado para a
câmera e olhando para ela, porém deitado no chão, de barriga para baixo, com as duas mãos apoiadas ao lado
do corpo, com os cotovelos levantados. Ao fundo, pode-se observar um espaço com diversos halteres.
As atividades variam desde as ginásticas coletivas até programas de exercícios mais rigorosos, incluindo
treinamento de força, esportes coletivos e HIIT, quando apropriado.
2.1.10 Treinamento Funcional
Essa proposta consiste na realização de movimentos integrados com a aceleração, estabilização e
desaceleração, visando aprimorar a habilidade de movimento, força de tronco e a eficiência neuromuscular
(GRIGOLETTO; BRITO; HEREDIA, 2014).
De acordo com o American College of Sport Medicine (2009), trata-se da realização de um trabalho contra a
resistência, fazendo com que a força gerada exerça benefícios diretos, tanto para a realização das atividades de
vida diária quanto para os movimentos relacionados à prática esportiva. A relevância da sua utilização está na
ampla possibilidade de aplicação e, consequentemente, na transferência dos seus efeitos para as AVDs.
Acredita-se que para ser considerado um treinamento funcional, este deve contemplar as seguintes variáveis:
frequência adequada dos estímulos de treinamento, volume em cada uma das sessões, intensidade adequada,
ótima relação entre duração do esforço e a pausa de recuperação e organização metodológica das tarefas. É
importante ressaltar que o que exercício funcional por si só não determina treinamento funcional, este deve
selecionar adequadamente os exercícios, atendendo à funcionalidade.
Você quer ler?
Se você ficou curioso e quer entender mais sobre o treinamento funcional, leia o Manual 
. Nele você encontrará metodologias de ensino com o do Treinamento Funcional
objetivo de credibilizar o profissional que está ligado ao treino funcional como área 
- -12
2.1.11 Exercício e perda de peso
Desde a realização da primeira pesquisa, o exercício e a perda de peso têm se mantido entre as 20 principais
tendências. Neste sentido, as instituições têm investido em programas de exercícios associados ao
acompanhamento de dietas de restrição calórica para controle de peso, motivando os alunos a continuarem
incorporando esse comportamento ao seu estilo de vida.
Segundo Guiseline (2013), em seu artigo sobre prescrição de exercício para emagrecimento saudável, a
maneira mais eficaz de se atingir esse objetivo é criar um déficit calórico a partir da combinação entre dieta
(restrição de ingestão calórica) e atividade física (aumento do gasto calórico).
2.1.12 Exercício é Remédio
Atualmente, muitos males que afetam a população estão relacionados à adoção de comportamentos de risco.
Neste contexto, o exercício físico tem se apresentado como uma ferramenta de suma importância como auxílio
no tratamento desses problemas.
Figura 6 - Frutas Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de duas frutas, sendo uma maçã vermelha e uma metade de kiwi.
A maçã está à esquerda, envolta por uma fita métrica azul e branca. O kiwi está apoiado nessa maçã. Ao
fundo, pode-se observar outra maçã e outra metade de kiwi juntas.
emergente no mercado fitness, quer seja aplicado em sessões de treino personalizado ou 
sessões para pequenos ou grandes grupos de pessoas.
Acesse
https://blogeducacaofisica.com.br/guia-completo-do-treinamento-funcional-tudo-sobre-essa-modalidade/
- -13
Estudos revelam o efeito positivo da prática de exercício físico para à saúde mental (LOURENÇO et al.,
2017), bem como para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Isso é bastante relevante, visto
que, segundo Malta, Morais Neto e Silva Júnior (2011), essas doenças são responsáveis por 72% das causas de
óbitos, com destaque para doenças do aparelho circulatório (DAC) (31,3%), câncer (16,3%), DM (5,2%) e
doença respiratória crônica (5,8%), atingindo indivíduos de todas as camadas socioeconômicas e, de forma
mais intensa, os grupos vulneráveis como os idosos e os de baixa escolaridade e renda.
Neste sentido, entender o exercício como remédio é uma iniciativa global de saúde focada em incentivar os
médicos de atenção primária e outros profissionais de saúde a incluírem atividades físicas na elaboração de
planos de tratamento para pacientes e encaminhá-los aos profissionais de fitness.
Para Thompson (2017), esse programa vai além de entender os benefícios do exercício para a saúde, ele
incentiva os médicos e outros profissionais a criarem uma rotina de encaminhamento de pacientes para os
programas de exercícios na comunidade. E, ainda, oportunizar o profissional do fitness a estabelecer um
relacionamento de confiança com os demais profissionais da saúde.
2.1.13 Personal Training em pequenos grupos
O treinamento personalizado, antes individual, agora, apresenta a possibilidade de ser realizado em pequenos
grupos. E o que o torna mais atrativo é a vantagem de se conseguir descontos. O personal tem setrainer 
tornado mais criativo na forma de organizar as sessões de treinamento.
Treinar duas ou três pessoas ao mesmo tempo, em um pequeno grupo, parece fazer um bom sentido
econômico, tanto para o profissional quanto para o cliente. E ainda existe o fator motivacional ao
compartilharem desafios e sucessos.
2.1.14 Esportes ao ar livre
Estudos apontam que a prática de exercícios ao ar livre é capaz de melhorar a flexibilidade e auxiliar na
redução do peso corporal, o que indiretamente pode auxiliar na redução da pressão arterial e da glicemia em
longo prazo (MIRANDA et al., 2017). Diante dessas evidências, o profissional tem oferecido ao seu cliente
desde atividades como caminhadas, corridas, jogos, esportes, até programas de aventura como trilhas e
acampamentos.
A busca pela atividade ao ar livre tem aumentado devido à acessibilidade, à beleza e à socialização.
Geralmente são realizadas em grupos, e a interação entre o homem e o ambiente pode proporcionar benefícios
de ordem física, social e psicológica.
- -14
Figura 7 - Corredores treinando Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de dois homens correndo ao ar livre. Eles vestem camiseta azul e
calças pretas. Ao fundo, pode-se observar vegetação com árvores.
2.1.15 Flexibilidade e mobilidade usando rolos
A utilização dos rolos de mobilidade é indicada para melhorar a amplitude de movimento articular, otimizar o
relaxamento, acelerar a recuperação, melhorar o desempenho e promover o alívio no ponto de disparo. Eles
podem ser usados em quase todas as áreas do corpo, mas foram projetados para liberação miofascial da região
lombar, quadris e para grupos musculares maiores, como os músculos dos glúteos e os isquiotibiais.
O mercado oferece uma crescente variedade desse equipamento, podendo ser de espuma (com variadas
densidades), de madeira ou um tipo de borracha rígida. A escolha irá depender do efeito desejado.
Figura 8 - Aluna fazendo exercício Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma mulher fazendo exercício físico. Ela está virada para a
tela, assim como seu corpo, sorrindo, apoiada pelo cotovelo do braço esquerdo. Sua mão direita também a
ajuda no apoio, estando com um item de espuma azul embaixo do seu quadril.
- -15
2.1.16 Licenciamento para profissionais de fitness
Soa um pouco estranho ouvir que licenciamento para profissionais de fitness é uma tendência, uma vez que
aqui no Brasil, para ser um profissional de educação física, o indivíduo necessita de uma formação de ensino
superior. Desta forma, acredita-se que os cursos de graduação em educação física proporcionam ao formado
conhecimentos científicos, técnicos, pedagógicose ético-profissionais, favorecendo à prestação de uma
intervenção adequada e eficaz nas diversas manifestações da atividade física.
Após concluir a graduação, o profissional realiza o seu credenciamento junto aos Conselhos Regional e
Federal de Educação Física, tornando-se apto a exercer a profissão de forma legal. No entanto, em outros
países, cabe apenas à participação em cursos de formação de curta duração para atuação na área.
2.1.17 Treinamento em circuitos
O treinamento em circuitos combina exercícios cardiopulmonares e neuromusculares, apresentando um
volume de intensidade maior quando comparados aos outros tipos de treinamento. Isso ocorre devido à
alternância de períodos mais intensos (como ocorre nas estações) e menos intensos (intervalos de recuperação)
em uma única sessão.
No que se refere à sua organização propriamente dita, trata-se do agrupamento de cerca de 10 exercícios, os
quais são completados de forma sucessiva, obedecendo a uma sequência predeterminada. De acordo com
Thompson (2017), cada exercício é realizado por um número específico de repetições ou por um período de
tempo definido e, ao finalizar, inicia-se um rápido descanso, para então passar para o próximo exercício.
2.1.18 Wellness Coaching
É um processo que visa aumentar o desempenho de um indivíduo, aumentando os resultados positivos, por
meio de metodologias, ferramentas e técnicas específicas. Assim, o profissional responsável pelo seu
desenvolvimento geralmente utiliza uma abordagem individual semelhante a um personal trainer. No entanto,
a sua atenção está voltada diretamente para os valores, necessidades, visão, aspirações e objetivos do seu
cliente. Logo, durante as sessões de treinamento, esse profissional utiliza técnicas para promover a mudança
de comportamento a curto e longo prazo.
Tanto as empresas quanto os profissionais têm investido nesse tipo de intervenção, na qual abordam o estado
subjetivo da felicidade e investigam o potencial humano. Acredita-se, na verdade, que a intenção é provocar.
Neste contexto, o profissional formula questionamentos relevantes, visando desenvolver competências,
- -16
encorajar e apoiar o cliente para que este enxergue as situações por novos ângulos e, por meio de definições de
metas, chegue a alcançar objetivos reais.
2.1.19 Exercício de Core
Os indivíduos considerados mais fracos fisicamente apresentam a musculatura do abdômen enfraquecida e a
musculatura da coluna menos flexível. Logo, necessitam de mais esforços para realizar determinadas
atividades, estando também mais expostos a lesões.
Neste sentido, exercitar os músculos centrais pode proporcionar uma melhora na estabilidade geral do tronco,
permitindo que o indivíduo atenda às demandas das atividades da vida diária e ao desempenho de vários
esportes que exijam força, velocidade e agilidade. Assim, são trabalhadas a força e o condicionamento dos
músculos estabilizadores do abdômen, tórax e costas, oferecendo um suporte para a coluna e o tórax.
Em um estudo realizado por Nascimento (2017), foi evidenciado que realizar exercícios sutis, específicos e em
posição neutra, pode ser adequado para se condicionar a musculatura estabilizadora do indivíduo. Desta
forma, o profissional deve enfatizar o fortalecimento da musculatura central do corpo, condicionando o
indivíduo a uma melhor sinergia muscular, podendo proporcionar resultados positivos e relevantes.
Figura 9 - Aluna fazendo exercício Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma mulher se alongando. Ela está sentada no chão, virada
para a esquerda. Veste regata rosa e bermuda preta. Está segurando um elástico vermelho com as mãos,
enlaçando seus pés.
2.1.20 Treinamento esportivo
Realizar um treinamento voltado para a prática esportiva ajuda a desenvolver habilidades durante o período
entre as competições, aumentando assim a força e a resistência específicas para o esporte. A preparação do
atleta por meio desse treinamento deve ser sistematicamente organizada com exercícios físicos
- -17
pedagogicamente estruturados e periodizados. Para tanto, faz-se necessário planificar o método atendendo os
objetivos estabelecidos na preparação do atleta.
2.2. A Política Nacional de Promoção da Saúde e a Inserção do 
Profissional de Educação Física no Sistema Único de Saúde – 
SUS
Figura 10 - Aula de educação física Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma professora segurando uma bola de basquete no centro, de
pé. À sua frente, estão sentadas seis crianças, em um semicírculo, prestando atenção na professora. Ao fundo,
podemos observar uma cesta de basquete e uma parede de tijolos expostos.
2.2.1 A Política de Saúde no Brasil
A Constituição Federal de 1988 e o Projeto de Reforma Sanitária são considerados os principais marcos
regulatórios da construção da saúde pública brasileira atual, pois os mesmos deram origem ao Sistema Único
de Saúde – SUS. O sistema de saúde brasileiro adquiriu, ao longo de sua evolução, características marcantes
que acompanharam as tendências políticas e econômicas de cada momento histórico (AGUIAR, 2015).
No que se refere às políticas de saúde, essas são construídas a partir de uma disputa que definem as
prioridades e os parâmetros de ação em resposta às necessidades de saúde, escolhas da comunidade, decisões
políticas e recursos disponíveis (WHO, 1998). No entanto, a evolução da política de saúde esteve relacionada
à evolução política e socioeconômica do país.
- -18
É importante lembrar que a saúde pública não era uma prioridade para a política de estado, passando a receber
mais atenção apenas nos momentos de epidemias, as quais ameaçavam o modelo capitalista adotado. Para um
melhor entendimento, observe o diagrama a seguir com um breve resgate histórico da política de saúde
brasileira relacionando-a com o contexto de cada período:
Período Colonial/Imperial (1500-1889)
• Existiam diversas doenças transmissíveis trazidas pelos colonos portugueses, escravos africanos e 
diversos estrangeiros;
• Mais comuns: DSTs, malária, hanseníase, tuberculose, febre amarela, cólera, leishmaniose e varíola;
• Muitas tornanram-se endêmicas; outras provocaram epidemias;
• Medidas tomadas: sanemaneto dos portos, urbanização e infraestrutura dos centros urbanos e 
campanhas para debelar epidemias;
• A assistência média limitava-se à classe dominate, as demais classes utilizavam a medicina popular.
República Velha (1889-1930)
• Predomínio das doenças pestilenciais como cólera, tifo, gripe espanhola, peste, tuberculose, entre 
outras;
• As condições de saneamento básico eram muito precárias e várias epidemias matavam a população;
• As ações de saneamento básico priorizavam os espaços de circulação de mercadorias;
• Em 1902 foi lançado o programa de combate à febre amarela;
• Oswaldo Cruz elege as campanhas sanitárias como o modelo de intervenção e combate às epidemias;
• Em 1904 houve a imposição legal da vacinação contra varíola, desencadeando a revolta da vacina por 
parte de médicos e opositores políticos;
• Dicotomia entre as ações de saúde pública (sanitarismo campanhista) e as ações de assistência médica 
(curativo-privatista).
Era Vargas (1930-1945)
• Predominava doenças da pobreza (desnutrição, verminose) e morbidade moderna (doenças do coração, 
acidentes de trabalho, neoplasias e violência);
• As medidas tomadas eram para manter a força de trabalho produtiva, na qual a assistência médica 
vincula-se à Previdência Social;
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• Deixa de lado a assistência dos postos de saúde e ambulatórios e investe em grandes hospitais 
(influência da medicina americana);
• Institucionalização do Ministério da Educação e Saúde (ações de caráter coletivo).
Redemocratização (1945-1963)
• Dutra lança o Plano Salte (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), descantando a saúde como 
prioridade. No entanto, a maior parte do recurso foi destinado ao transporte;
• Em1953, o Ministério da Saúde torna-se independente, com atuação limitada à educação sanitária e 
campanhas de controle de doenças;
• Organização da saúde estatal: saúde pública, medicina previdenciária e saúde do trabalhador;
• Organização do setor privado: medicina liberal, hospitais beneficentes ou filantrópicos e hospitais 
lucrativos.
Regime Militar (1964-1984)
• Privilégio do setor de saúde privado, mediante compra de serviço médico (modelo médico assistencial 
privatista);
• Predominava o aumento da mortalidade infantil: tuberculose, malária, acidente de trabalho, doença de 
chagas;
• Na década de 70 ocorreu uma epidemia de meningite;
• Nos anos 80 a principal causa de morte foram as doenças do aparelho circulatório.
Nova República (1985-1988)
• Predominava a redução e doenças imunopreveníveis e da mortalidade infantil;
• Manutenção da mortalidade por doenças cardiovasculares e neoplásicas;
• Aumento da mortalidade por causas externas, da epidemia da AIDS e do surgimento de epidemia de 
dengue;
• O Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovado, incorporando a maioria das propostas do movimento 
da Reforma Sanitária, apresentada por emenda popular e acompanhada da participação dos segmentos 
interessados.
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Em 1990, entra em vigor a Lei Orgânica da Saúde, 8.080/90, a qual dispõe sobre as condições para promoção,
proteção e recuperação da saúde, regulando as ações, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde
em todo o país (AGUIAR, 2015). A partir de então, a saúde passa a ser entendida como um direito
fundamental do ser humano.
No mesmo ano foi aprovada a Lei 8.142, complementando a lei anterior. Esta regula a participação da
comunidade na gestão do SUS, assegura a existência de instâncias colegiadas nas conferências e conselhos de
saúde, orienta a transferência financeira intergovernamental e exige a formulação de planos de saúde e criação
de fundos de saúde.
Para expressar os direitos dos cidadãos brasileiros e o dever do Estado no que se refere à área da saúde, o SUS
se estabeleceu a partir de princípios e diretrizes, válidos para todo o Brasil. São eles:
universalidade de acesso em todos os níveis de assistência;
equidade na assistência à saúde;
integralidade da assistência à saúde;
participação e controle social e descentralização político-administrativa (ênfase na descentralização dos
serviços para os municípios; regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde).
Visando garantir os princípios do SUS, a melhoria dos seus serviços e, consequentemente, a qualidade de vida
da sociedade, surge a Política Nacional de Promoção da Saúde. Logo, o seu processo de construção e
implementação provoca a mudança no modo de organizar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em
saúde (BRASIL, 2010). A mesma foi estruturada a partir das definições constitucionais, das deliberações das
conferências nacionais de saúde, bem como do Plano Nacional de Saúde, tendo como foco principal a
promoção da qualidade de vida e a redução da vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados ao ambiente,
lazer, educação, cultura, modo de vida e acesso a bens e serviços essenciais.
2.2.2 A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e o Núcleo de Apoio 
à Saúde da Família (NASF)
Em 2006 foi publicada a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a qual representa um marco no
processo cotidiano de construção do SUS, reiterando a compreensão dos determinantes sociais da saúde no
processo saúde-doença. O seu objetivo é “promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à
saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho,
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais”. Suas diretrizes preconizam
- -21
atitudes baseadas na cooperação e no respeito às singularidades, como: estímulo à intersetorialidade,
compromisso com a integralidade do cuidado, fortalecimento da participação social e estabelecimento de
mecanismos de cogestão no processo de trabalho e no trabalho em equipe.
De acordo com as responsabilidades de cada esfera de gestão do SUS – Ministério da Saúde, estados e
municípios, destacamos as estratégias preconizadas para implementação da Política Nacional de Promoção da
Saúde:
Figura 11 - Política Nacional de Promoção da Saúde
#PraCegoVer: na figura, temos um esquema indicando a Política Nacional de Promoção da Saúde nos
âmbitos federal, estadual e municipal.
Nesse mesmo ano, foram definidos os eixos prioritários de ação da PNPS, servindo como dispositivo para
ampliar ações de promoção em todos os níveis do SUS e de melhor articulação entre diferentes áreas técnicas,
programas e políticas a partir da abordagem da promoção da saúde. Observe no quadro a seguir os eixos
prioritários com algumas das suas respectivas ações de divulgação e implementação:
Alimentação Saudável
• Promover ações relativas à alimentação saudável;
• Produção e distribuição de material educativo.
Prática Corporal/Atividade Física
• Ofertar práticas corporais/atividade física;
• Capacitar os trabalhadores da área da saúde;
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• Resgatar as práticas corporais/atividades físicas de forma regular nas escolas, universidades e demais 
espaços públicos;
• Estimular a articulação com instituições de ensino e pesquisa para monitoramento e avaliação das 
ações no campo das práticas corporais/atividade física.
Prevenção e controle do tabagismo
• Reduza o acesso aos derivados do tabaco;
• Reduza a aceitação social do tabagismo;
• Reduza os estímulos para os jovens.
Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
• Apoio à restrição de acesso a bebidas alcoólicas;
• Promover campanhas municipais/SMTT;
• Materiais educativos.
Redução da morbimortalidade por acidente de trânsito
• Promoção de discussões intersetoriais;
• Articulação de agendas de planejamento;
• Apoio a campanhas de divulgação.
Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz
• Implantação de serviços sentinela;
• Ficha de notificação de violência interpessoal;
• Incentivo aos planos municipais e estaduais.
Promoção do desenvolvimento sustentável
• Apoio à elaboração de planos de ações estaduais e municipais;
• Apoio ao envolvimento da esfera não governamental.
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Você quer ler?
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A inclusão do tema da atividade física como prioridade na PNPS passa pela compreensão de que a inatividade
física é um dos principais fatores de risco para a mortalidade mundial. No Estudo de Lee et al. (2012), o qual
objetivou avaliar os efeitos da inatividade física na carga de doenças crônicas não transmissíveis no mundo,
encontrou que cerca de 5,3 milhões de mortes poderiam ser evitadas caso a inatividade física diminuísse em
25%. Neste sentido, fundamenta-se a inserção do profissional da educação física no serviço de Atenção Básica
ao compor as equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
No que se refere à Atenção Básica à saúde, esta compreende um conjunto de ações, de caráter individual ou
coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação, e constitui o
primeiro nível da atenção do SUS. Neste contexto, o NASF constitui-se como um dispositivo estratégico para
a melhoria da qualidade da Atenção Básica, uma vez que amplia o escopo de ações desta e, por meio do
compartilhamento de saberes, amplia também a capacidade de resolutividade clínica das equipes. Vale
ressaltar que o diálogo dentro de uma equipe multiprofissional deve superar a perspectiva individualizante e
fragmentada do modelo de saúde tradicional.
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado a partir da Portaria GM n.º 154, de 24 de
janeiro de 2008, com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica,
bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúdeda Família na rede de
serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da Atenção Básica (BRASIL, 2010).
Trata-se de uma equipe com profissionais de diferentes áreas de conhecimento que atua com os
profissionais das equipes de Saúde da Família, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos
territórios sob responsabilidade das equipes de Atenção Básica.
Ele, portanto, faz parte da Atenção Básica, mas não se constitui como um serviço com espaço físico
independente. Isso quer dizer que os profissionais do Núcleo utilizam-se do próprio espaço das
Unidades Básicas de saúde e do território adstrito para o desenvolvimento do seu trabalho.
A definição da composição da equipe é realizada pelos gestores municipais e pelas equipes de saúde da
família, a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes
ocupações. Uma vez que os profissionais atuam compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos
territórios de abrangência, a organização do trabalho deve priorizar metodologias como estudo de caso,
Para conhecer todas as ações e suas respectivas descrições de forma completa, clique no 
link a seguir!
Acesse
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf
- -24
atendimento em conjunto e projetos terapêuticos, favorecendo a troca de saberes e responsabilidade mútua,
ampliando assim as experiências. Observe a seguir um exemplo para a escolha dos profissionais:
Em uma dada comunidade foi identificada uma elevada prevalência de portadores de hipertensão arterial
sistêmica e de pessoas acometidas por acidente vascular cerebral. Diante desse contexto, pode-se indicar a
importância da inserção de categorias profissionais que ofertem ações de reabilitação (fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional e fonoaudiólogo), assim como do nutricionista e do profissional de educação física para o
desenvolvimento de ações de prevenção de agravos e promoção da saúde com essa população.
Segundo Brasil (2010), a atuação do NASF deve atender às diretrizes relativas à atenção primária em saúde,
como: ação interdisciplinar e intersetorial, educação permanente em saúde dos profissionais e da população,
desenvolvimento da noção de território, integralidade, participação social, educação popular, promoção da
saúde e humanização. As nove áreas estratégicas que o compõem são: saúde da criança/do adolescente e do
jovem, saúde mental, reabilitação/saúde integral da pessoa idosa, alimentação e nutrição, serviço social, saúde
da mulher, assistência farmacêutica, atividade física/práticas corporais e práticas integrativas e
complementares.
Quanto à classificação pode ser duas modalidades, NASF 1, NASF 2 e NASF 3, sendo sua composição
variável de acordo com a proposta da legislação, a qual é definida pelos gestores locais mediante demanda e
disponibilidade de profissionais. O profissional de educação física está incluído em ambas as modalidades do
NASF, confirmando a relevância da sua participação na equipe multidisciplinar.
NASF 1
Composto por, no mínimo, cinco profissionais de nível superior. Dentre eles: psicólogo, assistente social,
farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, médico
homeopata, nutricionista, médico acupunturista, médico pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional.
Deve estar vinculado a um mínimo de oito e máximo de vinte equipes de Saúde da Família.
NASF 2
Composto por, no mínimo, três profissionais. Dentre eles: psicólogo, assistente social, farmacêutico,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional. Deve
estar vinculado a no mínimo três equipes de Saúde da Família.
NASF 3
Deverá estar vinculado a no mínimo uma e no máximo duas equipes de Saúde da Família e/ou equipes de
Atenção Básica para populações específicas.
- -25
Voltando o olhar para as áreas estratégicas do NASF, nos deparamos com “Práticas corporais e atividade
física”, a qual sua inserção na Política Nacional de Promoção da Saúde ocorreu a partir das evidências
científicas, nacional e internacional, como uma forma de enfrentamento do aumento da prevalência das
doenças cardiovasculares, como sendo a principal causa da morbimortalidade naquele contexto.
Diante disso, destaca-se essencial que o profissional que irá atuar nessa área, reconheça a promoção da saúde
como uma:
É importante ressaltar que para intervir em práticas corporais e atividade física no NASF deve-se seguir as
diretrizes estabelecidas com base nos princípios do SUS, na Política Nacional de Promoção da Saúde, bem
como na experiência de diversos programas de promoção da saúde. Essas diretrizes devem ser interpretadas
como resultado da interação com todos os profissionais na sua interface com essa área estratégica.
Para desenvolver um trabalho faz-se necessário conhecer os indicadores de morbimortalidade do território,
identificar as ações que já existem na comunidade, bem como as dificuldades e facilidades encontradas pela
equipe de Saúde da Família, para então planejar coletivamente as ações.
As práticas corporais e atividades físicas são ressignificadas para dar condições aos indivíduos construírem
uma vida autônoma. Isso é possível a partir do processo educativo que envolve não apenas transmissão de
conhecimento, mas também o enfrentamento das dificuldades, fortalecendo assim a identidade.
Em um estudo realizado por Scabar, Pelicioni e Pelicioni (2012), foi evidenciada a importância do profissional
de educação física de favorecer em seu trabalho a abordagem de diversas manifestações da cultura corporal
presentes na comunidade, bem como das difundidas nacionalmente, procurando fugir dos conteúdos clássicos
da Educação Física, pois os resultados da adesão da comunidade irão corresponder ao nível de adequação das
propostas aos costumes e contexto locais. Neste sentido, conclui-se que o profissional de educação física, o
qual está inserido no serviço de Atenção Básica do SUS, deve adotar posturas baseadas em um enfoque social
e inclusivo.
[...] construção gerada nessa dinâmica de produção da vida, assumindo, dessa maneira, múltiplos
conceitos em sua definição, por exemplo, prevenção e humanização da saúde, com diferentes formatos
em sua execução, podendo se apresentar como política transversal ou articuladora, dentro de uma matriz
de princípios norteadores das práticas de saúde local. Assim, enfatizando a promoção da saúde, a PCAF
deve ser construída a partir de componentes culturais, históricos, políticos, econômicos e sociais de
determinada localidade, de forma articulada ao espaço–território. (BRASIL, 2010, p. 124)
- -26
Vale salientar que, apesar do NASF ser uma importante estratégia para a inserção do profissional de educação
física na ABS, existem outras iniciativas de práticas corporais/atividades físicas sendo desenvolvidas pelo
Brasil, no contexto da ABS, sem que estejam articuladas ao NASF, como veremos a seguir.
2.2.3 A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e outras experiências
Na atualidade, os estudos têm evidenciado a necessidade dos indivíduos aumentarem a sua participação em
atividades físicas, de preferência atividades físicas de lazer, como sendo um fator protetor para doenças
cardiovasculares (PRASAD, 2009; BARBOSA et al., 2018). Logo, é importante garantir a intersetorialidade
na condução de práticas em promoção da saúde, pois além da promoção da prática da atividade física em si, há
a necessidade, por exemplo, de uma reestruturação urbana (construção de ciclovias, pistas para caminhada e
corrida). E, para que isso ocorra, é necessária a intervenção de diversos setores governamentais e da sociedade
civil.
Segundo Brasil (2013), diante da complexidade que envolve a promoção da saúde, gestores de ações
intersetoriais remetem estratégias que podem resultar na construção de projetos ou programas que contemplem
desde a reorganização dos espaços públicos, favorecendoa mobilidade urbana e a prática do lazer ativo, até a
ampliação da participação da população nas discussões sobre a melhoria da qualidade de vida. No entanto, um
dos grandes desafios aos gestores do SUS reside na garantia da sustentabilidade dessas iniciativas, de forma a
alcançar resultados que impactem positivamente na qualidade de vida da população.
Malta (2012), ao avaliar a efetividade dos programas de atividade física do Brasil, identificou que de 2005 a
2009 foram repassados, para estados e municípios, mais de R$ 170 milhões, como financiamento das ações de
promoção da saúde. Considerando que são 1.465 municípios, representando 26,3% do total no país, e 27
estados com projetos de promoção da saúde em desenvolvimento. Dentre eles destacam-se experiência
exitosas como: Programa Academia da Cidade e o Programa CuritibAtiva.
2.2.4 Programa CuritibAtiva
O Programa CuritibAtiva é uma das ações do Centro de Referência Qualidade de Vida e Movimento
(CRQVM), da Secretaria Municipal do Esporte e Lazer (SMEL) de Curitiba. Com o objetivo de disseminar o
conhecimento e fomentar a prática da atividade física, com sucesso, fez com que transcendessem políticas
públicas e gestões de prefeitos, sempre redimensionado às necessidades da população e da época
(KRUCHELSKI; DUTRA; SIQUEIRA, 2012).
O mesmo foi criado para conter o crescimento das doenças crônicas na população local, informar e educar os
residentes sobre o potencial da atividade física na melhoria da qualidade de vida. De acordo com Reis et al.
- -27
(2011), além de informar a população, o programa começou a implementar e apoiar atividades físicas
sistemáticas promovidas pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Dentre as atividades implementadas pelo programa, estão a distribuição de materiais educativos sobre
atividade física, a avaliação de práticas de estilos de vida e da aptidão física dos participantes, ginástica para a
terceira idade, hidroginástica, lazer comunitário, dança de salão, corridas de rua e jogos escolares, além de
eventos comunitários nos finais de semana.
Figura 12 - Academia na rua Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma academia de rua. Há equipamentos pintados de azul e
amarelo em cima de uma estrutura de cimento. Ao redor, pode-se observar vegetação e uma rua.
Além disso, desde 2010 começaram a ser implantadas as academias ao ar livre sob a coordenação do
programa CuritibAtiva, que consiste em equipamentos sem peso, os quais utilizam apenas a força do próprio
corpo para exercícios de musculação e alongamento. Os mesmos podem ser utilizados por qualquer público,
basta seguir as instruções básicas para correta execução, as quais ficam dispostas em um painel ilustrado.
2.2.5 Programa Academia da Cidade
O Programa Academia da Cidade do Recife (PAC), foi implantado em 2002, pela Secretaria de Saúde do
Recife e, posteriormente, inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política de Atenção Básica à
saúde. Com o objetivo de requalificar ou construir um espaço público de lazer, o qual estimulasse a prática de
atividade física e um hábito de vida saudável, o programa vem oportunizar a prática de atividades como
caminhada, dança, aeróbica e instrução nutricional. Tudo com o acompanhamento de profissionais da área e
estudantes (HALLAL, 2010).
Atualmente, o programa tem aproximadamente 160 profissionais das áreas de Educação Física, e ainda conta
com os demais profissionais da rede de saúde para a execução de suas ações. Também oferece o serviço de
- -28
avaliação física nutricional, além de intervir junto aos usuários dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS),
orientando atividades físicas, jogos e passeios temáticos, além de estarem diretamente ligadas às Unidades de
Saúde (FEITOSA, 2015).
No que se refere às atividades desenvolvidas em articulação com a Estratégia de Saúde da Família, os
profissionais planejam e sistematizam ações conjuntas – envolvendo equipes de saúde, associação de
moradores, entidades religiosas, entre outros – com um olhar direcionado às necessidades de cada grupo
como: HiperDia, grupos de gestantes, grupos de idosos, grupos de adolescentes e grupos de educação popular
em saúde.
Em 15 anos de funcionamento, o PAC tem servido como referência para a criação de outros programas de
promoção da atividade física em comunidades, bem como para definir as políticas de governo voltadas à
promoção da saúde e qualidade de vida. Recife hoje conta com 42 polos da Academia da Cidade, os quais
buscam aumentar a autoestima e melhorar a qualidade de vida da população envolvida, a partir da redução dos
riscos de doenças provocadas pelo estresse e inatividade física.
A contratação dos profissionais de educação física para atuarem em serviços de saúde no município foi uma
das grandes dificuldades para a implantação do programa. No entanto, em 2007 ocorreu um grande avanço
com a promulgação da Lei n.º 17.400/2007, a qual estabeleceu a criação de cargos efetivos no âmbito da
Administração Direta do Município, dentre eles o cargo de Profissional de Educação Física, com jornada de
trabalho de 30 horas semanais, passando a integrar o subgrupo ocupacional de Técnico em Saúde de Nível
Superior (RECIFE, 2018), a partir de concurso público para a função de Profissional de Educação Física no
âmbito da saúde municipal realizado em 2008. Hallal et al. (2009) afirmam que a partir desse feito, o
programa cada vez mais compõe a política do município, inclusive com atuação regular dos profissionais nas
unidades de saúde da cidade.
Vale ressaltar que com a ampliação do PAC nos últimos anos, tem-se observado a necessidade de contratação
de mais profissionais para atender à demanda. Isso fez com que, em 2014, a partir do Decreto n.º 27.826/2014,
a prefeitura autorizasse a contratação, por excepcional interesse público, de 15 profissionais de Educação
Física, com carga horaria de 30 horas semanais. No entanto, essa contratação é pelo prazo determinado de 12
meses, com possibilidade de renovação para mais 12 meses.
Você quer ver?
Você que gostaria de conhecer o programa federal Academia da Saúde, não se preocupe, 
pois tem uma entrevista com Deborah Malta (Coordenadora de Vigilância de Doenças e 
Agravos não Transmissíveis/MS), que explica todo o percurso para implementação do 
mesmo.
Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=Pt8hIShIkDQ
- -29
Por ser considerada uma experiência exitosa, o Programa Academia da Cidade do Recife serviu de inspiração
para algumas iniciativas similares, no âmbito estadual e federal. Como exemplos: o Programa Academia da
Cidade de Aracajú, o Programa Academia da Cidade de Belo Horizonte, o Programa Academia das Cidades
de Pernambuco e o Programa Academia da Saúde do Governo Federal.
Vivência das tendências da Educação Física
Agora você já conheceu um pouco mais sobre a atuação do profissional de Educação Física bacharel.
Vamos fazer um treino de habilidades com as vivência das tendências da Educação Física?
Nossos objetivos com a prática são:
• vivenciar as características da área de atuação e a sua relação com o mercado de trabalho;
• escolher as melhores prática mediantes as situações da prática.
Para a prática, siga as etapas abaixo:
1. Produza um relatório, em formato de texto, com até 50 linhas, que possibilite você fazer uma reflexão dos
pontos que foram discutidos.
Você quer ver?
Também é possível conhecer como a população tem se apropriado do programa, a partir 
da experiência de Guarulhos/SP, na qual a vivência da prática de atividade física voltada 
para a promoção da saúde tem promovido uma mudança de comportamento relacionada 
à saúde.
Acesse
Teste suas Habilidades
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
•
•
https://www.youtube.com/watch?v=1ob7VlyygjA
- -30
2. Descrição da atividade: descreva quais são as atividades realizadas por um profissional de Educação Física
bacharel, assim como as diferentes opções de local de atuação e as diferentes possibilidades de público como
qual ele pode atuar.
3. Demandas observadas: identifique e descreva quais características são importantes que um profissional de
Educação Física bacharel tenha e quais experiências são fundamentais durante sua formação para ter uma
atuação de sucesso.
4. Análise crítica: faça uma análise crítica descrevendo qual a importância do profissional de Educação Física
licenciado e se você considera que esta pode ser considerada uma profissão que proporcione estabilidade
financeira ao profissional.
5. Conclusões: conclua seu relatório trazendo o que você aprendeu sobre a atuação do profissional de
Educação Física bacharel.
6. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as dificuldades encontradas e depois escreva o relatório do treino
de habilidades para entregar.
Feedback
Excelente trabalho! Com o material construído, você consegue aprender como um profissional de educação
que escolheu ser bacharel pode atuar na sociedade. Além disso, entendeu que esse profissional tem vários
campos de atuação e pode oferecer seus serviços para diferentes públicos.
VAMOS PRATICAR?
Após a leitura deste capítulo, você estará pronto para produzir. Considere que você é um 
profissional de Educação Física no Sistema Único de Saúde – SUS, inserido a partir da 
Política Nacional de Promoção da Saúde. A comunidade em questão apresenta um 
aumento da prevalência de hipertensão. Qual intervenção você iria propor a esse 
público? Antes de pôr a mão na massa consulte os Cadernos de Atenção Básica, n. 39, o 
qual trata do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Este está Identifique disponível aqui.
uma atividade para cada estratégia!
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf
- -31
Conclusão
Concluímos este capítulo, no qual tivemos a oportunidade de compreender a diferença entre moda e tendência,
analisando as diversas atividades do mundo fitness e da saúde como uma forma de planejar as possíveis
intervenções no mercado de trabalho. Além disso, foi possível conhecer a Política de Promoção à saúde,
visualizando a inserção do profissional de educação física nas ações dessa política.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender a importância do ranking anual das tendências de fitness e saúde, como uma possibilidade de 
investimento da área;
• conhecer e identificar as estratégias de promoção à saúde como uma possibilidade de implantação de 
programas desse contexto, até mesmo a ampliação da participação das pessoas nas discussões de 
melhoria da qualidade de vida;
• identificar atividades relacionadas às estratégias de ação para implementação do eixo práticas corporais
/atividades físicas.
•
•
•
- -32
Referências
AGUIAR, Z. N. SUS - : antecedentes, percurso, perspectivas e desafios. 2. ed. SãoSistema Único de Saúde
Paulo: Martinari, 2015.
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Paulo: Paulo Costa Amaral, 2017. 40 p.
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Muzambinho, Minas Gerais. , São Paulo, v. 24, n. 1, p. 73-77,Revista Brasileira de Medicina do Esporte
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BARROS, N. F. et al. Yoga e promoção da saúde. , Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p.Ciência & Saúde Coletiva
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Doutorado em Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2015.
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KRUCHELSKI, S.; DUTRA, C. M. R.; SIQUEIRA, A. P. R. A Ação do Programa Curitibativa na Promoção
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LOURENÇO, B. S. et al. Physical activity as a therapeutic strategy in mental health: an integrative review
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http://www.abeso.org.br/pdf/revista61/atividade_fisica.pdf>
http://www.abeso.org.br/pdf/revista61/atividade_fisica.pdf>
	Introdução
	2.1 Educação Física e o Diálogo com as Tendências de Saúde e Fitness Identificadas pelo American College of Sports Medicine
	2.1.1 Treinamento Intervalado de Alta Intensidade – HIIT
	2.1.2 Treinamento em Grupos – Aulas Coletivas
	2.1.3 Tecnologia Wearables
	2.1.4 Treinamento com Peso Corporal
	2.1.5 Treinamento de Força
	2.1.6 Profissionais de fitness instruídos, certificados e experientes
	2.1.7 Yoga
	2.1.8 Personal Training
	2.1.9 Programas de fitness para a terceira idade
	2.1.10 Treinamento Funcional
	2.1.11 Exercício e perda de peso
	2.1.12 Exercício é Remédio
	2.1.13 Personal Training em pequenos grupos
	2.1.14 Esportes ao ar livre
	2.1.15 Flexibilidade e mobilidade usando rolos
	2.1.16 Licenciamento para profissionais de fitness
	2.1.17 Treinamento em circuitos
	2.1.18 Wellness Coaching
	2.1.19 Exercício de Core
	2.1.20 Treinamento esportivo
	2.2. A Política Nacional de Promoção da Saúde e a Inserção do Profissional de Educação Física no Sistema Único de Saúde – SUS
	2.2.1 A Política de Saúde no Brasil
	2.2.2 A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
	NASF 1
	NASF 2
	NASF 3
	2.2.3 A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e outras experiências
	2.2.4 Programa CuritibAtiva
	2.2.5 Programa Academia da Cidade
	Conclusão
	Referências

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