Buscar

O Crossing-over

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Crossing-over
O crossing-over, também chamado de sobrecruzamento, trata-se de um tipo de recombinação gênica. O crossing é um fenômeno que envolve cromátides homólogas. Consiste na quebra dessas cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços correspondentes entre elas.
A recombinação gênica ocorre durante o processo de meiose, que consiste em um tipo de divisão celular que acontece na fase de formação dos gametas tanto femininos quanto masculinos (óvulos e espermatozóides, respectivamente), conferindo a eles o número correto de cromossomos. Após a fertilização, quando o gameta masculino se une ao feminino, cada um apresentará somente a metade do número de cromossomos das demais células do organismo, pois se não fosse assim, a célula fertilizada apresentaria mais cromossomos do que o normal.
No interior de duas células germinativas, os cromossomos homólogos ficam pareados. Durante a compressão destes, pode haver um entrelaçamento entre as cromátides homólogas dos cromossomos, mas que não são irmãs, seguido de uma quebra das cromátides em determinados pontos e troca de genes entre as mesmas. Após a separação dos cromossomos, cada um apresenta material genético do outro, apresentando, deste modo, versões de genes distintas da original. Em razão de este processo ocorrer somente com uma das cópias do cromossomo, o grupo de informações iniciais não é completamente perdido, resultando em um aumento de variabilidade.
O rastreamento dos movimentos dos genes durante o crossing-over permitiu que os pesquisadores determinassem a distância entre dois genes em um mesmo cromossomo. As chances da ruptura do cromossomo ocorrer entre dois genes que se encontram distantes são maiores, então a probabilidade de que o gene permaneça no cromossomo original são menores, enquanto o outro realiza o crossing-over. Deste modo, genes que se encontram mais distantes, apresentam maiores chances de ficarem em cromossomos distintos, enquanto que genes que se encontram muito próximos apresentam menor probabilidade de serem separados pelo crossing-over.
Os genes que durante o crossingo-over tende a permanecer juntos são chamados de ligados. Este conhecimento é útil, pois um gene em um par ligado funciona como um “marcador”, que pode ser utilizado por pesquisadores para inferir a presença de outro gene, como nos casos de genes indutores de doenças.
Outro processo que conduz ao surgimento de variabilidade na meiose é a segregação independente dos cromossomos. Imaginando-se que uma célula com dois pares de cromossomos homólogos (A e a, B e b), se divida por meiose, as quatro células resultantes ao final da divisão poderão ter a seguinte constituição cromossômica: (a e b), (a e B), (A e b) e (A e B).
A variabilidade genética existente entre os organismos das diferentes espécies é muito importante para a ocorrência da evolução biológica. Sobre essa variabilidade é que atua a seleção natural, favorecendo a sobrevivência de indivíduos dotados de características genéticas adaptadas ao meio. Quanto maior a variabilidade gerada na meiose, por meio de recombinação gênica permitida pelo crossing-over, maiores as chances para a ação seletiva do meio.

Outros materiais