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Aspectos psicologicos da mulher que sofre agressao sexual


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r e p r o d c l i m . 2 0 1 3;2 7(3):98–103
Reprodução & Climatério
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Artigo de revisão
Aspectos psicológicos de mulheres que sofrem violência
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Flavia B
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Histórico do a
Recebido em
Aceito em 1
On-line em 2
Palavras-cha
Violência se
Transtorno 
pós-traumá
Transtorno 
Keywords:
Sexual viole
Post-trauma
Depressive 
� Trabalho
∗ Autor par
E-mail: fl
1413-2087 ©
http://dx.do
l
ello Costa de Souzaa,c,∗, Jefferson Drezettb,c, Alcina de Cássia Meirelles c e
imenez Ramosa
niversidade Católica de São Paulo (PUC/SP), São Paulo, SP, Brasil
o de Escrita Científica e Delineamento de Estudos da Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil
Violência Sexual e Aborto Legal do Hospital Pérola Byington, São Paulo, SP, Brasil
ões sobre o artigo
rtigo:
 12 de fevereiro de 2013
 de março de 2013
0 de julho de 2013
ve:
xual
de estresse
tico
depressivo
r e s u m o
A violência sexual contra a mulher é um problema de saúde pública que pode acarretar
consequências médicas, psicológicas e sociais. As vítimas podem sofrer de transtorno de
estresse pós-traumático (TEPT), depressão, ansiedade, transtornos alimentares, distúrbios
sexuais e do humor. Outras consequências podem ser maior uso ou abuso de álcool e drogas,
problemas de saúde, reduc¸ão da qualidade de vida, comprometimento da satisfac¸ão com
a vida, com o corpo, com a atividade sexual e com relacionamentos interpessoais. Existe
significativa associac¸ão entre violência sexual e sintomas de dissociac¸ão, congelamento e
hipervigilância. A relac¸ão com a própria imagem, a autoestima e as relac¸ões afetivas também
são afetadas negativamente, o que limita a qualidade de vida. Esses sintomas podem ser
duradouros e estender-se por muitos anos na vida dessas mulheres.
© 2012 Sociedade Brasileira de Reproduc¸ão Humana. Publicado por Elsevier Editora Ltda.
Psychological aspects of women who suffer sexual violence
nce
tic stress disorders
disorder
a b s t r a c t
Sexual violence against women is a public health problem that can result in medical, psy-
chological and social consequences. Victims may suffer from post traumatic Stress Disorder
(PTSD), depression, anxiety, eating disorders, sexual disorders and mood. Other consequen-
ces may be greater use or abuse of alcohol and drugs, health problems, reduced quality of life,
satisfaction with life’s commitment, with the body, with sexual activity and interpersonal
relationships. There is a significant association between sexual violence and symptoms of
dissociation, freezing, and hypervigilance. The relationship with the self-image, self-esteem
Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND
 feito no Núcleo de Programas Especiais do Hospital Pérola Byington, São Paulo, SP, Brasil.
a correspondência.
abello@hotmail.com (F.B.C.d. Souza).
 2012 Sociedade Brasileira de Reproduc¸ão Humana. Publicado por Elsevier Editora Ltda. 
i.org/10.1016/j.recli.2013.03.002
Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND
r e p r o d c l i m . 2 0 1 3;2 7(3):98–103 99
and emotional relationships are also negatively affected, limiting the quality of life. These
symptoms can be long lasting, extending for many years in the lives of these women.
© 2012 Sociedade Brasileira de Reproduc¸ão Humana. Published by Elsevier Editora Ltda.
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c¸ão Mundial da Saúde (2002)1 considera violência
ulher qualquer ato que cause ou tenha alta proba-
 causar dano físico, sexual, mental ou sofrimento,
s ameac¸as desses atos, a coerc¸ão ou a privac¸ão arbi-
erdade, independentemente de se ocorrida na vida
rivada.1 A violência sexual se caracteriza por qual-
to sexual não consentido, tentado ou consumado
r ato contra a sexualidade de uma pessoa com o
c¸ão, perpetrado por qualquer pessoa em qualquer
Inclui o estupro mediante intimidac¸ão por forc¸a
o, para fins de penetrac¸ão da vagina ou do ânus
s, outra parte corporal ou objeto.2
ério da Saúde (2011)3 reconhece a violência sexual
tão de saúde pública e aponta que uma em cada
heres no mundo é vítima de violência de gênero
de um ano de vida potencialmente saudável a cada
 No Brasil, 70% dos crimes contra a mulher aconte-
biente doméstico e são praticados, na sua maioria,
iros íntimos.3
, a violência contra a mulher não se limita à
ada ou familiar e mostra características de um
ocial. De acordo com Villela e Lago (2007),4 é
enfrentar essa problemática nos âmbitos públi-
uranc¸a, do direito e da saúde, pois a violência
oca uma gama variada de consequências nas suas
ara Diniz (2007),5 a violência contra a mulher é o
esigualdade de gênero existente no país, que deter-
is, posic¸ões e deveres diferentes do feminino e do
5
res (1999),6 é a partir da denúncia que surge a possi-
 reconhecimento da violência que ocorre no espac¸o
artir daí, esse problema pode ser integrado a políti-
s, com discussões e busca por definic¸ões, soluc¸ões,
mentos e criminalizac¸ão dessa forma de violên-
ncia da violência proporciona o reconhecimento
sofre e reduz sua invisibilidade.6 No entanto, Dre-
2011)7 advertem que temores em geral, receio do
icial, medo de ser desacreditada e sentimento de
o são fatores que podem dificultar a revelac¸ão da
xual.7
 Adesse (2005)8 ressaltam a dificuldade de se obte-
ros precisos sobre a violência sexual no Brasil.8
t al. (2009)9 encontraram prevalência de violência
sexual cometida pelo parceiro íntimo ao longo da
% das mulheres de São Paulo e 36,9% das residen-
a da Mata pernambucana.9 Segundo Drezett et al.
vidências indicam que a violência sexual contra a
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de a ocorrer no espac¸o privado e doméstico, prin-
 sob ameac¸a psicológica.7
a disso, nos estudos sobre violência sexual de
ntra mulheres é necessário considerar a posic¸ão
peso, desle
a procura 
desenvolve
de comport
 a elas ao longo da história e buscar compreender
 psíquica que o estupro envolve, assim como suas
nsequências psicológicas.
il, o Ministério da Saúde (2011)3 delineia os impac-
violência sexual acarreta para as vítimas. Entre
is consequências estão lesões físicas, gravidez
, doenc¸as sexualmente transmissíveis e o impacto
. Também são citados os danos à saúde men-
ansiedade, depressão e suicídio.3 Mattar et al.
escentam outros aspectos, como sentimentos de
orte, sensac¸ão de solidão, vergonha e culpa.10 Na
ec¸ão, Drezett(2000)11 relata que podem ocorrer
 da sexualidade, incluindo vaginismo, dispareu-
ic¸ão da lubrificac¸ão vaginal e perda do orgasmo,
 evoluir para a completa aversão ao sexo.11
cia sexual pode gerar outras consequências, con-
altado por Mattar et al. (2007),10 como problemas
 sociais, abandono dos estudos, perda do emprego,
conjugal, abandono da casa e prostituic¸ão, como
problemas psicossociais relacionados a essa
0
ca traumática da violência sexual
 de violência sexual pode envolver agressão,
ntimidac¸ão psicológica, ferimentos e invasão do
rretar provável trauma psicológico.12
999)6 afirma que o discurso sobre violência domés-
sil ainda está calcado no silêncio. A compreensão
ar que a vítima ocupa dentro de seu próprio imagi-
utoimagem, o que pensa e considera de si própria,
credita que vale e merece receber da vida e suas
 relac¸ão à própria capacidade são alguns dos aspec-
em ser afetados por essa experiência.6
 Early (1993),13 a violência do abuso sexual pode
mitac¸ão confusa das próprias barreiras e dos pró-
s, estigmatizac¸ão, vergonha, traic¸ão, dissociac¸ão e
o autor (1993)13 ressalta que a invisibilidade é o
uitas vítimas de violência sexual. As vítimas veem
s como “sujas”, “feias” e “nojentas”. O autor sus-
 de que com a dissociac¸ão do trauma psicológico
egligência e o abandono da pessoa que foi abusada.
e vê imunda e percebe a si mesma e ao seu corpo
ha.13
vivente desse trauma, ao ter suas barreiras vio-
enta construir novos limites entre si mesma e o
ém, tais delimitac¸ões são construídas improvisa-
ela dinâmica do trauma, por meio de ganho de
Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND
ixo pessoal, falta de cuidado consigo mesma ou
de não ser atraente sexualmente. Pode também
r problemas dermatológicos, de aprendizagem ou
amento.13
100 r e p r o d c l i m . 2 0 1 3;2 7(3):98–103
Os dois principais sintomas associados ao transtorno do
estresse pós-traumático (TEPT) são evitac¸ão e repetic¸ão, que
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r a mulher a evitar contato sexual ou colocar-se em
as quais pode ser revitimizada.13
ly (1993),13 há certo tom de fatalidade em relac¸ão
e uma pessoa que sofre violência sexual, especi-
 foi crônica ou se ocorreu na infância. É como se a
te do trauma estivesse inclinada a ocupar a posic¸ão
e novas traumatizac¸ões, impossibilitada de obter
mente o controle da própria vida.13
o lado, a dissociac¸ão é uma estratégia de enfrenta-
uente para mulheres que sofrem violência sexual
atizac¸ão pode resultar em diminuic¸ão da autoes-
cultar o crescimento emocional. A compulsão de
xperiência traumática pode ocorrer de múltiplas
quentemente sutis. Ao longo da vida, elas podem
xo com algum elemento vivido durante a violência
a possibilidade seria um tratamento psicológico,
ferecer à mulher a possibilidade de elaborar essa
.13
 Levine (1999),12 a violência sexual pode trazer
nsequências por meio de transtornos, mas tam-
lac¸ões cotidianas. Quando os sintomas se tornam
 e permanentes, passam a se expressar de forma
 como TEPT, transtornos alimentares, depressão,
e suicídio, dificuldade nas relac¸ões afetivas e
 sexual e transtornos em geral
t al. (2003),14 por meio de entrevistas com 4.023
es, propuseram-se a estudar a prevalência, a
de e o fator de risco para TEPT, episódio de depres-
 abuso ou dependência de substâncias. A violência
identificada como significativo fator de risco
 os pares de comorbidades. Os resultados sus-
hipótese de que a exposic¸ão a uma forma de
ísica, sexual ou testemunho de ato de violência
 risco de ocorrência dessas três desordens e suas
des.14
i et al. (2004)15 avaliaram as consequências de epi-
 de estupro em 40 mulheres, ocorrido havia pelo
tro meses, e compararam com agressões a 32
ubmetidas a outros tipos de evento estressor, como
 carro, ataque físico ou assalto. O grupo formado
es que sofreram estupro apresentou índices mais
os de TEPT e transtornos alimentares, sexuais e de
aryet et al. (2008)16 investigaram a relac¸ão entre
exual, saúde e comportamentos de risco por meio
es variáveis. Os resultados indicaram que mulhe-
freram violência sexual tiveram maior incidência
mental debilitada, baixa satisfac¸ão com a vida,
e atividades, tabagismo e consumo esporádico
alcoólica. A associac¸ão entre saúde mental e
itada e a violência sexual foi mais prevalente em
com consequências que persistem ao longo do
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 de um evento traumático em potencial (ETP) com
 ETPs com associac¸ão mais significativa ao TEPT
vítima de estupro, ser agredida fisicamente pelo
timo, experimentar um evento privado não reve-
o com doenc¸a grave, ter recebido castigo físico na
 ter sofrido perseguic¸ão. Quando algum ETP estava
 chance de apresentar o TEPT foi três vezes maior.17
al. (2010)18 fizeram de 1980 a 2008 meta-análise com
sobre associac¸ão entre abuso sexual e transtornos
os. Os resultados indicaram relac¸ão entre o antece-
uso sexual, o diagnóstico e a durac¸ão do transtorno
de, depressão, transtornos alimentares, TEPT, dis-
sono e tentativa de suicídio. A relac¸ão entre abuso
ranstornos psiquiátricos mostrou-se persistente,
temente do sexo da vítima e da idade na qual
orreu. Além disso, observaram associac¸ão entre
al e desordens somáticas, incluindo-se alterac¸ão
astrointestinal, dor pélvica crônica, convulsões psi-
 dor crônica não específica.18
t et al. (2010)19 se propuseram comparar os efeitos
o ao estupro com uso da forc¸a ou de ameac¸a com
rime praticado contra mulheres em condic¸ões de
mitac¸ão da consciência por uso de álcool ou dro-
res com preservac¸ão da consciência apresentaram
abilidade de TEPT e de depressão. O estupro forc¸ado
 a medo, ferimentos, forc¸a, lembranc¸a clara do
rcepc¸ão do evento como crime.19
do recente, Cook et al. (2011)20 analisaram as con-
 da agressão física e sexual a mulheres com 55 anos
as compararam com mulheres da mesma idade
dentes de violência. Aquelas que sofreram violên-
taram maior frequência de abuso de substâncias
, de depressão e de TEPT. Foram observados pio-
ores de saúde e maior uso de comprimidos. Além
tores encontraram índices significativos de TEPT
res cuja violência ocorreu havia muitos anos.20
et et al. (2011)21 fizeram estudo comparativo entre
ue sofreram episódio de estupro consumado evíti-
tativa de estupro e avaliaram 13 aspectos: saúde,
, autopercepc¸ão de atratividade, autopercepc¸ão do
arceiro, relac¸ões familiares, trabalho, vida social,
reputac¸ão sexual, desejo de fazer sexo, frequên-
, prazer de fazer sexo e relac¸ão estável e duradora.
ue sofreram estupro consumado apresentaram
ificativamente mais negativos em 11 aspectos. Os
os foram autoestima, reputac¸ão sexual, frequên-
, desejo de fazer sexo e autopercepc¸ão do valor
. No entanto, mulheres que sofreram tentativa de
bém reportaram vivências negativas em vários
 al. (2011)22 avaliaram a relac¸ão entre violência
anstornos psiquiátricos, abuso de drogas e álcool,
nstornos alimentares. Excetuando-se o abuso de
gas, os demais eventos apresentaram índices mai-
o a violência sexual envolveu atos de penetrac¸ão.
dultas que sofreram abuso sexual na infância mos-
ores índices de TEPT e de transtornos alimentares.
 encontraram evidências de que o abuso sexual na
r e p r o d c l i m . 2 0 1 3;2 7(3):98–103 101
infância aumenta o risco de sofrer violência sexual em idade
adulta.22
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Na observac¸ão de Sudário et al. (2005),27 mulheres que
sofrem estupro apresentam evidente sentimento de medo,
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 sexual, transtorno do estresse
ático e depressão
t al. (2001)23 verificaram se mulheres com 55 anos
rem o mesmo risco de apresentar sequelas, TEPT e
após alguma violência interpessoal quando com-
m mulheres mais jovens, entre 18 e 34 anos. O
e de violência sexual aumentou o risco para as
ais velhas nos sintomas de evitac¸ão do TEPT. Para
ens, tanto a violência sexual quanto a física se asso-
umento das três categorias de sintomas do TEPT e
o. Os autores acreditam que mulheres mais velhas
 ver certas formas de violência como crime ou que a
 a estigmatizac¸ão interfiram no relato da violência
 das respostas peritraumáticas na sintomatologia
e do TEPT entre mulheres que sofrem violência
ado por Rizviet et al. (2008).24 Quando comparado
 situac¸ões de violência, o estupro se relacionou
s maiores de dissociac¸ão, menos respostas ativas
ostas de congelamento, associadas com sintomas
s do TEPT e maiores índices de sintomas depres-
ostas de congelamento podem estar associadas
to de culpa. Respostas ativas frente à violência,
ão, foram associadas com menor sintomatologia.24
set et al. (2011)25 investigaram o enviesamento da
m relac¸ão a quatro categorias de palavras: com
eac¸a sexual, sexuais não ameac¸adoras, em tom
 a acidentes e positivas. O grupo constituído por
ue sofreram violência sexual diagnosticadas com
ou maior período de latência para indicar as quatro
de palavras do que o grupo de controle, princi-
uanto a palavras com tom de ameac¸a sexual.
, quanto maior a intensidade do TEPT, mais ele-
ostraram os índices de enviesamento da atenc¸ão
avras relacionadas à violência sexual. Os resulta-
m que a atenc¸ão permanece em estado de alerta
uer tipo de ameac¸a, real ou imaginária, e que a
o do TEPT pode ocorrer por causa do enviesamento
 para esses aspectos.25
o et al. (2011)26 avaliaram TEPT, depressão e senti-
esesperanc¸a em mulheres que sofreram violência
eríodo entre um e seis meses após o evento. No pri-
 43% apresentaram índices moderados ou severos
,2% tiveram depressão moderada ou severa e 22,4%
dices moderados ou severos de sentimento de
c¸a. Esses valores decresceram para 21%, 20% e 10%,
ente, no sexto mês após o evento. No primeiro
ridade do TEPT foi associada com índices modera-
eros de depressão, enquanto no sexto mês ela foi
 a agressores múltiplos, severidade da violência
manência da depressão e transtornos psiquiátri-
. Os resultados sugerem que a recuperac¸ão pode
tempo para algumas mulheres e para outras pode
r por tempo indeterminado.26
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ica que remete a sintomas característicos do TEPT.
 expressar no medo de ser contaminada pelo vírus
contrar o agressor, de sair sozinha ou ficar sozinha
 de contar o ocorrido aos parentes ou ao parceiro.27
 sexual, transtornos alimentares e
 al. (2008)28 examinaram o valor de mediac¸ão
o desenvolvimento da sintomatologia dos trans-
entares após experiências sexuais traumáticas.
e sofreram abuso sexual na infância, estupro ou
sentaram maiores índices de transtornos alimen-
ências do TEPT quando comparadas às do grupo
istórias de trauma foram associadas com transtor-
tares e aumento dos sintomas do TEPT. Por sua
 mostrou como um mediador importante no rela-
o entre trauma sexual e transtornos alimentares.
 fisiológica e a evitac¸ão social foram os principais
es de mediac¸ão do TEPT.28
ki e Ullman (2009)29 investigaram a relac¸ão do
e de violência sexual na vida adulta com o TEPT
 ao uso abusivo de álcool ou se o uso abusivo de
ria ao TEPT. Os autores não encontraram evidên-
 o TEPT influi diretamente no uso abusivo de álcool
 tempo e vice-versa. Contudo, mulheres com histó-
o sexual na infância mostraram maiores índices de
 abusivo de álcool. Os efeitos do TEPT e problemas
umo de álcool foram mais acentuados em mulhe-
izadas do que entre mulheres com antecedente de
xual exclusivamente em idade adulta.29
c¸ão aos transtornos alimentares, Bergeet et al.
curaram entender o papel que mudanc¸as no estilo
iliar pode ocupar na dinâmica dos transtornos
s. Oito participantes da pesquisa declararam que
aumático vivido pouco tempo antes do início dos
 alimentares foi o abuso sexual ou incesto. As par-
eclararam ter comec¸ado a comer para “se livrar
” ou para se tornar “desagradáveis fisicamente” ou
ra intimidac¸ão”.30
o de Fischer et al. (2010),31 o objetivo foi examinar
ma agressão sexual nos sintomas dos transtornos
s presentes na época da pesquisa. Os resulta-
ram que a violência sexual recente se associou
amente com os sintomas atuais dos transtornos
s.31
 sexual e satisfac¸ão sexual
nálise feita entre 1979 e 1999 por van Berlo e
0)32 sobre o funcionamento sexual de mulheres
cia sexual, a maioria dos estudos aponta que a
exual produz impacto na frequência e satisfac¸ão
lheres que sofrem violência sexual apresentaram
tisfac¸ão, falta de desejo sexual e dispareunia do
s que experimentaram o evento. Em algumas
102 r e p r o d c l i m . 2 0 1 3;2 7(3):98–103
pesquisas,vítimas de violência sexual mostraram maior
frequência
trole” sobre
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física, não existência de parceiro próximo e doenc¸as
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 de relac¸ões sexuais, na tentativa de adquirir “con-
 a própria vida sexual.32
meta-análise, alguns estudos mostraram
 da satisfac¸ão sexual imediatamente após o
tornando aos níveis prévios após alguns meses.
lheres que sofrem estupro mostraram-se, em
s satisfeitas sexualmente do que aquelas que não
 esse antecedente.32 Outros estudos verificaram
o após alguns anos da ocorrência, havia queda
ão sexual e no prazer nas relac¸ões para parte
das mulheres.32 Outras investigac¸ões encontra-
nvolvimento de medo do sexo, perda do interesse
da de prazer total ou parcial nas relac¸ões sexuais,
 a assuntos e atividades sexuais, ardor vaginal e
a de penetrac¸ão.32
rlo e Ensink (2000)32 acreditam que atos de
 e de agressão física durante a violência sexual
 ter relac¸ão com transtornos sexuais. Outros diver-
am associac¸ão da penetrac¸ão e da violência física
isponentes de problemas sexuais a longo prazo.
 alguns autores inferem que quanto mais violenta
cia sexual, menos problemas sexuais a vítima terá
ir menos culpada.32
forma, emoc¸ões sentidas durante e imediatamente
ência sexual são consideradas fortes mediadoras
ência das disfunc¸ões sexuais. Alguns fatores são
contra o desenvolvimento de problemas sexuais,
ac¸ão estável com um parceiro e ser sexualmente
 da violência sexual. Há evidência de que o TEPT
omo mediador no desenvolvimento de transtor-
s em mulheres com ou sem histórico de trauma
pc¸ão da sexualidade de adolescentes, com e sem
e de violência sexual, foi abordada por Rodrigues
.33 Os autores avaliaram nos dois grupos possíveis
nas escalas de autoestima e inventário de depres-
ltados mostraram que adolescentes com histórico
a sexual apresentaram medo marcante de envol-
m pessoa do sexo oposto, temor da prática sexual
 sofrer nova violência física ou sexual em futuro
ento. Quando perguntadas sobre o sexo ser bom e
dolescentes que sofreram violência sexual forne-
ostas vagas ou disseram evitar pensar no assunto,
 não lhes despertava interesse, que era algo ruim,
a dor ou que se sentiam incômodo ao ser tocadas
ro.33
las aplicadas por Rodrigues et al. (2006),33 a média
ão de autoestima foi muito próxima entre os grupos
histórico de violência sexual. No entanto, no inven-
pressão o grupo com histórico de violência sexual
res duas vezes maiores. Com base nos resultados,
nferem que o desinteresse pelo sexo também pode
 à depressão, na medida em que essa possa inibir o
al. Além disso, adolescentes com os escores mais
 autoestima obtiveram os escores mais altos para
3
o de McCall-Hosenfeldet et al. (2009),34 a associac¸ão
são sexual no exército e diminuic¸ão da satisfac¸ão
 pesquisada a partir de quatro mediadores:
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as. Tanto a violência sexual no exército quanto
¸ão sexual foram expressivamente associadas aos
diadores. A agressão sexual impactou negativa-
tisfac¸ão sexual de mulheres veteranas, operando
e e por meio de consequências na saúde física e,
ente, na mental.34
es
que sofrem violência sexual apresentam
ais severos de transtornos e consequências
s, como TEPT, depressão, ansiedade, transtor-
tares, distúrbios sexuais e distúrbios do humor.
áveis podem ser agregadas, como maior consumo
e álcool e de drogas, problemas de saúde, reduc¸ão
de de vida e comprometimento do sentimento
ão com a vida, o corpo, a vida sexual e os rela-
os interpessoais. Existe significativa associac¸ão
ncia sexual e altos índices do TEPT, com sintomas
m dissociac¸ão, congelamento e hipervigilância e
manecer por muito tempo.
so alimentar e o abuso de drogas e álcool são
 algumas vítimas como forma de diminuir a ansi-
primir as memórias traumáticas. O TEPT pode
do como mediador entre a violência sexual e os
 alimentares, como tentativa de autoprotec¸ão con-
iolência. Pode atuar também como mediador no
mento de transtornos sexuais, embora não esteja
ente esclarecido o papel do ato de penetrac¸ão
unc¸ões. As vítimas geralmente apresentam maior
o sexual, perda de prazer, medo e dor, sintomas
 permanecer após anos da violência. A relac¸ão
ria imagem, a autoestima e as relac¸ões afetivas
o afetadas negativamente e limitam a qualidade
iste permanência desses transtornos, que podem
uros e estender-se por muitos anos na vida dessas
 de interesse
declaram não haver conflitos de interesse.
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	Aspectos psicológicos de mulheres que sofrem violência sexual
	Introdução
	A dinâmica traumática da violência sexual
	Violência sexual e transtornos em geral
	Violência sexual, transtorno do estresse pós-traumático e depressão
	Violência sexual, transtornos alimentares e TEPT
	Violência sexual e satisfação sexual
	Conclusões
	Conflitos de interesse
	Referências