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Saúde Mental Prof. Andréa Damiana 1 Emergências psiquiátricas • Drogadição; • Suicídio; • Distúrbios de comportamento; • Transtornos de Personalidade; • Depressão. 2 Emergências Psiquiátricas • Situação de crise em que o indivíduo se torna incompetente ou incapaz de assumir responsabilidades pessoais. Exemplos: Tendências suicidas agudas, intoxicação por drogas, reações a drogas alucinógenas, psicoses agudas e raiva incontrolável. 3 Drogadição • Droga, segundo a OMS ( 2005), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. 4 Drogas que promovem dependência (CID-10) • Álcool; • Opióides(morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas); • Canabinóides (maconha); • Sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos); 5 ...Continuação • Cocaína; • Outros estimulantes (como anfetaminas e substâncias relacionadas à cafeína); • Alucinógenos; • Tabaco; • Solventes voláteis. 6 Classificação das Drogas • Drogas DEPRESSORAS da atividade mental; • Drogas ESTIMULANTES da atividade mental; • Drogas PERTUBADORAS da atividade mental. 7 Drogas DEPRESSORAS • Apresentam a característica comum de causar uma diminuição da atividade global ou de certos sistemas específicos do SNC, promovem uma diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade, e é comum efeito euforizante inicial e, posteriormente, um aumento da sonolência. 8 Principais drogas depressoras • Álcool; • Barbitúricos; • Benzodiazepínicos; • Opióides; • Solventes ou inalantes. 9 Por que as pessoas bebem? • Aumento do sabor dos alimentos; • Eventos sociais; • Encorajar atitudes; • Relaxamento; • Celebrações; • Cerimônias religiosas. 10 20% de uma dose única são absorvidos imediatamente pela corrente sanguínea através da parede do estômago. Em instantes após a ingestão o álcool pode ser encontrado em todos os tecidos, órgãos e secreções. Álcool Etílico - ETOH • Produto da fermentação de carboidratos presentes em vegetais, como a cana de açúcar, a uva e a cevada. Classificado como alimento por conter calorias, não contendo valor nutricional. Inibe a absorção de vitamina B1 (tiamina). • FERMENTAÇÃO = Processo anaeróbico de transformação de uma substância em outra, produzido a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos de fermentos. Produz bebidas com concentração de álcool de até 10%. • DESTILAÇÃO = Processo em que se vaporiza uma substância líquida e, em seguida, condensam-se os vapores resultantes, para se obter de novo um líquido, geralmente mais puro. • TIAMINA = Essencial para o funcionamento do tecido nervoso, coenzima dos carboidratos. 11 Alguns exemplos... Fermentados: vinho, chopp, cerveja Destilados: uísque, rum, vodka, cachaça. 12 • O álcool induz tolerância (necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para se produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação) e síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução do consumo da substância). 13 GABA = Neurotransmissor inibitório GLUTAMATO = Neurotransmissor excitatório LOCALIZAÇÃO: distribuição generalizada pelo SNC, e concentrações no hipotálamo, hipocampo, córtex, cerebelo, gânglios de base do cérebro, na retina. LOCALIZAÇÃO: córtex, cerebelo, hipocampo, tálamo, hipotálamo e medula espinhal. Estimulado pelo álcool Inibido pelo álcool Age prevenindo a excitação pós-sináptica, interrompendo a progressão dos impulsos elétricos. Age nas informações sensoriais, regulação de reflexos motores Resposta: 14 • Fase pré alcóolica: Uso para alívio do estresse e tensões cotidianas. Em criança o indivíduo pode ter observado o uso dos adultos e apreciado seus efeitos. Desenvolve-se a tolerância. • Fase alcóolica inicial: Blecautes, breves períodos de amnésia, ocorre durante ou logo após a ingestão do álcool. Beber não é mais um prazer ou alívio, e sim uma necessidade. Comportamentos: Beber escondido, sentimento de culpa, negação e racionalização. • Fase crucial: Perda do controle e dependência fisiológica. Comportamentos: raiva e agressividade. Fase em que o indivíduo emagrece, se degrada, perde tudo, amigos, emprego, família. • Fase crônica: Desintegração emocional, impotência e autocomiseração, e física. Mais tempo embriagado do que sóbrio. Pode aparecer a psicose, a depressão e ideias suicidas. A abstenção do álcool acarreta alucinações, tremores, convulsão, agitação grave e pânico. 15 NÍVEIS DE ÁLCOOL NO SANGUE BAIXO MÉDIO ALTO Desinibição do comportamento; Diminuição da crítica; Hilaridade e instabilidade afetiva (a pessoa ri ou chora por motivos pouco significativos) ; Certo grau de incoordenação motora; Prejuízo das funções sensoriais. Maior incoordenação motora (ataxia); A fala torna-se pastosa, há dificuldades de marcha e aumento importante do tempo de resposta (reflexos mais lentos). Aumento da sonolência, com prejuízo das capacidades de raciocínio e concentração. Podem surgir náuseas e vômitos; Visão dupla (diplopia); Acentuação da ataxia e da sonolência (até o coma); Pode ocorrer hipotermia e morte por parada respiratória. 16 Complicações • Encefalopatia de Wernicke: Mais grave das deficiências de tiamina. Paralisia dos músculos oculares, diplopia, ataxia, sonolência e torpor. • Psicose de Korsakoff: Confusão mental, distúrbio da memória recente e confabulação. • Síndrome de Wernicke -Korsakoff. • Neuropatia periférica: Danos a nervos periféricos causando dor, sensação de ardência, formigamento nas extremidades. • Miopatia alcóolica: Aguda - Pontos sensíveis e doloridos, edema nos músculos esqueléticos, cintura pélvica e escapular, e caixa torácica. Crônica – Enfraquecimento muscular. 17 E mais complicações... • Miocardiopatia Alcóolica: Acúmulo de lipídios nas células miocárdicas, logo, dilatação e enfraquecimento. Menor tolerância a exercícios, tosse não produtiva, dispnéia, palpitações. • Esogafite: Inflamação acompanhada de dor no esôfago, pelos efeitos tóxicos do álcool ou frequentes episódios eméticos. • Gastrite: Decomposição da mucosa protetora do estômago, ação do ácido clorídrico promove inclusive sangramentos. • Pancreatite: Aguda – 1 ou 2 dias após consumo excessivo de álcool, dor epigástrica intensa e constante, náuseas, vômitos e distensão abdominal. Crônica - Insuficiência pancreática, esteatorréia, desnutrição e diabetes. 18 E mais... • Hepatite Alcóolica: Síndrome de inflamação e necrose no fígado. Dores abdominais, febre baixa, vômitos, perda do apetite, fatigabilidade, elevação de leucócitos, icterícia. • Cirrose Hepática: Estágio final da hepatopatia alcóolica. Ascite, varizes esofágicas, encefalopatia . • Leucopenia: Alteração dos leucócitos promovendo risco de infecção. • Trombocitopenia: Alteração das plaquetas promovendo risco de hemorragia. • Disfunção sexual: Curto prazo – estimulação da libido e incapacidade de ereção. Longo prazo – ginecomastia, esterilidade, impotência e diminuição da libido. 19 Delirium Tremens • Síndrome confusional aguda. Rebaixamento do nível de consciência,ilusões visuais, alucinações visuais ou táteis, labilidade afetiva, ideação paranóide, inquietude, desorientação alopsíquica. 20 Abstinência • No período de 4 a 12 horas da cessação ou redução do uso intenso e prolongado. • Sintomas: tremores grosseiros das mãos, língua ou pálpebras; náuseas ou vômitos; mal-estar; taquicardia; sudorese; elevação da pressão arterial; ansiedade; humor deprimido ou irritabilidade; alucinações ou ilusões transitórias; cefaleia; insônia. 21 Barbitúricos • Substâncias sintetizadas artificialmente, seu uso inicial foi dirigido ao tratamento da insônia, tem um alto potencial de abuso, uma faixa terapêutica estreita com um baixo índice terapêutico e efeitos colaterais desfavoráveis. RISCO!!! • São drogas que causam tolerância (sobretudo quando o indivíduo utiliza doses altas desde o início) e síndrome de abstinência quando ocorre sua retirada, o que provoca insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até convulsões. • Em geral são utilizados na prática clínica para indução anestésica, exemplo tiopental. 22 Outras indicações clínicas • ECT Devido ao baixo risco cardíaco, rebaixamento do nível de consciência rápido e duração breve de ação, de 5 a 7 minutos. Exemplo: Metoexital (brevital), dose de 0,7 a 1,2 mg / kg. • Convulsões Barbitúricos parenterais são drogas de escolha nas emergências convulsivas, tanto nas crises tônico-clônicas e quanto nas convulsões parciais. Fenobarbital intravenoso deve ser administrado lentamente, 10 a 20 mg / kg. 23 Efeitos da ação farmacológica dos barbitúricos Doses ideais Doses maiores Doses tóxicas Capacidade de raciocínio e concentração; Sensação de calma, relaxamento e sonolência; Lentidão dos reflexos. Sintomas semelhantes a embriaguez, como lentidão dos movimentos, fala pastosa e dificuldade na marcha. Incoordenação motora; Sonolência podendo chegar ao coma; Morte por parada respiratória. 24 Tratamento • Indução de vômitos ou lavagem gástrica, carvão ativado, catárticos salinos; • Tratamento de suporte, incluindo manutenção de vias aéreas, diurese forçada, hemodiálise nos casos graves. Catárticos = Atraem água para os intestinos por osmose e, como consequência, ocorre distensão das fibras musculares lisas intestinais e, reflexamente, exacerbação do peristaltismo, gerando efeito laxante ou purgante dependendo da dose fornecida. Exemplos: sais de magnésio, sais de sódio, lactulose, glicerina e sorbitol. 25 Benzodiazepínicos Semelhante aos barbitúricos, oferecendo maior margem de segurança. Assim como o álcool, atuam potencializando o GABA. São utilizadas como ansiolíticos, e produzem: • Diminuição da ansiedade; • Indução do sono; • Relaxamento muscular; • Redução do estado de alerta. Principais exemplos: diazepam, lorazepam; bromazepam, midazolam, flunitrazepam, clonazepam, lexotan. 26 Opióides Ópio é uma palavra grega para suco, produzido a partir do exsudato leitoso da planta papoula do oriente. Os opióides exercem efeitos tanto sedativos como analgésicos. Sua ação decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas. As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína e a codeína. 27 Principais efeitos • Contração pupilar importante; • Sonolência, fala pastosa • Diminuição da motilidade do trato gastrointestinal; • Efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração; • Torpor e sonolência. Abstinência • Náuseas; • Lacrimejamento; • Corrimento nasal • Vômitos • Cólicas intestinais; • Arrepios, com duração de até 12 dias; • Câimbra; • Diarréia. 28 Drogas Estimulantes • ANFETAMINAS: Aumenta a liberação e prolonga o tempo de atuação da dopamina e da noradrenalina. Efeitos: diminuição do sono e do apetite; sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando se realizam esforços excessivos; rapidez na fala; dilatação da pupila; taquicardia; elevação da pressão arterial. Na intoxicação o sujeito apresenta euforia, alterações na sociabilidade, hipervilância, ansiedade. 29 Cocaína • Extraída das folhas de coca tem de ser mistura a cal para liberar o alcalóide da cocaína. Comumente cheirada, e usuários crônicos apresentam sintomas similares ao congestionamento nasal ou resfriado. Crack Uma forma de apresentação da cocaína, misturado com bicarbonato de sódio. No Brasil, também com gasolina, querosene e água destilada. Fácil vaporização e inalação, logo, efeitos imediatos. Atuam em serotonina, além da noradrenalina e da dopamina como as anfetaminas. 30 • Sensação intensa de euforia e poder; • Estado de excitação; • Hiperatividade; • Insônia; • Falta de apetite; • Perda da sensação de cansaço. • Irritabilidade; • Agressividade; • Delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a psicose cocaínica. • Risco alto de infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. 31 Drogas Perturbadoras Conhecidas como alucinógenos, desenvolvem alucinações geralmente visuais. Flashback. • MACONHA: Sensação de bem-estar, acompanhada de calma e relaxamento; desorientação alopsíquica, prejuízo da memória e da atenção. Hiperemia conjuntival (os olhos ficam avermelhados); Diminuição da produção da saliva (sensação de secura na boca); Taquicardia com frequência de 140 bpm ou mais. 32 LSD(Dietilamida do Ácido Licérgico) • Distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados); • Fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor); • Perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros assemelham-se a quilômetros); • Alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações agradáveis, mas também podem deixar o usuário extremamente amedrontado); • Estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico, e são relatados como boas ou más “viagens”). 33 Ecstsy ( 3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA) • Embora alucinógena, guarda relação química com as anfetaminas e apresenta também propriedades estimulantes. Seu uso é frequentemente associado a jovens frequentadores de boates. Há relatos de casos de morte por hipertermia maligna, (aumento excessivo da temperatura corporal) em que a participação de droga não é completamente esclarecida. Possivelmente, a droga estimula a hiperatividade e aumenta a sensação de sede, ou, talvez, induza um quadro tóxico específico. 34 Tratando droga com droga Para o álcool... • Benzodiazepínicos para abstinência do álcool, pois diminuem a hiperatividade cardiovascular. Inicia-se com doses altas e diminui-se gradativamente. • Anticonvulsivantes ( fenitoína, fenobarbital, sulfato de magnésio); • Terapia Multivitamínica. Para os opióides... Nalaxone (narcan). 35 Prevenir é a melhor opção!!! 36 Suicídio ( Comportamento suicida) • Não é uma doença. É compreendido como um transtorno multidimensional, que resulta da interação de fatores ambientais, sociais, fisiológicos, genéticos e biológicos. • Segundo a OMS( 2003), entre 40 e 60% das pessoas que cometeram o suicídio consultaram um médico no mês anterior ao suicídio; destes, a maioria foi a um clínico geral, e não a um psiquiatra. 37 Fatoresde Risco • Estado civil; • Religião; • Gênero; • Situação socioeconômica; • Dor intensa, doenças crônicas; • Transtornos psiquiátricos (depressão, esquizofrenia, de personalidade, dependência química). 38 Alguns dados... • Na faixa etária entre 15 e 35 anos o suicídio está entre as três maiores causas de morte; • O número de tentativas de suicídio é 10 vezes maior que o número de suicídios; • Entre 15 e 44 anos o suicídio é a sexta causa de incapacitação; • Consequências emocionais, sociais e econômicas aos familiares. 39 Técnicas • 1 – Enforcamento em ambos os sexos; • 2- Mulheres – envenenamento; • 2 – Homens – armas de fogo. Medicamentos utilizados: benzodiazepínicos, barbitúricos, analgésicos. Ferimentos com lâmina de barbear, cacos de vidro, cigarros, numa tentativa de diminuir a angústia. 40 Entrevista com o paciente • Caracterização do ato suicida: método, circunstâncias, intencionalidade); • Dados de cunho epidemiológico; • Fatores predisponentes ( conflitos, fantasias acerca da morte); • Antecedentes pessoais e familiares; • Saúde física; • Rede de apoio. 41 • Sente prazer nas coisas que faz? • Sente-se útil? • Sua vida faz sentido? • Tem esperanças que a vida possa melhorar? • Pensa em acabar com própria vida? Sempre ou as vezes? • Como faria para se matar? Já se preparou ? • Como faz para resistir? Pode ser ajudado ? 42 No hospital • Remover objetos perigosos; • Leito de fácil observação; • Enfatizar o risco de suicídio nas prescrições e prontuários; • Flexibilidade nas intervenções; • Disponibilidade em apoiar, evitando ser considerado intruso ou vigia; • Estabelecimento de um contrato. 43 Depressão Distúrbio do afeto • Fossa? • Tristeza? • Desânimo? • Fracasso? Episódios de curta duração são comuns nos desapontamentos cotidianos da vida, mas a adaptação a perda não caracteriza a depressão. 45 A depressão ocorre quando a adaptação a perda é ineficaz. NEGAÇÃO RAIVA BARGANHA TRISTEZA ACEITAÇÃO 46 Diagnosticando a depressão... Os sintomas têm de estar presentes há mais de duas semanas, trazer sofrimento significativo, alterar a vida social, afetiva ou laboral do indivíduo e não serem por causa de um luto recente. 47 • Sentir-se triste, durante a maior parte do dia, quase todos os dias; • Perder o prazer ou o interesse em atividades rotineiras (anedonia); • Alteração do sono ( para mais ou menos); • Sensação de cansaço, sentir-se fraco o tempo todo, sem energia; 48 • Sentir-se inútil, culpado, um peso para os outros; • Irritabilidade (pode substituir o humor deprimido em crianças e adolescentes); • Sentir-se ansioso, com dificuldade em concentrar-se, tomar decisões e dificuldade de memória; 49 • Alteração do peso (ganhar ou perder); • Desesperança; • Diminuição da libido; • Pensamentos frequentes de morte e suicídio. 50 Síndromes Psicóticas • Ruptura com a realidade, sintomas característicos: delírios, alucinações, pensamento desorganizado e comportamento bizarro. Principais delírios: Persecutório, grandeza, influência, ciúmes, erotomaníaco, místico, somático e niilista. 51 Agitação Psicomotora • Um estado de excitação mental e da atividade motora. Alteração da psicomotricidade, normalmente acompanhada de desorganização do psiquismo. Comportamento violento. 52 Cuidados • Manutenção da integridade física profissional e do paciente; • Espaço que favoreça a saída; • Tomadas de decisão rápidas; • Tentar conversar antes da medicação; • Restrição mecânica: um profissional para o cada extremidade e outro para o tórax e cabeça. Um outro aplica as “ataduras”. 53 54 • Atentar para perfusão sanguínea e lesões; • Avaliar sinais vitais; • Explicar o procedimento; Retirando a contenção... 1º tórax; 2º um membro inferior; 3º outro membro inferior; 4º ambos os membros superiores. 55 Personalidade • “Conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em sua relação com o meio, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência”. Bastos, 1997. 56 Provém do termo persona, que significa a máscara dos personagens do teatro. Engloba: Constituição Corporal- Conjunto de propriedades morfológicas, metabólicas, bioquímicas, hormonais, ..., etc. Determina aparência física, perfil dos gestos, estilo de movimentos,... 57 • Temperamento - Conjunto de particularidades psicofisiológicas e psicológicas inatas, que diferenciam um sujeito do outro. Determinados por fatores genéticos ou constitucionais precoces produzidos por fatores endócrinos ou metabólicos. • Caráter- Soma dos traços da personalidade, expressas no modo sujeito reagir perante a vida, suas formas de interação pessoal. Reflete o temperamento moldado, modificado e inserido no meio familiar e sociocultural. 58 59 60 Transtorno de Personalidade Insanidade Moral? Psicopatia? Personalidade Sociopática? ...sofre e faz sofrer a sociedade ...não aprende com a experiência Kurt Sintomas principais • Surgimento na infância e adolescência; • Reações afetivas desarmônicas; • Padrão anormal de comportamento contínuo; • Sofrimento ( angústia, solidão, sensação de fracasso pessoal) • Mau desempenho ocupacional e social. 61 Transtorno de Personalidade Paranóide • Sensibilidade excessiva a rejeições e contratempos; • Tendência a guardar rancores; • Desconfiança excessiva; • Obstinado senso de direitos pessoais. 62 Transtorno de Personalidade Esquizóide • Distanciamento afetivo, afeto embotado, frieza emocional; • Indiferença aparente a elogios ou críticas; • Ausência de prazer; • Preocupação excessiva com fantasias; • Insensibilidade para com as normas. 63 Transtorno de Personalidade anti-social “Sociopatia” • Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios; • Irresponsabilidade por normas; • Incapacidade de manter relacionamentos; • Incapacidade de experimentar a culpa e de aprender com a experiência; • Crueldade e sadismo. 64 Transtorno de Personalidade Borderline • Instabilidade emocional intensa; • Sentimentos crônicos de vazio; • Relacionamentos emocionais intensos e instáveis; • Esforços excessivos para evitar abandono; • Instabilidade acerca da auto-imagem; • Atos suicidas repetitivos. 65 Psicofarmacologia Ansiolíticos • Primeiramente chamados tranquilizantes, atualmente denominados ansiolíticos, ou seja, que "destroem" (lise) a ansiedade. • São as drogas mais usadas em todo o mundo e, talvez por isso, consideradas um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos. 66 Porque equilibram tensão e ansiedade? Ultimamente as pesquisastêm indicado a existência de receptores específicos para os Benzodiazepínicos no Sistema Nervoso Central (SNC), sugerindo a existência de substâncias endógenas (produzidas pelo próprio organismo) muito parecidas com os benzodiazepínicos. Tais substâncias seriam uma espécie de "benzodiazepínicos naturais", ou mais precisamente, de "ansiolíticos naturais". 67 Indicações • Insônia • Transtorno do Pânico, Fobia Social • Transtorno Misto Ansiedade e Depressão • Transtorno Bipolar – associação com outras drogas. • Acatisia 68 69 Antidepressivo O efeito antidepressivo está associado ao aumento da disponibilidade de neurotransmissores no SNC, notadamente da serotonina (5-HT), da noradrenalina ou norepinefrina (NE) e da dopamina (DA). O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica se dá através do bloqueio da recaptação da NE e da 5HT no neurônio pré-sináptico ou ainda, através da inibição da Monoaminaoxidase (MAO) que é a enzima responsável pela inativação destes neurotransmissores. 70 Indicações Estados Depressivos Estados Ansiosos (Pânico...) Estados Fóbicos Estados Obsessivo-Compulsivos Anorexia Bulimia 71 ISRS CITALOPRAM (Cipramil, Parmil) FLUOXETINA (Daforim, Deprax, Eufor, Fluxene, Nortec, Prozac, Verotina) NEFAZODONA (Serzone) PAROXETINA (Aropax, Pondera, Cebrilin) SERTRALINA (Novativ, Tolrest, Zoloft) ADTs NORTRIPTILINA MAPROTILINA IMIPRAMINA AMITRIPTILINA 72 Antipsicótico REAÇÃO DISTÔNICA AGUDA- movimentos espasmódicos da musculatura do pescoço, boca, língua e crise oculógira. PARKINSONISMO MEDICAMENTOSO ACATISIA DISCINESIA TARDIA SINDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA 73 Atípicos AMISULPRIDA Socian CLOZAPINA Leponex OLANZAPINA Zyprexa QUETIAPINA Seroquel RISPERIDONA Risperdal, Zargus, Risperidon ZUCLOPENTIXOL Clopixol 74 Típicos FLUFENAZINA Anatensol, Flufenan HALOPERIDOL Haldol, Haloperidol PENFLURIDOL Semap PIMOZIDA Orap PIPOTIAZINA Piportil, Piportil L4 Clorpromazina 75 Estabilizadores do Humor CARBONATO DE LÍTIO Dose terapêutica: 0,6 a 1,2 mEq/L – Fase aguda: 0,8 a 1,2 – Fase manutenção: 0,6 a 0,8 Tóxico se acima de 1,5 mEq/L • Dosagem: após 5 dias de uso • Semanal no 1º mês, mensal nos próximos 6 meses, após semestral. 76 Efeitos indesejáveis Níveis séricos de 1,5 a 2,0mEq/l Visão turva, ataxia, zumbido nos ouvidos, náuseas, vômitos; ‣ Níveis séricos de 2,0 a 3,5mEq/l Tremores crescentes, retardo psicomotor, confusão mental Níveis séricos de 2,0 a 3,5mEq/l Nível consciência,convulsões, nistagmo 77 Reflexão “ Todos nós nascemos originais e morremos cópias.” “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Carl Jung 78 Bibliografia Botega NJ. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. Dalgalarrondo P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artemed, 2000. Landeira F. Cinema e Loucura: conhecendo os transtornos mentais através dos filmes. Porto Alegre: Artmed, 2010. Stuart, Gail & Laraia, Michele. Enfermagem Psiquiátrica: princípios e prática. Porto Alegre: Artmed, 2001. Sadock B. Manual de farmacologia psiquiátrica de Kaplan & Sadock. 4ª ed. Porto Alegre: Artemed, 2007. Kaplan HI, Sadock BJ & Grebb J. Compêndio de Psiquiatria. 7. ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1997. Kaplan HI, Sadock BJ. Medicina Psiquiátrica de Emergência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. Townsend MC. Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos de Cuidados. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 79
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