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Saúde Mental 
Prof. Andréa Damiana 
1 
Emergências psiquiátricas 
• Drogadição; 
• Suicídio; 
• Distúrbios de comportamento; 
• Transtornos de Personalidade; 
• Depressão. 
2 
 
Emergências Psiquiátricas 
 
• Situação de crise em que o indivíduo se torna 
incompetente ou incapaz de assumir 
responsabilidades pessoais. Exemplos: Tendências 
suicidas agudas, intoxicação por drogas, reações a 
drogas alucinógenas, psicoses agudas e raiva 
incontrolável. 
3 
Drogadição 
• Droga, segundo a OMS ( 2005), é qualquer 
substância não produzida pelo organismo que 
tem a propriedade de atuar sobre um ou mais 
de seus sistemas, produzindo alterações em 
seu funcionamento. 
4 
Drogas que promovem 
dependência (CID-10) 
• Álcool; 
• Opióides(morfina, heroína, codeína, diversas 
substâncias sintéticas); 
• Canabinóides (maconha); 
• Sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, 
benzodiazepínicos); 
 5 
...Continuação 
• Cocaína; 
• Outros estimulantes (como anfetaminas e 
substâncias relacionadas à cafeína); 
• Alucinógenos; 
• Tabaco; 
• Solventes voláteis. 
6 
 
Classificação das Drogas 
 
• Drogas DEPRESSORAS da atividade mental; 
• Drogas ESTIMULANTES da atividade mental; 
• Drogas PERTUBADORAS da atividade mental. 
 
 
 7 
 
Drogas DEPRESSORAS 
• Apresentam a característica comum de causar 
uma diminuição da atividade global ou de 
certos sistemas específicos do SNC, 
promovem uma diminuição da atividade 
motora, da reatividade à dor e da ansiedade, e 
é comum efeito euforizante inicial e, 
posteriormente, um aumento da sonolência. 
8 
 
Principais drogas depressoras 
• Álcool; 
• Barbitúricos; 
• Benzodiazepínicos; 
• Opióides; 
• Solventes ou inalantes. 
9 
 
Por que as pessoas bebem? 
 
• Aumento do sabor dos alimentos; 
• Eventos sociais; 
• Encorajar atitudes; 
• Relaxamento; 
• Celebrações; 
• Cerimônias religiosas. 
10 
20% de uma dose 
única são absorvidos 
imediatamente pela 
corrente sanguínea 
através da parede do 
estômago. 
Em instantes após a 
ingestão o álcool pode 
ser encontrado em todos 
os tecidos, órgãos e 
secreções. 
 
Álcool Etílico - ETOH 
 • Produto da fermentação de carboidratos presentes em 
vegetais, como a cana de açúcar, a uva e a cevada. 
Classificado como alimento por conter calorias, não contendo 
valor nutricional. Inibe a absorção de vitamina B1 (tiamina). 
• FERMENTAÇÃO = Processo anaeróbico de transformação de uma substância em outra, 
produzido a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos 
de fermentos. Produz bebidas com concentração de álcool de até 10%. 
• DESTILAÇÃO = Processo em que se vaporiza uma substância líquida e, em seguida, 
condensam-se os vapores resultantes, para se obter de novo um líquido, geralmente mais 
puro. 
• TIAMINA = Essencial para o funcionamento do tecido nervoso, coenzima dos carboidratos. 
 11 
Alguns exemplos... 
Fermentados: vinho, chopp, 
cerveja 
Destilados: uísque, rum, 
vodka, cachaça. 
12 
• O álcool induz tolerância (necessidade de 
quantidades progressivamente maiores da 
substância para se produzir o mesmo efeito desejado 
ou intoxicação) e síndrome de abstinência (sintomas 
desagradáveis que ocorrem com a redução do 
consumo da substância). 
 
13 
GABA = Neurotransmissor inibitório GLUTAMATO = Neurotransmissor 
excitatório 
LOCALIZAÇÃO: distribuição generalizada 
pelo SNC, e concentrações no hipotálamo, 
hipocampo, córtex, cerebelo, gânglios de 
base do cérebro, na retina. 
LOCALIZAÇÃO: córtex, cerebelo, 
hipocampo, tálamo, hipotálamo e medula 
espinhal. 
Estimulado pelo álcool Inibido pelo álcool 
Age prevenindo a excitação pós-sináptica, 
interrompendo a progressão dos impulsos 
elétricos. 
Age nas informações sensoriais, regulação 
de reflexos motores 
Resposta: 
14 
 
• Fase pré alcóolica: 
Uso para alívio do estresse e tensões cotidianas. Em criança o indivíduo pode ter 
observado o uso dos adultos e apreciado seus efeitos. Desenvolve-se a tolerância. 
• Fase alcóolica inicial: 
Blecautes, breves períodos de amnésia, ocorre durante ou logo após a ingestão do 
álcool. Beber não é mais um prazer ou alívio, e sim uma necessidade. 
Comportamentos: Beber escondido, sentimento de culpa, negação e racionalização. 
• Fase crucial: 
Perda do controle e dependência fisiológica. Comportamentos: raiva e agressividade. 
Fase em que o indivíduo emagrece, se degrada, perde tudo, amigos, emprego, família. 
• Fase crônica: 
Desintegração emocional, impotência e autocomiseração, e física. Mais tempo 
embriagado do que sóbrio. Pode aparecer a psicose, a depressão e ideias suicidas. A 
abstenção do álcool acarreta alucinações, tremores, convulsão, agitação grave e 
pânico. 
 
 15 
NÍVEIS DE ÁLCOOL NO SANGUE 
BAIXO MÉDIO ALTO 
 Desinibição do 
comportamento; 
 Diminuição da crítica; 
 Hilaridade e 
instabilidade afetiva (a 
pessoa ri ou chora por 
motivos pouco 
significativos) ; 
 Certo grau de 
incoordenação motora; 
 Prejuízo das funções 
sensoriais. 
 Maior incoordenação 
motora (ataxia); 
 A fala torna-se pastosa, 
há dificuldades de 
marcha e aumento 
importante do tempo 
de resposta (reflexos 
mais lentos). 
 Aumento da sonolência, 
com prejuízo das 
capacidades de 
raciocínio e 
concentração. 
 Podem surgir náuseas e 
vômitos; 
 Visão dupla (diplopia); 
 Acentuação da ataxia e 
da sonolência (até o 
coma); 
 Pode ocorrer 
hipotermia e morte por 
parada respiratória. 
16 
 
Complicações 
 
• Encefalopatia de Wernicke: Mais grave das deficiências de 
tiamina. Paralisia dos músculos oculares, diplopia, ataxia, 
sonolência e torpor. 
• Psicose de Korsakoff: Confusão mental, distúrbio da memória 
recente e confabulação. 
• Síndrome de Wernicke -Korsakoff. 
• Neuropatia periférica: Danos a nervos periféricos causando 
dor, sensação de ardência, formigamento nas extremidades. 
• Miopatia alcóolica: Aguda - Pontos sensíveis e doloridos, 
edema nos músculos esqueléticos, cintura pélvica e escapular, 
e caixa torácica. Crônica – Enfraquecimento muscular. 
 
17 
 
E mais complicações... 
• Miocardiopatia Alcóolica: Acúmulo de lipídios nas células 
miocárdicas, logo, dilatação e enfraquecimento. Menor 
tolerância a exercícios, tosse não produtiva, dispnéia, 
palpitações. 
• Esogafite: Inflamação acompanhada de dor no esôfago, pelos 
efeitos tóxicos do álcool ou frequentes episódios eméticos. 
• Gastrite: Decomposição da mucosa protetora do estômago, 
ação do ácido clorídrico promove inclusive sangramentos. 
• Pancreatite: Aguda – 1 ou 2 dias após consumo excessivo de 
álcool, dor epigástrica intensa e constante, náuseas, vômitos e 
distensão abdominal. Crônica - Insuficiência pancreática, 
esteatorréia, desnutrição e diabetes. 
18 
 
E mais... 
• Hepatite Alcóolica: Síndrome de inflamação e necrose no 
fígado. Dores abdominais, febre baixa, vômitos, perda do 
apetite, fatigabilidade, elevação de leucócitos, icterícia. 
• Cirrose Hepática: Estágio final da hepatopatia alcóolica. 
Ascite, varizes esofágicas, encefalopatia . 
• Leucopenia: Alteração dos leucócitos promovendo risco de 
infecção. 
• Trombocitopenia: Alteração das plaquetas promovendo risco 
de hemorragia. 
• Disfunção sexual: Curto prazo – estimulação da libido e 
incapacidade de ereção. Longo prazo – ginecomastia, 
esterilidade, impotência e diminuição da libido. 
 
 
19 
 
Delirium Tremens 
 
• Síndrome confusional aguda. 
 
Rebaixamento do nível de consciência,ilusões visuais, 
alucinações visuais ou táteis, labilidade afetiva, ideação 
paranóide, inquietude, desorientação alopsíquica. 
20 
 
Abstinência 
• No período de 4 a 12 horas da cessação ou redução do uso 
intenso e prolongado. 
• Sintomas: tremores grosseiros das mãos, língua ou pálpebras; 
náuseas ou vômitos; mal-estar; taquicardia; sudorese; 
elevação da pressão arterial; ansiedade; humor deprimido ou 
irritabilidade; alucinações ou ilusões transitórias; cefaleia; 
insônia. 
21 
 
Barbitúricos 
• Substâncias sintetizadas artificialmente, seu uso inicial foi dirigido ao 
tratamento da insônia, tem um alto potencial de abuso, uma faixa 
terapêutica estreita com um baixo índice terapêutico e efeitos colaterais 
desfavoráveis. RISCO!!! 
• São drogas que causam tolerância (sobretudo quando o indivíduo utiliza 
doses altas desde o início) e síndrome de abstinência quando ocorre sua 
retirada, o que provoca insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até 
convulsões. 
• Em geral são utilizados na prática clínica para indução anestésica, exemplo 
tiopental. 
22 
 Outras indicações clínicas 
• ECT 
Devido ao baixo risco cardíaco, rebaixamento do nível de 
consciência rápido e duração breve de ação, de 5 a 7 minutos. 
Exemplo: Metoexital (brevital), dose de 0,7 a 1,2 mg / kg. 
• Convulsões 
Barbitúricos parenterais são drogas de escolha nas emergências 
convulsivas, tanto nas crises tônico-clônicas e quanto nas 
convulsões parciais. Fenobarbital intravenoso deve ser 
administrado lentamente, 10 a 20 mg / kg. 
 
 
23 
 
Efeitos da ação farmacológica dos 
barbitúricos 
Doses ideais Doses maiores Doses tóxicas 
 Capacidade de raciocínio 
e concentração; 
Sensação de calma, 
relaxamento e sonolência; 
Lentidão dos reflexos. 
Sintomas semelhantes a 
embriaguez, como lentidão 
dos movimentos, fala 
pastosa e dificuldade na 
marcha. 
Incoordenação motora; 
 Sonolência podendo 
chegar ao coma; 
Morte por parada 
respiratória. 
 
24 
 
Tratamento 
 
• Indução de vômitos ou lavagem gástrica, carvão ativado, 
catárticos salinos; 
• Tratamento de suporte, incluindo manutenção de vias aéreas, 
diurese forçada, hemodiálise nos casos graves. 
 
Catárticos = Atraem água para os intestinos por osmose e, como consequência, ocorre distensão 
das fibras musculares lisas intestinais e, reflexamente, exacerbação do peristaltismo, gerando 
efeito laxante ou purgante dependendo da dose fornecida. Exemplos: sais de magnésio, sais de 
sódio, lactulose, glicerina e sorbitol. 
 
25 
 
 
Benzodiazepínicos 
 
 
Semelhante aos barbitúricos, oferecendo maior margem de 
segurança. Assim como o álcool, atuam potencializando o GABA. 
São utilizadas como ansiolíticos, e produzem: 
• Diminuição da ansiedade; 
• Indução do sono; 
• Relaxamento muscular; 
• Redução do estado de alerta. 
Principais exemplos: diazepam, lorazepam; bromazepam, 
midazolam, flunitrazepam, clonazepam, lexotan. 
 
26 
 
Opióides 
Ópio é uma palavra grega para suco, produzido a partir do 
exsudato leitoso da planta papoula do oriente. Os opióides 
exercem efeitos tanto sedativos como analgésicos. Sua ação 
decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas 
substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as 
endorfinas. 
As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína 
e a codeína. 
27 
Principais efeitos 
• Contração pupilar 
importante; 
• Sonolência, fala pastosa 
• Diminuição da motilidade 
do trato gastrointestinal; 
• Efeito sedativo, que 
prejudica a capacidade de 
concentração; 
• Torpor e sonolência. 
 
Abstinência 
• Náuseas; 
• Lacrimejamento; 
• Corrimento nasal 
• Vômitos 
• Cólicas intestinais; 
• Arrepios, com duração de 
até 12 dias; 
• Câimbra; 
• Diarréia. 
 
28 
Drogas Estimulantes 
• ANFETAMINAS: Aumenta a liberação e 
prolonga o tempo de atuação da dopamina e 
da noradrenalina. 
 
Efeitos: diminuição do sono e do apetite; sensação de maior 
energia e menor fadiga, mesmo quando se realizam esforços 
excessivos; rapidez na fala; dilatação da pupila; taquicardia; 
elevação da pressão arterial. 
Na intoxicação o sujeito apresenta euforia, alterações na 
sociabilidade, hipervilância, ansiedade. 
 29 
 
Cocaína 
• Extraída das folhas de coca tem de ser mistura a cal para 
liberar o alcalóide da cocaína. Comumente cheirada, e 
usuários crônicos apresentam sintomas similares ao 
congestionamento nasal ou resfriado. 
Crack 
Uma forma de apresentação da cocaína, misturado com 
bicarbonato de sódio. No Brasil, também com gasolina, 
querosene e água destilada. Fácil vaporização e inalação, logo, 
efeitos imediatos. 
Atuam em serotonina, além da noradrenalina e da dopamina 
como as anfetaminas. 
 
30 
• Sensação intensa de 
euforia e poder; 
• Estado de excitação; 
• Hiperatividade; 
• Insônia; 
• Falta de apetite; 
• Perda da sensação de 
cansaço. 
• Irritabilidade; 
• Agressividade; 
• Delírios e alucinações, 
que caracterizam um 
verdadeiro estado 
psicótico, a psicose 
cocaínica. 
• Risco alto de infartos do 
miocárdio e acidentes 
vasculares cerebrais. 
31 
 
Drogas Perturbadoras 
Conhecidas como alucinógenos, desenvolvem 
alucinações geralmente visuais. Flashback. 
• MACONHA: Sensação de bem-estar, acompanhada 
de calma e relaxamento; desorientação alopsíquica, 
prejuízo da memória e da atenção. Hiperemia 
conjuntival (os olhos ficam avermelhados); 
Diminuição da produção da saliva (sensação de 
secura na boca); Taquicardia com frequência de 140 
bpm ou mais. 
 
 32 
 
LSD(Dietilamida do Ácido Licérgico) 
• Distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados); 
• Fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons 
adquirem forma ou cor); 
• Perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem 
horas ou metros assemelham-se a quilômetros); 
• Alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas 
como sensações agradáveis, mas também podem deixar o 
usuário extremamente amedrontado); 
• Estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, 
angústia e pânico, e são relatados como boas ou más 
“viagens”). 
 
33 
 
 
 
Ecstsy ( 3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA) 
 • Embora alucinógena, guarda relação química com as 
anfetaminas e apresenta também propriedades 
estimulantes. Seu uso é frequentemente associado a 
jovens frequentadores de boates. Há relatos de casos 
de morte por hipertermia maligna, (aumento 
excessivo da temperatura corporal) em que a 
participação de droga não é completamente 
esclarecida. Possivelmente, a droga estimula a 
hiperatividade e aumenta a sensação de sede, ou, 
talvez, induza um quadro tóxico específico. 
 
34 
 
Tratando droga com droga 
Para o álcool... 
• Benzodiazepínicos para abstinência do álcool, pois 
diminuem a hiperatividade cardiovascular. Inicia-se 
com doses altas e diminui-se gradativamente. 
• Anticonvulsivantes ( fenitoína, fenobarbital, sulfato 
de magnésio); 
• Terapia Multivitamínica. 
Para os opióides... 
Nalaxone (narcan). 
 
35 
 
 
 
 
Prevenir é a melhor opção!!! 
36 
 
Suicídio ( Comportamento suicida) 
• Não é uma doença. É compreendido como um 
transtorno multidimensional, que resulta da 
interação de fatores ambientais, sociais, 
fisiológicos, genéticos e biológicos. 
• Segundo a OMS( 2003), entre 40 e 60% das 
pessoas que cometeram o suicídio 
consultaram um médico no mês anterior ao 
suicídio; destes, a maioria foi a um clínico 
geral, e não a um psiquiatra. 
37 
 
Fatoresde Risco 
• Estado civil; 
• Religião; 
• Gênero; 
• Situação socioeconômica; 
• Dor intensa, doenças crônicas; 
• Transtornos psiquiátricos (depressão, 
esquizofrenia, de personalidade, dependência 
química). 
38 
 
Alguns dados... 
• Na faixa etária entre 15 e 35 anos o suicídio 
está entre as três maiores causas de morte; 
• O número de tentativas de suicídio é 10 vezes 
maior que o número de suicídios; 
• Entre 15 e 44 anos o suicídio é a sexta causa 
de incapacitação; 
• Consequências emocionais, sociais e 
econômicas aos familiares. 
 
 
39 
 
Técnicas 
• 1 – Enforcamento em ambos os sexos; 
• 2- Mulheres – envenenamento; 
• 2 – Homens – armas de fogo. 
Medicamentos utilizados: benzodiazepínicos, 
barbitúricos, analgésicos. 
Ferimentos com lâmina de barbear, cacos de 
vidro, cigarros, numa tentativa de diminuir a 
angústia. 
40 
 
Entrevista com o paciente 
• Caracterização do ato suicida: método, 
circunstâncias, intencionalidade); 
• Dados de cunho epidemiológico; 
• Fatores predisponentes ( conflitos, fantasias 
acerca da morte); 
• Antecedentes pessoais e familiares; 
• Saúde física; 
• Rede de apoio. 
 41 
• Sente prazer nas coisas que faz? 
• Sente-se útil? 
• Sua vida faz sentido? 
• Tem esperanças que a vida possa melhorar? 
• Pensa em acabar com própria vida? Sempre 
ou as vezes? 
• Como faria para se matar? Já se preparou ? 
• Como faz para resistir? Pode ser ajudado ? 
 
 
42 
 
No hospital 
• Remover objetos perigosos; 
• Leito de fácil observação; 
• Enfatizar o risco de suicídio nas prescrições e 
prontuários; 
• Flexibilidade nas intervenções; 
• Disponibilidade em apoiar, evitando ser 
considerado intruso ou vigia; 
• Estabelecimento de um contrato. 
43 
Depressão 
Distúrbio 
do afeto 
 
• Fossa? 
• Tristeza? 
• Desânimo? 
• Fracasso? 
 
Episódios de curta duração são comuns nos 
desapontamentos cotidianos da vida, mas a 
adaptação a perda não caracteriza a depressão. 
 
 
45 
A depressão ocorre quando a adaptação a perda 
é ineficaz. 
 NEGAÇÃO 
 RAIVA 
 BARGANHA 
 TRISTEZA 
 ACEITAÇÃO 
46 
 
Diagnosticando a depressão... 
 
Os sintomas têm de estar presentes há mais de duas 
semanas, trazer sofrimento significativo, alterar a vida 
social, afetiva ou laboral do indivíduo e não serem por 
causa de um luto recente. 
 
47 
• Sentir-se triste, durante a maior parte do dia, quase 
todos os dias; 
• Perder o prazer ou o interesse em atividades 
rotineiras (anedonia); 
• Alteração do sono ( para mais ou menos); 
• Sensação de cansaço, sentir-se fraco o tempo todo, 
sem energia; 
 
48 
 
• Sentir-se inútil, culpado, um peso para os outros; 
• Irritabilidade (pode substituir o humor deprimido em 
crianças e adolescentes); 
• Sentir-se ansioso, com dificuldade em concentrar-se, 
tomar decisões e dificuldade de memória; 
 
49 
• Alteração do peso (ganhar ou perder); 
• Desesperança; 
• Diminuição da libido; 
• Pensamentos frequentes de morte e suicídio. 
 
 
50 
 
Síndromes Psicóticas 
• Ruptura com a realidade, sintomas 
característicos: delírios, alucinações, 
pensamento desorganizado e comportamento 
bizarro. 
 
Principais delírios: 
Persecutório, grandeza, influência, ciúmes, 
erotomaníaco, místico, somático e niilista. 
51 
 
Agitação Psicomotora 
• Um estado de excitação mental e da atividade 
motora. Alteração da psicomotricidade, 
normalmente acompanhada de 
desorganização do psiquismo. 
Comportamento violento. 
52 
 
Cuidados 
• Manutenção da integridade física profissional 
e do paciente; 
• Espaço que favoreça a saída; 
• Tomadas de decisão rápidas; 
• Tentar conversar antes da medicação; 
• Restrição mecânica: um profissional para o 
cada extremidade e outro para o tórax e 
cabeça. Um outro aplica as “ataduras”. 
53 
54 
• Atentar para perfusão sanguínea e lesões; 
• Avaliar sinais vitais; 
• Explicar o procedimento; 
Retirando a contenção... 
1º tórax; 
2º um membro inferior; 
3º outro membro inferior; 
4º ambos os membros superiores. 
55 
 
 
Personalidade 
 • “Conjunto integrado de traços psíquicos, 
consistindo no total das características 
individuais, em sua relação com o meio, 
incluindo todos os fatores físicos, biológicos, 
psíquicos e socioculturais de sua formação, 
conjugando tendências inatas e experiências 
adquiridas no curso de sua existência”. 
Bastos, 1997. 
56 
Provém do termo persona, que significa a 
máscara dos personagens do teatro. 
Engloba: Constituição Corporal- Conjunto de 
propriedades morfológicas, metabólicas, 
bioquímicas, hormonais, ..., etc. Determina 
aparência física, perfil dos gestos, estilo de 
movimentos,... 
 
57 
• Temperamento - Conjunto de particularidades 
psicofisiológicas e psicológicas inatas, que 
diferenciam um sujeito do outro. 
Determinados por fatores genéticos ou 
constitucionais precoces produzidos por 
fatores endócrinos ou metabólicos. 
• Caráter- Soma dos traços da personalidade, 
expressas no modo sujeito reagir perante a 
vida, suas formas de interação pessoal. 
Reflete o temperamento moldado, modificado 
e inserido no meio familiar e sociocultural. 
58 
59 
 
60 
Transtorno de Personalidade 
Insanidade Moral? 
 
Psicopatia? 
 
Personalidade Sociopática? 
 
...sofre e faz sofrer a sociedade 
 
...não aprende com a experiência 
 Kurt 
 
 
 
Sintomas principais 
• Surgimento na infância e adolescência; 
• Reações afetivas desarmônicas; 
• Padrão anormal de comportamento contínuo; 
• Sofrimento ( angústia, solidão, sensação de 
fracasso pessoal) 
• Mau desempenho ocupacional e social. 
 61 
 
Transtorno de Personalidade Paranóide 
• Sensibilidade excessiva a rejeições e 
contratempos; 
• Tendência a guardar rancores; 
• Desconfiança excessiva; 
• Obstinado senso de direitos pessoais. 
 
62 
 
Transtorno de Personalidade Esquizóide 
• Distanciamento afetivo, afeto embotado, 
frieza emocional; 
• Indiferença aparente a elogios ou críticas; 
• Ausência de prazer; 
• Preocupação excessiva com fantasias; 
• Insensibilidade para com as normas. 
 63 
Transtorno de Personalidade anti-social 
“Sociopatia” 
• Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos 
alheios; 
• Irresponsabilidade por normas; 
• Incapacidade de manter relacionamentos; 
• Incapacidade de experimentar a culpa e de aprender 
com a experiência; 
• Crueldade e sadismo. 
 64 
 
Transtorno de Personalidade Borderline 
• Instabilidade emocional intensa; 
• Sentimentos crônicos de vazio; 
• Relacionamentos emocionais intensos e instáveis; 
• Esforços excessivos para evitar abandono; 
• Instabilidade acerca da auto-imagem; 
• Atos suicidas repetitivos. 
65 
Psicofarmacologia 
Ansiolíticos 
• Primeiramente chamados tranquilizantes, 
atualmente denominados ansiolíticos, ou seja, 
que "destroem" (lise) a ansiedade. 
 
• São as drogas mais usadas em todo o mundo 
e, talvez por isso, consideradas um problema 
de saúde pública nos países mais 
desenvolvidos. 
 66 
Porque equilibram tensão e ansiedade? 
 Ultimamente as pesquisastêm indicado 
a existência de receptores específicos para os 
Benzodiazepínicos no Sistema Nervoso Central 
(SNC), sugerindo a existência de substâncias 
endógenas (produzidas pelo próprio 
organismo) muito parecidas com os 
benzodiazepínicos. Tais substâncias seriam 
uma espécie de "benzodiazepínicos naturais", 
ou mais precisamente, de "ansiolíticos 
naturais". 
 67 
Indicações 
• Insônia 
• Transtorno do Pânico, Fobia Social 
• Transtorno Misto Ansiedade e Depressão 
• Transtorno Bipolar – associação com outras 
drogas. 
• Acatisia 
 68 
69 
Antidepressivo 
 O efeito antidepressivo está associado ao aumento da 
disponibilidade de neurotransmissores no SNC, notadamente 
da serotonina (5-HT), da noradrenalina ou norepinefrina (NE) 
e da dopamina (DA). 
 
 O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica se dá 
através do bloqueio da recaptação da NE e da 5HT no 
neurônio pré-sináptico ou ainda, através da inibição da 
Monoaminaoxidase (MAO) que é a enzima responsável pela 
inativação destes neurotransmissores. 
 
 
70 
Indicações 
Estados Depressivos 
Estados Ansiosos (Pânico...) 
Estados Fóbicos 
Estados Obsessivo-Compulsivos 
Anorexia 
Bulimia 
 
71 
ISRS 
CITALOPRAM (Cipramil, Parmil) 
 
FLUOXETINA (Daforim, Deprax, 
Eufor, Fluxene, Nortec, 
Prozac, Verotina) 
 
NEFAZODONA (Serzone) 
 
PAROXETINA (Aropax, Pondera, 
Cebrilin) 
 
SERTRALINA (Novativ, Tolrest, 
Zoloft) 
 
 
 
ADTs 
NORTRIPTILINA 
 
MAPROTILINA 
 
IMIPRAMINA 
 
AMITRIPTILINA 
72 
Antipsicótico 
REAÇÃO DISTÔNICA AGUDA- movimentos espasmódicos da 
musculatura do pescoço, boca, língua e crise oculógira. 
 
PARKINSONISMO MEDICAMENTOSO 
 
 ACATISIA 
 
 DISCINESIA TARDIA 
 
SINDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA 
73 
Atípicos 
 AMISULPRIDA 
 Socian 
 CLOZAPINA 
 Leponex 
 OLANZAPINA 
 Zyprexa 
 QUETIAPINA 
 Seroquel 
 RISPERIDONA 
 Risperdal, Zargus, Risperidon 
 ZUCLOPENTIXOL 
 Clopixol 
 
74 
Típicos 
 FLUFENAZINA 
 Anatensol, Flufenan 
 HALOPERIDOL 
 Haldol, Haloperidol 
 PENFLURIDOL 
 Semap 
 PIMOZIDA 
 Orap 
 PIPOTIAZINA 
 Piportil, Piportil L4 
 Clorpromazina 
 
75 
Estabilizadores do Humor 
CARBONATO DE LÍTIO 
 Dose terapêutica: 0,6 a 1,2 mEq/L 
– Fase aguda: 0,8 a 1,2 
– Fase manutenção: 0,6 a 0,8 
 
Tóxico se acima de 1,5 mEq/L 
• Dosagem: após 5 dias de uso 
• Semanal no 1º mês, mensal nos próximos 6 meses, 
após semestral. 
 
76 
Efeitos indesejáveis 
 Níveis séricos de 1,5 a 2,0mEq/l 
 Visão turva, ataxia, zumbido nos ouvidos, náuseas, vômitos; 
 
‣ Níveis séricos de 2,0 a 3,5mEq/l 
 Tremores crescentes, retardo psicomotor, confusão mental 
 
Níveis séricos de 2,0 a 3,5mEq/l 
 Nível consciência,convulsões, nistagmo 
 
77 
 
Reflexão 
“ Todos nós nascemos originais e morremos 
cópias.” 
“Conheça todas as teorias, domine todas as 
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja 
apenas outra alma humana”. 
 Carl Jung 
 78 
 
Bibliografia 
Botega NJ. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2 ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2006. 
Dalgalarrondo P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artemed, 2000. 
Landeira F. Cinema e Loucura: conhecendo os transtornos mentais através dos filmes. Porto Alegre: 
Artmed, 2010. 
Stuart, Gail & Laraia, Michele. Enfermagem Psiquiátrica: princípios e prática. Porto Alegre: Artmed, 
2001. 
Sadock B. Manual de farmacologia psiquiátrica de Kaplan & Sadock. 4ª ed. Porto Alegre: Artemed, 
2007. 
Kaplan HI, Sadock BJ & Grebb J. Compêndio de Psiquiatria. 7. ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 
1997. 
Kaplan HI, Sadock BJ. Medicina Psiquiátrica de Emergência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
Townsend MC. Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos de Cuidados. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2002. 
 
 
79

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