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VET145 - Parasitologia Veterinária - P2 UFV

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PARASITOLOGIA - PROVA 2
Filo: Nematelmintos
Classe: Nematoda
Super-famílias: Trichostrongyloidea, Strongyloidea, Ascaridoidea, Oxyuroidea, Spiruroidea, Filarioidea, Trichuroidea, Dioctophymatoidea, Acanthocephala.
Embora o filo Nematelmintos tenha seis classes, apenas uma delas, a NEMATODA, contém vermes de significâcia parasitária. Os nematóides são denominados comumente vermes cilíndricos, por seu aspecto ao corte transversal.
Classe Nematoda: Há dez superfamílias que se dividem em grupos com bolsa copuladora e sem bolsa copuladora.
Estrutura e função: A maioria dos nematóides tem forma cilíndrica, afilando-se em cada extremidade, sendo o corpo revestido por uma camada incolor, translúcida, chamada de cutícula. Essa cutícula é secretada pela hipoderme subjacente, que se projeta na cavidade corpórea formando dois cordões laterais, que contêm os canais excretores, e um cordão dorsal e um ventral que contêm os nervos. As células musculares, dispostas longitudinalmente, ficam entre a hipoderme e a cavidade corpórea. Esta última contém líquido sob alta pressão, que mantém a turgidez e a forma do corpo. A locomoção é efetuada por movimentos ondulantes de contração e relaxamento muscular, que se alternam nas faces dorsal e ventral do verme.
Os órgãos internos, em sua maioria, são filamentosos e ficam suspensos na cavidade corpórea cheia de líquido. O sistema digestivo é tubular. A boca de muitos nematóides é um simples orifício, que pode ser rodeado por 2 ou 3 lábios, indo diretamente ao esôfago. Em outros, é grande e se abre numa cápsula bucal, que pode conter dentes; estes parasistas, ao se alimentarem, removem um tampão de mucosa para a cápsula bucal, que é digerido pela ação de enzimas secretadas para a cápsula pelas glândulas adjacentes. Alguns destes vermes também podem secretar anticoagulante, e pequenos vasos, rompidos na digestão do pedaço de mucosa, podem continuar a sangrar por alguns minutos depois do verme ter se movido para um novo local.
Aqueles com cápsulas bucais muito pequenas, como os tricostrongilídeos, ou simples orifícios orais, como os ascarídeos, geralmente se nutrem de líquido da mucosa, produtos de digestão do hospedeiro e fragmentos celulares; enquanto outros, como os oxiurídeos, parecem alimentar-se do contúdo do intestino grosso. Os vermes que vivem na circulação sanguínea ou em espaçoes teciduais, como os filarídeos, nutrem-se exclusivamente de líquidos corpóreos. O esôfago é muscular e impulsiona o alimento para o intestino. Tem formato variável e constitui um aspecto preliminar útil para a identificação de grupos de vermes. Pode ser filariforme, simples e levemente espessado na parte posterior, como nos nematóides com bolsa copuladora; bulbiforme, com uma grande dilatação posterior, como nos ascarídeos; ou bulbiforme duplo, como nos oxiurídeos. Em alguns grupos, não ocorre dessa forma totalmente muscular: os filarídeos e espirurídeos possuem esôfago muscular-glandular, que é muscular anteriormente, sendo a parte posterior glandular; o esôfago tricuróide tem formato capilar, passando por uma única coluna de células, sendo o conjunto conhecido como esticosoma. Um esôfago rabditiforme, com pequenas dilatações anterior e posterior, é encontrado nas larvas pré-parasitárias de muitos nematóides e nos nematóides de vida livre.
O intestino é um tubo cuja luz é envolta por uma única camada de células ou por um sincício (célula em que a membrana celular engloba vários núcleos). Sua superfície luminal possui microvilosidades que aumentam a capacidade de absorção das células. Nas fêmeas, o intestino termina num ânus, enquanto nos machos há uma cloaca que funciona como ânus e na qual se abre o canal deferente e por onde podem projetar-se os espículos copuladores.
O chamado "sistema excretor" é muito primitivo, constituído de um canal em cada cordão lateral, unindo-se no poro excretor na região esofágica. Os sistemas reprodutores consistem em tubos filamentosos. Os órgãos femininos compreendem ovário, oviduto e útero,que podem ser pares, terminando numa curta vagina comum que se abre na vulva. Em algumas espécies, na junção do útero com a vagina há um pequeno órgão muscular, o ovoejetor, que auxilia a postura de ovos. Pode haver também um apêndice vulvar. Já os órgãos masculinos são constituídos de um único testículo contínuo e um canal deferente terminando num ducto ejaculador na cloaca. Às vezes, órgãos masculinos acessórios são muito úteis na identificação, especialmente nos tricostrongilídeos, os dois mais importantes sendo os espículos e o gubernáculo. Os espículos são órgãos quitinosos, geralmente pares, que são introduzidos no orifício genital feminino durante a cópula. O gubernáculo, também quitinosos, é uma pequena estrutura que serve de guia para os espículos. Com os dois sexos em perfeita aposição, o esperma amebóide é transferido da cloaca do macho para o útero da fêmea.
A cutícula pode modificar-se, formando várias estruturas, das quais as mais importantes são:
Coroas lamelares: constituídas de fileiras de papilas que se apresentam como fímbias ao redor da abertura da cápsula bucal (coroas lamelares externas) ou no lado interno desta abertura (coroas lamelares internas). São salientes em determinados nematóides de equinos. Não possui função conhecida, mas supõe-se que possam ser usadas para manter em posição um pedaço da mucosa durante a alimentação ou que possam impedir a entrada de material estranho na cápsula bucal quando o verme se desprender da mucosa. Verificam-se papilas cervicais anteriormente na região esofágica e papilas caudais posteriormente na cauda. São processos semelhantes a espinhos ou digitiformes e têm função sensorial ou de sustentação. As asas cervicais e caudais são prolongamentos cuticulares achatados, semelhantes a asas, nas regiões esofágica e caudal. As vesículas cefálicas e cervicais são intumescimentos cuticulares ao redor da abertura da boca e na região esofágica. A bolsa copuladora, que envolve a fêmea durante a cópula, é importante na identificação de alguns nematóides machos e deriva-se de asas caudais muito prolongadas, que são sustentadas por papilas caudais alongadas denominadas raios da bolsa. Consiste em dois lobos laterais e um único pequeno lobo dorsal. As placas e cordões são ornamentos semelhantes a lâminas e cordões presentes na cutícula de muitos nematóides da superfamília Spiruroidea.
Ciclo evolutivo básico: Na classe Nematoda, os sexos são separados e os machos em geral são menores que as fêmeas, que pões ovos ou larvas. Durante o desenvolvimento, um nematóide sofre mudas em intervalos, perdendo a cutícula. No ciclo evolutivo completo há quatro mudas, sendo os estágios larvais designados L1, L2, L3, L4 e L5, que é o adulto imaturo. Uma característica do ciclo evolutivo báscio dos nematóides é que raramente ocorre transmissão imediata de infecção de um hospedeiro definitivo para outro. Em geral, verifica-se um certo desenvolvimento ou nas fezes ou numa espécie animal diferente, o hospedeiro intermediário, antes de ter lugar a infecção. Na forma de ciclo evolutivo direto, as larvas de vida livre sofrem duas mudas após a eclosão, e a infecção é por ingestão das L3 livres. Há algumas exceções, e a infecção ocorre, às vezes, por penetração larval na pele ou por ingestão do ovo contendo uma larva. Nos ciclos evolutivos indiretos, as duas primeiras mudas usualmente se dão num hospedeiro intermediário, e a infecção do hospedeiro definitivo dá-se ou por ingestão intermediário ou por inoculação das L3 quando o hospedeiro intermediário, como um inseto hematófago, se alimenta. Depois da infecção, ocorrem outras duas mudas, produzindo a L5, ou parasita adulto imaturo. Depois da cópula, inicia-se outro ciclo evolutivo. Parasitas gastrointestinais, o desenvolvimento pode ter lugar inteiramente na luz intestinal ou apenas com restrito movimento para a mucosa. Porém, em muitas espécies, as larvas percorrem distâncias consideráveis através do corpo antes de se instalar em sua localização final, sendo esta a forma migratória de cicloevolutivo. Uma das rotas mais importantes é a hepatotraqueal, que leva estágios em desenvolvimento do intestino, através do sistema porta, para o fígado, em seguida, através da veia hepática e da veia cava posterior, para o coração, e daí, pela artéria pulmonar, para os pulmões. As larvas seguem, então, através dos brônquios, da traqueia e do esôfago, para o intestino. (HÁ VARIAÇÕES DE CICLOS!)
Período pré-patente: É o tempo gasto para o desenvolvimento desde a infecção até os parasitas adultos maduros estarem produzindo ovos ou larvas. 
Superfamília TRICHOSTRONGYLOIDEA:
Os tricostrongilídeos são vermes pequenos, frequentemente capiliformes, do grupo com bolsa copuladora, que, com exceção do verme pulmonar Dictyocaulus, parasitam o trato digestivo de animais e aves. Estruturamente, possuem poucos apêndices cuticulares e a cápsula bucal é vestifial. Os machos possuem uma bolsa bem desenvolvida e dois espículos, cuja configuração é usada para diferenciação de espécies. O ciclo evolutivo é direto e em geral não-migratório, sendo o estágio infectante a L3 encapsulada. Os tricostrongilídeos são responsáveis por mortalidade considerável e morbidade difusa (taxa de portadores de determinada doença em relação à população total), especialmente em ruminantes. Os gêneros mais importantes do trato digestivo são Ostertargia, Haemonchus, Trichostrongylus, Cooperia, Nematodirus, Hyostrongylus, Marshallagia e Mecistocirrus.
Ostertargia: Esse gênero é a principal causa de gastrite parasitária em ruminantes em regiões temperadas do mundo.
Hospedeiros definitivos: ruminantes
Localização: abomaso
Espécies: Ostertagia ostertagi - bovinos 
O. trifurcata - ovinos e caprinos
O. circumcincta - ovinos e caprinos
Distribuição mundial; Ostertagia é especialmente importante nos climas temperados e em regiões subtropicais com chuvas de inverno.
Identificação: Os adultos são vermes delgados castanho-avermelhados de até 1 cm de comprimento, sendo visíveis apenas com rigoroso exame. Os estágios larvais ocorrem em glândulas gástricas e podem ser vistos apenas microscopicamente após o processamento da mucosa gástrica.
Ostertagiose bovina: É a mais prevalente em bovinos. (aumenta de1,3mm a 8mm) 
Ostertagia ostertagi: talvez seja a causa mais comum de gastrite parasitária em bovinos. A doença, muitas vezes conhecida implesmente como ostertagiose, caracteriza-se por perda de peso e diarréia e acomete tipicamente bovinhos jovens durante seu primeiro período de pastejo, embora também sejam relatados surtos em rebanhos e casos individuais raros em bovinos adultos.
Ciclo evolutivo: é um ciclo direto; os ovos, típicos dos tricostrongilídeos, são eliminados nas fezes e desenvolvem-se no bolo fecal em terceiro estágio infectante dentro de duas semanas. Quando prevalecem condições úmidas, as L3 migram das fezes para a forragem. Após a ingestão, a L3 sai da cápsula no rúmen e ocorre novo desenvolvimento na luz de uma glândula abomasal. Percebe-se duas mudas parasitárias antes da L3 emergir da glândula, cerca de 18 dias depois da infecção, tornando-se sexualmente madura na superfície mucosa. O ciclo inteiro geralmente leva 3 semanas, mas as L3 ineridas podem ter o desenvolvimento inibido no início do quarto estágio larval por até seis meses.
Patogenia: A mucosa gástrica fica muito espessa/grossa, devido à hiperplasia (aumento de células em um órgão ou tecido). Pode ocorrer necrose e perda da superfície mucosa nas pregas abomasais e os linfonodos regionais ficam dilatados e reativos. Em infecções maciças de 40.000 ou mais nematóides adultos, há uma redução na acidez do fluido abomasal, com pH de 2 a 7. Isso resulta na incapacidade de desnaturar proteínas. Há também queda do efeito bacteriostático no abomaso. Ocorre hipoalbuminemia. Clinicamente, há inapetência (perda de apetite, anorexia..), perda de peso e diarreia. (Principal sinal: diarreia aquosa).
Ostertagiose ovina: Nos ovinos, a O. circumcincta e a O. trufurcata são responsáveis por surtos de ostertagiose clínica, particularmente em cordeiros. Na Europa, ocorre uma síndrome clínica análoga à ostertagiose bovina tipo I de agosto a outubro; em seguida, há desenvolvimento inibidode muitas larvas ingeridas, e ocasionalmente relata-se uma síndrome tipo II no final do inverno e início da primavera, especialmente em adultos jovens. Nas regioões subtropicais com chuvas de inverno, a ostertaiose ocorre principalmente no final no inverno.
Ciclo evolutivo: tanto as fases de vida livre como as parasitárias do ciclo evolutivo são semelhantes às da espécie bovina. 
Patogenia: Nas infecções clínicas, é semelhante à situação nos bovinos, e as mesmas lesões estão presentes à necrópsia. Nas subclínicas, foi demonstrado que a O. circumcincta causa acentuada diminuição do apetite, juntamente com perdas de proteínas plasmáticas no trato gastrintestinal. Sintomatologicamente, ocorre perda de peso acentuada. A diarreia não é permanente e as fezes líquidas que caracterizam a ostertagiose bovina são observadas com menos frequência.
Ostertagiose caprina: Os caprinos são muito suscetíveis às espécies de Ostertagia que predominam nos ovinos: O. circumcincta e O. trifurcata, e também à O. leptospicularis que se instala igualmente bem em ovinos e bovinos. A O. ostertagi pode estabelecer-se em caprinos. A L3 continua sendo a forma infectante, infectando cabritos em início de pastejo. A patogenia, o diagnóstico, o tratamento e as medidas de controle são como para os outros ruminantes, mas deve-se tomar cuidado na escolha do antihelmíntico, uma vez que muitos dos recomendados para ovinos e bovinos não são registrados para uso em caprinos. 
Haemonchus: Este nematóide abomasal hematófago pode ser responsável por extensas perdas em ovinos e bovinos, especialmente em regiões tropicais.
Hospedeiros: bovinos, ovinos e caprinos
Localização: abomaso
Espécies:
Haemonchuas contortus
H. placei 
H. similis
É de distribuição mundial, mais importante em regiões tropicais e subtropicais.
Adultos são facilmente identificados por sua localização específica no abomaso e seu grande tamanho (2 a 3 cm). Os ovários brancos enrolando-se em espiral em volta do intestino cheio de sangue produzem um aspecto de "bastão de barbeiro". O macho tem um lobo dorsal assimétrico e espículos com ganhos; a fêmea geralmente apresenta um apêndice vulvar. Em ambos, há papulas cervicais e uma lanceta minúscula no interior da cápsula bucal.
Ciclo evolutivo: É direto e a fase parasitária é tipicamente de tricostrongilídeo. As fêmeas são ovíparas prolíferas. A eclosão dos ovos em L1 ocorre no pasco que podem desenvolver-se em L3 num peíodo de cinco dias, mas o desenvolvimento pode ser retardado por semanas ou meses em condições frias. Após a ingestão e o desencapsulamento no rúmen, as larvas sofrem duas mudas, em íntima aposição às glândulas gástricas. Antes da muda final, desenvolvem a lanceta perfurante, que lhes permite obter sangue dos vasos da mucosa. Quando adultos, movem-se livremente na superfície da mucosa. O período pré-patente é de 2 a 3 semanas em ovinos e 4 semanas em bovinos. 
Hemoncose ovina: A patogenia da hemoncose é a de uma anemia hemorrágica aguda, provada pelos hábitos de hematofagia dos vermes. Um ovino com 5.000 H. contortus pode perder cerca de 250 ml ao dia. Na hemoncose aguda, a anemia torna-se evidente cerca de duas semanas após a infecção. Quando as ovelhas são acometidas, a falta de leite consequente pode resultar na morte dos cordeiros lactentes. A medula óssea vermelha expande-se das epífises para a cavidade medular. A hemoncose hiperaguda é menos comum, mas ovinos podem ter morte súbita por gastrite hemorrágica intensa. Já a hemoncose crônica desenvolve-se durante uma estação seca prolongada, quando a reinfecção é insignificante mas o pasto se torna deficiente em nutrientes. A contínua perda de sangue num período desses, por centenas de vermes é suficiente para ocasionar mais perda de peso, fraqueza e inapetência que a anemia acentuada. 
Entre outros sintomas, a hemoncose aguda caracteriza-sepor anemia, graus variáveis de edema (submandibular e ascite), letargia, fezes de cor escura e queda de lã. Já a hemoncose crônica está associada a progressiva perda de peso e fraqueza, não se observando anemia grave ou edema visível. 
Hemoncose caprina: Os caprinos são altamentes suscetíveis ao H. contortus, particularmente quando são impedidos de comer brotos e todo o seu consumo alimentar se origina de pastos.
Hemoncose bovina: É semelhante em muitos aspectos à hemoncose em ovinos e é importante nos trópicos e subtrópicos durante as chuvas sazonais, quando podem ocorrer sutos graves. A doença é registrada também ao final de uma longa esação seca, por causa da maturação de larvas hipobióticas. (diminuição da atividade de uma larva no organismo de seu hospedeiro). Os bovinos no campo com mais de 2 anos de idade são relativamente imunes, embora isto possa ser alterado por condições secas que resultam em subnutrição e intenso desafio por congregação de animais em volta de fontes de água. 
Trichostrongylus: Em geral, é um componente de gastrenterite parasitária em ruminantes. Uma espécie, o T. axei, também é responsável por gastrite em equinos, enquanto o T. tenuis tem sido incriminado em surtos de enterite grave em aves de caça. 
Hospedeiros: ruminantes, equinos, suínos, coelhos e aves
Localização: intestino delgado, exceto T. axei e T. tenuis
Espécies: Trichostrongylus axei e T. colubriformis: abomaso de ruminantes/estômago de equinos e suínos
T. vitrinus e T. capricola: ovinos e caprinos
T. retortaeformis e T. tenuis: coelhos e intestino delgado e cecos de aves de caça
É de distribuição mundial. A identificação macroscópica dá-se por adultos pequenos e capiliformes, com menos de 7 mm de comprmento, sendo difícil vê-los a olho nu. Já microscopicamente, eles não têm cápsula bucal aparente. Um caráter mais útil é o sulco excretor distindo na região esofágica. Os espículos são espessoas e não-ramificados e nocaso do T. axei também têm comprimentos diferentes; na fêmea, a cauda afila-se e não há apêndice vulvar. No T. axei, os ovos dispõem-se longitudinalmente enfileirados.
Ciclo evolutivo: Ciclo direto e a fase pré-parasitária é típica de tricostrongilídeos, exceto que o desencapsulamento de L3 das espécies intestinais ocorre no abomaso. O desenvolvimento de ovo até o estágio infectante ocorre de 1 a 2 semanas. A fase parasitária é não-migratória e o PPP em ruminantes é de 2 a 3 semanas. Nos equinos, o T. axei tem um PPP de 25 dias, enquanto em aves, o T. tenuis é de apenas 10 dias. 
Patogenia: Hemorragia e edema, com perda de proteínas plasmáticas na luz intestinal. Há enterite, sobretudo no duodeno. As vilosidades tornam-se deformadas e achatadas, reduzindo a área para absorção de nutrientes e líquidos. Nas infestações maciças ocorre diarreia, que junto com a perda de proteínas na luz intestinal, resulta em redução de peso. No caso de T. axei, as alterações na mucosa gástrica são semelhantes às de Ostertagia com alteração no pH e aumento de permeabilidade da mucosa. A diferença é que os vermes penetram ENTRE as glândulas e não NAS glândulas, como em Ostertagia.
Cooperia: Nas áreas temperadas, membros do gênero Cooperia desempenham papel secundário na patogenia de gastrenterite parasitária de ruminantes, embora os tricostrongilídeos possam estar presentes em maior número. Em algumas áreas trocpicais e subtropicais, entretanto, algumas espécies causam grave enterite em bezerros.
Hospedeiros: ruminantes
Localização: intestino delgado
Espécies: Cooperia oncophora, C. punctata, C. pectinata: bovinos
C. surnabada: bovinos e ovinos
C. curticei: ovinos e caprinos
É de distribuição mundial. A identificação macroscópica mais evidente é o "aspecto semelhante a corda de relógio" da C. curticei e as bolsas copuladores muito grandes em todas as espécies. Em tamanho se parecem com a Ostertagia (1 cm). Microscopicamente, possuem pequena vesícula cefálica e as estrias cuticulares transversais na região esofágica. Os espículos têm um prolongamento semelhante a asa na região central e frequentemente apresentam sulcos; não há gubernáculo. As fêmeas possuem um pequeno apêndice vulvar e uma longa cauda pontiaguda.
Ciclo evolutivo: Direto e típico da superfamília. Na fase parasitária, as duas espécies comuns de regiões temperadas desenvolvem-se na superfície da mucosa intestinal, enquanto com outras ocorre alguma penetração do epitélio. O PPP varia de 15 a 18 dias.
Patogenia: A C. oncophora e a C. curticei geralmente são patógenos moderados em bezerros e cordeiros, respectivamente, embora em alguns estudos tenham sido associadas a inapetência e baixos ganhosde peso. Desenvolve-se forte imunidade à reinfecção depois de um ano. A C. punctata, C. pectinata e C. surnabada são mais patogênicas, pois penetram na superfícies epitelial do intestino delgado e causam ruptura semelhante à da tricostrongilose instestinal, resulntando em atrofia vilosa e em redução na área para absorção. Há relatos de diarreia em infecções maciças. Sintomatologicamente, há perda de apetite, baixo ganho de peso e, em casos de C. punctata e pectinata, diarreia, perda de peso intensa e edema submandibular.
Hyostrongylus: Parasita responsável por uma gastrite crônica em suínos, particularmente fêmeas jovens e porcas.
Hospedeiro: suíno
Localização: estômago
Espécie: Hyostrongylus rubidus
É de distribuição mundial. Macroscopicamente, os vermes são avermelhados delgados de 5 a 8 mm de comprimento. Microscopicamente, há uma pequena vesícula cefálica, e os espículos lembram Ostertagia, embora tenham apenas dois ramos distais.
Ciclo evolutivo: Típico da superfamília. Os estágios de vida livre e parasitários são semelhantes aos de Ostertagia. O PPP é de 3 semanas.
Patogenia: Penetração das glândulas gástricas pelas L3, nódulos na superfície mucosa. O pH torna-se elevado nas infecções maciças. Pode ocorrer ulceração e hemorragia das lesões nodulares, porém é mais comum infecções leves associdadas a perda de apetite. Sintomatologicamente, há inapetência, anemia e perda de condições físicas.
Dictyocaulus: Este gênero vive nos brônquios de bovinos, ovinos, equinos e asininos. É a principal causa de bronquite parasitária nestes hospedeiros.
Hospedeiros: como dito acima, ruminantes, equinos e asininos.
Localização: traqueia e brônquios, particularmente dos lobos diafragmáticos.
Espécies: Dictyocaulus viviparus: bovinos e cervos
D. filaria: ovinos e caprinos
D. arnfieldi: asininos e equinos
É de distribuição mundial, porém importante especialmente em climas temperados. Os adultos são vermes finos filiformes, de até 8 cm de comprimento. Sua localização na traqueia e nos brônquios e seu tamanho são diagnósticos. O D. viviparus é a mais patogênica das 3 espécies.
Dictyocaulus viviparus: É a causa de bronquite parasitária em bovinos, também conhecida como tosse, pneumonia verminótica ou dictiocaulose. A doença caracteriza-se por bronquite e pneumonia e acomete tipicamente bovinos jovens em primeiro período de pastejo em pastos permanentes. A doença prevalece em regiçoes temperadas com altos índices pluviais.
Ciclo evolutivo: As fêmeas são ovovivíparas, produzindo ovos que contêm larvas totalmente desenvolvidas que eclodem quase imediatamente. As L1 migram até a traqueia, são deglutidas e são eliminadas nas fezes. As larvas são as únicas a estar presentes em fezes frescas, são lentas e suas células intestinais estão cheias de grânulos alimentares castanho-escuros. Assim, os estágios pré-parasitários não precisam alimentar-se. Em condições ideais, o estágio L3 é atingido dentro de 5 dias, mas leva mais tempo no campo. Elas deixam o bolo fecal e alcançam a forragem ou por sua própria motilidade ou através da intervenção do fungo Pilobolus. Após ingestão, as L3 penetram na mucosa intestinal e passam para os linfonodos mesentéricos, onde sofrem muda. Em seguida, as L4 seguem via linfa e sangue para os pulmões e invadem/irrompem dos capilares para os alvéolos cerca de uma semana após a infecção. A muda final ocorre nos bronquíolos algunsdias depois e os adultos jovens movem-se até os brônquios, onde atingem a maturidade sexual. O PPP é de 3 a 4 semanas.
Patogenia: lesões pulmonares (penetração); alveolite causada por larvas nos alvéolos; bronquiolite; bronquite à medida que as larvas se tornam adultos imaturos; a partir do 15º dia os animais podem morrer por insuficiência respiratória seguida por grave enfisema intersticial e edema pulmonar(pré-patente); bronquite causada por milhares de vermes adultos nos brônquios; pneumonia parasitária (patente); 
Sintomatologicamente, os animais tossem em ataques frequentes, têm taqui e hiperpneia, quase sempre com a postura de falta de ar e respoirando com a cabeça e o pescoço distendidos. Tosse profunda intensa, chiados, salivação, anorexia, etc.
Dictyocaulus filaria: Verme pulmonar mais importante de ovinos e caprinos. Essa espécie está associada a uma síndrome crônica de tosse e definhamento que em geral acomete cordeiros e cabritos.
Ciclo evolutivo: Semelhante ao do D. viviparus, exceto que o PPP é de 5 semanas.
Patogenia: Semelhante à da infecção por D. viviparus. Entretanto, como o número de vermes pulmonares em animais indivuais é geralmente baixo, não são comuns as lesões disseminadas associadas à infecção bovina. Em casos graves, podem ocorrer edema e enfisema pulmonares e a superfície pulmonar pode ter áres purulentas de infecção secundária. 
Sintomatologicamente, há osse e definhamento, que nas regiões endêmicas, usialmente se restingem a animais jovens. Há dispneia e corrimento nasal persistente em casos mais graves. Pode haver diarreia ou anemia decorrente de tricostrongilose gastrintestinal ou fasciolose concomitantes. 
Superfamília STRONGYLOIDEA: Há diversos parasitas importantes de mamíferos domésticos e aves nesta superfamília de nematóides com bolsa copuladora. Caracterizam-se, em sua maioria, por grande cápsula bucal que contém dentes ou lâminas cortantes e em alguns há coroas lamelares proeminentes circundando a abertura bucal. Os adultos ocorrem nas superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório, sendo a alimentação em geral pela ingestão de tampões de mucosa. Os gêneros de importância veterinária nessa superfamília são encontrados no intestino e podem ser divididos em estrôngilos (int. grosso) e ancilóstomos (int. delgado). 
Geralmente têm ciclo direto mas podem utilizar hospedeiros paratênicos (HI no qual o verme não sofre desenvolvimento ou reprodução).
Os machos possuem testículo único, vesícula seminal e duto deferente; cloaca e duto ejaculador na cloaca. Há a presença de espículos quitinizados, que mantêm a vulva aberta. Alguns grupos de nematóides possuem um gubernáculo, que auxilia no direcionamento dos espículos (2). Há bolsa copuladora. São vermes pequenos, com boca bem desenvolvida ou rudimentar, com lábios ou coroa radiada. 
Estrôngilos de equinos:
Strongylus: Vivem no intestino grosso de equinos e asininos e, com o Triodontophorus, são comumente conhecidos como grandes estrôngilos.
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: ceco e cólon
Espécies: Strongylus vulgaris, S. edentatus, S. equinus
É de distribuição mundial e na identificação macroscópica pode-se notar vermes vermelho-escuros robustos que são facilmente vistos junto à mucosa intestinal. A cápsula bucal do parasita adulto é proeminente, assim como a bolsa copuladora do macho. Microscopicamente, a diferenciação entre espécies baseia-se no tamanho e na presença e formato dos dentes na base da cápsula bucal.
S. vulgaris: A migração larval pode levar à formação de aneurisma e infarto na circulação intestinal. Tem de 1,5 a 2,5 cm e dois dentes arredondados em forma de orelha.
S. edentatus: Tem de 2,5 a 4,5 cm e não possui dentes. Após a penetração na mucosa intestinal, as L3 seguem sob o peritônio para muitos locais.
S. equinus: Tem de 2,5 a 5 cm, com três dentes cônicos. Um é dorsal e bífido, maior que os outros dois. Pouco se conhece sobre a migração larvas. L4 e L5 são encontradas no pâncreas.
Ciclo evolutivo: Os parasitas adultos vivem no ceco e no cólon. Os ovos são eliminados nas fezes e o desenvolvimento do ovo em L3 (forma infectante) em condições de verão em climas temperados requer duas semanas.
Ciclo da S. equinus: Pouco se conhece da migração larval em S. equinus. As larvas L3 perdem a bainha ao penetrar as paredes do ceco e do cólon. Há formação de nódulos nas camadas mucosa e subserosa do intestino. Mudança para L4. Migração para o peritônio e fígado, onde permanece no parênquima. Migração para o pâncreas e finalmente para a luz do intestino grosso. Período pré-patente: 8 a 9 meses.
Patogenia: As larvas possuem pouco efeitos patogênicos, com formação de trombos e arterite. Há espessamento e inflamação da parede arterial. Raramente podem ser encontrados aneurismas com dilatação e afinamento da parede arterial, especialmente em animais que sofreram infecção repetida. Algumas semanas depois da infecção com centenas de L3, ocorre febre, inapetência e apatia, às vezes acompanhada por cólica.
Já os adultos causam lesão da mucosa do intestino grosso em virtude dos hábitos alimentares dos vermes. Ruptura e hemorragia acidental por lesão dos vasos sanguíneos. Esses vermes têm grandes cápsulas bucais e se nutrem por ingestão de tampões de mucosa ao se moverem pela superfície do intestino. Ocorre definhamento (fraqueza, magreza..) e anemia.
Triodontophorus: São grandes estrôngilos não-migratórios e ocorrem frequentemente em grandes quantidades no cólon.
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: cólon e ceco
Espécies: Triodotophorus serratus, T. tenuicollis, T. brevicauda, T. minor
A identificação macroscópica dá-se por vermes avermelhados robustos, de 1 a 2,5 cm de comprimento, facilmente visíveis na mucosa do cólon. Na espécie T. tenuicollis são encontrados grupos de vermes adultos alimentando-se em grupos. Microscopicamente, há cápsula bucal, diferenciada entre as espécies pelo número e formato dos dentes.
Triodontophorus spp: cápsula bucal também bem desenvolvida, na base da qual se projetam três pares de dentes. 
O ciclo evolutivo é semelhante ao do gênero Trichonema.
Patogenia: Lesão da mucosa do intestino grosso pelos hábitos alimentares dos vermes adultos; T. tenuicollis, cujos adultos se nutrem em grupos e provocam a formação de grandes úlceras profundas, que podem ter vários centímetros de diâmetro.
Cyathostomes: Correspondem aos pequenos estrôngilos. Constituem um grupo com muitas espécies. As larvas dos pequenos estrongilídeos não migram pelo corpo do hospedeiro, porém limitam-se a penetrar na mucosa onde realizam as mudas retornando à luz do intestino para atingir a maturidade. 
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: ceco e cólon
Espécies: triconemas, ciatostomíneos ou pequenos estrôngilos.
É de distribuição mundial e a identificação macroscópica pode serfeita pela bolsa copuladora, de tamanho pequeno a médio (< 1,5 cm de comprimento), coloração variando de branca a vermelho-escura. Microscopicamente, nota-se a cápsula bucal bem desenvolvida e cilíndrica. PPP: 2 a 3 meses.
Apresentam cavidade bucal curta, ocasionalmente alongada, cilíndrica, com paredes relativamente espessas. Cora radiada ausente ou presente; com ou sem fenda cervical. 
Há duas subfamílias de interesse veterinário: Cyathostominae e Oesophagostominae.
Ciatostomíase larvar: Súbito início de diarreia, de ocorrência sazonal e irresponsivo para alguns anti-helmínicos. Ocorre rápida perda de peso, cólicas recorrentes moderadas, edema periférico e a L4 está presente nas fezes. Há também definhamento e anemia. Ocorre em animais de 2 a 3 anos.
Estrongilose: Há duas fontes de infecção: 1) larvas infectantes que se desenvolveram no pastejo anterior; 2) ovos eliminados durante o pasteoj dos animais, incluindo éguas lactantes.
Oesophagostomum: As espécies dessa subfamília são responsáveis por uma enterite em ruminantes e suínos. As mais patogênicas em ruminantes ocorrem nos subtrópicos e trópicos, associadas à formação denódulos no intestino. 
Hospedeiros: ruminantes e suínos
Localização: ceco e cólon (int. grosso)
Espécies: Oesophagostomum columbianum, Oe. venulosum: ovinos e caprinos
Oe. radiatum: bovinos e bubalinos
Oe. dentatum, Oe. quadrispinulatum: suínos
É de distribuição mundial, tendo mais importância em áreas tropicais e subtropicais.
Identificação macroscópica: verme branco espesso de 1 a 2 cm de comprimento. Microscopicamente, a cápsula bucal é pequena, circundada por coroas lamelares em muitas espécies. A coroa externa, se presente, é comprimida e há apenas uma estreita abertura na cápsula bucal. Ao redor do esôfago anterior, há uma vesícula cefálica curticular inflada. Esta termina num sulco cervical, que é companhado em algumas espécies por largas asas cervicais. A posição das papilas cervicais e as disposições da coroa lamelar são usadas para identificar as espécies. 
Ciclo evolutivo: a fase pré-parasitária é típica de estrongilídeos e a infecção se dá por ingestão de L3, mas em suínos pode haver penetração cutânea. As L3 entram na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso e em algumas espécies ficam inclusas em nódulos evidentes, nos quais tem lugar a muda L4, que emergem na superfície mucosa, migram para o cólon e se transformam no estágio adulto. PPP: 40 a 45 dias.
Patogenia: Vermes adultos são pouco patogênicos. As larvas causam enterite grave, penetram na mucosa e provocam a formação de nódulos. Infecções maciças causam colite ulcerativa, quadro crônico de emaciação e diminuição da produção de carne, leite e lã. O. radiatum em bovinos leva à formação de nódulos de até 5 mm de diâmetro. Nas infecções agudas de ruminantes, há grave diarreia verde-escura, associada a rápida perda de peso e às vezes edema submandibular. Nas infecções crônicas, que ocorrem principalmente em ovinos, a inapetência e o emagecimento com diarreia intermitente e anemia são os principais sinais de esofagostomose. As porcas prenhes demonstram inapetência, ficam muito magras e depois do parto a produção de leite cai.
Ancilóstomos de cães e gatos: Os membros da família Ancylostomidae são responsáveis por ampla morbidade e mortalidade em animais, principalmente em razão das suas atividades hematófagas no intestino.
Ancylostoma: 
Hospedeiros: cão, gato e raposa
Localização: intestino delgado
Espécies: Ancylostoma caninum: cão e raposa
	 A. tubaeforme: gato
	 A. braziliense: cão e gato
É de distribuição ampla nos trópicos e regiões temperadas quentes. Nas outras regiões é observado em cães importados de regiões endêmicas.
Macroscopicamente são identificados pelo tamanho (1 a 2 cm), sendo muito menores que os nematóides ascarídeos comuns que também são encontrados no intestino delgado e pela postura característica "em gancho". Microscopicamente, nota-se uma grande cápsula bucal e com dentes marginais, gavendo três pares em A. caninum e A. tubaeforme e dois pares em A. braziliense. 
Ancylostoma caninum: 
Ciclo evolutivo: Ciclo direto; se houver condições ideais, os ovos podem clodir e desenvolver-se em L3 em apenas 5 dias. A infecção dá-se por penetração cutânea ou por ingestão. Na infecção percutânea, as larvas migram via circulação sanguínea para os pulmões, onde se transformam em L4 nos brônquios e na traqueia, e em seguida são deglutidas e vão para o intestino delgado, onde ocorre a muda final. Se a infecção for por ingestão, as larvas podem ou penetrar na mucosa bucal e sofrer migração pulmonar ou ir diretamente para o intestino e tornar-se patentes. O PPP é de 14 a 21 dias. Os vermes são ovipositores prolíferos e um cão infectado pode eliminar milhões de ovos ao dia durante várias semanas. Em cadelas suscetíveis, uma proporção das L3 que atingem os pulmões migram para os músculos esqueléticos, onde permanecem latentes até a cadela ficar prenche. São reativas e, ainda como L3,são eliminadas no leite da cadela durante um período de aproximadamente três semanas após o parto. Essa infecção transmamária é rsponsável por anemia grave em ninhadas de cãezinhos na 2ª ou 3ª semana de vida. A infecção de uma cadela numa única ocasião produziu infeccções transmamárias em pelo menos 3 ninhadas consecutivas.
Patogenia: Anemia hemorrágica aguda ou crônica. A doença é mais comumente observada em cães com menos de 1 ano, e os filhotes novinhos, infectados pela via transmamária, são particularmente suscetíveis em razão de suas baixas reservas de ferro. A perda de sangue começa no oitavo dia deinfecção, quando o adulto imaturao já desenvolveu a cápsula bucal com dentes que lhe permite prender tampões de mucosa contendo arteríolas. Cada verme removecerca de 0,1 ml de sangue ao dia. Em cães previamente sensibilizados, há reações cutâneas, como eczema úmido e ulceraão nos locais de infecção percutânea, acometendo principalmente a pele interdigital. (Em cães lactentes, a anemia é quase sempre grave e acompanhada de diarreia que pode conter sangue e muco e dificuldade respiratória, devido à lesão larval nos pulmões ou dos efeitos anóxicos da anemia).
Filaroides: 
Hospedeiros: cães e carnívoros silvestres
Localização: parênquima pulmonar
Espécies: Filaroides milksi e F. hirthi
São vermes pequenos, finos, capilares e cinzentos.
Ciclo evolutivo: Os vermes são ovovivíparos e as L1 eclodidas são eliminadas nas fezes ou expelidas na saliva. A infecção pode ser adquirida por ingestão de larvas fecais, mas supõe-se que a via importante de infecção por Oslerus seja por transferência de L1 na saliva da cadela ao lamber o filhote. PPP: 5 semanas. (F. milksi é desconhecido)
Patogenia: Pequenos nódulos acinzentados, moles, associados à presençade vermes e que se distribuiem sob a pleura e por todo o parênquima pulmonar; esses nódulos podem fundir-se em massas acinzentadas em infecção maciça. A infecção é quase sempre assintomática.
Aelurostrongylus: A espécie A. abstrusus comum nos pulmões de gatos domésticos. 
Hospedeiro: gatos
Hospedeiro intermediário: muitos moluscos
Localização: parênquima pulmonar e bronquíolos
Ciclo evolutivo: L1 eliminadas nas fezes, que penetram no molusco e se desenvolvem nas L2, infectantes, e durante esta fase o molusco pode ser ingerido por hospedeiros paraênicos, como aves e roedores. O gato infecta-se por ingestão desses hospedeiros e as L3 liberadas no trato digestivo, seguem para os pulmões pela circulação. PPP: 4 a 6 semanas. O verme em geral tem baixa patogenicidade.
Angiostrongylus: A espécie de importância veterinária é encontrada no coração e em vasos pulmonares associados.
Hospedeiros: cães
Hospedeiros intermediários: caramujos da terra e lesmas
Localização: ventrículo direito e artéria pulmonar
É de distribuição mundial, exceto nas Américas. Os vermes são delgados e têm até 2,5 cm de comprimento. Na fêmea, os ovários brancos enrolam-se em volta do intestino vermelho como nas espécies de Haemonchus.
Ciclo evolutivo: Os vermes adultos nos vasos pulmonares maiores põem ovos que são transportados aos capilares, onde eclodem. As L1 entram nos alvéolos, miram p/ a traqueia e em seguida para o trato digestivo, sendo eliminadas nas fezes. Ocorre ainda desenvolvimento após a entrada no HI e o estágio infectante é atingido em 17 dias. O molusco é ingerido pelo cão e as L3 seguem para os linfonodos adjacentes ao trato digestivo. São encontradas também L3 no fígado.
Superfamília RHABDITOIDEA
Strongyloides: Parasitas comuns do intestino delgado de animais muito jovens, e embora geralmente de pouca significância patogênica, podem dar origem a grave enterite.
Hospedeiro: a maioria dos animais
Localização: intestino delgado e também o ceco em aves
Espécies: Strongyloides westeri: equinos e asininos
S. papillosus: ruminantes
s. ransomi: suínos
S. stercoralis: cães e gatos; homem
S. avium: aves
São vermes capiliformes, delgados, com menos de 1 cm de comprimento. Apenas as fêmeas são parasitas. A cauda tem ponta obtusa. Os ovos são ovais, de casca fina e pequenos, tendo a metade do tamanho típico dos ovos de estrongilídeos.Ciclo evolutivo: Fase parasitária composta de fêmeas no intestino delgado, que produzem ovos larvados por partenogênes, isto é, desenvolvimento a partir de um ovo não-fertilizado. Após a eclosão, as larvas podem desenvolver-se através de 4 estágios larvais, em machos e fêmeas adultos de vida livre. Dependendo da temperatura e da umidade, as L3 podem tornar-se parasitas, infectando o hospedeiro por penetração cutânea ou ingestão e migração via sistema venoso, pulmões e traqueia. PPP: 8 a 14 dias.
Sintomas: diarreia, anorexia, apatia, perda de peso e taxa de crescimento reduzida.
Superfamília ASCARIDOIDEA
Estão entre os maiores nematóides e ocorrem na maioria dos animais domésticos, sendo de importÂncia veterinária tanto os estágios larvais como os adultos. São vermes opacos brancos, grandes, que habitam o intestino delgado. Não há cápsula bucal e a boca consiste simplesmente numa pequena abertura circundada por três lábios. O modo comum de infecção é por ingestão do ovo de casca espessa contendo a L2.
Ascaris:
Hospedeiros: suínos
Localização: int. delgado
Espécie: Ascaris suum
As fêmeas têm até 40 cm de comprimento. O ovo é amarelado, com casca espessa, cuja camada externa é irregularmente mamilada.
Ciclo evolutivo: direto; após a infecção, o ovo eclode no intestino delgado e a L2 segue para o fígado, onde tem lugar a primeira muda parasitária. A L3, pela circulação sanguínea, vai para os pulmões e daí para o intestino delgado via traqueia. No intestino, ocorrem as duas últimas mudas parasitárias. Se os ovos forem ingeridos por minhocas ou besouros coprófagos, eles eclodem, e as L2 seguem para os tecidos destes hospedeiros paratênicos, onde podem permanecer totalmente infectantes para suínos por longo período.
Patogenia: larvas causam pneumonia transitória; "mancha de leite" no fígado; já vermes adultos no intestino causam pouca lesão aparente na mucosa, mas ocasionalmente, se estiverem presentes grandes qtdes, pode haver obstrução, e raramente um verme pode migrar para o ducto biliar, causando icterícia obstrutiva e condenação da carcaça.
Ascaridíase no homem: A espécie típica, A. lumbricoides, ocorre no homem. Com a distinção morfológica agora possível, o A. lumbricoides é aceito como específico do homem, sendo irrelevante para a clínica veterinária.
Heterakis:
Hospedeiros: aves 
Localização: cecos
Vermes esbranquiçados de até 1,5 cm de comprimento, com cauda pontiaguda alongada. Há espículos de comprimentos diferentes entre as espécies. Há uma ventosa pré-cloacal no macho e asas caudais proeminentes sustentadas por grandes papilas caudais. O ovo é ovóide e tem casca lisa.
Ciclo evolutivo: as minhocas podem ser hospedeiros transportadores, com os ovos passando pelo intestino, ou hospedeiros paratênicos, nos quais o ovo eclode e a L2 segue para os tecidos a fim de aguardar a ingestão pelas aves. Mudas parasitárias podem ocorrer na luzcecal, mas na infecção por H. isolonche as larvas eclodidas entram na mucosa cecal e atingem a maturidade em nódulos. Cada nódulo tem uma abertura para o intestino por onde os ovos chegam à luz. PPP: 4 semanas.
Patogenia: inflamação dos cecos (H. isolonche), com nódulos projetando-se das superfícies peritoneal e mucosa. Há diarreia com emaciaçãp progressiva e pode haver alta motalidade em lotes maciçamente infectados.
Superfamília OXYUROIDEA: Os oxiurídeos adultos habitam o intestino grosso e as fêmeas têm cauda pontiaguda. Possuem esôfago de bulbo duplo e ciclo evolutivo direto. Os únicos gêneros de interesse veterinário são Oxyuris e Probsmayria, ambos parasitas de equinos e Skrjabinema, parasita de ruminantes.
Oxyuris: Infecção comum e sua importância patogênica é limitada no intestino. Os parasitas fêmeas podem causar prurido anal no hospedeiro durante a ovoposição.
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: ceco, cólon e reto
Espécie: Oxyuris equi
As fêmeas adultas são grandes vermes brancos com cauda pontiaguda que podem atingir 10 cm de comprimento, enquanto os machos maduros geralmente têm menos de 1 cm de comprimento. As L4, com 5a 10 mm de comprimento, têm a cauda afilada e fixam-se oralmente à mucosa intestinal. Há um bulbo esofágico duplo e os machos minúsculos possuem asas caudais e um único espinho. Na fêmea, a vulva situa-se anteriormente. Os ovos são ovais, amarelos e pouco achatados numa das extremidades, com um tampão mucóide na outra.
Ciclo evolutivo: Os vermes adultos são encontrados na luz do cólon. Após a fertilização, a fêmea grávida migra para o ânus, projeta sua extermidade anterior e põe os ovos em grumos. O desenvolvimento é rápido e, em quatro a cinco dias, o ovo contém a L3 infectante. A infecção é por ingestão dos ovos e as larvas são liberadas no intestino delgado, movem-se para o int. grosso e migram para as criptas mucosas do ceco e do cólon, onde tem lugar o desenvolvimento em L4, dentro de 10 dias. As L4 então emergem e se nutrem da mucosa antes de atingir os estágios adultos, que se alimentam de conteúdo intestinal. PPP: 5 meses.
Patogenia: pequenas erosões da mucosa devido aos hábitos alimentares das L4 e, em infecções maciças, essas erosões podem ser difusas e acompanhadas por resposta inflamatória. Um efeito mais importante é a irritação perineal causada pelas fêmeas adultas durante a oviposição. O intenso prurido ao redor do ânus faz o animal esfregar-se, resultando em pelos partidos, áreas alopécicas (sem pelo) e inflamação da pele sobre a anca e a parte superior da cauda.
Superfamília SPIRUROIDEA: Uma característica relevante desse grupo é a cauda bem contorcida em espiral do macho. Os ciclos evolutivos são indiretos, envolvendo hospedeiros intermediários artrópodes.
Spirocerca: 
Hospedeiros: cães e, ocasionalmente, gatos
Hospedeiros intermediários: besouros coprófagos
Localização: larvas migratórias produzem lesões características na parede da aorta, enquanto os adultos são encontrados em lesões granulomatosas na parede do esôfago e no estômago.
Espécie: Spirocerca lupi
Ciclo evolutivo: O ovo alongado e de casca espessa, contendo uma larva, é eliminado nas fezes ou em vômitos e não eclode até ser ingerido por um besouro coprófago. Nele, o HI, a larva desenvolve-se até a L3 e se encista. Pode haver hospedeiros paratÊnicos envolvidos dse o besouro for ingerido por uma série de outros animais, incluindo galinhas, aves e lagartixas. Nestes, a L3 encista-se nas vísceras. Depois da ingestão do hospedeiro intermediário/paratênico pelo definitivo, as L3 são liberadas, penetram na parede do estômago e migram, aatravés da artéria celíaca, para a aorta torácica. 3 meses depois, vão para o esôfago adjacente. PPP: 6 meses. Contudo, podem não ser encontrados ovos nas fezes de certa proporção de animais com infecções adultas, nos quais os granulomas não têm aberturas na luz esofágica.
Patogenia: Larvas causam estenose ou ruptura na parede interna da aorta. Vermes adultos causam granulomas esofágicos de até 4 cm, associados à disfagia e vômitos por obstrução e inflamação. Desenvolvimento de osteossarcoma em cães infectados, que podem produzir metástases. Há espondilose das vértebras torácicas ou de osteopatica pulmonar hipertrófica dos ossos longos. 
Superfamília FILARIOIDEA: Fmaília intimamente relacionada à Spiruroidea, e todos os seus gêneros têm ciclos evoluicos indiretos. Nenhum deles habita o trato digestivo, e eles dependem de vetores insetos para a transmissão. Dentro da superfamília, observam-se diferenças no comportamento biológico.
Stephanofilaria: Os vermes destes gêneros habitam a derme e são responsáveis por dermatite crônica em bovinos e bubalinos nos trópicos e subtrópicos.
Hospedeiros: bovinos e bubalinos
Hosp. intermediários: muscídeos (moscas*)
Localização: pele; dependendo da espécie, os locais de preferência são diferentes regiões do corpo.
São vermes muito pequenos, com menos de 1 cm. A abertura bucal é circundada por um anel espinhoso.
Ciclo evolutivo: Os vetores muscídeos são atraídos para as lesões abertas na pele causadas pelos parasitas adultose ingerem as microfilárias no exsudato. O desenvolvimento em L3 dura cerca de 3 semanas e o hospedeiro definitivo infecta-se quando as moscas depositam larvas na pele normal.
Patogenia: Lesões dentro de duas semanas após a infecção. As lesões em geral se localizam nas áreas de picadas preferidas dos vetores. Hpa erupção papular com excsudato de sangue e pus. No centro da lesão, pode haver perda de pele, mas na borda frequentemente há hiperqueratose. A condição é essencialmente uma dermatite exsudativa, quase sempre hemorrágica, que atrai os vetores muscídeos.
Dirofilaria: A D. immitis é a mais importantes das 2 espécies que ocorrem em carnívoros domésticos. Os adultos, são encontrados no lado direito do coração e vasos sanguíneos adjacentes de cães, são responsáveis por uma condição debilitante, conhecida com dirofilarose canina. 
Dirofilaria immitis: 
Hospedeiros: cães, ocasionalmente gatos e raramente o homem
Hosp. intermediários: mosquitos
Localização: sistema cardiovascular; adultos no ventrículo direito, artéria pulmonar e veia cava posterior
Ocorre em zonas temperadas quentes e tropicais em todo o mundo.
Vermes longos e delgados, de 20 a 30 cm de comprimento. A cauda do macho tem a típica espiral frouxa comum aos filarídeos. O tamanho e a localização são diagnósticos para D. immitis. As microfilárias no sangue não são encapsuladas e sua extermidade anterior é afilada e a posterior obtusa.
Ciclo evolutivo: Os adultos vivem no coração e nos vasos sanguíneos adjacentes e as fêmeas liberam microfilárias diretamente na circulação sanguínea. Estas são ingeridas por mosquitos fêmeas durante a alimentação. Os desenvolvimento em L3 no mosquito leva cerca de 2 semanas, época em que as larvas estão presentes nas peças bucais, e o H.D infecta-se quando o mosquito se alimenta novamente de sangue. No cão, as L3 migram para os tecidos subcutâneos ou subserosos e sofrem duas mudas nos meses seguinte; somente depois da última muda, as D. immitis jovens vão para o coração através da circulação venosa. O PPP mínimo é de 6 meses. Os vermes adultos sobrevivem por vários anos, tendo-se registarto patência durante mais de cinco anos.
Patogenia: Associada aos parasitas adultos. Muitos cães infectados com pequenas quantidades de D. immitis não se apresentam doentes e somente nãs infecções maciças é que ocorre distúrbio circulatório, principalmente por obstrução do fluxo sanguíneo normal, que provoca insuficiência cardíaca congestiva direita. Uma massa de vermes na veia cava posterior e a obstrução resultante causa a "síndrome da veia cava". Caracteriza-se por hemólise, hemoglobinúria, bilirrubinemia, icterícia, anorexia e colapso. Pode ocorrer a morte em 2/3 dias.
Dipetalonema: Essas espécies não são especialmente patogênicas, exceto por causarem ulcerações cutâneas e abscessos subcutâneos ocasionais. A presença de microfilárias pode levar a um falto diagnóstico ao exame de sangue.
Superfamília TRICHUROIDEA: Os membros dessa superfamília são encontrados numa ampla variedade de animais domésticos. Uma característica morfológica comum é o esôfago "de esticosoma", composto de um tubo capiliforme rodeado por uma única camada de células.
Trichuris: Os adultos em geral ficam no ceco.
Espécies e hospedeiros:
Trichuris ovis: ovinos e caprinos
T. globulosa: bovinos
T. suis: suínos
T. vulpis: cães
Localização: int. grosso, particularmente o ceco
Os adultos têm de 4 a 6 cm, com extremidade posterior espessa afilando-se numa longa extermidade anterior filamentosa, que fica encravada na mucosa. Por esse aspecto são chamados de "vermes chicotes". 
A cauda do macho é enrolada e possui um único espículo numa bainha; a cauda da fêmea é curva. Os ovos têm formato de limão, com um opérculo conspícuo em ambas as extremidades. Nas fezes, os ovos têm coloração amarela ou castanha.
Ciclo evolutivo: a L1 é o estágio infectante, noovo, que se desenvolve 1 ou 2 meses após sua eliminação nas fezes, dependendo da temperatura. Em condições idais, podem sobreviver por vários anos. Após a ingestão, os opérculos são digeridos e as L1 livres penetram nas glândulas da mucosa cecal. Em seguida, todas as 4 mudas ocorrem nessas glândulas, os adultos emergindo e ficando na superfície mucosa com a extremidade anterior encravada na mucosa. PPP: 6 a 12 semanas.
Patogenia: as infecções em sua maioria são leves e assintomáticas. Ocasionalmente, quando presentes em grandes quantidades, os vermes causam uma inflamação diftérica da mucosa cecal.

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