Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Propriedades Térmicas da Matéria - Aspectos moleculares Equações de Estado (P,V,T) ΔV ≡V −V0 = ∂V ∂T ΔT + ∂V ∂p ΔP⇒V =V0 1+β(T −T0 )− k(P −P0 )[ ]; β ≡ 1 V ∂V ∂T (coeficiente de dilatação volumétrica); k ≡ − 1V ∂V ∂P (compressibilidade volumétrica). P V = N kB T ou P V = n R T P = pressão (obs. : 1atm = 760mm de Hg = 1,01 x 105 Pa) V = volume (obs.: 1l = 1 x 10-3 m3 ) N = número de moléculas (obs.: 1mol = NA = 6,02 x 1023 ) kB = constante de Boltzmann = 1,38066 x 10-23 J/K = R/NA ) R = constante dos gases ideais = 8,31451 J/(mol.K) T = temperatura (obs.: T(K) = 273,15 + T(oC) ) mtot = Nm = nM (m = massa molecular; M = m NA = massa molar) Equação do Gás Ideal: A Equação do Gás Ideal é uma boa aproximação para baixas densidades e não depende do tipo de gás! A sua correção mais comum e importante é a Equação de van der Waals, que considera interações aos pares de moléculas: (P + a (N/V)2) (V- Nb) = N kB T a (N/V)2 - é um excesso (ou redução) de pressão devido às interações moleculares repulsivas (ou atrativas) . (N/V)2 - é o quadrado da densidade . a - depende do tipo molecular (potencial de interação). b – volume excluido por molécula = ½ volume físico. Equação de van der Waals Gás ideal : Exemplos km Mg RT g Ph ghP yhgyP RT MP V nM 8 );()( ; 0 0 0 0 000 00 0 0 0 ≈== ⇒= −= == ρ ρ ρ ρ 0 0 / 0 000 0 0 0 ln hh hP P ePP h hh RT Mg P P dy RT Mg P dP gdy RT PMgdydP −= ⇒−=−= ⇒−= ⇒−=−= ∫∫ ρ Atmosfera exponencial ( ρ α P ; T = T0 ) Atmosfera “incompressível” ( ρ = ρ0 ; T = T0 ) No pico Evereste, a 8863m de altitude, a pressão é de apenas 0,33 atm. h0 y Diagramas PV Diagramas PV Equação de estado = superfície no “espaço” PVT Isotermas = curvas (hiperbólicas) no diagrama PV Fases da Matéria Propriedades Moleculares da Matéria ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛−⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛=−= ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛−⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛= 7 0 13 0 0 0 6 0 12 0 0 12 2 r R r R R U dr dUF r R r RUU Obs.: os líquidos possuem “ordem de curto alcance” Modelo Cinético-Molecular de um Gás Ideal Modelo de gás ideal + Leis de Newton = Teoria Cinética: • Um gás é constituido de partículas ("moléculas") de volume desprezível e massa m. • As moléculas obedecem às leis de Newton e tem movimento desordenado devido às colisões. • As colisões são elásticas, com duração e alcance desprezíveis. • O número de moléculas é muito grande. Cálculo Cinético da Pressão A pressão total é obtida somando as contribuições de todas as partículas: Onde foram usadas as definições de densidade ρ, média < >, e isotropia espacial em três dimensões na última igualdade. ρ PvvRMS 32 =≡ A equação acima informa que a velocidade quadrática média de uma molécula (grandeza microscópica) pode ser obtida das medidas macroscópicas de densidade e pressão: V mv L mv L t p A FP xx x x 2 3 2 2 == Δ Δ == Considere uma molécula com velocidade vx ao longo do eixo x, dentro de um cubo de arestas L. Ela colidirá com a parede sombreada em x = L a cada intervalo de tempo Δt = 2L/vx . Cada colisão transfere um momento Δp = mvx – (-mvx ) = 2mvx . A pressão média sobre a parede será então: 22 1 2 1 2 3 1 vv N v V Nm V mvP x N i xi N i xi ρρ ==== ∑∑ == Inserindo a pressão calculada pela teoria cinética, na equação de estado do gás ideal obtemos: Interpretação Cinética da Temperatura TNkvNmKTNkvNmvVPV BtrB 2 3 2 1 2 1 3 2 3 1 222 ==⇒=⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛== ρ onde ρV = Nm é a massa total de gás. Assim: A energia cinética de translação média de uma molécula (grandeza microscópica) é proporcional à temperatura do gás (grandeza macroscópica). Algumas velocidades moleculares à temperatura ambiente (300K). A energia cinética de translação correspondente é 3,74 kJ/mol. Considere o tubo varrido por uma molécula especial, de diâmetro 2d e com velocidade v. As demais moléculas são pontuais e estão fixas. O volume do tubo cresce no tempo como π d2 v t. O número de partículas interceptadas é: N π d2 v t / V . Assim, estimamos a distância média entre colisões como: vt Pd Tk Pd Tk dN V VvtdN vt BB 2222 2 ... / ππππ λ →=== Livre Caminho Médio Obs.: Para moléculas de ar na CNTP e d ~ 4 Å λ ~ 0,06µm Distribuição de velocidades (Maxwell-Boltzmann) Tkmv B Bev Tk mNvf 2/2 2/3 2 2 4)( −⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = π π Capacidade Calorífica RCdKdQnRdTdK dTnCdQ Vtr tr V 2 3 2 3 =⇒= ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ = = Calor específico molar a volume constante de um gás ideal “puntual” (monoatômico) Obs.: * Transformação a volume constante implica em que não há realização de trabalho e todo o calor é convertido em energia interna do gás. * Uma molécula “puntual” ideal só possui energia do tipo “energia cinética de translação”. Moléculas diatômicas e o princípio de equipartição da energia A energia fornecida ao sistema através do calor Q, se distribui igualmente por todas as moléculas e formas possíveis. Para moléculas diatômicas temos: além dos 3 graus de liberdade de translação, + 2 graus de liberdade (internos) para rotações. Assim: RR dK dQR R dK dQ ndT dQC tr tr V 2 5 3 5 2 3 2 3 3 2 === ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ == Obs. (Mecânica Quântica): Rotações em torno do eixo de simetria e vibrações em geral não absorvem energia devido ao grande espaçamento entre os níveis de energia correspondentes. Variação do calor específico com a temperatura Calor específico de um sólido Consideramos 3 graus de liberdade de vibração por átomo, cada um com energias potencial e cinética. )/(9,243 3 32 2 3 2 3 KmolJRxR dK dQRC tr V ⋅====⇒ (Valor de Dulong e Petit)
Compartilhar