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Aula 2 Diagnóstico por Imagem Radiologia do Sistema Locomotor de Animais de Companhia

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Medicina Veterinária – Campus Em Seropédica
Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Ortopedia em animais de companhia
Cães 
População de rua ou domésticos que saem na rua e sofrem trauma
Exame rápido para encaminhamento para cirurgia 
Longevidade x artropatias x qualidade de vida
Longevidade leva a animais terem artropatias e perda de qualidade de vida, sem risco de morte, mas sim de se locomover pra se alimentar ou evacuar sozinho.
As afecções ortopédicas são frequentes sendo causa importante de invalidez temporária ou permanente em cães 
Podem ter origem congênita, no desenvolvimento, traumática, neoplásica, metabólica ou degenerativa
Triagem clinica 
Anamnese – início, evolução, dados epidemiológicos (raça, idade, sexo..) – predisposição 
Exame físico: 
Em estação – posição quadrupedal e decúbito – palpação e manobras
Em movimento – observar a claudicação x ou ver se é ataxia 
	
Classificação de Hudson 
0 – Ausente e 4 – Grave 
Claudicação 0-4
Sensibilidade dolorosa 0-10 – palpação das regioes
Atrofia muscular 0-4 - aparece após 10-15 dias de impossibilidade de movimentação do membro, então 1 mês já tem atrofia
Crepitação, sensibilidade e tendência a luxação da cabeça femoral à manobra de Ortolani – 0-4
Qualidade de vida - 12-48
Suspeita- origem – local, tecido – ósseo x tecido mole – assim vendo se é para encaminhar para RX ou US 
Exame físico
Postura, aumento do volume dor 
Extensão e lexao do ombro, cotovelo, carpo ou pulso e dígitos
Nos membros pélvicos devem observar a simetria da garupa, altura da anca de tras do animal e depois esticar as pernas para ver luxações ou fraturas (membro estará encurtado) e saber onde focar o exame
Manipulação do joelho – extensão e flexão do tarso 
E estabelecer suspeita clinica
Ex: Macho SRD, 10 meses, histórico de atropelamento, claudicação grave, membro pélvico esquerdo, aumento de volume art do joelho, femorotibial, crepitação. = raio x, articulação femorotibial esquerdo, posição médio-lateral, ortogonal – 90 graus com a anterior (crânio-caudal), caudo-cranial se a anterior não ficar boa, se não fechar diagnostico fazer também obliquas medial ou lateral, lateral flexionada. 
Ex: Cadela 12 anos, pequeno porte, histórico de claudicação intermitente nos membros pélvicos, progressão, encurtamento de membro, pélvico direito. = necrose asseptica da cabeça do fêmur por ser intermitente, luxação não seria intermitente. Se tem uma luxação intermitente por alguma questão de formação pode causar uma osteoartrite degeneração articular progressiva. 
- Explorar área de suspeita de forma não invasiva 
Articulação requer mts vezes US e raio x.
- Contenção ou sedação para fazer o posicionamento adequado, no mínimo duas posições ou dois cortes na ultra. Definição de kv (espessura x 2 + constante (40)) e mAs (esqueleto cão e gato 2,5-8)
Ex: mAs = 100 x 0,025 se for com 150 tem que ser outro tempo, quanto menor o tempo menos chance de borrar a imagem, quanto maior o mAs mais elétrons para a nuvem de cobre para fazer a imagem, mais definição das bordas.
radiodensidade – tem que ter uma margem bem radiopaca, metal mais radiopaco e imagem bem radioluscente, área ao redor do paciente. Radiografia muito clara – kv muito fraco não chegou muito na placa e não transformou muito em escuro, imagem mt escura kv foi alto demais; mAs muito baixo – borramento. Na radiologia digital da para mudar contraste e brilho no computador e submeter menos o animal em radiação para corrigir a imagem.
Conhecimento da anatomia radiográfica, confrontar com informações clinicas e epidemiológicas
Regra de santê – quanto de contraste que a radiografia vai ter. 
Existe outra medida de mAs 
mAs = Kv x CM (coeficiente miliamperimetrico) 
CM tórax 0,15 ; abdomem 0.7 ; coluna 0.8
Ma as vezes é fixo – no de grandes é sempre 90 
Ex: cao macho 3 anos, rotwailler, claudicação, histórico de queda e suspeita de fratura do joelho, espessura 10 cm 
Kv: 10x 2 + 40 = 60
Ma fixo em 100 e o tempo 0,05 
Fratura que acomete articulação – classificação de salten harris – 4 acomete linha e região metafisaria ate a epífise.
 Ultrassom
Afastador de superfície que faz com que ao invés das estruturas superficiais ficarem mt próximas do alto da tela, ficam mais centralizadas na imagem, ganhando espaço para ver da pele a diante. 
Afecções do sistema locomotor 
Traumática – fraturas luxações e subluxacoes
Desenvolvimento – OC , osteocondrite dissecante (OCD), displasia coxofemoral, necrose asséptica da cabeça do fêmur, luxação patelar, não união do processo ancôneo.
Degenerativa= osteoartrite – somatório de lesões, instabilidade articular.
Neoplásica = osteomas, osteossarcoma, condroma
Infecciosa – artrite séptica, osteomielite
Autoimune – panosteite	
Metabólicas.
Traumáticas: acometem mais os machos jovens e animais de rua ou que tem acesso a rua. São a maior afecções do sistema locomotor e correspondem a 37% das cirurgias ortopédicas de cães e 36% de gatos. Ex : Fraturas vistas em 2 posições – simples, completa no terco diafisario distal do radio direito e com fratura incompleta da ulna. E imagem com luxação com incongruência da cabeça do fêmur e acetábulo indicando luxação coxo femural, sem sinal de degeneração articular. 
*Achatamento da cabeça do fêmur, cabeça do fêmur perde o arredondamento, alargamento do colo femural, perda do padrão trabecular, alteração de contorno, osteofitoses pericondrais, enteseofitos, osso subcondral passa a ficar mais radiopaco, rasamento do acetábulo, diferenciando displasia e luxação. 
Desenvolvimento: afecções de cotovelo, displasia de cotovelo, a não união do processo ancôneo, fragmentação do processo coronóide da ulna – radio ulna e úmero se juntam numa articulação que tem grandes chances de problemas.
Osteocondrose pode ser classificada em 3 tipos: latente – percebe que existe uma degeneração, uma lesão que ficou confinada da cartilagem epifisisaria, ainda não sinalização clinica. Osteocondrose clinica e a osteocondrose dissecante ( osteocondrite ) – elevação e fragmentação da cartilagem. 
Foto com contorno das fabelas diferentes, patela radioluscente, fragmentos entre os ossos, espaço articular aumentado, alteração de contorno dos ossos, perda do padrão trabecular – osteocondrite dissecante
Ausência de liquido sinovial, espessamento da capsula articular, osso também comprometido – tecidos moles estão comprometidos 
Displasia coxo femural – labrador mais incidente, bull dog, pastor alemão. Dolorosa e incapacitante. Incongruência entre acetábulo e cabeça do fêmur, cães jovens de grande porte e alguns gatos, é relacionado com a idade, é degenerativa. Traz um encaixe alterado com uma capacidade modificada dos ligamentos da região, levando a uma osteoartrite. Só que existe uma situação de conformação óssea e frouxidão ligamentar que agrava o processo, condição bilateral é mais comum que unilateral. Herdabilidade muito grande por isso restringe-se procriação de animais para criação que tem. Obesidade intensifica. Freiar a progressão do processo.
 Diferenciar de luxação e de necrose asséptica da cabeça do fêmur, displasia óssea, infecção (osteomielite), osteossarcoma (só pega um osso, não pega o vizinho) dai se faz uma punção ou biopsia. 
Necrose asséptica da cabeça do fêmur - Enquanto a displasia acomete cães grandes, a necrose asséptica acomete de pequeno port e (toys e femeas) pode ser bilateral, é decorrente de um defeito na vascularização da cabeça e do colo femural, ocorre uma necrose e espessamento da cartilagem em decorrência daquela necrose, a cartilagem tenta acomodar aquele osso mal formado, então desorganiza toda a formação da articulação.
 Sinal clinico – claudicação excessiva, muita dor, assimetria no passo.
 Sinais radiográficos – radioluscencia da cabeça do fêmur é mais intensa, degeneração óssea que não se enxerga mais a cabeça do fêmur – posicionamento tem que ser nos mesmos padrõesda displasia. 
As vezes existe a alteração anatômica mas não sintomatologia clínica (claudicação, teste de ortolani (mão no quadril e outra no joelho, abdução e adução, e rotação e a mão na pelve sente crepitação. Atrofia muscular,posicionamento estranho para achar uma posição que não machuca.) posição ventro dorsal – membros estendidos e rotacionados medialmente. Patelas fiquem dorsais dentro do sulco patelar e o encaixe entre cabeça do fêmur e acetábulo fica perfeita. Para diminuir a dor do animal, sedar ou bom analgésico. Laudo definitivo/oficial – associação de radiologia veterinária, faz-se uma prova para ver se é apto a diagnosticar a doença, ganha o certificado para poder laudar. Isso é importante para animais de reprodução onde o animal de canil deve ser retirado do canil. 
A imagem deve incluir asa do íleo e epífise distal do fêmur. Quadril tem que estar todo na tela para saber se esta bem posicionado, e as patelas também para saber se o fêmur esta na posição certa. A radiografia de 2 anos vai ser a oficial pois antes a ossificação ainda pode corrigir.
Radiografia do animal tem que estar com o nome do animal para não ser usada por algum que tenha a displasia. 
Método de norberg – cabeça do fêmur e acetábulo – faz-se um ponto central na tela do computador, na cabeça do fêmur dos dois lados e os liga, e faz uma reta passando pela margem dorsal do acetábulo então o ângulo formado é o que é medido ate 105º esta dentro do padrão de normalidade. Se for menor que isso mais grave a displasia, mais fora do acetábulo a cabeça está. Quanto mais próximo da margem externa a cabeça tiver menor o ângulo e mais intensa a displasia. 
Instabilidade do ligamento da cabeça do fêmur é um dos desencadeadores do problema. 
Metodo de penrib – equipamento duas barras de ferro que se afastam entre as patas, e faz com que tenha distenção desse ligamento da cabeça do fêmur. Mede o índice de distração (frouxidão) do ligamento. Pode ser feita o mais precocemente do que a radiografia na posição VD de menos estendidos e rotacionados. A partir dos 4 meses. E ai o índice de distração é medido a partir da distancia entre os acetábulos e o raio da cabeça do fêmur, e quanto menor o índice menor frouxidão articular, menor chance do animal desenvolver a displasia ao longo do crescimento dele. Diagnostico mais precoce. 
Método de frog leg – pernas flexionadas, faz um encaixe diferente e vc tem a possibilidade de avaliar se o encaixa esta adequado sem estresse (mantendo as patas mais juntas) e com estresse (separando-as), o ligamento sai da parte mais reta da cabeça do fêmur e se insere na fóvea do acetábulo, então da uma frouxidão mt grande para a cabeça tornando a movimentação muito ampla, degastando a articulação.
 Tratamento pode ser uma prótese da articulação ou só acomodar o animal – modificar o piso e o peso do animal, métodos cirúrgicos. 
Ombro – A luxação ou sinovite bicipital, osteoartrite, da articulação do ombro – acrômio indica se esta no posicionamento correto. 
Luxação é o que mais acomete. Médio lateral e crânio caudal são as posições mais usadas. Subluxacao – ainda há um contato entre as estruturas. 
Ex: alteração de contorno, do padrão trabecular, fragmentos, osteofitoses, faz-se uma biopsia para saber qual a neoplasia. 
Cotovelo – médio lateral sem estresse e com estresse (flexionando o membro) observando o processo anconeu com detalhamento. E crânio caudal ve-se melhor os processos coronoides. Não união do centro de ossificação do processo anconeu, que fecha antes dos 4-5 meses. Aumenta o volume e fica dolorida a região. Comum em racas gigantes. 
Crescimento anormal entre as partes da cabeça da ulna, radio e úmero faz com que haja um mal funcionamento. 
Cães de pequeno porte no joelho – rompimento do ligamento cruzado cranial no joelho de cães. Sinal de gaveta – muita movimentação cranial – cranial rompido, muita movimentação caudal – caudal rompido. 
Tíbia tiver deslocada cranialmente – ligamento rompido, só que isso já pode ser visto no sinal de gaveta, então o raio x contribui de maneira a falar que essa tíbia já esta tao irregular por conta de uma cronicidade do processo ou não. Só endossa a suspeita se aquilo já tem tempo ou não - se tem osteofitose, alteracao do padrão trabecular. 
Fazer analise US – mas como racas pequenas são acometidas dificulta a ultrassom 
Enfermidade metabólica – o sistema hormonal que comanda a absorção do osso ou deposição esta alterado, e isso ocorre na osteodistrofia por exemplo (mandíbula de borracha). Cão ou gato jovem com uma alimentação desbalanceada entre cálcio e fosforo e paciente renal que por alteração metabólica hormonal faz o descontrole do paratormônio e calcitonina. 
Perde dentes, osso fica muito poroso, osteoporose difusa.

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