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Prévia do material em texto

Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
DISPLASIA COXO – FEMORAL 
 
Introdução 
- Doença comum na articulação de cães 
- Mais frequente em cães de raças grandes, porém também é encontrada em raças 
pequenos e gatos – nesse caso geralmente associado a luxação de patela, em casos de 
animais menores o problema não é tão grave porque a dor é mais leve 
- Doença hereditária e poligênica (muitos genes envolvidos), portanto quando 
avaliamos pais em raio x, estamos avaliando fenótipo, no momento ele não tem 
displasia, porém pode vir a ter. Condo não é uma doença congênita (a articulação é 
normal ao nascimento) 
- É uma doença com influência ambiental (animais de piso liso/gordo/suplementado) 
- A doença trata-se de uma desigualdade biomecânica onde geralmente temos um 
acetábulo raso que aumenta com o tempo pois o organismo tenda fazer com que o 
quadril se estabilize criando osteófitos e lesionando cartilagem, e é por esse motivo 
que todo animal displásico evolui para artrose de quadril 
- Suplementos causam uma desigualdade biomecânica (animal cresce muito rápido) 
que levam a uma flacidez, que causará uma incongruência, uma subluxação e 
consequentemente DAD (doença articular degenerativa - artrose) 
 
Patogenia 
 
- Força anormal, ou seja, uma força aplicada em um “lugar errado” quando o animal é 
filhote, está se desenvolvendo e tem linha de crescimento aberta, isso provoca 
proliferação óssea, absorção (onde deveria ter contato de cartilagem não tem), 
causando um aumento na espessura da cápsula (irregularidade) e uma sinovite no 
início (aumento de liquido sinovial) 
 
Sinais Clínicos 
Filhotes: 
- Diminuição da atividade física devido a dor, causada pela efusão que causa 
estiramento dos ligamentos, sinovite, e microfraturas no local que tem como 
consequência a perda da cartilagem 
- Ortolani positivo 
 
Adultos: 
- Claudicação após exercício 
- Crepitação 
- Restrição de movimentos 
- Atrofia da musculatura pélvica 
- Apoio em membros torácicos 
- Ortolani positivo raro 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Jovens e Adultos: 
- Fraqueza e dor 
- Andar de coelho 
- Dificuldade para levantar/correr/pular 
- Andar arqueado 
- Alteração brusca na marcha 
 
Teste de Ortolani: consiste na flexão dos membros pélvicos seguida da rotação 
externa. Na existência de uma displasia, ocorre um estalo (o sinal de Ortolani) ou é 
possível ver na pele a protuberância da cabeça do fêmur saindo do acetábulo (cães de 
pelo curto). 
 
 
Diagnóstico 
- História clínica relatada pelo proprietário 
- Raças predispostas 
- Andar “rebolando” 
- Teste de Ortolani (quando a cabeça do fêmur já luxou o reste será negativo porque o 
osso já está fora do lugar) 
- Radiografia (diagnóstico definitivo): 
 * Orthopedic foundation for animals (OFA): animal deve ter mais de 2 anos 
para um laudo de displasia negativo ou avaliação de grau de displasia (animal 
predisposto apareceu na clínica mancando, pesquisar displasia) – radiografia de um 
animal displasico apresenta subluxação da cabeça do fêmur/arrasamento 
acetabular/aplainamento da cabeça do fêmur/DAD em vários graus/osteófitos na 
inserção da cápsula. 
Conforme o grau mais grave ou menos grave dividimos a displasia em graus (grave, 
moderada, severa). 
A cabeça do fêmur deve estar coberta em pelo menos 75% pelo acetábulo. 
 
 
 
- Penn Hip: teste que foi desenvolvido na universidade da Pensilvânia que faz um 
diagnóstico precoce de displasia radiografando filhotes e avaliando o quanto o fêmur 
sai do acetábulo medindo o grau de afrouxamento entre acetábulo e cabeça do fêmur. 
São realizadas duas radiografias onde, na primeira, cabeças femorais são introduzidas 
no acetábulo mediante uma pressão exercida sobre o trocânter e na segunda 
radiografia é realizada uma distração dos fêmures através de uma cunha que os move 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
lateralmente, feito isso sobrepõe-se uma radiografia na outra e mede-se a distância 
entre o centro de duas circunferências formadas pela cabeça femoral e fossa 
acetabular, são realizados então cálculos matemáticos (DI = d/r onde d é a diferença 
entre os centros das circunferências formadas pela cabeça femoral e fossa acetabular 
e r o raio da cabeça do fêmur) e interpreta-se o resultado: 
 * Cálculo do DI (índice de distração): 
 Menor que 0,3 – animal não terá displasia 
 Entre 0,3 e 0,7 – animal terá displasia e artrose 
 Maior que 0,7 - 
 0,3 EXATO: pode e não pode ter 
Quanto menor o índice melhor para o animal. 
 
Tratamento 
 
 Conservativo: 
- Sem sintomas e sem dor ou com sintomas brandos/intermitentes 
- Controlar peso 
- Viver em um piso áspero 
- Não realizar exercícios que causem impacto (preferir natação, hidroginástica) 
- Se houver dor: compressa com água fria (processo agudo), glicosaminoglicanos 
(controprotetores: Artroglycan, Condroton, Osteocart – são caros!), AINE (Rymadil), 
não usar AIE pois são bons para desinflamar porém destroem a cartilagem 
 
Cirúrgico: 
- Escolher a técnica de acordo com a radiografia 
- Pectinectomia: 
 * Deve ser feita em animais jovens (até 6 meses) 
 * Trata-se da secção do músculo pectíneo (fica contraído em animais com 
displasia fazendo com que a cabeça do fêmur bata no acetábulo) melhorando a 
abdução do membro e aliviando a dor (porque alivia espasmo) 
 * Não corrige a displasia, nem previne artrose, é uma técnica feita quando 
animal é jovem e ainda não é possível colocar uma prótese 
 * Animal em posição dorsal com as pernas abduzidas, secciona-se o músculo 
bilateralmente (cuidado com artéria e veia femural) 
 * No pós operatório animal deve ficar em repouso pois há um grande espaço 
morto 
- Sinfisiodese Púbica Juvenil: 
 * Deve ser realizado em animais com 12 a 16 semanas (fora desse intervalo não 
se consegue a correção do osso) 
 * Animal em decúbito dorsal, faz-se uma incisão na pele na região da sínfise 
púbica e com o bisturi elétrico “queimar” as células desse local, fazendo com que a 
sínfise se feche mais rápido e fique mais lateralizado e com isso lateralize o acetábulo 
- Osteotomia Tripla de Coxal: 
 * Pode ser feita em qualquer idade desde que não haja artrose e que haja coxa 
valga 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 * Faz-se três osteotomias: no íleo, no ísquio e no púbis, restando um 
fragmento, neste local é colocado uma placa previamente medida pelo raio x que 
reposiciona a cabeça do fêmur no acetábulo corrigindo a inclinação e anteversão 
- Acetabuloplastia: 
 * Feita em animais filhotes ou adultos com coxa valga e ausência de artrose 
 * Esta técnica provém uma reconstrução da borda acetabular dorsal, auxiliando 
na estabilização e aumentando a congruência da articulação coxofemoral 
 * Faz-se uma osteotomia cuneiforme entre trocânter maior e menor e colocar 
uma placa/haste ou outro material que auxilie na correção 
 * Fazer uma perna de cada vez 
- Denervação: 
 * É uma neurectomia da fibra do periósteo do acetábulo que trata somente a 
dor do animal 
 * Denerva-se os ramos dos nervos glúteo cranial, isquiático e femoral 
 * Quanto menor a cobertura melhor o resultado 
 * Não impede a realização de outras técnicas 
 * Pode ser realizada em animais com artrose 
 * Pode-se fazer percutânea com base no trocânter maior quando se tem 
experiência 
 * Estudos recentes apontam que dentro de 4, 5 anos se reenerva, podendo ser 
necessário refazer 
- Artroplastia de cabeça e colo femorais (colocefalectomia): 
 * Fisioterapia obrigatória (andar na água) para a formação de tecido fibroso, 
manter musculatura e evitar aderências e anquilose 
 * Pode ser combinado com a denervação 
 * Retira-se cabeça e colo femorais onde se cria um tecido de cicatriz onde se 
forma uma pseudoartrose 
 * Técnica radical que pode ser realizada em qualquer idade, com ou sem 
presença de artrose 
 
Qual técnica utilizar? 
Se o proprietário pode pagar: prótese 
Se o proprietário não pode pagar: animalcom artrose ou luxação pode-se fazer 
colocefalectomia + fisioterapia 
Animal mais velho, pesado e proprietário sem condições de fazer fisioterapia: 
denervação 
 
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR 
 
Introdução 
 
 
- Doença descoberta na medicina em 1910 
- Exclusiva de filhotes durante a fase de desenvolvimento 
- Causa exata é desconhecida (foram cogitadas hereditariedade, infecção, desquilíbrio 
hormonal, anormalidades vasculares, mas todas acabaram descartadas) e a mais aceita 
é traumatismo (excesso de saltos causando isquemia na epífise proximal femoral) 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
- Sem predisposição sexual 
- Unilateral (bilateral em 16% dos casos) 
- Ocorre de 5 a 8 meses de idade 
- Ocorre em raças toy e miniatura (pinscher, poodle, yorkshite terrier, west highland 
terrier) 
 
Sinais Clínicos 
 
- Precocemente surge um incômodo doloroso que evolui para claudicação, dor 
(principalmente abdução) e em caso crônico evidencia-se crepitação, atrofia muscular, 
encurtamento do membro, restrição de movimento até uma impotência funcional 
completa 
 
Sinais Radiográficos 
 
Inicialmente evidenciam-se áreas radiotransparentes na cabeça do fêmur e um 
espessamento colo femoral (reabsorção óssea), em um diagnóstico tardio serão 
observados achatamento da cabeça do fêmur naspecto dorsal com áreas 
radiotransparentes, aspectos fragmentado, fraturas patológicas e sinais de artrose. 
Não deve ser confundida com displasia porque contém áreas de osteólise na cabeça do 
fêmur. 
 
 
 
 
Tratamento 
 
- Conservativo: condroprotetores e confinamento em gaiola (difícil) 
- Cirúrgico: excisão da cabeça e colo femorais, técnica adequada tem 95% de sucesso, 
deve ser feita antes do aparecimento de artrose 
- Fisioterapia: deve ser feita após a cirurgia, iniciando no 3º dia pós operatório (30-35 
movimentos de flexão e extensão), continuar 4 a 6 dias após a cirurgia, realizar 
compressas com gelo (30 minutos 3 vezes ao dia) para vasoconstrição e relaxamento 
muscular (diminuir edema) e diminuição da condução nervosa (analgesia). Nesse caso 
se o proprietário não tiver dinheiro para levar a um fisioterapeuta podemos indicar a 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
fisioterapia caseira de andar na água. Se o animal estiver bom e não estiver apoiando, 
indicar que o dono coloque pesinhos na canela do animal para “encorajar” seu apoio. 
 
 
RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL 
- RLCC é a condição ortopédica mais comum em cães - DAD 
- O ligamento cruzado dá estabilidade a articulação do joelho. Ele impede movimento cranial 
(compressão tibial) de gaveta, hiperextensão do membro e rotação interna da tíbia. 
- A inervação do ligamento cruzado faz com que o animal tenha a propriocepção consciente, 
onde após sua ruptura o animal não apoia mais o membro no solo. 
- Há dois ligamentos cruzados, o cranial e o caudal, sendo o cranial o mais comumente lesado 
(90%). Os meniscos são de grande importância também, pois podem sofrer lesões (romper) 
em rupturas crônicas, sendo o mais afetado o menisco medial. 
 
O movimento de compressão tibial (movimento de gaveta) ocorre nas rupturas de ligamento 
cruzado cranial porque no momento em que o animal pisa e causa a contração do músculo 
gastrocnêmio, que fica inserido no calcâneo e na região caudal do fêmur, como não há mais o 
ligamento cruzado a tíbia é deslocada para frente. Como o menisco lateral continua se 
movimentando ele não sofre lesões, mas como o menisco medial está fixo, acaba sendo 
prejudicado. Nas cirurgias procurar sempre por lesões no polo caudal do menisco medial. 
 
CAUSAS: 
1. TRAUMAS (AGUDA): 
Animais que correram demais ou fizeram exercícios com grande força. 
Após romper o ligamento o animal eleva (encolhe) a perna e não mais a apoia. É início agudo, 
portanto não confundir com claudicação de displasia, que é crônica. 
2. ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS (CRÔNICA): 
Lesão crônica em animais mais idosos, ou que já possuía alguma lesão no joelho (como luxação 
de patela, que é congênito, mas com o passar da idade acaba causando degeneração). 
3. ALTERAÇÕES ANATÔMICAS: 
Animal apresenta o platô tibial muito inclinado, o que causa sobrecarga no joelho. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Ou então possui a fossa intercondilar muito estreita, que na hora do movimento articular o 
ligamento de tanto “raspar” na fossa acaba se rompendo. 
SINAIS CLÍNICOS: 
 
Os animais com ruptura do ligamento cruzado cranial apresentam hipotrofia do 
membro, sendo perceptível à palpação a diferença de tonicidade do músculo. Com o passar do 
tempo (cronicidade) nota-se um espessamento na face medial do joelho, pois o tecido tenta 
aumentar de tamanho e espessura para estabilizar o joelho. Esse espessamento normalmente 
não regride, mesmo após cirurgia. 
 
 Dor 
 Claudicação aguda (“ponta do pé”) 
 De início apresenta impotência funcional do membro acometido (não apoia) 
 Atrofia muscular 
 Ruptura antiga: claudicação intermitente 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
 Instabilidade (tíbia se movimenta para frente e para trás e o menisco é 
comprometido). 
 Processo inflamatório (sinovite). 
 Desenvolvimento de osteófitos (devido ao movimento anormal). 
 Fibrose da cápsula articular (por isso o espessamento da parte medial do joelho). 
 Lesão no menisco (medial). 
 Degeneração das superfícies articulares (sendo necessário colocar prótese). 
 OSTEOARTRITE PROGRESSIVA (acontece toda vez, não há como evitar, apenas retardar 
usando técnicas que alterem o ângulo). 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
 Exame Ortopédico: 
 Movimento de gaveta: desloca cranialmente a tíbia, que em condições normais não 
deveria sair do lugar. SEMPRE POSITIVO! 
 Movimento de compressão tibial: mexer o pé do animal pra cima e pra trás, forçando a 
contração do gastrocnêmio, que está inserido no calcâneo e no fêmur, que jogará a 
tíbia para frente em caso de ruptura do ligamento cruzado. 
Exame radiográfico (lateral e AP): para calcular o ângulo para corrigir o joelho, ver defeitos 
congênitos (como inclinação do platô excessiva), procurar por inflamação e formação de 
osteófitos para saber se o processo é agudo ou crônico e observar a angulação do platô tibial. 
 
Angulação normal do platô tibial: de 13º até 20º 
 
Se for encontrado na radiografia osteófitos na crista troclear, na superfície caudal platô tibial 
e/ou polo inferior da patela, espessamento da cápsula articular medial e esclerose óssea 
subcondral, indica processo crônico. 
 
DIFERENCIAL: entorse articular, luxação de patela, lesão meniscal primária, artrite lesão 
ligamento cruzado caudal. 
 
 
 
file:///C:/Users/User/AppData/Roaming/Microsoft/Word/Compressão%20tibial%20linda.MPG
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
 
 
TRATAMENTO CONSERVATIVO: 
Quanto mais leve o animal, melhor o resultado. Mas o melhor para evitar artrose é o 
tratamento cirúrgico. 
Usar o conservativo nos animais mais velhos, que consiste em anti-inflamatórios, 
condroprotetores, repouso (8 semanas), dieta alimentar (se o animal for gordo), mas sempre 
lembrar que pode haver lesão no menisco. 
 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS: cai na prova! 
 
Hoje já são mais de 40 técnicas para correção. 
Professor e físico Slocum percebeu que quando mudado o ângulo do joelho, o ângulo do platô 
tibial, anula-se o vetor força. Técnica TPLO: osteotomia niveladora do platô tibial. É a melhor 
técnica, porém necessita instrumental mais específico. 
Professor Montavon descobriu que deixar o platô tibial com tendão patelar em um ângulo 
específico, também anularia o vetor força. Técnica TTA: avanço da tuber osidade da tíbia. 
Com essas duas técnicas principais a osteoartrose progride de uma forma mais lenta. 
A terceira melhor é a técnica do fio extracapsular (sutura fabelo-tibial). 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
1. RECONSTRUÇÃO INTRACAPSULAR: 
 Fascia Lata substituindo o ligamento ou implante sintético 
 Enxerto ósso e ligamentar– OLO 
 
2. RECONSTRUÇÃO EXTRACAPSULAR: 
 Tightrope (ArthrexR) 
 Suturas nas fabelas + crista da tibia 
 Transposição da cabeça da fíbula 
 
Tibial Plateau Leveling Osteotomy – TPLO (Slocum & Slocum, 1993). 
Tibial Tuberosity Advancement – TTA (Tepic & Montavon, 2002). 
 
TÉCNICAS EXTRACAPSULARES: 
 
- TIGHTROPE: 
Tipo de implante patenteado pela Arthrex®. Material caro pois é necessário importar, o fio sai 
por R$ 450,00. 
Faz-se túneis usando broca e passa o implante no local onde minimiza o movimento de gaveta, 
como se estivesse criando outro ligamento com o uso do fio. Não passa nenhum implante 
dentro da articulação, portanto é extracapsular. 
Material: FiberTape®. 
 
 
Faz-se um orifício no fêmur, outro na tíbia e passa o fio de um lado para o outro, e será fixo 
por um parafuso. 
 
Vantagens: 
 Fixação osso a osso (melhor resistência) 
 O implante é colocado em pontos isométricos (ponto que sofre menor lesão). 
 Permite técnica minimamente invasiva 
 O FiberTape R apresenta rigidez e força 
 Implante de baixo custo (sem considerar osteotomia corretiva) e fácil manipulação 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 Potencial para abordar todas as forças anormais 
 
 
Desvantagens: 
• Ângulo do plato tibial maior que 32º não dá pra fazer 
• Em casos de deformidades angulares não há correção 
• Anormalidades de cicatrização (formação de fístulas) 
• Animais com o côndilo femoral pequeno – menor que 12 mm de caudal para 
cranial – não dá pra fazer 
 
Ângulo normal do platô tibial é 25, se ele estiver, por exemplo em 43 (animal nasce com o 
platô tibial excessivamente alto) não se pode utilizar essa técnica, uma vez que o fio se 
romperá. Deve ser feita cirurgia para corrigir o ângulo. Nesse tipo de situação o animal rompe 
o ligamento com pouco tempo de idade (menos de um ano, e a lesão tende a ser bilateral). 
 
- FABELO-TIBIAL: 
 
Passa-se, com o auxílio de uma agulha, um fio atrás da fabela do cão (sente-se o côndilo do 
fêmur, com o auxílio de um raio-x vê-se o tamanho do osso, depois sente-se a fabela, pega-se 
uma agulha curva e passa atrás dela. Faz-se um furo na crista da tíbia – um pouco cranial ao 
sulco do músculo extensor digital longo, que é considerado um ponto isométrico). 
Pode ser usado fio de nylon trançado, de poliéster trançado, que são fios inabsorvíveis, ou 
estão a própria fáscia lata do animal (onde não se faz o furo, dá um nó ou usa um clip. A fáscia 
tem 4cm de largura x 15cm de comprimento, e não se pode suturar a fáscia lata na 
musculatura, pois ela rasgará, então fáscia lata deve ser suturada na fáscia lata). 
Elimina movimento de gaveta e de compressão tibial. 
 
 
Tem que ter certeza que o fio passou atrás da fabela, pois se passou apenas pelo 
gastrocnêmio o cão voltará com o joelho todo “solto” novamente, uma vez que rasga o 
músculo. O gastrocnêmio está inserido na fabela. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Desvantagem: é o auxiliar que segura a pinça, correndo o risco de relaxar e você amarrar 
flacidamente, e quando soltar o joelho não está firme. É difícil fazer sozinho. 
- TRANSPOSIÇÃO CABEÇA FIBULAR: 
 
Substitui o ligamento cruzado pelo ligamento colateral lateral. 
Desvantagem: é necessário colocar dois pinos dentro da fíbula e prender com fio de 
aço, porém só é possível colocar dois pinos na fíbula em animais acima de 60kg, como 
mastim napolitano. 
É uma boa técnica, dá boa resistência. Muito utilizada na Alemanha. 
 
 
 
Identificação cabeça da fíbula  Identificação nervo fibular Dissecação ligamentos 
 tibio-fibulares  Deslocamento cranial cabeça  Pino de Kirschner + cerclagem fio 
aço Sutura. 
 
TÉCNICAS INTRACAPSULARES: 
 
Em contato com o líquido sinovial. 
Desvantagem: patela do cão é pequena (Rotweiller: 2cm de largura) 
 
• Técnicas mais antigas: 
Fáscia lata (Paatsama, 1952); 
Over-the-top (Arnoczky, 1979); 
Over-the-top modificada (Hulse, 1980). 
 
OLO: Osso-ligamento-osso. O implante vem de banco de ossos preservados. 
Desvantagem: Todo material preservado perde a rigidez. 
Os futuros osteófitos formados no local lesarão o implante. 
 
 
TPLO - Tibial Plateau Leveling Osteotomy 
 
Osteotomia corretiva. Primeira técnica veterinária a ser patenteada no mundo. 
 
• Teoria da inclinação do platô tibial: 
Slocum observou que o platô tibial é inclinado, que o côndilo femoral é redondo, então 
associou a um carro preso a uma corda que fica parado enquanto a corda está integra, 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
mas se ela romper ele escorrega, pois não terá um freio, que seria o ligamento 
cruzado, causando o deslocamento do côndilo já que o platô tibial está inclinado, 
então começou a tentar “arrumar” a inclinação do platô. Primeiro reduziu a 0, e viu 
que não deu certo, uma vez que rompia o ligamento caudal que passava a receber 
toda a carga. O platô deveria ficar de 6,5-7º para não ocorrer o movimento de 
compressão tibial. 
Para medir platô tibial: pega o ponto de inserção do menisco na porção cranial e 
porção caudal e passa uma linha entre esses dois pontos, e a outra linha é o eixo da 
tíbia. As linhas se cruzarão. 
 
A técnica não funciona se o platô for até 11º, pois nada resolve abaixa-lo para 6-7º 
(USAR OUTRA TÉCNICA). 
Qualquer grau acima de 13 é possível a correção. 
Se o cachorro tiver 12º deve-se avaliar se não há outra técnica a ser feita, pois alguns 
animais respondem e outros não. 
 
Usa-se uma serra copo e faz-se uma meia osteotomia 
 
 
Há uma tabela indicando quanto deve ser o deslocamento do platô para trás da tíbia 
para chegar no ângulo que desejamos. Por exemplo: o cachorro tem 26º e queremos 
deixa-lo com 5º, usamos uma serra 15 (também indicada em tabela a melhor a ser 
usada), devemos medir com uma régua esterilizada 12mm pra trás da tíbia). 
Após girar o quanto era necessário, fixa-se uma placa. Platô tibial estará corrigido. 
É de fácil consolidação. 
O acesso é sempre com incisão da pele na parte medial da tíbia. 
 
PÓS-OPERATÓRIO: 
• Rápida recuperação; 
• Menor progressão da osteoartrite (Lazar et al., 2005) 
• Consolidação da osteotomia – 6 a 8 semanas; 
• Após esse período: curtas caminhadas; 
• Atividades mais pesadas somente após 6 meses 
 
 
file:///C:/Users/User/Desktop/TPLO como funciona.MPG
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
COMPLICAÇÕES: Afrouxamento dos parafusos, quebra da placa, não união da 
osteotomia, distensão do ligamento patelar, fratura do Platô tibial, fratura da 
tuberosidade tibial, osteomielite, lesões de menisco, parafuso na superfície articular 
(reoperar e tirar o parafuso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
TTA -Tibial Tuberosity Advancement (AVANÇO DA TUBEROSIDADE DA 
TÍBIA) 
 
Osteotomia corretiva mais simples pois não requer tanto material específico. 
Montavon viu que o vetor de força fica paralelo ao vetor resultante quando um ângulo de 90º. 
Sempre o tendão patelar estará em um ângulo maior do que 90 com o platô tibial, em 
qualquer cachorro. Para ficar em 90º deveria jogar a crista da tíbia para frente, impedindo a 
força de compressão tibial no joelho. A crista é deslocada com o auxílio de um espaçador 
chamado cage. 
Serra, coloca placa e cage, e preenche com enxerto esponjoso retirado do côndilo do fêmur. 
Cage deve ficar espaçado e a placa bem fixada. 
Pós-operatório de 15 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Vantagens TTA: 
• Neutraliza a força de impulso tibial em RLLCr 
• Estabilidade sem comprometer a congruência articular 
• Diminuição da pressão retropatelar 
• Menos invasiva que outras osteotomias 
• Redução da morbidade pós operatória 
• Correção simultânea com luxação patelar 
• Titânio é osteointegrável 
• Não existe a necessidade de instrumentos especiais 
• Ampla variedade de tamanhos 
 
Contraindicação: 
• Em casos de deformidade angular (fazer TPLO)• Platô tibial excessivo (tem que fazer um avanço muito grande e o maior cage é 
tamanho 15, portanto as vezes não há material correto). 
• Quando o tendão patelar tem uma inserção baixa (não tem espaço para 
colocar o parafuso do cage). 
 
A TTA é uma derivação da TTO (Triple Tibial Osteotomy), que é similar a TTA em manter o 
platô tibial em 90º com o tendão patelar. 
 
CONCLUSÃO RLCCr: 
- É uma lesão comum. 
- Vai ocorrer osteoartrose com qualquer técnica (osteotomia corretiva retarda o processo). 
- A preferencia da técnica a escolher é do cirurgião. 
- Ocorre em qualquer raça, qualquer idade e tamanho. 
 
 
LUXAÇÃO MEDIAL DE PATELA: 
 
- Problema ortopédico muito comum em pequenos animais, raças miniaturas, e quando ocorre 
em raças grandes é associado à displasia coxofemoral, e é luxação lateral de patela e não 
medial. É congênito e hereditário. 
- É o deslocamento não traumático da patela de sua posição normal na tróclea femoral. 
- A patela saindo do lugar é um sintoma, a doença é toda a alteração biomecânica do joelho 
(alteração de eixo, de grupo muscular). Hoje é mais comum corrigir luxação de patela 
endireitando o eixo anatômico da perna do animal. 
- É um sintoma de uma deformidade angular. 
Se o quadríceps, a patela, o sulco troclear e tuberosidade tibial estiverem mal alinhado a 
patela deslocará. 
 
ANORMALIDADES: 
Quanto mais tempo esperar para corrigir, mais anormalidades aparecerão, pois alterará a linha 
de crescimento, favorecendo a deformidade dos ossos. 
Coxa vara (   inclinação 135º-146º), arquea/ lateral 1/3 distal fêmur, sulco troclear raso, 
côndilo medial hipoplásico, desvio medial crista tíbia, arqueamento medial tíbia prox., torção 
lateral porção distal tíbia, deslocamento medial quadríceps. 
 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Em graus de 1 a 4, sendo o 4 o pior. 
Método de classificação para o grau de luxação e deformidade óssea é baseado no sistema de 
Putman, o qual foi adaptado por Singleton. Útil para escolha da técnica a ser utilizada, bem 
como para prognóstico. 
Subluxação é só no raio X, a doença é luxação de patela. 
 
 GRAU 1: Luxação intermitente (“Subluxação”). 
Ausência crepitação e deformidades ósseas 
Dor muito ocasional. Não necessita de cirurgia. 
 GRAU 2: Luxação patelar frequente. Animal anda “dando pulinhos”, recolhendo a 
perna quando a patela sai do lugar. 
Rotação tibial - desvio entre 15º - 30º. 
Deformidades angulares fêmur em grau leve. 
Dor intermitente , movimenta-se aos “pulos”. 
 GRAU 3: casos de ausência de sulco troclear. 
Luxação permanente, podendo ceder a redução manual. 
Rotação tibial - desvio entre 30º - 60º. 
Desvio musc. Quadríceps 
Deformidades 1/3 distal fêmur 
Tróclea : rasa ou achatada. 
Dor persistente, membro semifletido (perna encolhida, não estica) 
 GRAU 4: parecido com a 3, mas ao fazer força a patela não volta pro lugar, não há 
redução manual. Maiores deformações angulares. 
Rotação tibial - desvio entre 60º - 90º 
Desvio musc. Quadríceps 
Deformidades 1/3 distal fêmur 
Tróclea : inexistente ou convexa 
Impossibilidade extensão :” agachados” 
 
DIAGNÓSTICO: 
Exame físico e radiográfico para saber grau de deformação óssea. 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
TRATAMENTO: 
Pode ser cirúrgico ou conservativo, depende da história clínica, dos sinais clínicos e da idade do 
animal. 
Pode ser necessária cirurgia óssea e de tecidos moles. 
A decisão entre as técnicas aplicáveis baseia-se na severidade da luxação. 
 
TÉCNICAS: 
Devem ser aplicadas juntas. 
 
1. DESMOTOMIA MEDIAL: usadas em graus 3 e 4. 
Faz um corte medial, deixa aberto e alivia a tensão na patela. 
 
 
 
 
2. SOBREPOSIÇÃO DA FÁSCIA LATA: usadas em graus 2, 3 e 4. 
Puxa-se a patela lateralmente. 
incisão parapatelar lateral 
 borda cranial m. bíceps proximalmente 
tendão extensor digital longo distal. 
Imbricação – promove tensão lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
3. SUTURA ANTI-ROTACIONAL TIBIAL: mesma técnica do ligamento cruzado. 
Mantem a tíbia sempre reta, impedindo que gire e desloque a patela. 
Reduz a tendência da patela em luxar pois impede a rotação interna da tíbia. Sutura com 
material inabsorvível aplicada ao redor fabela lateral orifício tuberosidade tibial 
Usar sempre em grau 2. Em grau 3, se o osso estiver muito torto deve-se usar outra. 
 
 
 
4. TROCLEOPLASTIA: plástica da tróclea, que está rasa e devemos “afundá-la”. 
Usa-se em todos os graus. 
POR ABRASÃO: usa-se uma lima ortopédica para fazer sulco. Tem como desvantagem a 
retirada da cartilagem que não cresce novamente e é substituída por fibrocartilagem, portanto 
pode causar um grau maior de artrose. Para preservar um pouco faz-se o método chamado 
cunha, onde a cartilagem retirada é devolvida. 
 
 
 
Pode-se retirar um retângulo ao invés de uma cunha, uma técnica chamada em bloco. Tem a 
vantagem de manter a cartilagem. 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
5. CONDROPLASTIA: usada em filhotes. Solta-se uma “aba” da cartilagem, puxa-se o 
osso debaixo e coloca-se a cartilagem de volta. A desvantagem é que se o animal é 
muito pequeno a cartilagem pode arrebentar. 
 
6. TRANSPOSIÇÃO DA CRISTA TIBIAL: serra a crista da tíbia, que estará deslocada, e 
coloca no lugar certo, prendendo com um parafuso. Usada em graus 3 e 4. 
 
7. OSTEOTOMIAS CORRETIVAS: difíceis de fazer. Tem que calcular o ângulo CORA. 
Usada em animais com ossos muito tortos. Deve-se achar o centro da deformidade 
angular. 
 
O tratamento cirúrgico não é indicado a animais que não apresentam dor, nem sintomas ou 
que sejam grau 1. 
O prognóstico varia de acordo com a idade com que é operado, quanto mais velho, pior. 
 
DISPLASIA DO COTOVELO: 
Não é uma doença, é um termo que vai englobar várias doenças.Termo utilizado para 
descrever uma síndrome clínica de claudicação, dor e evidências radiográficas de osteoartrite 
(DAD) associada com osteocondrose do côndilo medial do úmero (OCD, que pode acontecer 
em qualquer articulação sinovial), fragmentação processo coronóide medial (FPC) e não união 
do processo ancôneo (NUPA). Vai levar, invariavelmente, a osteoartrite. A incongruência 
articular (rádio-ulna), que hoje também é considerada uma doença, pode levar a NUPA e FPC. 
No cotovelo, em casos de artrose, a única opção é prótese, não tem como fazer 
colocefalectomia, como na displasia coxofemural. 
Pode ser uni ou bilateral. 
 
FPC: forma mais comum de Displasia de Cotovelo 
NUPA e OCD – segundo lugar 
A incongruência articular também é comum. 1mm de incongruência já causa a doença. Pode 
ser positiva ou negativa, tendo o rádio ou a ulna mais curta. A pressão é aplicada de forma 
errada, levando a uma osteoartrose no futuro. 
 
Difícil diagnóstico radiográfico em casos de OCD e FPC. O Raio X é de difícil diagnóstico pois há 
muito osso no local, não é uma articulação fácil de se observar, sendo o processo ancôneo 
mais fácil de ser observado. Sempre radiografar os dois braços, porque às vezes o animal 
claudica apenas do lado que mais dói. Algumas vezes a alteração que nos faz perceber que há 
uma doença no cotovelo é esclerose óssea (acontece em áreas de grande impacto) subcondral, 
que se mostra radiopaco, podendo indicar fragmentação do processo coronóide no começo. 
Várias posições radiográficas: lateral, flexão, oblíqua, crânio-caudal, médio-lateral. 
Quando o animal apresenta doença no cotovelo ou ombro a sintomatologia é exatamente a 
mesma, dificultando o diagnóstico clínico. O sintoma é claudicação intermitente que piora e 
sempre levanta a cabeça ao pisar (colocar o braço no chão). É comum o animal, quando 
parado, ficar com os dedos voltados "para fora" (ao abrir o membro ele desvia o eixo de força 
e diminui a dor). 
Quando pensamos em doença no braço é importante pedirmos tomografia. 
 
Acomete, normalmente, animais de raças de grande porte (mas também acontece em raçaspequenas, principalmente nos condrodistróficos, como shitzu e teckel). 
É a doença do desenvolvimento, com filhotes ou adultos jovens claudicando. Em alguns casos 
ocorre a doença subclínica e o animal não claudica nessa idade, e sim após ter artrose no local, 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
quando já é mais idoso (animal claudica quando esfria o tempo ou quando chove, e depois 
melhora). 
 
ETIOLOGIA: 
Doença hereditária. 
Fator nutricional: animais acima do peso em fase de crescimento/desenvolvimento. 
Sobrecarrega o membro. Animal jovem que é suplementado. 
 
NUPA - NÃO UNIÃO DO PROCESSO ANCÔNEO: 
 
Processo Ancôneo – suave proeminência articular em forma de gancho. Dá estabilidade ao 
cotovelo quando esticado (entra na fossa troclear no úmero e estabiliza). Confere estabilidade 
articular, sem ele o cotovelo fica mais instável. 
 
O processo ancôneo articula com a chanfradura semilunar da ulna, que tem o processo 
coronóide. A chanfradura deve ser em formato de C, se tiver alguma alteração anatômica não 
há correção. 
Nunca alongar o rádio em doenças do cotovelo, pois ele suporta 80% do peso, 
enquanto a ulna apenas 20%, então sempre alterar a ulna. 
O processo ancôneo nasce solto, mas tem que fusionar na ulna, e quando isso não 
acontece temos a doença da não união do processo ancôneo. O normal é que a partir de 16 
semanas de vida a fusão já tenho ocorrido em todos animais, se o animal já tiver 4 meses e 
ainda não tiver fusionado, não fusiona mais. Quando há a incongruência, quando o rádio 
cresceu mais do que a ulna (crescimento devagar), ocorre pressão no processo ancôneo, 
empurrando-o e impedindo a fusão dele na ulna. 
 Ocorre mais em raças de grande porte (estudado em Pastor Alemão). 
 Maior incidência em macho, pois cresce mais rápido. 
 Animais jovens. 
 SÍNDROME DOS FILHOTES: pouco apoio do membro e claudicação súbita após 
exercícios. 
 SÍNDROME DO CONDRODISTRÓFICO: mais difícil de ver pela raça já apresentar os 
membros tortos, e no caso do shitzu o que atrapalha ver os sinais é o pelo longo. 
 SÍNDROME DOS ADULTOS DE MEIA IDADE: claudica devido a artrose. 
Das doenças do cotovelo, a NUPA é a mais difícil de apresentar forma subclínica, pois depois 
de um tempo o processo ancôneo descola e vai parar em outro lugar. A mais comum subclínica 
é fragmentação do processo coronóide. 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
Exatamente igual ao das outras doenças de cotovelo! 
 Claudicação 
 redução flexão / extensão cotovelo (diminui amplitude de movimento) 
 membro rotacionado externamente (dedo virado para fora) 
 efusão articular / espessamento cápsula 
 crepitação 
 atrofia muscular 
 osteófitos (não regride mais) 
 DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA. 
 
SINAIS RADIOGRÁFICOS: 
Primeira pojeção é a lateral, para já observar se há união do processo ancôneo. 
 Presença de linha radiolucente, indicando separação triangular do processo ancôneo 
do porção proximal da ulna. 
 Reação periosteal 
 Edema de tecidos moles 
 DAD: osteófitos na borda articular 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Anamnese 
 Exame físico e clínico (iguais as demais doenças do cotovelo). Lembrar que pode ser 
bilateral. 
 RADIOGRÁFICO! 
 
TRATAMENTO: 
 Conservador: pouco eficaz. Antiinflamatório e repouso. CASOS ASSINTOMÁTICOS! Não 
operar animal que não tem sintomatologa. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 Cirúrgico: 
 
 retirada do processo ancôneo: 
Quando tirar? quando o animal já tiver artrose. 
O processo ancôneo já não está mais triangular, e sim oval, cheio de osteófitos. Não há 
motivos de preservar uma estrutura que já está comprometida/lesionada. 
TÉCNICA: dobra-se o braço do animal, incisa-se o cotovelo no músculo ancôneo, logo abaixo já 
se encontra o processo ancôneo, com a ajuda de um osteótomo "cutuca-se" o acidente ósseo 
e retira-o. Lavar com soro aquecido e fechar a musculatura. 
 
 
 
Melhora a curto e a médio prazo, porem a longo prazo terá claudicação e artrose. 
 
 Fixação do processo ancôneo: 
Usar quando o processo ancôneo está normal e quando não há incongruência. 
Fixa-se o PA com parafuso. 
PROBLEMA: Se tiver uma incongruência não detectada previamente, vai ficar uma força 
exercida do parafuso que vai quebra-lo. Só fazer se tiver certeza absoluta que não há 
incongruência. 
 
 Osteotomia da ulna/ostectomia da ulna: 
Fazer quando há incongruência. Não mexe no processo ancôneo, apenas corrige-se a 
biomecânica e o processo ancôneo se corrige sozinho. Não pode ter artrose. 
Serra a ulna (osteotomia) ou retira um pedaço dela (ostectomia). 
Solta o ligamento interosseo, descolando o rádio da ulna, restaurando a congruência e o 
processo ancôneo fusiona. 
Coloca-se um pino intramedular evitando pseudoartrose ou calo ósseo exuberante. 
Recupera congruência e função. Não abre a articulação, então diminui a chance de 
desenvolver artrose. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
OBS: ulna curta, o espaço é na ulna. Rádio curto, o espaço é no rádio. 
 
COMPLICAÇÕES: 
 Excisão: desenvolve artrose feia, diminui amplitude de movimento e apresenta 
osteófitos. Fazer quando já tem artrose. 
 Fixação: parafuso quebra. Fazer quando não tem artrose nem incongruência. 
 Ostectomia de ulna: não faz artrotomia, o que diminui muito a chance de DAD. Melhor 
técnica, usar quando não tem artrose e tem incongruência. 
 
CONCLUSÃO: 
 Causada por incongruência. 
 Melhores técnicas: ostectomia/osteotomia. 
 Progride, muitas vezes, para DAD. 
 
FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO CORONÓIDE MEDIAL: 
 
Às vezes é diagnosticado apenas por tomografia. Difícil ver no Raio X. 
Primeiro tentar o tratamento clínica, e se não obtiver sucesso, fazer cirúrgico. 
O coronóide medial demora mais tempo para calcificar do que o lateral, por isso a doença só 
ocorre nele, fica cartilaginoso mais tempo 
 
OCORRE POR: 
 Fratura 
 Às vezes pela genética ocorre fissura (como uma osteocondrose), e acaba se soltando. 
 
INCIDÊNCIA: 
 Raças grandes 
 Machos (75%) 
 Rottweiler, Bernese, P.A, Retrievers, Terra Nova, Chow-chow. 
 Etiologia: genética, nutrição (suplementação). Ainda é controversa. 
 
PATOFISIOLOGIA: 
Pode ter apenas uma lesão, fragmento ou fissura, como pode-se ter vários fragmentos. 
A fissura começa superficial, se não melhora com o tratamento ela fica profunda e destaca. 
 Fator genético (mesmo da osteocondrose) 
 Trauma 
 Sobrecarga mecânica devido a incongruência. 
 Chanfradura semilunar da ulna mal formada (curvatura pequena, curvatura com 
contato anormal - causa pressão no PC, incongruência articular). Não tem como tratar. 
Quando fragmenta é mais fácil visualizar na radiografia, quando bem posicionada. A fissura é 
quase impossível. 
Com 6 meses o PC já está consolidado. Se fechar a linha de crescimento da ulna em um filhote, 
começa a entortar o osso, pois a do rádio ainda não fechou. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
 Claudicação membro torácico (antebraço). 
 Supinação antebraço + desvio lateral dedos (dói menos) 
 Dor hiperflexão / extensão 
 4 a 7 meses idade 
 Restrição movimento articular (+ velhos) 
 Efusão articular / osteófitos 
 Crepitação 
 
SINAIS RADIOGRÁFICOS: 
O raio-x deve ser com excelente qualidade para a visualização, pois há sobreposição óssea. 
Em alguns casos podem ser notados osteófitos, esclerose óssea e irregularidade do úmero. 
O Raio-X é o primeiro exame a ser pedido. 
- sedação / anestesia geral 
- PC sobreposto pela cabeça do rádio 
- médio-lateral, oblíqua, crânio-caudal. 
 
 
 
A tomografia é o melhor exame a ser feito, é mais preciso. Exame completo do cotovelo. 
 
TRATAMENTO: 
 Conservativo: o primeiro a ser feito. 
 Dieta 
 AINE que iniba apenas COX2: meloxicam, cataflam, carprofeno. 
 Condroproteto (glicosaminoglicano, sulfato de condroitina) 
 Se não melhorar, tratamento cirúrgico. O melhor seria artroscopia.ARTROTOMIA OU ARTROSCOPIA: 
 Retirada do processo coronóide. 
 Recuperação mais rápida. 
 O melhor acesso é entre o pronador e o flexor do carpo radial. 
 Se houver FPC junto com osteocondrose, deve ser feita a curetagem (até sangrar o 
osso. Não lesionar apenas cartilagem, retirar osso subcondral) e posterior remoção. 
 Lavagem articulação solução salina 
 Sutura cápsula e fáscia (3.0 Vicryl) 
 Bandagens 5 a 7 dias 
 Restrição atividades 3 semanas 
 
Há estudos que dizem que os tratamentos cirúrgicos e conservativos a longo prazo dá na 
mesma, por isso sempre começamos com o conservativo. 
Sempre conscientizar o proprietário que o animal não pode acasalar. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
O prognóstico é ruim, nem metade dos animais possuem vida normal ao serem adultos. 
Depende muito da idade em que o tratamento é iniciado. O pior é quando há incongruência 
por defeitos na chanfradura semilunar. 
Uma possível solução é a colocação de protese. 
 
OSTEOCONDROSE: 
 
Mais comum no ombro (geralmente bilateral). Sintoma e tratamento igual para todos os casos. 
Alteração no processo de desenvolvimento endocondral. Espessamento da cartilagem, 
impedindo que o osso subcondral receba nutrientes e comece a se separar do osso sadio. 
Osteocondrose é quando só está espessado. Quando solta um flap do osso é osteocondrite 
dissecante. 
Relacionada a suplementação, o cálcio retarda o processo de ossificação endocondral. 
Associada a doença do coronóide medial (FPC e incongruência articular - IA) 
 
Fatores etiológicos: 
 Genética (não deve cruzar o animal) 
 Nutrição 
 Maturação anormal da cartilagem 
 Trauma 
 Ingestão calórica 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
 Início dos sinais entre 4 e 7 meses 
 Claudicação leve a grave 
 Piora após exercícios intensos 
 Rotação externa do membro 
 Atrofia muscular 
 Redução amplitude de movimento 
 Dor e crepitação 
 EXTENSÃO RÁDIO ULNA E SUPINAÇÃO DO COTOVELO 
 
DIAGNÓSTICO: 
 RX crâniocaudal e médiolateral – flexão e extensão 
 Ambos os cotovelos ou articulações afetadas (ombro ou joelho) 
Muitas vezes o centro de diagnóstico solta o laudo apenas como luxação de patela e não vê a 
osteocondrose. Ficar atento aos sinais clínicos (luxação de patela grau 2 quase não há 
claudicação). 
ONDE PROCURAR ALTERAÇÕES? 
Úmero: Porção caudal cabeça umeral (ombro) 
Cotovelo: Côndilo femoral lateral 
Joelho: côndilo medial 
 
EM COTOVELO: 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 Sempre cirúrgico. 
 Com condroprotetor o animal melhora, mas não trata. Primeiro faz a cirurgia, depois 
usa condroprotetor para reparar, cicatrizar. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 Curetagem – artroscopia ou artrotomia 
 Remoção do Flap 
 Osteotixis (perfura o osso em direção ao canal medular, pois lá há células troncos). 
 
CONCLUSÃO: 
Causa genética agravada pela supernutrição/obesidade. 
Principais causas de claudicação e artrose. 
Tratamento cirúrgico nem sempre impede artrose ou retoma função. 
RETIRAR DO ACASALAMENTO. 
 
TRAUMATOLOGIA E MANEJO DE FRATURAS 
 
O osso é um sistema vivo composto por osteófitos, osteoblastos, osteoclastos e tudo 
isso age em conjunto quando acontece um trauma. 
O esqueleto tem função de proteger os órgãos vitais, serve para armação muscular 
(locomoção), ajuda no sistema hematopoiético (produção de células ósseas na medula). Cresce 
num processo de ossificação. 
Ossos longos estão sujeitos a força fisiológica (locomoção, corrida, marcha), e a força 
não fisiológica (traumas, impactos, exercícios excessivos/repetitivos). Quando ultrapassa o 
limiar de suporte de força, ocorrem fraturas. Na região elástica do osso as forças são 
absorvidas, na região plástica podem ocorrer microfraturas. A fratura ocorre quando é atingido 
o ponto de falha do osso, e quanto maior o animal (a raça), maior é o ponto de falha (mais 
resistente). 
Fratura é uma solução de continuidade. 
Na anamnese sempre examinar o corpo todo e não somente a fratura pois pode ter 
ocorrido pneumotórax, ruptura de diafragma, perfuração de bexiga, uretra e outras lesões, 
portanto é importantíssimo avaliar o estado geral do paciente. 
 
SINTOMAS CLÍNICOS: 
Desvio de eixo, creptação, aumento de volume, dor, hematoma. 
 
PRIMEIROS SOCORROS: 
Tranquilização do animal (tranquilizante + analgésico), limpeza do local, contenção da 
hemorragia, Raio X e imobilização temporária (não operar no dia! Deixar em observação e 
fazer exames). 
Após a cirurgia ortopédica devemos ficar atentos a consolidação óssea. 
Fazer Raio-x pós operatório imediato para servir de garantia contra problemas futuros. 
 
O QUE OBSERVAR NA RADIOLOGIA: 
 Osteomielite 
 Calo ósseo 
 Reabsorção óssea 
 Problema vascular (fratura distal de rádio-ulna em raças miniaturas). Não há 
anastomose. 
 Osteoporose temporária 
 Rejeição (raro) 
 Não consolidação por doenças específicas (hipotireoidismo, hiperparatireoidismo 
nutricional secundário). 
 
FRATURAS: 
 Linha de fratura: transversa, oblíqua, cominutiva e espiral 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 Número de linhas: a partir de 3 esquírolas já considero cominutiva. 
 Saber sempre em qual osso e qual terço está (proximal, médio ou distal). 
 
Espiral: pode ser visto o canal medular e a linha deve ser oblíqua. 
Fratura segmentar: falta um pedaço do osso. Fratura múltipla. 
Sempre quando temos um pedaço de osso com um tendão inserido nele e ele quebra, 
chamamos de fratura por avulsão, como por exemplo crista da tíbia, cálcaneo, olécrano, 
trocanter maior. 
Fratura fisária: fratura na linha de crescimento (na linha, na região metafisária, na região 
epifisária, ou fazer uma compressão e matar a linha de crescimento, podendo entortar o 
membro). Fazer osteosíntese. 
Fratura incompleta: em galho verde. Normalmente não opera. 
Fratura patológica: como em osteossarcoma. 
 
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA: 
Biologia: mais fácil consolidar o filhote do que o cão idoso 
Mecânico: osso quebrado deve ter o foco de fratura estável, não ter movimento ou tensão no 
local de consolidação. O foco deve ser comprimido para haver a consolidação. Se não 
consolidar ocorre a pseudoartrose que é a não união do foco de fratura. 
O suprimento sanguíneo é de extrema importância. 
GAP: espaço que fica na linha de fratura (fenda). Coloca-se tipos diferentes de tecidos no 
espaço, como o tecido de granulação, para dar estabilidade. Substitui por cartilagem e tecido 
fibroso, que é mais resistente que o tecido de granulação. Vai ficando tão rígido que se forma 
calo ósseo. Portanto calo ósseo é tecido de granulação no foco de fratura que é substituído 
por tecido cartilaginoso e fibroso que, por último, vira osso. Não pode ter movimentação 
excessiva, apenas micromovimento que é essencial para formar calo ósseo. NUNCA 
movimento excessivo. Isso é um método biológico de diminuir tensão. 
Um método mecânico é a rigidez do implante, como uma placa compressiva. 
Hematoma no foco de fratura é formado no mesmo dia e libera um proteína que faz célula 
mesenquimal adjacente se transformar em célula óssea. Tecido fibroso -> fibrocartilagem -> 
osso lamelar. 
O ideal é o osteoblasto virar osso, que acontece quando não há gap. Consolidação direta. 
Meio aceitável: gap -> condroblasto -> cartilagem hialina -> ossificação endocondral -> osso. 
Essa é a consolidação indireta. Quando tem tensão no local, como ligamentos/tendões, 
devemos usar métodos de consolidação indireta. 
Quando há muita tensão fica fibroblastos que origina tecido fibroso, dando origem a 
pseudoartrose. (erro cirúrgico). 
 
Consolidação direta: osteoclasto reabsorve osso e osteoblasto deposita osso ao mesmo 
tempo. Reabsorção e consolidação óssea acontecendo junto. Não fica calo ósseo nem linha de 
fratura no raio X. 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Consolidação indireta: forma calo ósseo. Hematoma -> cartilagem -> osso lamelar -> 
reabsorção/remodelaçãoóssea (calo ósseo). 
Não há preferência para o tipo de consolidação, ambas retornam a função. 
Na direta o implante deve ser retirado após um tempo maior (um ano), pois é mais frágil. 
O processo de remodelação pode demorar meses, anos ou nunca acontecer. 
Muito movimento num animal mais velho, não consolida, em um animal jovem fica um calo 
ósseo exuberante. Nenhum movimento, nenhum calo ósseo. 
 
RADIOGRAFIA: 
Sempre fazer no pós-operatório imediato e depois a cada 4 ou 5 semanas. 
Se o animal não estiver fazendo repouso encontraremos pinos e placas quebrados ou 
reabsorção óssea ao redor do implante. 
 
TALA: 
União indireta que forma calo no periósteo e calo ósseo no endósteo. 
Não estabiliza todo tipo de parafuso. 
PLACA: 
Formação indireta sem calo. Quanto mais estável está, menos calo ósseo. 
 
BIOMECÂNICA DAS FRATURAS: 
É a força que o osso suporta quando em movimento. Neutralizar a força na fratura até o osso 
consolidar. 
A compactação do osso, quando ele apoia o membro no chão, é chamada de compressão axial 
e deve ser anulada. 
A rotacional é quando um músculo puxa para um lado e outro músculo para o outro, fazendo 
com que o osso gire. 
Força de flexão é quando o animal apoia e o osso dobra. 
 
TRATAMENTO DE FRATURAS: 
A técnica a ser escolhida para a reversão da fratura fica a gosto do cirurgião. 
 
OBEJETIVOS: 
 Redução anatômica 
 Estabilidade 
 Técnica atraumática 
 Dar suporte a cicatrização 
 Retorno precoce às funções do membro 
 
TRATAMENTO AO/ASIF (grupos de estudo): 
Eles ditam qual implante colocar. 
Preconizam: redução anatômica, preservação do suprimento sanguíneo do osso e tecidos 
moles, fixação interna e estável, movimento prematuro com carga total (animal deve 
apoiar/andar um pouco. Talas e gesso atrapalham) 
 
FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA ESCOLHA DO MÉTODO DE FIXAÇÃO: 
 Tipo de fratura, tipo de animal, tipo do proprietário 
 Experiência do cirurgião 
 Custos da cirurgia e dos equipamentos 
 Qualidade dos cuidados pós-operatórios (ambiente que o animal fica e se o 
proprietário cuidará) 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
MUDANÇAS: 
DE Tratamento mecânico da fratura 
PARA Tratamento biológico da fratura (mais eficaz) 
PARA Consolidação confiável e precoce 
COM Procedimentos seguros e simples 
E Diminuição das complicações 
Tudo desejando a restauração da função normal com a menor morbidade e o mais rápido 
possível. 
"Abra mas não toque": pequenas incisões para preservar o potencial osteogênico no foco de 
fratura. Manipula o menos possível e com mínima perda da vascularização. Menor a chance de 
infecção óssea devido ao pouco tempo que o animal fica aberto. 
Não mexer em fragmentos presos em ossos. Se ele for pequeno e estiver solto, pica e coloca 
de volta. 
 
MÉTODOS UTILIZADOS: 
Pinos, fios de cerclagem, placas, fixadores, hastes bloqueadas e tala. 
Osteosíntese minimamente invasiva com placa (MIPO): coloca-se a placa sem expor o foco de 
fratura. Acompanhar pelo raio x. 
Fixador externo: meio de comunicação com o ambiente externo, portanto necessita de 
cuidados pós-operatórios. 
Em fratura de mandíbula pode-se usar apenas fio entre os dentes. 
 
 Para uma boa recuperação devemos impedir as forças que atuam no osso, da de 
compressão axial, rotação e de flexão. 
 O pino deve ser, pelo menos, 25% o diâmetro do osso. 
 
PINOS INTRAMEDULARES: 
- É uma técnica das mais antigas de osteosíntese na veterinária 
- Também chamado de pino de Steinmann 
- É uma técnica simples, de fácil colocação, que não necessita de material especial 
- O custo é mais baixo entre todos os implantes 
- Ele somente contrabalancea a força de flexão, e fica dentro do canal medular (é uma 
vantagem), compartilhando a carga (menor chance de quebra) 
- Ele sempre deve sair do osso e voltar (recalcar) 
 
Indicações: 
- Fraturas oblíquas longas 
- Associado à cerclagem, parafusos 
- Associar dois pinos 
 
Contra-indicações: 
- Não se usa pino intramedular em rádio 
 
Complicações: 
- Geralmente associado a erro de técnica (ponta de pino pra fora causando dor) 
 
Colocação: 
- Técnica fechada: não abro o foco de fratura (difícil) 
- Técnica aberta: abro o foco de fratura 
- Técnica normógrada: de proximal para distal 
- Técnica retrógrada: entro de distal pra proximal 
- Reduzir fragmento 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
- Recalcar o pino: colocá-lo no canal medular (com auxílio de um martelo) 
- Mensuração: não esquecer de medir o pino 
 
PINO DE RUSH: 
- Usado em 2 situações apenas: fratura distal de úmero e fratura distal de fêmur (locais onde 
tem condilos – o pino entra no condilo) 
- Fixação em três pontos sob tensão elástica 
- Previne migração de implantes 
 
Indicações: 
- Fratura distal de úmero e de fêmur 
 
FIOS METÁLICOS 
- Envolvem o osso (cerclagem) ou fura-se o osso com a broca e passa o fio (hemicerclagem) 
- Não colocar só fio, sempre associar com pino, fixador externo, haste, etc. 
- Só usar fio sozinho em fratura de boca 
 
Indicações: 
- Envolver ou penetrar o osso 
-Promover justaposição de fragmentos ósseos 
- Usar como método auxiliar: fraturas obliquas, em espiral ou fissuras longitudinais, aposição 
de fragmentos, fraturas mandibulares e maxilares e fraturas por avulsão (tendão em um 
pedaço pequeno de osso) 
- Cuidado para não pegar músculo! 
 
Vantagens: 
- Cômodo, de fácil colocação 
 
Desvantagens: 
- Necessidade de fixação complementar contra encurvamento e compressão 
 
Complicações: 
- Falência da fixação = USO INADEQUADO 
- Afrouxamento 
- Rompimento do fio de aço 
- Protrusão do fio na pele 
 
 A fratura só pode ser espiral se ela for em linha oblíqua! 
 
Enxerto de osso esponjoso: utilizado em osteomielite, pseudoartrose, união retardada, não 
união e animais muito velhos com fraturas complicadas. É um método barato. Retirar da crista 
ilíaca, da crista da tíbia, distal ao fêmur e do tubérculo maior do úmero. O osso esponjoso 
acelera a consolidação óssea porque tem osteófitos (células vivas). O osso esponjoso é 
retirado com cureta e colocado no foco de fratura. 
 
Enxerto de banco de ossos (enxerto cortical): enxerto de um animal morto de causa não 
infecciosa e não neoplásica. Usa-se a diáfise, ela é armazenada (liofilizada, calcificada, entre 
outros). Usado quando há perda óssea muito grande. 
 
FIXADOR EXTERNO: 
- São pinos por fora da pele unidos que dão estabilidade 
- Indicado para todos os ossos, exceto coxal 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
- É a técnica mais rápida e fácil para se fazer osteosíntese biológica 
- Nunca passar fixador em esquirula 
 
 
Vantagem: 
- Reutilizável e pode-se adaptar a diversas fraturas 
- Redução fechada – osteosíntese biológica 
 
Desvantagem: 
- Cuidados pós operatório são difíceis (miíase e osteomielite) 
 
Classificação/Configurações: 
Ia- uniplanar: fêmur e úmero (possui maior rotação), passa o osso do outro lado, porém não 
passa pele 
Ib – biplanar: fraturas proximais ou distais 
II – pinos inteiros: aumenta a resistência às forças de flexão, passa de um lado e de outro da 
pele 
III – fraturas muito instáveis, infecções de artrodeses e não união (união do tipo II com o tipo I) 
Ilizarov: alongamento para corrigir deformidades (fazer curva ou alongar) 
 
Indicações: 
- Fraturas de extremidades II ou III 
- Fraturas cominutivas 
- Alinhamento articular para consolidação de fragmentos ósseos 
- Fraturas expostas e/ou infeccionadas (nesse caso obrigatório uso de fixador externo) 
- Fraturas com dano vascular e de tecidos moles 
- Artrodeses 
- Estabilização de osteotomia corretiva 
- União retardada ou não união 
 
Princípios de aplicação: 
- Utilizar furadeira elétrica ou manual (150 rpm): se girar rápido corre risco do osso queimar, 
criando uma área de necrose permitindo que o pino se solte 
- Evitar pressão e alta velocidade 
- Pinos rosqueados: aderência e rigidez (dá mais segurança) 
- Diâmetro dopino: deve ter 20% do diâmetro do osso 
- Número de pinos: quanto maior o número de pinos menor a sobrecarga, devemos usar no 
mínimo 5 pinos (pino por fragmento) (quanto mais pino, mais resistente fica) 
- A sobrecarga causa microfraturas e afrouxamento do pino 
 
Manejo pós operatório: 
- Bandagem: dá mobilidade aos tecidos moles, limita o edema e previne acidentes 
- A bandagem deve ser trocada 
- Limpar a interface pinos/pele até a remoção do fixador (no começo todos os dias, depois a 
cada 2/3 dias) 
- É normal que saia liquido serosanguinolento (se começar a sair pus tem infecção) 
 
Complicações: 
- Ponto frágil – interface osso-pino 
- Número de pinos insuficiente 
- Colocação inadequada em relação ao foco da fratura 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
PLACAS E PARAFUSOS ÓSSEOS: 
 
PARAFUSOS: 
- Furar com uma broca, medir comprimento do parafuso, macheiar (fazer a rosca) e parafusar 
 
 
 
 
Indicações: 
- Produzir compressão fragmentar 
 
 
- Parafuso posicional (colocar uma esquirula no lugar) 
 
 
- Parafuso para placa 
 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLACAS: 
 
 
 
Compressão: fratura transversa e oblíqua curta 
Neutralização: espiral, obliqua longa e com esquirula (uma esquirula) – não pode ter falha 
óssea para se utilizar essa placa 
Apoio/Ponte: cominutiva – não se pode usar se a fratura for distal ou proximal, porque 
necessita de parafuso 
 
- Existem vários tipos de placas, as mais usadas são as três acima 
Placa de reconstrução: só se usa em fratura de coxal 
- Em tíbia só coloco a placa medial, no fêmur, somente lateral, rádio e ulna cranial ou medial 
(mais trabalho), úmero só não podemos colocar caudal porque comprime o osso 
- A placa tem que ser modelada em cima do osso 
 
Indicação para remoção das placas ósseas: 
- Quando ocorre a consolidação óssea (raramente proprietário paga outra cirurgia para 
retirada da placa) 
- Infecção de baixo grau (não chega a ser uma osteomielite, mas existe uma infecção) 
- Claudicação por condução térmica: esfria e dói 
- Irritação de pele ou tecidos moles 
- Implante não funcional 
 
 
Giulia Borges Codogno/Mariana Laís Franco Balbino 
 
Placa DCP: placa de compressão dinâmica – tem orifício ovalado e “gruda” em contato com o 
osso, quanto mais implante tenho em contato com o osso mais ele “aperta”, e é isso que dá a 
estabilidade, é a fricção da placa em relação ao osso, então quando tenho uma placa reta, as 
vezes existe até áreas de necrose por baixo da placa tamanha é a compressão, pra isso a DCP 
foi criada, ela é uma placa de contenção dinâmica de baixo contato (algumas áreas não tem 
nem contato com o osso, então ele só fica preso em um pedaço), permitindo uma boa 
vascularização local. 
 
Placa bloqueada: placa com parafuso que a bloqueia 
 
Usamos placa em tudo: coluna, coxal, rádio, ulna, úmero, fêmur, falange, metacarpo, 
metatarso, boca, cabeça, etc. 
 
HASTE BLOQUEADA: 
- Pino com parafuso que impede a força de rotação 
- Atualmente método preferido é a fluoroscopia 
- Sempre mesmo diâmetro com vários tamanhos de comprimento 
- Necessita de uma guia externa para saber onde está o parafuso 
- Feito com fixação estática 
- A haste controla todas as forças 
- A haste em relação a placa leva vantagem pois está no canal medular que é o eixo de força 
neutra do osso, além de não desvitalizar o periósteo 
- A haste comparada ao fixador também leva vantagem por não requerer curativo 
- Fixação estática: prende em cima e em baixo/ Fixação dinâmica: só estabiliza distalmente 
- Impede todas as forças assim como placa e fixador externo 
- Não é possível cortar uma haste 
- Técnica minimamente invasiva, pode-se fazer redução fechada se tiver fluoroscópio, e tem 
como vantagem mecânica ser aplicada em um eixo de força neutro 
- Não usar em rádio 
- Não usar em fratura metafisária, apenas diafisária (exceto rádio) 
 
Complicações: 
- Quebra 
- Erro de bloqueio 
- Não união 
- Infecções 
- Neuropraxia 
- Contratura muscular

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