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NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA

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NEFROESCLEROSE 
HIPERTENSIVA
Universidade Estadual de Feira de Santana
Departamento de Saúde
Curso: Farmácia e Enfermagem
Disciplina: O Cuidar de Pessoas com Insuficiência Renal
Feira de Santana
2016
Docentes: Aline Almeida, Caroline Oliveira, Pollyana Portela e Rita Amorim.
Discentes: Ana Mercia Mascarenhas, Dalila Gouveia, Daniela Borges, Ivanilza Carminha da Silva, Jaciele Santos, Luilma Pinto, Julia Mendes, Thays Santos.
Insuficiência Renal Crônica- IRC 
Caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal.
O diagnóstico precoce ajuda a prevenir que a doença renal crônica progrida para fases mais avançadas.
Nas fases iniciais da IRC não é comum o surgimento de sintomas.
Fatores de risco: diabetes mellitus, glomerulonefrites, histórico familiar, tumores e cálculos renais e hipertensão arterial. 
Dalila
Hipertensão Arterial e Insuficiência Renal Crônica
Estão intimamente relacionadas, podendo a hipertensão ser tanto a causa como a consequência de uma doença renal.
A HA determina o quadro de lesão renal.
Jaciele
Hipertensão Arterial e Insuficiência Renal Crônica
Sendo que na forma:
Maligna ou acelerada ocorre um quadro grave de lesão renal, de natureza microvascular, caracterizada por proliferação miointimal ou necrose fibrinóide, a nefrosclerose maligna. 
Não maligna que também pode determinar quadro de lesão renal, também de natureza microvascular, caracterizado por arteriosclerose hialina, porém de evolução mais lenta e menos agressiva, conhecidas como nefrosclerose benigna, mas que também pode levar à IRC terminal.
Jaciele
Nefroesclerose Hipertensiva
A NH é uma doença renal progressiva causadora de insuficiência renal crônica grave.
É o termo mais frequentemente utilizado para designar o quadro histológico renal relacionado às fases benigna e maligna da hipertensão arterial.
Jaciele
Nefroesclerose Maligna
Nefroesclerose maligna é o termo usado para descrever as alterações vasculares observadas na fase maligna da hipertensão
Nefroesclerose Benigna 
Desenvolve-se em hipertensos não complicados e se correlaciona com o grau e a duração da hipertensão.
Jaciele
Fisiopatologia 
Nefroesclerose Benigna: arteriolosclerose hialina 
Presença de grânulos, redução do tamanha e peso do rim;
Aumento da quantidade de tecido gorduroso periférico;
Hialinose intimal: artérias interlobulares e artérias aferentes;
Deposito subendotelial de lipídeos e proteínas; 
Redução da luz vascular;
Substituição progressiva dos elementos da parede dos vasos;
Comprometimento progressivo: focal multifocal acometimento total 
Luilma 
Fisiopatologia
Nefroesclerose Benigna: arteriolosclerose hialina 
Artérias interlobulares: hialinose, neoformação colágena e elástica e hipertrofia da camada muscular;
Lesões vasculares: hipóxia e alterações glomerulares, tubulares e intersticiais;
Alterações glomerulares: espessamento da parede capilar, redução da celularidade, colapso de alças, deposição de colágeno no espaço de Bowmann, fibrose parcial ou total e esclerose total dos glomérulos
Luilma 
Fisiopatologia
Nefroesclerose Maligna: arteriolosclerose maligna
Arteríolas, artérias interlobulares: espessamento intimal por edema, neoformação colágena e elástica, proliferação de fibroblastos e células musculares lisas;
Arteriolosclerose hiperplástica, hiperplasia celular da íntima: obstrução da luz vascular;
Necrose fibrinóide das arteríolas aferentes: material granuloso e necrosante: infiltrado osinofílico na parede vascular;
Arteriolite inflamatório, falência renal 
Luilma 
Fisiopatologia
Nefroesclerose Maligna: arteriolosclerose maligna
Microneurismas, trombose, infiltração das paredes por hemácias e leucócitos;
Necrose fibrinóide arteriolar: destruição das alças capilares nos glomérulos;
Isquemia persistente: sistema renina-angiotensina-aldosterona;
Colapso isquêmico (enrugamento da membrana basal): obstrução dos vasos pré-glomerulares
Luilma 
Epidemiologia
Jaciele
Hipertensos com Insuficiência Renal
Hipertensos com diabetes com Insuficiência Renal
Jaciele
Causas 
Ivanilza
 
A HA compromete principalmente as estruturas vasculares renais (artérias, arteríolas e capilares glomerulares).
É nas arteríolas e glomérulos que ocorrem as consequências mais serias e mais frequentes da HA sobre os rins.
Ivanilza
Causas
 
Estresse mecânico
Como o risco de desenvolver hipertensão maligna se eleva com a severidade da hipertensão, o papel do estresse mecânico na parede do vaso parece ser fundamental na sua patogênese. Uma lesão mecânica severa pode levar à falência dos mecanismos de auto-regulação, resultando em vasodilatação focal e transmissão direta da pressão alta para o endotélio. O endotélio lesado leva ao aumento da permeabilidade vascular com deposição de fibrina e plaquetas na parede do vaso com ativação dos mediadores da coagulação e proliferação celular.
Ivanilza
Causas
 
No Brasil e nos EUA 27% dos pacientes submetidos a terapia renal substitutiva tem como única causa plausível da insuficiência renal crônica a Hipertensão Arterial. Esses dados adquirem ainda mais importância quando a hipertensão está associada ao diabetes mellitus.
Hipertensão e diabetes juntos são responsáveis por 60% a 70% dos casos de IRC.
Ivanilza
Causas
 
Os rins ao nascimento pesam em torno de 50g, atingem 270g da 3ª a 4º década e declinam para 185 na 9ª década.
Com a idade, as artérias interlobulares acumulam progressivamente uma fibroplasia da intima, o que acarreta estenoses e uma heterogeneidade glomerular (glomérulos normais e glomérulos esclerosados).
Ivanilza
Causas
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Sinais e Sintomas
Sintomas inespecíficos, lentos e progressivos;
Fadiga, náuseas e vômitos;
Emergências clínicas como edema pulmonar agudo;
Papiledema, hemorragias retinais, encefalopatias, anormalidades cardiovasculares e falência renal;
Crises hipertensivas, com perda de consciência e convulsões no indivíduo hipertenso;
Pesquisar o histórico familiar do paciente.
Julia
Diagnóstico
Clínico: retinopatia, proteinúria, hematúria, creatinina ↑, hipertensão, avaliação da função renal, hipertrofia ventricular esquerda, etc.
Histológico: imunofluorescência (presença de IgM).
Microscopia: descamação do endotélio, formação de fibras colágenas, proliferação conjutivo-fibrosa (aspecto de casca de cebola).
Macroscopia: leve redução do tamanho renal.
Diferencial: biópsia renal.
Ana Mercia
Medidas Preventivas
Monitoração da Pressão Arterial (P.A);
Diminuição dos fatores de risco associados à doença:
Diminuição do consumo de sódio;
Controle do tabagismo, da obesidade, do sedentarismo;
Diminuição do consumo de bebibas alcoólicas;
Estímulo à alimentação saudável;
Prática frequente de atividades físicas.
Daniela Borges
Rastreamento e acompanhamento de pacientes com H.A;
Monitoração da função renal pelo menos anualmente;
Ajuste na dosagem de drogas nefrotóxicas (antibióticos aminoglicosídeos, Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), contrastes radiológicos, etc.);
Desenvolvimento de habilidades para o autocuidado, sensibilização para a mudança do estilo de vida;
Promoção da saúde e atividades educativas para sensibilizar tanto pacientes e familiares como profissionais da saúde a fim de prevenir as complicações clínicas.
Daniela Borges
Medidas Preventivas
Tratamento
Os objetivos do tratamento da hipertensão arterial em pacientes com insuficiência renal crônica são de reduzir a progressão da doença renal nos estágios precoces e diminuir o risco cardiovascular. 
Deve assegurar a qualidade de vida do paciente.
O tratamento deve ser realizado através de medidas terapêuticas medicamentosas e não medicamentosas. 
Dalila
CONSIDERAÇÕES:
Pacientes tratados com IECAs e BRAs devem ser monitorados para hipotensão, queda da taxa de filtração glomerular e hiperpotassemia.
Em associação com o diurético, a ação anti-hipertensiva dos inibidores do ECA, é magnificada podendo ocorrer hipotensão postural.
MEDIDAS MEDICAMENTOSAS
MEDIDAS NÃO MEDICAMENTOSAS
Inibidoresda Enzima conversosa da angiotensina (IECAs). Ex: Captopril, benazepril.
Diminuiringestão de sódio.
Bloqueadores dosreceptores da angiotensina (BRAs). Ex:Candesartan,losartan
Praticar atividades físicas.
Diuréticos(de alça ). Ex: Furosemida e bumetamida
Reduçãodo consumo de álcool e do fumo
Dalila
Princípios Gerais do Tratamento
O medicamento deve ser eficaz por via oral e deve ser bem tolerado.
O tratamento deve ser iniciado com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente e/ou associar-se a outro hipotensor de classe farmacológica diferente.
Instruir o paciente sobre a doença, sobre os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados e os objetivos terapêuticos.
Considerar as condições socioeconômicas.
Dalila
Curiosidades
Dados do Relatório do Censo Brasileiro de Diálise Crônica 2012:
Nefropatia hipertensiva seguida pelo diabetes são as principais doenças de base que resultam na lesão renal.
Diagnóstico da doença renal primária, os mais frequentes foram:
 - Hipertensão arterial (34%).
 - Diabetes (29%).
 - Glomerulonefrite crônica (13%).
 - Rins policísticos (4%).
Thays
Curiosidades
A etnia desempenha um importante papel na prevalência e gravidade da HAS
A raça negra é um forte fator predisponente à HAS - afrodescendentes estão mais expostos ao desenvolvimento de uma hipertensão mais grave.
HAS configura-se como principal etiologia de DRC entre afroamericanos, sugerindo que a nefroesclerose hipertensiva é mais comum nesta população (SALGADO FILHO; BRITO, 2014).
Fonte: LOPES, 2014
Thays
Considerações finais
Thays
 A HAS é um importante fator de risco para a IRC.
 - intensas alterações no glomérulo e no leito arterial. 
 - alteração aguda mais característica: necrose fibrinoide de arteríolas.
Nefropatia hipertensiva: uma das principais causas de estágio final da doença renal.
Importância do controle da pressão arterial.
Papel da Atenção Básica.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. GUERRA, E. CADAVAL, R. RODRIGUES, C. Tratamento da hipertensão arterial em pacientes com déficit de função renal. Revista Brasileira de Hipertensão. vol. 9, nº 3, p. 288-292. 2002
ANDRADE, L. C. F. PAULA, R. B. MOURA, L. A. BASTOS, M. G. Nefroesclerose Hipertensiva como causa de insuficiência renal crônica. HU Revista. Vol. 25, nº 1, p. 21-27, jan/Abr 1999
BORTOLOTTO, Luiz. Hipertensão Arterial e Insuficiência Renal Crônica. Revista Brasileira de Hipertensão. Vol 15, p. 152-155, mai/jun 2008. Disponível em: < http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/15-3/09-hipertensao.pdf>. 
BRASILEIRO, Filho G: Bogliolo. Patologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
BREGMAN, Rachel. Prevenção da progressão da Doença Renal Crônica (DRC).J Bras Nefrol Volume XXVI, n. 3, Supl. 1, 2004.
FEITOSA, Audes. BARBOSA, Eduardo. Tratamento de Pressão Arterial em grupos especiais. Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em < http://departamentos.cardiol.br/dha/consenso3/capitulo6.asp>.
CAETANO, E. R. S. P., PRAXEDES, J. N. Lesão Renal na hipertensão essencial. HiperAtivo. São Paulo, v. 5. n. 4, p. 234-241, out/dez 1998.
KUMAR, V.; PERKINS, J. A. R. C. Patologia: bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
LOPES, A. A. Hipertensão arterial e doença renal crônica. Revista Hipertensão. [online]. v. 17, n. 3, p. 183-191, jul/dez 2014.
MALHEIROS, D. M. A. C., SALDANHA, L. B. Nefroesclerose hipertensiva: visão do patologista. HiperAtivo. São Paulo, v. 5. n. 4. p. 248-252, out/dez 1998.
RIELLA, M. C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
SALGADO FILHO, N.; BRITO, D. J. A. Doença renal em grupos minoritários. São Luís: UFMA, 2014. 46p.
SESSO, R. C., et al. Relatório do Censo Brasileiro de Dialise Crônica 2012. J. Bras. Nefrol.[online]. 2014, v. 36, n. 1, p.48-53.
TRAVAGIN, et al. Prevenção e progressão da Doença Renal Crônica: atuação do enfermeiro com diabéticos e hipertensos. Rev. enferm, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 291-297, 2010.

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