Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O estabelecimento da Era Napoleônica (1799 – 1815) no início do século XIX. Durante esse período, que encerra as turbulências vividas durante a Revolução Fracesa, Napoleão transformou- se em chefe supremo da nação francesa. Em sua gestão, Napoleão tinha como grande meta industrializar a economia francesa através de um agressivo plano que combinava pesados investimentos estatais e uma política internacional agressiva. Naquela época, a maior potência industrial era a Inglaterra. Com isso, Bonaparte procurou retaliar o monopólio mercadológico britânico nem que para isso tivesse que ameaçar a soberania das demais nações europeias. No ano de 1806, o governo napoleônico impôs o Bloqueio Continetal à Europa. Segundo esse decreto, a França exigiu que nenhuma nação europeia tivesse relações comerciais com a Inglaterra. Dessa maneira, o governo napoleônico ampliou seus mercados consumidores e, ao mesmo tempo, desestabilizou sua maior rival política, militar e econômica. O príncipe regente de Portugal, Dom João VI, não acatou a ordem francesa. Isso porque, ao longo do século XVIII, a economia portuguesa assinou uma série de tratados econômicos que aprofundou demasiadamente a dependência de Portugal para com a Inglaterra. Em reposta à intransigência portuguesa, Napoleão ameaçou invadir o território português. Pressionado por Napoleão, o governo português acabou aceitando um plano da Inglaterra para contornar essa situação. Os ingleses ofereceram escolta para que a família real portuguesa se deslocasse até o Brasil e garantiu que utilizaria de suas forças militares para expulsar as tropas napoleônicas do solo português. Em troca desses favores, Dom João deveria transferir a capital portuguesa para o Rio de Janeiro e estabelecer um conjunto de tratados que abrissem os portos brasileiros às nações do mundo e oferecessem taxas alfandegárias menores aos produtos ingleses. Não tendo melhores alternativas frente à proposta inglesa, em novembro de 1807, cerca de 12.000 súditos da Coroa Portuguesa sairam às pressas rumo ao Brasil. Dessa maneira, entre os anos de 1808 e 1821, o Brasil se tornou o centro administrativo do governo português. Além de ter sido um peculiar acontecimento na história política portuguesa, a chegada de Dom João VI e seus cortesãos ao Brasil iniciou um conjunto de ações que enfraqueceram o pacto colonial. O interesse britânico na transferência da Corte portuguesa para o Brasil era, além de enfraquecer Napoleão - que teria um aliado a menos na Europa -, propiciar a criação de novos mercados, pois os britânicos encontravam-se pressionados pelo Bloqueio Continental, que havia reduzido o mercado para seus produtos. A presença da Corte portuguesa no Brasil abriria as portas do comércio britânico para todo o território americano, aliviando com isso a recessão imposta pelo Bloqueio Continental. ->Foi em Salvador que dom João tomou suas primeiras medidas em solo colonial. Elas foram fundamentais para o início de um período de grandes mudanças, como a abertura dos portos, que culminariam na Indepêndencia em 1822. -> A guerra na Europa impedia que os produtos brasileiros fossem embarcados e vendidos em Portugal. Por isso, dom João assinou um decreto que promovia a Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808). Esse ato colocava um ponto-fimal no monopólio comercial português no Brasil, e, a partir dessa data, os navios britânicos estavam autorizados a comercializar nos portos da colônia. O comércio de produtos europeus se intensificou no Brasil. Após o encerramento das guerras na Europa, comerciantes ingleses e de outras nacionalidades vendiam produtos importados para as classes mais pobres. -> Revogação do alvará de 1785(proibia que o Brasil fizesse exportações), que proibia a produção de manufaturas no território americano. Dom João decretou isenções fiscais para novos negócios, mas as manufaturas não evoluíram como o desejado. ->Como a economia do Brasil girava em torno da agricultura, era difícil competir com a entrada de produtos europeus, principalmente após o Tratado de Aliança e Amizade e do Tratado de Comércio e Navegação (1810), que deram privilégios fiscais aos produtos britânicos. ->Em 1815, com a Corte ja adaptada no Brasil, Dom João estava sendo pressionado a voltar para Portugal e restaurar o governo logo após a derrota de Napoleão. Para não ter que voltar, dom João decretou a elevação do Brasil à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Com essa medida, o Brasil deixou oficialmente de ser uma colônia, e passou a ser uma extensão do território português. ->As intensas mudanças na cidade do Rj alteraram os hábitos dos seus habitantes. A elite local começou a consumir produtos europeus com maior frequência, a arquitetura mudou e passou a seguir os padrões europeus, a presença da Corte estimulou eventos culturais. Para a massa popular restou a falta de moradia, a imposiçao de ordem pública com a criação da polícia(ordem significava reprimr a população pobre), a inflação e mais cobrança de impostos. -> Conta política externa: A França estava sem governantes; devolve-se o sacramento e transforma na república do Uruguai. ->Constituição de 1824: Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de imperador. A primeira Constituição brasileira foi outorgada, por D. Pedro I, em 25 de março de 1824. -> Poder moderador: A Constituição de 1824, primeira Carta Magna brasileira, definiu deste modo o Poder Moderador, em seu art. 98: “O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos.” ->A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba). Em Pernambuco, centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento. - Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824; - Revolução Pernambucana - Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos; - Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil; - Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons; - Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região; - Fome e miséria, que foram intensificadascom a seca que atingiu a região em 1816. Objetivo O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição. -> Noite das garrafadas Em visita à cidade de Ouro Preto (Minas Gerais), o imperador foi alvo de manifestações públicas de protesto contra o envolvimento de Dom Pedro I no assassinato de Libero Badaró. Estes manifestantes apresentaram, no momento da visita do imperador, faixas negras, simbolizando o luto pelo fato. A retornar ao Rio de Janeiro, defensores do imperador (principalmente portugueses) entraram em conflito com seus opositores (maioria de integrantes do Partido Brasileiro). Estes, munidos de garrafas de vidro e pedaços de pau, entraram em conflito com os defensores do imperador, provocando um verdadeiro conflito popular de rua, marcado por agressões, insultos e provocações. Representou as dificuldades políticas enfrentadas pelo imperador e teve forte influência na renúncia de Dom Pedro I em 7 de abril de 1831.
Compartilhar