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Inglês Instrumental e gêneros textuais Objetivo(s) - Apresentar o que é Inglês Instrumental. Abordar os Gêneros Textuais Seja bem-vindo à disciplina de Inglês Instrumental! A partir de agora, você terá a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a disciplina de Inglês Instrumental, ferramenta fundamental, uma vez que hoje, para estarmos inseridos no mundo globalizado, precisamos ter conhecimento, no mínimo, básico, da Língua Inglesa. A Língua Inglesa está presente em vários âmbitos da vida, tais como: ciência, política, educação, tecnologia, imprensa, propaganda, artes, entre outros. O domínio da Língua Inglesa é o nosso passaporte para um mundo de informações que são essenciais tanto na esfera pessoal como na profissional. Assim, esse material foi especialmente elaborado para você com o objetivo de disponibilizar conhecimentos necessários que viabilizem a construção de sentidos de texto e que facilitem a leitura e a compreensão de textos em Língua Inglesa. Para isso, de imediato, você irá conhecer o que é Inglês Instrumental e para que serve. No segundo momento, iremos abordar os diversos Gêneros Textuais, uma vez que, no nosso dia a dia, nos deparamos com tipos diferentes de textos e cada um com a sua especificidade. Já no terceiro percurso de estudo, serão apresentados os Objetivos de leitura e os Níveis de compreensão de um texto. Por último, no quarto instante, você será capaz de identificar os Cognatos em um texto, sendo essa uma técnica extremamente útil em qualquer leitura. Agora que já sabe a forma como está organizada a nossa unidade, vamos ao trabalho?! Let´s learn and have fun together! Have a nice course! “Aprender é a unica coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende". (Leonardo da Vinci) O que é Inglês Instrumental? Qual é a diferença entre um curso de inglês comum e o Inglês Instrumental? Para responder a essas perguntas, vamos começar por entender o que normalmente ocorre no aprendizado de uma língua. Para dominarmos um idioma, é necessário aprendermos as quatro habilidades do mesmo. Você sabe quais são essas habilidades? São elas: E para que isso seja possível, isso é, para que dominemos essas quatro habilidades, precisaremos estudar o idioma por um longo período. Veja, por exemplo, a Língua Portuguesa. Muitos de nós ainda não a dominamos por completo, mesmo tendo nascido e morado no Brasil a vida toda. Assim, dominar as quatro habilidades da língua demanda tempo, e esse é o objetivo de um curso normal de Língua Inglesa. Já no Inglês Instrumental, focamos aquilo que realmente importa para o seu curso. E foi por esse motivo que o Inglês Instrumental foi eleito como o mais adequado. Mas, afinal, o que é Inglês Instrumental? O Inglês Instrumental, também conhecido como English for Specific Purpose (ESP), ou seja, Inglês para Fins Específicos, leva em conta as necessidades dos alunos como elemento principal na determinação dos objetivos a serem alcançados. Basicamente, Hutchinson & Waters (1987) definem ESP da seguinte forma: “ESP should be seen as an approach not as a product. ESP is not a particular kind of language or methodology, nor does it consists of a particular type of teaching material. Understood properly, it is an approach to language learning, which is based on learner need”. O nosso curso, em especial, visa capacitar o aluno, em um período relativamente curto, a ler e compreender textos acadêmicos em inglês, fazendo uso de estratégias e técnicas de leitura específicas, tornando-o um leitor mais autônomo e eficiente. Como o propósito de todo leitor é a construção de significado, o texto passa a ser um meio para alcançar tal fim, ou seja, a compreensão. Nesse contexto, a gramática é ensinada de forma contextualizada para auxiliar na compreensão dos textos trabalhados ao longo do curso. O Inglês Instrumental no mundo Não se sabe ao certo quando se iniciou o ensino do Inglês Instrumental, mas acredita-se que, de certa forma e de maneira informal, o ensino instrumental sempre tenha existido. Vejamos os impérios antigos, como o grego e o romano, por exemplo. Não podemos negar que a língua dos povos dominantes era utilizada para contato com os novos povos conquistados e, pelo que se sabe a respeito do ensino de línguas estrangeiras, naquela época ainda não havia um ensino formal de idiomas. Desta forma, a língua era aprendida com a finalidade de estabelecer relações entre dominados e dominantes, e isso representa, por si só, um fim instrumental. Bloor (1997) menciona a existência de um manual de ensino, datado de 1415, destinado a mercadores de lã ou de produtos agrícolas. Esse manual estava repleto de palavras técnicas da área da indústria de lã. No mundo moderno, o Inglês Instrumental se expandiu com o surgimento de diversas correntes. A primeira foi chamada de Mundo Novo. Após a Segunda Guerra Mundial (1945), ocorreu, nos Estados Unidos, uma expansão científica, tecnológica e econômica, causando, assim, a disseminação do inglês como língua internacional. A Revolução Linguística foi a segunda corrente em que linguistas iniciaram um estudo focado na comunicação real, crescendo, assim, a quantidade de estudos sobre a leitura e seus múltiplos aspéctos. Por fim, nos anos 60, mais exatamente em 1962, com a publicação do artigo “Some measurable characteristics of modern scientific prose” de Barber, de acordo com Swales (1995), o ESP se estabeleceu como ramo primordial na área de ensino de inglês como L2. Nesse período, foram publicados os primeiros livros de Inglês Instrumental e, a partir de então, muitos cursos se espalharam pelo mundo. L2: Essa sigla se refere à “segunda língua” ou “língua estrangeira”. Em inglês, falamos em Second Language ou Foreign Language. A nossa L1, ou “primeira língua”, é o Português. O Inglês Instrumental no Brasil No final dos anos 70, as necessidades dos alunos do programa de mestrado em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas da PUC-SP levaram a coordenadora do programa a desenvolver um projeto de extensão nacional, o Projeto Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras. O Projeto foi elaborado com o apoio do Conselho Britânico, do Ministério da Educação e de linguistas ingleses e americanos sob a coordenação de Antonieta Celani. A partir de então, essa disciplina foi incluída no currículo da maioria dos cursos universitários, dando mais ênfase à habilidade de leitura no processo de aprendizagem por meio de técnicas e estratégias de leitura. A necessidade específica de leitura em língua estrangeira é mencionada por Celani (1983, p.05) na citação abaixo: (...) uma metodologia que permite fazer com que o aluno desenvolva estratégias para poder lidar com um texto em vários níveis de compreensão, alguns dos quais exigindo conhecimento quase nulo de língua inglesa. Aos poucos, vai-se aumentando o grau de sofisticação dessas estratégias, ao mesmo tempo que se faz com que o aluno adquira uma ‘gramática mínima do discurso’, que lhe possibilite a compreensão dos textos. Saiba Mais Em 1997, foi realizado um trabalho para descobrir quais eram as palavras mais utilizadas na Língua Inglesa, além de seu percentual de ocorrência. Para esse estudo, foram utilizados os livros on-line do Projeto Gutemberg, que tem por objetivo digitalizar obras de literatura cujos direitos autorais tenham se expirado. Na época da pesquisa, 1600 livros foram analisados. Descobriu-se que as 250 palavras mais comuns equivalem a 60% de qualquer texto. Se aumentarmos esse número para 1000 palavras, isso será equivalente a 70% de qualquer texto. Ainda, verificou-se que os cognatos, palavras parecidas em dois idiomas, como estudaremos mais adiante, somamde 20 a 25% do total de um texto. Se conhecermos essas 1000 palavras e tivermos consciência dos cognatos, teremos 95% de compreensão do texto. Não é interessante? O restante da compreensão fica por conta do seu estudo! Você quer saber quais são as 250 palavras mais comuns? Você vai encontrá-las no seguinte livro: As palavras mais comuns da língua inglesa. São Paulo: Novatec, 2003. ALMEIDA, R. Q. E como iremos trabalhar na nossa disciplina? Iremos aprender diversas estratégias e técnicas de leitura para facilitar a construção de sentido do texto. Vamos estudar, por exemplo, o skimmimg, o scanning, a inferência contextual, a informação não verbal, o uso do dicionário, tudo que se refere ao conhecimento estratégico. Também estudaremos o conhecimento linguístico que engloba o conhecimento de vocabulário, das relações sintáticas, isto é, a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. E, por fim, falaremos sobre o conhecimento prévio que nada mais é que o conhecimento de mundo que o leitor já tem e que deverá ser ativado no momento da leitura e que irá auxiliá-lo na construção de significados e na compreensão do texto. É por meio de nossas experiências anteriores e do nosso conhecimento acerca do assunto lido que poderemos estabelecer ligações e fazer inferências de modo a relacionarmos as diferentes partes do texto. Relato de Experiência O aprendizado da Língua Inglesa é tão importante, por ela ser considerada a língua da globalização, que Rajagopalan comenta: Estima-se que perto de 1,5 bilhão de pessoas no mundo – isto é ¼ da população mundial – já possui algum conhecimento da língua inglesa e/ou se encontra em situação de lidar com ela no seu dia-a-dia. Acrescente-se a isso o fato ainda mais impressionante de que algo em torno de 80 a 90% da divulgação do conhecimento científico ocorre em inglês. Ou seja, quem se recusa a adquirir um conhecimento mínimo na língua inglesa corre o risco de perder o bonde da história. (RAJAGOPALAN, 2005, p.149) Por isso é tão importante à disciplina de Língua Inglesa no seu curso! Estratégias são utilizadas a todo momento em nossas vidas: se vamos conversar com o diretor da empresa para relatarmos uma ocorrência no trabalho, pensamos em como fazê-lo de modo que a nossa colocação seja clara, objetiva e respeitosa. Se queremos comprar uma nova casa, pensamos em estratégias para pouparmos dinheiro e em planos de financiamento. Fazemos isso porque queremos atingir um objetivo. Assim, como leitor, você também pode fazer uso de estratégias de leitura para auxiliá-lo no entendimento de um texto. Importante Um dos fatores primordiais para o aprendizado de uma língua estrangeira é a motivação que o aluno tem em aprendê-la. Você já ouviu a expressão “querer é poder”? Pois é bem assim, se queremos, conseguimos. Estando motivado, você se sentirá mais capaz para aprender e se concentrará mais nas explicações e nas atividades propostas. Schütz (2003) descreve a motivação da seguinte maneira: A motivação é uma força interior propulsora, de importância decisiva no desenvolvimento do ser humano. Assim como na aprendizagem em geral, o ato de se aprender línguas é ativo e não passivo. Não se trata de se submeter a um tratamento, mas sim de se construir uma habilidade. Não é o professor que ensina nem o método que funciona; é o aluno que aprende. Por isso, a motivação do aprendiz no aprendizado de línguas é um elemento chave. (SCHÜTZ, 2003, p.1) Então, mãos à obra! As estratégias de leitura consistem, basicamente, na valorização de recursos textuais como meios facilitadores de compreensão, cabendo a você, leitor, escolher quais as melhores estratégias a serem utilizadas de acordo com o texto que você está lendo e seu objetivo de leitura. Conheceremos um pouco dessas estratégias nas próximas aulas. Ponto-Chave: Então, após essas considerações, como será possível fazer a leitura de textos em língua inglesa e ter o máximo de compreensão dos mesmos? Direto ao Ponto: Podemos facilitar a compreensão de textos fazendo uso de técnicas e estratégias de leitura. Gêneros Textuais Neste momento, vamos estudar os Gêneros Textuais. Há vários tipos de textos, com diferentes funções e diferentes formatos. São os Gêneros Textuais que possuem textos com funções comunicativas reconhecidas culturalmente por uma sociedade. Eles se definem pela estrutura gramatical, por seu vocabulário específico, por sua organização e por seu layout, isto é, o seu formato. Para Bakhtin (1997), o gênero é um enunciado de natureza histórica, sociointeracional, ideológica e linguística relativamente estável. De acordo com Marcuschi (2000, p. 155), gêneros textuais: (...) são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sócio-comunicativos carac¬terísticos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. Com o reconhecimento dos gêneros textuais, você poderá fazer leituras mais eficientes e direcionadas uma vez que você será capaz de localizar informações mais rapidamente em um texto. Vamos ver se você consegue identificar os gêneros textuais? Primeiro, observe o layout e as fontes, para então identificá-los, usando os nomes em inglês. 1. RECIPE 2. FORM 3. COMIC STRIP 4. DICTIONARY ENTRY 5. LETTER 6. ADVERTISEMENT 7. E-MAIL 8. WEATHER FORECAST Agora, vamos entender o layout, os recursos tipográficos, ou seja, palavras em negrito, itálico, palavras características de cada texto, tipo de letra, figuras. Todos esses elementos nos auxiliarão no momento da leitura de um texto e muitos são características específicas de um determinado gênero textual. O processo de leitura e compreensão de um texto escrito vai muito além de uma simples decodificação de palavras. Podemos dizer que, na leitura, o leitor vivencia uma construção de sentido e interage com o texto podendo estar de acordo ou não com o que está escrito. Para Kleiman (2008, p. 65): (...) o leitor constrói, e não apenas recebe, um significado global para o texto; ele procura pistas formais, antecipa essas pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões. Nesse processo, o uso das estratégias de leitura possibilita ao leitor um melhor entendimento do texto. E uma das estratégias é reconhecer o gênero do texto que está lendo! No caso da Letter, ou seja, carta, temos uma formatação específica com data, endereço, destinatário e assinatura de quem a escreve. Já o Comic strip, ou tira cômica, vem em formato de tira. O E-mail dispensa explicações por ser um gênero textual bastante comum. O Dictionaty entry tem o verbete a ser definido em negrito, além de muitos dicionários trazerem a transcrição fonética da palavra entre barras. Você também pode ter conseguido identificar esse gênero textual pela palavra Dictionary, que é um cognato, ou seja, uma palavra muito semelhante, na forma escrita, com a da nossa língua. O Recipe, que é uma receita, também tem a formatação específica com os ingredientes, palavra também cognata – ingredients, e a forma de preparo, ou seja, as directions. A figura também facilita a identificação do gênero. O Weather forecast, ou previsão do tempo, também tem formatação e palavras típicas como a unidade de temperatura que é igual aqui, no Brasil, e no Reino Unido – graus Celsius, que em inglês é degrees Celsius. A Form, que nada mais é que um formulário, vem com espaços para o preenchimento das informações pessoais e outras específicas, dependendo do tipode formulário. Por fim, o Advertisement, que também pode ser encontrado informalmente como advert ou simplesmente ad, quer dizer anúncio ou propaganda. Curiosidade Você sabia que existem dicionários on-line da Língua Inglesa como o Merriam-Webster e o Cambridge Dictionaries Online que trazem a pronúncia das palavras que você procura? Nas definições, você encontra um ícone de um alto-falante. Se você tiver o recurso de áudio em seu computador, basta clicar no ícone para ouvir a pronúncia da palavra. Você pode acessar os sites pelos seguintes endereços: http://www.merriam-webster.com/ http://dictionary.cambridge.org/pt/ Ponto-Chave: Que recursos podemos utilizar para identificar mais facilmente um gênero textual? Direto ao Ponto: Podemos facilitar a compreensão de textos fazendo uso de técnicas e estratégias de leitura.
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