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Introdução à Administração Prof. Marcos Vinicius Pó marcos.po@ufabc.edu.br Duas visões distintas sobre cultura organizacional: 1. A organização possui uma cultura que muda com o passar do tempo. 2. A organização não é, ela mesma, uma cultura, ou seja, a expressão cultural de seus membros. Cultura organizacional como variável Organização = sistema constituído por subsistemas que funcionam de forma integrada. Subsistema humano e cultural ▪ Informal: conjunto de indivíduos que compõem a organização e suas respectivas subculturas ▪ Formal: cultura oficial da empresa, ou seja, regras, padrões e valores oficiais disseminados pelos dirigentes Cultura organizacional (Edgar Schein) Percebida por meio da linguagem, dos símbolos, das imagens, das histórias, dos hábitos e dos valores que permeiam a organização Sobrevivência da cultura da organização depende de ser uma cultura forte e liderança estável Cultura oficial planejada pela organização confronta- se com as “visões de mundo” de cada conjunto de atores sociais da organização Princípios, conceitos, formas de comportamento e padrões são difundidos oficialmente pelos dirigentes por meio de treinamentos, publicações, discursos, comunicados, ente outros. Cada subgrupo organizacional tem a sua cultura e valores, originários de sua formação, afinidades, o que muitas vezes se conflita ou reforça os “valores oficiais” Sociedade como uma realidade objetiva e concreta e, ao mesmo tempo, uma realidade subjetiva construída pelo homem. Fatos sociais: elementos que compõem a sociedade (normas e organizações) como algo pronto. Porém estes elementos são elaborados constantemente pelos agentes sociais. Socialização: processo por meio do qual o ser humano é introduzido ao mundo e à sociedade, incorporando parte dos padrões culturais. Primária: internalização de regras e valores pré- definidos no contexto familiar (construção de personalidade): mais difíceis de serem mudados uma vez que estruturarão a percepção da realidade Secundária: aquisição de conhecimentos específicos e treinamento profissional: mais fáceis de serem mudados, principalmente de acordo com as experiências do indivíduo Fatores que afetam mudanças Papéis: o indivíduo se relaciona com outro por meio de papéis sociais que regulam a interação e lhes fornecem expectativas recíprocas. Grupos de referência: conjunto de pessoas cujas opiniões e crenças são importantes para a formação das próprias opiniões e crenças de um determinado indivíduo Diversidade cultural: existência, em uma mesma sociedade, de valores, hábitos e práticas sociais distintas, com validade dentro de um contexto social. Como ator sociais, o ser humano pode compreender que há opções, mas a liberdade de escolha é limitada pelo repertório de papéis disponíveis, pela personalidade e pela racionalidade limitada. Preferências múltiplas, flexíveis e ambíguas. Organizações como prisões psíquicas: criadas por processos conscientes e inconscientes Inconsciente: ▪ Repressão dos impulsos e desejos: pulsões ▪ Sexualidade ▪ Medo da morte ▪ Estrutura familiar... Prisões: autoconfinamento Sucesso: crença na superioridade Acomodação organizacional: convivência com problemas, absorção de incertezas Processos grupais: ilusões compartilhadas, reforço dos valores coincidentes com os dos líderes Caverna de Platão: ilusão e conhecimento Repressão Negação Deslocamento Fixação Projeção Introjeção Racionalização Formação de reação Sublimação Idealização Desintegração Assumir formas menos destrutivas para poder haver vida em sociedade Sexualidade reprimida Forma oral Forma anal Forma fálica-genital Narcisismo Organização patriarcal Dominância masculina nos cargos de comando Gestoras: valorização de características “femininas” (sensibilidade, conciliação, compaixão...) Busca da imortalidade Algo maior que o criador, que supere suas fragilidades e permaneça no tempo Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818; tradução de Espólio de Péricles Eugênio da Silva Ramos Defesa contra a ansiedade Bom e mau como elementos integrados da mesma realidade Formas de lidar ▪ Dependência: figura do líder ▪ Emparelhamento: sebastianismo, espera de figura messiânica ▪ Fuga e luta: projetar medos em um inimigo comum, interno ou externo Objetos intermediários Apego a padrões ou ideias não mais válidas, incapacidade de renunciar Maneira de lidar com o ambiente externo Sombra: aspectos emocionais e humanos não são suplantados pelo racionalismo técnico, apenas afastados Arquétipos; ligação como inconsciente coletivo Tensões não resolvidas, tendências contraditórias e conflitantes ▪ Integração pode trazer forças destrutivas e construtivas Não esquecer Organizações são feitas por pessoas Pessoas são seres complexos: racionalidade, limitações, desejos, pulsões, valores, princípios, interesses, escrúpulos... Forças inconscientes de seus membros e da sociedade Isso impactará a organização em maior ou menor grau Organizações e estruturas sociais não são apenas racionais e científicas Impacto na estrutura organizacional Caráter centralizador e controlador Caráter liberal Caráter democrático Bresser-Pereira, Luiz Carlos. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um novo Estado. 1998. Disponível em http://perguntasaopo.wordpress.com/disciplinas/ia/