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1 Grades Agrícolas UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Prof. Dr. Jorge Wilson Cortez 1 Preparo do solo, Objetivo: ambiente favorável ao desenvolvimento e produção cultura. capacidade de absorção e retenção de água, aeração e fertilidade, adequada atividade biológica, controle das plantas invasoras, etc. Introdução 2 O preparo incorreto do solo = solos improdutivos = desestruturação dificultando o desenvolvimento do sistema radicular, encharcamento rápido e formação de uma camada compactada de solo pé-de-arado ou pé-de-grade (Figura 1). Figura. Trincheira aberta em solo preparado com arado de discos por três anos consecutivos, apresentando um “pé de arado”. 3 4 Desenhos mostrando o comportamento teórico do solo após a ação de diferentes tipos de preparo. (A) Condição inicial do solo, com restos de cultura ou mato. (B) solo somente arado. (C) solo gradeado após a aração. (D) solo gradeado antes e depois da aração. (E) solo gradeado antes da aração. Fonte: MIALHE et al. (1985). Fatores que afetam o uso das grades Solo e cobertura comportamento operacional e na qualidade do trabalho executado pelas grades Solos arenosos: menos resistência a penetração dos discos Solos argilosos:dificultam a penetração dos discos Cultura a ser implantada aspectos fisiológicos de sistemas radiculares de culturas a serem implantadas, algumas necessitam de maior profundidade de mobilização do solo, enquanto que outros requerem trabalhos mais superficiais. 5 Fatores que afetam o uso das grades Topografia Quanto maior o declive do terreno, menos estável será o conjunto trator/grade Largura de trabalho a distancia entre linhas da cultura a ser implantada é fator determinante da largura de corte da grade quando esta for utilizado para cultivo mecânico 6 2 Equipamentos destinados ao preparo do solo, visando o destorroamento e o nivelamento do terreno, para possibilitar melhores condições para a semeadura. Definição: Grades Agrícolas 7 Desagregar torrões; Nivelar o solo; Diminuir vazios formados entre os torrões; Destruir sistemas de vasos capilares da camada superior do solo; Preparo do solo; Picar e incorporar superficialmente restos culturais; Incorporar sementes, adubos e corretivos (semeados ou a lanço); Romper camadas superficiais de solo (adensadas ou compactadas); Eliminar plantas daninhas. Cuidados: O uso excessivo das grades agrícolas para o preparo secundário Funções 8 Quanto ao tipo de órgão ativo: - Grades de dentes - Grades de molas - Grades de discos Quanto à fonte de potência: - Grades de tração animal - Grades de tração mecânica Classificação 9 Quanto ao acionamento à fonte de potência: - Grades montadas (SHTP) - Grades de arrasto (Barra de tração) Quanto à disposição dos órgãos ativos: - Grades de simples ação - Grades de dupla ação Tandem Off-set 10 11 Simples ação Simples ação 12 3 Dupla ação TANDEM Tandem (ou em X) 13 Dupla ação Off set 14 Dupla ação deslocada 3 corpos anteriores independentes 3 corpos posteriores interligados, mas com oscilação vertical independente 15 Quanto à função: - Aradora, - Destorroadora, - Niveladora, - Destorroadora-Niveladora Aradora Destorroadora Niveladora Destorroadora - niveladora 16 Quanto ao tamanho do disco: Leve: < 56 cm de diâmetro (22”) Média: de 61 a 71 cm de diâmetro (24”a 27”) Pesada: > 76 cm de diâmetro (>29”) 17 Massa - ABNT - 1986: Leve: até 50 kg por disco (niveladora) Média:de 50 a 130 kg por disco Pesada: mais que 130 kg por disco (aradora) Super-pesada: > 400 kg por disco 18 4 Quanto a distância do disco Grade leve 17 a 24cm Grade média 24 a 36cm Grade pesada 32 a 50cm Grade super pesada maior 50cm 19 Órgão ativo dente de aço, resistente à abrasão; Realiza bom trabalho solos leves e com poucos resíduos vegetais; Baixo custo de aquisição e manutenção; Classificação: grades de dentes rígidos, flexíveis ou oscilantes: Grade de dentes 20 Trabalho semelhante ao dos escarificadores; Profundidade de trabalho tamanho dos dentes e massa da grade; Regulagens: variação do ângulo de inclinação dos dentes: Figura 4. Grade de dentes. Fonte: FERNANDES et al. (2001). Grades de dentes rígidos 21 22 23 Utilizadas como cultivadores; Dentes finos e largos lâminas de aço flexíveis recurvadas: Espessura: ¼ a 3/8” Largura: 1 ¾” Grades de dentes flexíveis 24 5 25 4 seções de dentes rígidos; Movimentação dos dentes eixo da TDP. Ideal para trabalho em solos pesados. Grades de dentes oscilantes 26 Constituição: Chassi, discos, eixo, mancal, carretéis espaçadores, limpadores de discos; Grade de discos 27 Seção direita solo para a direita Seção esquerda solo para a esquerda Discos montados em duas seções Grade de disco de simples ação 28 29 30 6 Grade de disco de dupla ação em tandem 31 4 seções de discos: 2 frontais (recortados ou lisos) 2 posteriores (lisos) Solo mobilizado duas vezes dupla ação. Seções dianteiras: solos atirado para fora Seções traseiras: Solo atirado para dentro 32 33 34 Grade de disco de dupla ação off set 35 Discos montados em duas seções uma atrás da outra - Posição de trabalho: eixos em “V”. - Parte mais aberta lado direito do deslocamento. Discos: - dianteiros recortados e traseiros lisos - ou ambos recortados 36 7 37 Grades de simples ação: Fabricante: diâmetro dos discos, espaçamento, concavidade, massa da grade; Ângulo horizontal: ângulo α : α = 0 – discos rolam sobre o solo; ângulo α > 0 – aumento de profundidade de trabalho; Grades montadas: Nivelamento Longitudinal; Nivelamento Transversal; Regulagens 38 Grades de dupla ação: Idem simples ação; Regulagem independente as secções (dianteiras e traseiras); Regulagem da Grade em Tandem (Fonte: Fernandes,2001) 39 Grades de dupla ação off set: Alterações do ângulo α: abertura das seções Ângulo de tração: posição da barra em relação a grade 40 Ângulo α 41 Grades de dupla ação off set: Regulagem do ângulo de tração da grade off-set. 1 – Chassi, 2 – Barra Transversal, 3 – Parafuso para seleção do ângulo, 4 – Chapa de Regulagem (Fonte: Agritillage – Baldan) 42 8 Ângulo de tração 43 Deslocamento em solo firme 44 Profundidade e nivelamentocom a barra de tração 45 Profundidade de corte do disco 46 Operação Para se conseguir uma maior uniformização com o trabalho com a grade, deve-se: se a gradagem for realizada de dentro para fora (do centro para a periferia), a operação deve ser realizada no sentido horário; se a operação for feita de fora para dentro, a máquina deve deslocar-se no sentido horário. manter a barra de tração livre 47 Manutenção Assim os principais cuidados que se deve ter com as grades são: a) Os mancais devem ser lubrificados diariamente, b) Conservar os parafusos apertados. c) Lubrificar, diariamente, preferencialmente no fim do dia de trabalho, as alavancas de regulagem; d) Ao término da jornada de trabalho, antes de guardá-la: lavá-la e colocá-las para secar; pincelar ou dar banho de óleo queimado nos discos; fazer uma repintagem do chassi; guardá-la em lugar seco, longe de adubos, colocando-a sobre calços de madeira de forma que os discos não tenham contato direto com o solo. e) Realizar um revisão geral de todas as partes no período de menos serviço. 48 9 Catálogo – Grade aradora Tandem Especificações Técnicas Peso c/ Discos de: Modelo Nº de discos Diâmetro dos Discos Diâmetro dos Discos Diâmetro do Eixo Largura de Trab.(mm) Espaç. Discos (mm) Profundidade (mm) 26"Kg 28"Kg Potência do trator de Esteira(Cv) GCRTI 62 26"ou 28" 1.5/8" 8505 270 150 a 250 6049 6100 280 a 320 GCRTI 70 26"ou 28" 1.5/8" 9600 270 150 a 250 6830 6900 315 a 340 49 Catálogo – Grade Niveladora Peso Aprox. com Disco de: Modelo Nº de Discos Diâmetro dos Discos Diâmetro do Eixo ø Largura de Trab. (mm) Espaçamento entre Discos (mm) Profundidade Aprox. (mm) 20" kg 22" kg Potência do Trator (cv) Rodeiro NVCR 28 20" ou 22" 1.1/4" 2350 175 50 a 150 1188 1289 70 a 75 Simples NVCR 32 20" ou 22" 1.1/4" 2700 175 50 a 150 1289 1422 80 a 85 Simples NVCR 36 20" ou 22" 1.1/4" 3000 175 50 a 150 1360 1499 90 a 95 Simples NVCR 40 20" ou 22" 1.1/4" 3420 175 50 a 150 1450 1590 105 a 112 Simples NVCR 42 20" ou 22" 1.1/4" 3600 175 50 a 150 1542 1691 110 a 118 Simples NVCR 44 20" ou 22" 1.1/4" 3760 175 50 a 150 1630 1780 115 a 123 Simples NVCR 48 20" ou 22" 1.1/4" 4100 175 50 a 150 1769 1932 125 a 135 Simples NVCR 52 20" ou 22" 1.1/4" 4450 175 50 a 150 1860 2025 135 a 145 Simples 50 Catálogo Grade niveladora-destorroadora Peso Aprox. c/ Discos de: Modelo Nº de Discos Largura de Trab. (mm) Espaç.Discos (mm) 18" (Kg) 20" (Kg) 22" (Kg) Potência do Trator(Cv SPR 20 1700 175 470 500 543 46 - 51 SPR 24 2100 175 540 575 625 55 - 61 SPR 28 2350 175 590 630 690 65 - 70 SPR 32 2700 175 670 720 789 73 - 80 SPR 36 3000 175 710 765 843 85 - 90 SPR 42 3600 175 810 870 961 95 - 105 SPR 20 1900 200 530 566 612 51 - 55 SPR 24 2300 200 587 630 685 61 - 65 SPR 28 2700 200 682 733 797 70 - 75 SPR 32 3100 200 760 818 891 80 - 85 SPR 36 3500 200 842 907 989 90 - 100 51 Enxada Rotativa 52 Equipamento de preparo do solo Única operação Utilização mais comum Eliminação de plantas daninhas Preparo do solo (horticultura) Possibilidade de controle do grau de desagregação do solo Primeiras enxadas Problemas: • Relação TDP x rotor constante • Elevada desagregação do solo • Quebra de órgãos ativos e das transmissões Introdução 53 Enxada Rotativa Máquina para preparo ou cultivo do solo, dotada de lâminas dispostas por meio de flanges, sobre um eixo giratório transversal ao deslocamento do trator. Definição 54 10 Eliminação de plantas daninhas Preparo periódico do solo Horticultura (formação de canteiros) incorporação adubos, corretivos e restos culturais Funções 55 A. HORTÍCULAS Parte integrante dos tratores de rabiças Transmissão feita por correias Regulagem de profundidade: roda ou patim sob as rabiças Placa de impacto de borracha Proteção do operador Regulagem de desagregação Classificação 56 B. ACIONADAS PELA TDP Montadas Ação: rotação rápida das lâminas corte de uma fatia de solo • Projetada em direção a parte traseira • Fraturada em porções menores 57 Placa de impacto Eixo cardan Torre Caixa de transmissão Lâminas Patim Roda de apoio Constituição 58 59 Caixa de transmissão Recebe o movimento da TPD pelo eixo CARDAN 1. TDP 2. Eixo da máquina receptora 3. Ponto de conexão com a TDP 4. Ponto de conexão com a máquina 5. Transmissão da potência 6. Proteção 60 11 Caixa de transmissão Recebe o movimento da TPD pelo eixo CARDAN 1. Correntes de proteção 2. Pontos de proteção 61 Caixa seletora de velocidades (engrenagens) Mudança de posição Troca de engrenagens • Variação da rotação do motor, independente da TDP Tabela 1 62 Tabela 1. Esquema de regulagem da rotação das enxadas rotativas. Cores do par Engrenagem Rotação do rotor Esquerda Direita Azul 20 15 122 rpm Laranja 18 17 153 rpm Laranja 17 18 172 rpm Azul 15 20 216 rpm 63 Transfere o movimento • Caixa de velocidades para o rotor Coroa e pinhão 64 Eixo transversal Perpendicular a direção de deslocamento Mancais Suportam o eixo Flanges Suportes radiais Lâminas (enxadas) Órgãos ativos Dispostas helicoidalmente Apenas uma toca o solo por vez Diversos tipos de lâminas Rotor 65 Em “L” ou universais: Indicadas • Solos normais • Enterrio de restos culturais Exigem maior potência de acionamento Produzem • Boa desagregação do solo • Dispersão uniforme de restos culturais sem provocar embuchamento Desvantagem • Alisamento excessivo do solo na profundidade de trabalho espelhamento “pé-de-arado” Tipos de enxadas 66 12 Em “C” ou velozes Formato intermediário Indicadas • Penetração em solos duros • O solo não fica aderido às lâminas Menor exigência de potência para o acionamento Utilizadas em maior rotação 67 68 69 Localização Atrás das enxadas Fixação Por meio de dobradiças Funções Proteção Variação do tamanho dos torrões cortados pelas lâminas mais aberta impacto do solo contra a placa fraturamento Placa de impacto 70 Localização Parte posterior ou lateral da máquina Função Controle da profundidade de trabalho Rodas 71 Localização embreagem entre o cardan e a caixa de transmissão Pino fusível Função proteger a transmissão contra choques e sobrecargas raízes, tocos, etc. Dispositivo de segurança 72 13 73 Seqüência: BIE 3º Ponto BID Nivelamento longitudinal Nivelamento transversal Alinhamento do eixo Cardan Acoplamento 74 Alinhamento do eixo Cardan Ângulo com a horizontal Não deve ultrapassar 40º Em posição de trabalho 10º a 15º Ângulo muito grande Danos ao Cardan, juntas universais, eixo TDP e ao próprio motor Solução Encurtar o braço do terceiro ponto Mudar a posição do pino de engrenagem inferior da máquina Acoplamento75 Velocidade de avanço Velocidade 4 a 9km h-1 Variação obtida pela da troca das marchas do trator Influi diretamente na largura das fatias de solo cortadas Para uma dada rotação das enxadas Maior velocidade de trabalho fatias de solo mais largas Em posição de trabalho 10º a 15º Regulagens 76 Rotação das lâminas 122 a 216 rpm Maior rotação das enxadas maior fraturamento do solo (para uma mesma velocidade de trabalho) Cálculo da rotação V: velocidade angular das enxadas Vt: velocidade angular da TDP do trator E1: número de dentes da engrenagem motora E2: número de dentes da engrenagem movida 3,0. 2 1 E E VtV 77 Profundidade de trabalho Depende diretamente do tamanho dos flanges do tamanho das lâminas Normalmente p = 10 a 20cm Controle de profundidade SHTP Utilizar o batente da alavanca de controle, na posição que permita obter sempre a mesma profundidade de trabalho da enxada Controle de profundidade Patins Reguláveis Deslizam diretamente sobre o terreno, mantendo o valor desejado 78 14 Profundidade de trabalho Controle de profundidade Rodas normalmente suportadas em hastes com diversos furos espaçados na vertical Permite a regulagem da profundidade através de pino trava Geralmente utilizam-se duas rodas de controle de profundidade 79 Tamanho dos torrões •Velocidade de trabalho do trator: quanto > → > diâmetro dos torrões •Altura da placa de impacto: quanto > → > diâmetro dos torrões •Velocidade do rotor: quanto > → < diâmetro dos torrões •Número de lâminas por flange: quanto > → < diâmetro dos torrões 80 Diariamente Verificar o estado das lâminas: Substituir as que se encontrarem muito desgastadas Reapertar as que estiverem soltas Lubrificar as partes móveis (articulações e rolamentos) Cardan Manutenção 81 Diariamente Verificar o estado das lâminas: Substituir as que se encontrarem muito desgastadas Reapertar as que estiverem soltas Lubrificar as partes móveis (articulações e rolamentos) Preventivamente: Lavar o equipamento ao final de sua utilização Trocar as peças danificadas ou desgastadas Dar especial atenção aos rolamentos: Eliminar possíveis folgas e substituir vedações danificadas Verificar o nível e estado do óleo da caixa de transmissão: O óleo deve ser substituído no período recomendado pelo fabricante Manutenção 82 Conservação Raspar os pontos de ferrugem existentes e pintá-los posteriormente Guardar o equipamento em local seco Protegido do sol e da chuva Longe de fertilizantes e de animais domésticos Guardar a enxada rotativa apoiada sobre calços de madeira Evitar o contato direto das lâminas com o solo Cobrir a enxada com uma camada de graxa fina, óleo ou qualquer tipo de anticorrosivo 83 84 15 85 Tabela 2. Parâmetros de caracterização de enxadas rotativas. Largura (m) Potência (cv) Profundidade (m) Rotação (rpm) TDP Rotativa 2,0 – 3,3 86 – 162 0,20 1000 180 – 270 1,25 – 2,0 35 – 66 0,20 540 120 – 220 0,8 – 1,5 18 – 28 0,18 540 250 1,0 18 0,18 540 150 – 240 86 Turbo Rotor (Preparo de solo para a cultura da batata) 87 Turbo Rotor (Preparo de solo para a cultura da batata) 88 Turbo Rotor 89 Turbo Rotor 90 16 Canteiros de batata 91 Canteiros de batata 92 Plantadora de batata 93
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