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FUNGOS DIMÓRFICOS
ESPOROTRICOSE 
• É causada pelo Sporothrix Schenkii, um fungo termicamente dimórfico, que vive em vegetações (estão associado a uma variedade de plantas)
• Em temperatura ambiente cresce na forma de bolor, produzindo hifas septadas e ramificadas e conídios.
• Nos tecidos ou in vitro a 37°C, aparece como pequena levedura em brotamento 
• Após introdução traumática na pele, S. Schenckii provoca a esporotricose, uma infecção granulomatosa crônica. Tipicamente, o episódio inicial é seguido de disseminação secundária, com comprometimento dos vasos linfáticos que drenam o local e dos linfonodos.
• Os conídios ou fragmentos de hifas de S. Schenckii são introduzidos na pele em consequência de traumatismos.
• Cerca de 75% dos casos são linfocutâneos: a lesão inicial desenvolve-se na forma de nódulo granulomatoso, que pode evoluir para formar uma lesão necrótica ou ulcerativa; durante esse período os vasos linfáticos que drenam tornam-se espessos e semelhantes a uma corda. Ao longo dos vasos linfáticos, são observados múltiplos nódulos subcutâneos e abcessos. 
• Em raras ocasiões, ocorre esporotricose pulmonar primária em consequência da inoculação de conídios. Esta manifestação imita a tuberculose cavitária crônica e tende a afetar pacientes com comprometimento da imunidade. 
• O diagnóstico é feito com amostras do material de biópsia ou exsudato (líquido das feridas) de lesões ulcerativas, que são colocadas em cultura (método mais confiável) e incubadas a 25-30°C. A identificação se S. Schenckii é confirmada pelo seu crescimento a 35°C e pela conversão em forma de levedura. 
• Tratamento: Itraconazol; ou outro azol
 Anfotericina B (sistêmica)
*Embora a administração oral de solução saturada de iodeto de potássio em leite seja muito eficaz, sua ingestão dificilmente é tolerada pelos pacientes. 
• A incidência é maior entre pessoas que trabalham na agricultura, sendo a esporotricose considerada um risco ocupacional para guardas florestais, horticultores e pessoas que trabalham em ocupações semelhantes. 
• A prevenção inclui medidas destinadas a minimizar a inoculação acidental, bem, como o uso de fungicidas, quando apropriado, para o tratamento de madeiras. 
HISTOPLASMOSE
• Histoplasma capsulatum é um saprófita dimórfico do solo, que provoca histoplasmose, a infecção micótica pulmonar mais prevalente em humanos e animais.
• Na natureza H. capsulatum cresce como bolor em associação ao solo e hábitos aviários.
• H. capsulatum e a histoplasmose, que decorre da inalação dos conídios, ocorrem no mundo inteiro. 
• Em tempetaruras abaixo de 37°C, H. capsulatum isolado quase sempre produz colônias de bolores de coloração marrom. Em tecido ou in vitro, em meio de cultura enriquecido a 37°C, as hifas e os conídios transformam-se em pequenas células leveduriformes ovais.
• Nos tecidos, as leveduras são tipicamente observadas no interior de macrófagos, visto ser o H. capsulatum um parasita intracelular facultativo. 
• Após inalação, os conídios desenvolvem-se em células leveduriformes, que são fagocitadas por macrófagos alveolares, onde são capazes de se multiplicar. No interior dos macrófagos, as leveduras podem disseminar-se para tecidos reticuloendoteliais, como fígado, baço, medula óssea e linfonodos. A reação inflamatória inicial torna-se granulomatosa. 
• Em mais de 95% dos casos a resposta imune resulta na secreção de citocinas que ativam os macrófagos a inibirem o crescimento intracelular das leveduras. Alguns indivíduos, como pacientes imunocompetentes que inalam um grande inóculo, desenvolvem histoplasmose pulmonar aguda, que consiste em uma síndrome autolimitada semelhante à influenza, com febre, calafrios, mialgias, cefaléia e tosse. 
• O diagnóstico é feito através de amostras de escarros, urina, aspirado de medula óssea, entre outros, para cultura. 
• Após infecção inicial, a maioria dos indivíduos parece desenvolver algum grau de imunidade. A imunossupressão pode resultar em reativação e doença disseminada. Os pacientes com AIDS podem desenvolver histoplasmose disseminada através de reativação ou de nova infecção. 
• Tratamento: Cetoconazol
 Anfotericina B (doença disseminada)
• Alguns surtos ocorrem quando H. capsulatum é perturbado em seu hábitat natural, isto é, o solo misturado com fezes de pássaros (galinheiros) ou guano de morcego (cavernas). Os pássaros não são infectados, e seus excrementos fornecem condições ótimas de cultura para o crescimento do fungo.Os conídios também são propagados pelo vento e pela poeira.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
• O fungo Paracoccidioides brasiliensis é o agente causador da paracoccidioidomicose ou blastomicose sul americana
• O Paracoccidioides brasiliensis é um fungo dimórfico térmico. A sua forma sexual multicelular é um bolor com micélios constituídos por hifas, mas no homem adapta a forma unicelular levedura com multiplicação assexuada por brotamento.
• Em cultura 37oC, P. brasiliensis forma leveduras com brotamentos múltiplos – roda de leme. Já na lesão, ele forma leveduras com brotamentos múltiplos.
• Após inalação dos esporos, as leveduras localizam-se nos pulmões, sendo fagocitadas pelos macrófagos, no interior dos quais sobrevivem e se multiplicam. Na maioria dos casos a infecção é assintomática e o sistema imunitário destroi o invasor. Há frequentemente formação de granulomas que limitam a disseminação das leveduras. Numa minoria há sintomas de pneumonia, com febre, sudorese, tosse e expectoração e falta de ar. Pode haver disseminação do fungo, mesmo na ausência de sintomas pulmonares, com infecção de órgãos e formação de granulomas levando a úlceras vermelhas na pele e mucosas, particularmente na boca e nariz, que serão talvez os sintomas mais comuns da doença.
• Uma característica peculiar da paracoccidioidomicose, em comparação com outras micoses sistêmicas, é o fato de que as infecções pulmonares primárias, que subsequentemente se disseminam, manifestam-se muito frequentemente como lesões de mucosa na boca, no nariz e, ocasionalmente, no trato gastrointestinal.
• Restrito a América do Sul (não existe em El Salvador)
• É um fungo imperfeito 
• A paracoccidiomicose existe nas zonas rurais do Brasil e de outros países da América do Sul. Afeta principalmente os agricultores que trabalham a terra que contém os seus esporos.
*Incide mais em homens do que em mulheres, pois o fungo, sofrendo ação do hormônio feminino 17-b-estradiol, torna-se incapaz de transformar-se em levedura, essencial para induzir a doença. A faixa etária de maior incidência é de 30 a 50 anos.
• Diagnóstico consiste na coleta de escarro, lavado brônquico, raspagem de lesão, sangue, líquido cerebro-espinhal e histopatologia para observação de leveduras com brotamentos múltiplos (e cultura). Além da sorologia – gp43 (serina protease de 43kDa).
• Tratamento: Anfotericina B 
 Cetoconazol oral

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