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Resumo de Microbiologia - Fungos, vírus e micoses

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RESUMO MICROBIOLOGIA 
FUNGOS, VÍRUS E MICOSES SUPERFICIAIS E CUTÂNEAS, 
Fungos e Vírus 
Ex. Micoses e viroses 
· Fungos 
Faz parte do reino Fungi. Desse reino fazem parte os bolores, leveduras e cogumelos que são espécies descritas como eucariotos (não há características de vegetais) e quimiorganotróficos (usa substâncias químicas e orgânicas como fonte de energia). Tem parede celular de quitina (essa substância tem carboidrato, “carcaça dos crustáceos”). São os principais decompositores (importância ecológica) e estabelecem simbioses (se liga a outros tipos de seres vivos); faz fermentação e antibióticos (substâncias fungos produzem para competir com as bactérias; os fungos crescem muito mais rápido, então, o antibiótico tenta diminuir o crescimento da outra substância, ou seja, bactéria); parasitas de plantas e animais. 
 
Fungo precisa de matéria orgânica, precisa de matéria orgânica. Patogênico: usa o tecido para conseguir os nutrientes necessários. São pluricelulares (diversidade celular – complexas) (multicelulares- não muito complexo). 
Hifas: conjunto de células
Hifa septada (células tem diferenças) 🡪 Hifa cenocítica (várias células juntas- fundiu). 
De que maneira as colônias de fungos diferem das colônias de bactérias? Colônias de bactérias x colônias de fungos. 
Crescimento e Reprodução: 
 
· O Fungo é muito grande. Cresce muito. 
· Processo simples: reprodução assexuada. A hifa costuma estar em algum substrato usando matéria orgânica, utilizando uma estrutura aérea onde há esporos chamada de conídio e, assim, se tem a reprodução. A vantagem do esporo facilita a dispersão, que é muito importante. A prole mais longe possível para não competir com o alimento. 
Qual a diferença entre um broto (unicelular) e um esporo (típico de multicelular)? Broto ligado a célula, desconectar e formar outra célula. 
 
· Os fungos incluem as leveduras, os bolores e os cogumelos, que são os fungos macroscópicos. 
· Os bolores formam colônias filamentosas dos mais variados tipos morfológicos (algodonosas, aveludadas, entre outros). As leveduras apresentam colônias pastosas, de cor creme, branca, preta, rosa, dependendo da espécie. 
· Os bolores são multicelulares e sua unidade estrutural é representada pela hifa, uma estrutura tubular, cujo conjunto é denominado de micélio. 
Esporos Assexuais: 
 
 
· Antroconídio ou artrósporo: fragmentação do micélio vegetativo (elemento de sustentação e absorção de nutrientes) em estruturas retangulares com formação de uma parede espessa ao redor. 
· Clamidoconídio ou clamidósporo: estruturas de resistência, apresentando células arredondadas de parede dupla e espessa e volume aumentado. São formados em condições ambientais adversas, como escassez de nutrientes, de água e temperatura não favoráveis ao desenvolvimento fúngico. 
Fungos podem fazer mitose diferente de bactérias. 
Esporos assexuais: sem a união. Conídio. Não há reprodução sexuada para a formação dos esporos. 
Esporos formados pela união de gametas = esporos sexuais. 
O conidiósporo ou conídio, é um esporo unicelular ou multicelular que não é armazenado em uma bolsa. Os conídios são produzidos em cadeias na extremidade do conidióforo. Os conídios formados pela fragmentação de uma hifa septada em células únicas, levemente espessas, são denominados artroconídios. Outro tipo de conídio, o blastoconídio, consiste em um broto originado de uma célula parental. Um clamidoconídio é um esporo com paredes espessas, formado pela pele arredondamento e alargamento no interior de um segmento de hifa. Outro tipo de esporo assexual é o esporangiósporo, formado no interior de um esporângio, ou bolsa, na extremidade de uma hifa aérea denominada esporangióforo. O esporângio pode conter centenas de esporangiósporos. 
Filos de Fungos de Importância Médica 
A maioria dos fungos não causa doenças e muitos são patógenos oportunistas (o que faz dos fungos serem seres oportunistas? Ser que usa da fragilidade do outro; imunidade baixa). 
Frieira: micose superficial 
· Zigomiceto: formou zibosporo. 
· Ascomiceto: a reprodução sexuada forma-se asco (saquinho) 
· Basidiomiceto: se forma uma estrutura que tem nas pontas o esporo, chama-se basídio. 
Qual a base da classificação dos fungos em filos? 
 
 
 
Indivíduo adulto de fungo é haploide. 1:11:28. Faz a união de 2 células minhas formando uma estrutura diplóide e essa estrutura sofre meiose para formar uma célula haplóide também. Chama-se a meiose espórica, para produzir esporos. 
Esporo fúngico: estrutura de reprodução sexual produzida a partir de uma meiose. 
Microsporídios: sem mitocôndrias, sem microtúbulos, recentemente reclassificado com fungo, reprodução sexuada não observada; diarréia crônica e ceratoconjuntivite; importante em pacientes com AIDS. 
 
Micoses Superficiais e Cutâneas 
É um crescimento fúngico nos tecidos epiteliais, sem invasão do tecido vivo e sem provocar resposta inflamatória no hospedeiro. Compreendem micoses exclusivas da pele. 
Compreendem: 
· Micoses superficiais 
· Dermatofitoses 
· Candidíases mucocutâneas 
· Dermatomicoses causadas por outros fungos filamentosos não dermatófitos e leveduras não Candida spp. 
Conforme a profundidade aumenta a gravidade da doença, podendo estar relacionado com a debilidade do sistema imunológico. 
Os fármacos antifúngicos não podem estar em doses altas por ter uma similaridade com a célula humana. 
Principais doenças fúngicas patológicas – Principais tipos de micose superficiais: 
· Frieira (“pé de atleta”): entre os dedos do pé, por causa da umidade, temperatura. A maioria dos fungos dessa área se alimenta de queratina. 
· Tinna cural 
· Tinna comum 
 
Áreas mais arejadas têm menos chances de ter qualquer tipo de micose. 
O que são fungos dermatofíticos? Que utilizam queratina como fonte de sobrevivência. Ele usa a queratina que é abundante na pele, como fonte de carbono e fonte de energia. 
MICOSES SUPERFICIAIS 
Pitiriasis Versicolor: é uma infecção fúngica da pele, caracterizada por lesões hipocrômicas (quebra da melanina, pigmento da pele) ou hipercrômicas (fungo estimula a produção de melanina). É causada por Malassezia spp (são levedura lipofílicas- usa lipídio como fonte de alimento também) que é isolada do couro cabeludo e tronco em mais de 90% dos indivíduos sadios. Esse fungo faz parte da biota normal da pele colonizando o hospedeiro na primeira semana de vida. O crescimento exacerbado, produção de filamentos e manifestações clínicas. 
A doença se apresenta como máculas, finamente descamativas de tamanho, forma e cor variáveis, observadas em áreas mais seborreicas do corpo. 
 
A ocorrência é nas áreas seborreicas do corpo, onde há maior produção de gordura: tórax, ombros, região cervical, zona proximal dos membros superiores e abdome. Mas, pode ter em lugares inusitados como pênis, pálpebras, região submamária. 
A hipocromia das lesões tem sido atribuída a presença de ácido azelaico que interfere na melanogênese, enquanto a hiperpigmentação parece estar relacionada ao aumento e distribuição dos melanossomas. 
A pitiríase versicolor tem sido também denominado de micose de praia porque as manchas pré-existentes se tornam mais perceptíveis quando o indivíduo se expõe ao sol. 
· Epidemiologia: a pitiríase versicolor é infecção fúngica, geralmente assintomática, de caráter crônico, com prevalência nos trópicos. 
Os fatores desencadeantes são a idade, sexo, predisposição genética, má nutrição, gravidez, diabetes mellitus, corticoidoterapia prolongada, imunodeficiência, fatores que favorecem a oleosidade da pele. Imunocompetência e oleosidade da pele são os fatores desencadeantes mais importantes. 
O diagnóstico consegue visualmente, mas há uma prova na lâmpada de Wood (fluorescência amarelada- vai para diagnóstico histológico), há o diagnóstico microscópico. O cultivo em meio comácidos graxos de cadeia longa incubados tem a temperatura de 35-37º C. As colônias de textura cremosa, de cor creme a marrom – claro, aspecto mucóide com superfície lisa a rugosa. Dificilmente aparecem filamentos. 
Os fungos diferentes das bactérias conseguem ser identificados por características macroscópicas. 
Por que as áreas seborreicas são mais afetadas por Pitiriasis Versicolor? Por ser área seborreica e por serem lipofílicos. 
Tinea Nigra: é infecção assintomática, superficial, benigna caracterizada por lesões maculares, pouco descamativas de cor marrom a negro, mais comum nas regiões palmar e plantar, mas outras áreas do corpo podem ser acometidas. O agente é o fungo melanizado: Hortaea werneckii. O fungo já foi isolado do solo, areia da praia. São colônias negras. Lesão com pigmento escuro. 
 
A doença atinge mais comumente pacientes jovens, sem preferencia de sexo, mais diagnosticado em áreas de clima tropical e subtropical. 
· Diagnóstico: exame microscópico que revela hifas melanizadas, septadas com septos irregularmente distribuídos. Há colônias leveduriformes, com textura cremosa, cor negra- olivácea brilhante (na placa de petri). Pode aparecer depois de um tempo aparece o micélio aéreo e pode haver alterações de cor para cinza-escuro, marrom ou negra. 
 
Piedra: 
Piedra negra: é uma micose assintomática, caracterizada pela presença de nódulos escuro firmamente aderentes ao pelo causada pelo fungo melanizado; infecção nodular dos fios de cabelo causada por Piedraia hortae. Os nódulos são de forma e tamanho variados. 
· As condições de alta temperatura, queda pluviométrica e umidade relativa do ar elevadas favorecem a micose. Somente os cabelos são parasitados. 
Piedra branca: é infecção uma infecção fúngica, superficial benigna, que caracteriza pela presença de nódulos claros ao redor dos pelos, de qualquer parte do corpo, causada por espécies de Trichosporon ssp, manifesta-se em forma de nódulos amarelados maiores e de consistência mole; 
São endêmicas em países tropicais. Causam engrossamento de fios próximo ao couro cabeludo. 
É uma tricopatia (doença nos pelos), recidivante (pois a pessoa continua tendo contato com o solo contaminado), afeta os ambos os sexos. Acomete preferencialmente os cabelos, doença benigna, crônica e de baixo contágio. A fonte de infecção é o solo contaminado. Pouca incidência de transmissão de uma pessoa para outra. Atinge mais áreas ribeirinhas, rural. Região Amazônica. 
Diagnóstico: pinçar o pelo e fazer preparação lâmina/lamínula (artroconídios ou filamentos septados) e cultivo em ágar Sabouraud (colônias se desenvolvem rapidamente)- irá apresentar cor branca a creme + cloranfenicol e cicloheximida. 
 
· Tratamento: corte de cabelos. 
Por que regiões tropicais têm maior prevalência de Piedra? Por causa do calor e umidade que são fatores importantes. Regiões tropicais e rurais por causa do solo contaminado. 
DERMATOFITOSES 
São lesões cutâneas provocadas por um grupo grande de fungos, com acentuadas diferenças na sua morfologia, ecologia e história natural, mas com uma habilidade comum em degradar a queratina. Em razão dessa predileção pela queratina, as lesões no homem e animais acontecem nas regiões queratinizadas do organismo, ou seja, pele e seus anexos, pêlos e unhas. 
Os dermatófitos se reproduzem assexuadamente e sexuadamente. Na fase assexuada, encontrada normalmente na natureza, os dermatófitos se reproduzem por conídios. A fase sexuada, é a fase obtida em laboratório através de cruzamento entre cepas. 
Na fase assexuada, em cultivo, os dermatófitos apresentam os mais variados tipos coloniais, com aspecto algodonoso, pulverulento, aveludado e uma pigmentação variável. 
 
São fungos que só infectam o tecido queratinizado (pele, cabelos e unhas). Há 40 espécies: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Limitam-se a pele não viável. A maioria é incapaz de crescer a 37º C ou na presença de soro. Entre as infecções mais prevalentes no mundo. Persistente mas não debilitantes nem potencialmente fatais. 
São classificados de acordo com seu habitat: 
Geofílicos 🡪 solo – homens e animais se contaminam através do contato direto com o solo, Zoofílicos🡪 animais (habitat natural), o homem se contamina através do contato direto, Antropofílicos (ser humano). 
Os dermatófitos são adquiridos por contato com solo contaminado ou com animais ou seres humanos infectados. A transmissão dos antropofílicos é feita pelo contato do indivíduo com ambientes contaminados por propágulos do fungo, como pisos de sala de banho, saunas, ou por meio de objetos de uso pessoal, como pentes, escovas e toalhas. 
Como você prevê a gravidade das lesões e a resposta ao tratamento das micoses causadas por fungos geofílicos, zoofílicos e antrofílicos? Lesão mais grave é o geofílico, consegue te atacar de maneira mais severa. Quanto mais grave a lesão, mais rápido o tratamento, menos adaptado ao ser humano é o fungo. 
 
Observação: frieira as vezes pode ter a fissura, normalmente é só uma lesão, quase impossível que o fungo penetre. 
· Diagnóstico: 
O material, escamas de pele ou unha e fragmentos de pelo, deve ser coletado, através do bisturi, principalmente na zona ativa das lesões. Em lesões do pelos, o material pode ser colocado sob uma luz de Wood, pois os pelos, quando infectados por M. canis, emitem fluorescência. 
O cultivo é feito em Sabouraud dextrose. 
CANDIDÍASES MUCOCUTÂNEAS 
São infecções da pele, unhas ou mucosas causadas por leveduras do gênero Candida ocorrendo em pacientes que apresentam algum fator predisponente. A Cândida faz parte da biota humana normal da mucosa oral, vaginal e do trato gastrointestinal sob forma de leveduras. Em condições favoráveis essas leveduras aumentaram em numero, produzem filamentos e penetram no tecido. 
 
Desenvolve-se em mucosas. A cândida faz parte da biota humana normal aproximadamente 80% da população sadia, sob a forma de leveduras. Em condição favorável aumentam em número, produzem filamento e penetram no tecido. 
A Candida albicans tem sido a espécie mais comumente isolada. Aparece em espaços interdigitais das mãos, virilha e regiões submamárias. As lesões podem ser úmidas, esbranquiçadas ou eritematosas. 
A onicomicoses por Candida spp, as unhas das mãos são mais acometidas do que as unhas dos pés. A lesão começa na porção proximal da unha, pode se estender ao redor do leito ungueal. As unhas se tornam sem brilho, espessadas, endurecidas com modificação da coloração para castanho- amarelada ou amarelo- esverdeado. Pacientes que submetem as mãos a constante umidade e produtos abrasivos estão mais predisponentes à infecção. 
A candidíase da mucosa oral é mais comum em recém- nascidos e raros em adultos, tendo sido considerada como indicador de AIDS. Lesões esbranquiçadas, aderidas à mucosa, deixando a base avermelhada, localizadas no palato mole, ponta de língua e bochechas. 
 ]
· Acontece em ambos os sexos e diferentes faixas etárias. 
· O exame micológico direto de material clínico em KOH ou de esfregaços corados com Gram evidenciam células leveduriformes, hifas e pseudo-hifas. Os cultivos de ágar Sabouraud dextrose se desenvolvem rapidamente, com a produção de blastoconídios e pseudo-hifas. 
REVISÃO DE CONCEITOS 
1. As micoses superficiais e cutâneas estão entre as doenças transmissíveis mais comuns. 
2. A maioria das infecções fúngicas cutâneas e superficiais é causada pelas espécies de malassezíase, dermatófitos ou Candida. 
3. O crescimento dos dermatófitos é desfavorecido pela presença de soro e pela temperatura corporal. Esses fungos raramente estão envolvidos em infecções invasivas. 
4. Os dermatófitos zoofílicos e geofílicos causam inflamação aguda, que responde a tratamento tópico dentro de algumas semanas e raramente há recidiva. 
5. Os dermatófitos antropofílicos causam lesõescrônicas e relativamente brandas, que podem necessitar de meses ou anos de tratamento e frequentemente há recidiva. 
Micoses Subcutâneas 
São fungos que normalmente residem no solo ou na vegetação, penetram na pele ou no tecido subcutâneo por inoculação traumática com material contaminado. As lesões tornam-se granulomatosas e expandem- se a partir da área de implantação. Possível disseminação pelos vasos linfáticos e podem se tornar sistêmicas. 
Como se dá a infecção das micoses subcutâneas? Trauma com superfície contaminada. 
Esporotricose: 
· A infecção decorre de ferimentos cutâneos provocados por materiais contaminados, como espinhos de flores, gravetos, madeira, entre outros. 
· Produz lesões ulcerativas subcutâneas, nos membros, que podem avançar ao longo dos vasos linfáticos. 
· A esporotricose pulmonar está sendo observada com mais frequência, deve ser distinguida da tuberculose, coccidioidomicose, histoplasmose e sarcoidose. 
· Agente etiológico: Sporothrix schenckii, fungo dimórfico (forma de levedura e forma de fungo filamentoso), vive no solo e nos vegetais. A esporotricose pulmonar tem sido atribuída a inalação de propágulos do fungo. 
· A forma mais comum é a linfocutânea que compromete a pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos regionais. No local de penetração do fungo, forma-se uma lesão ulcerada e, geralmente, ao longo do trajeto de um linfático aparecem nódulos que amolecem, rompem-se e eliminam pus. 
· Pacientes imunodeprimidos apresentam risco da disseminação da infecção. 
· O cultivo em ágar Sabouraud glicose tem o crescimento observado em 3 a 5 dias. A colônia é geralmente branco- acinzentada 
 
Cromoblastomicose 
· Lesões produzidas evoluem com grande lentidão formando protuberâncias sobrepostas (couve-flor)
· Geralmente a erupção é seca com corpos escleróticos. 
· Principais agentes envolvidos: Fonsecaea pedosoi, Fonsecaea compacta, Pocillopora verrucosa, Cladophialophora carrionii, Rhinocadiella aquaspersa. 
· Lesões escurecidas, paciente com lesão endurecida, mais escura que a pele. 
 
Micetomas 
· Se restringe aos pés, mas pode ser visto em outras regiões. 
· Os nódulos que periodicamente exsudam um líquido oleoso contém grãos que podem ser brancos, amarelos, vermelhos ou pretos. 
· A infecção causada pelos fungos superiores (micetomar eumicótico) produz lesões fistulosas, com pouca dor ou destruição óssea. 
· A causada por bactérias fungiformes (micetoma actinomicótico) apresenta lesões tumorais crônicas semelhantes às eructações de acne, com grande exsudação e comprometimento ósseo e com dor. 
· Os principais agentes de micetoma eumicótico: Scedosporium apiospermum, Acremonium falciforme, Acremonium recifei, Exophiala jeanselmei, Madurella mycetomatis, Madurella grisea.
· Principais agentes de micetoma actinomicótico: Nocardia asteroides, Nocardia brasiliensis, Nocardia otitidiscavarium, Actinomadura madurae, Actinomadura pelletierii, Streptomyces somaliensis, Actinomyces israelii e Actinomyces bovis. 
 
Como diferenciar o micetoma eumicótico do actinomicótico? Tipo de lesões, sintomas. 
Rinosporidiose 
· Doença caracterizada pela formação de granuloma vegetante, poliposo, com sede predominantemente nasal ou ocular. 
· Já foram verificados casos de localização vaginal, retal e peniana, assim como no conduto auditivo externo. 
· Não é uma doença sexualmente transmissível. 
· Agente etiológico Rhinosporidium seeberi que não tem sido cultivado.
 
Lobomicose 
· Dermatose que provoca lesões tipo queloides com ausência de comprometimento visceral
· Longa evolução do processo. Nem sempre as lesões cutâneas assumem aspecto puramente queloidiano. 
· Agente etiológico. Lacazia loboi (Loboa loboi) ainda não cultivado. 
 
REVISÃO DE CONCEITOS 
1. As micoses subcutâneas podem ser causadas por dezenas de fungos filamentosos (bolores) ambientais associados a vegetais e ao solo. 
2. São geralmente adquiridas após pequenos cortes ou arranhões (lascas e espinhos) contendo o fungo patogênico. A infecção é crônica e raramente se dissemina para tecidos mais profundos. 
3. O Sporothrix schenckii, o agente etiológico da esporotricose, é um fungo dimórfico que apresenta crescimento hifal, mas no hospedeiro adquire um crescimento leveduriforme. 
4. O diagnóstico das cromo-blastomicoses se dá por observação microscópica dos tecidos, exibindo aspecto semelhante e produzindo células de coloração dos corpúsculos escleróticos esféricos e amarronzados (melanizados) no interior das lesões. 
5. A característica típica de um micetoma é o edema localizado e a formação de fístulas que contêm grânulos compostos por hifas e tecido inflamatório (macrófagos, fibrina) 
6. A lobomicose é identificada em cortes de tecidos ou em exsudatos corados pelo HE,  o fungo é visualizado como células redondas de tamanho uniforme, com parede de duplo contorno. 
Micoses Sistêmicas 
· São também chamadas de endêmicas (áreas específicas). 
· Esporos fúngicos são facilmente inalados. 
· Eles podem germinar no trato respiratório inferior. 
· Incidência vem aumentando nos últimos anos. 
· A maioria das infecções são assintomáticas ou brandas. 
· Poucos indivíduos desenvolvem infecções pulmonares que podem disseminar para outros órgãos. 
· Fungos dimórficos: é quando tem tanto forma de hifa quanto forma de levedura. 
 
Por que os fungos patogênicos sistêmicos são chamados de oportunistas? A micose endêmica (uma determinada área tem um número praticamente constante de indivíduos) quanto os indivíduos dessa população estar imunodeprimidos terá uma infecção mais grave. 
Paracoccidioidomicose: o principal agente é Paracoccidioides brasiliensis; grande variabilidade genética; dimórficos (natureza= bolores; pulmão= levedura); inalação de estruturas infectantes ou reativação de foco preexistente; formas mucocutânea (tegumentar), linfática (ganglionar), visceral e mista; o “tipo juvenil” é uma das manifestação graves; tatu, porquinho da índia, porco-espinho e cão podem ser reservatório natural. 
O diagnóstico laboratorial baseia-se no exame microscópico direto de pus, escarro, secreções, entre outros. 
 
Coccidioidomicose: causada por Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii; EUA, México, América Central e América do Sul (áreas desérticas e semidesérticas); infecção pela inalação de artroconídios; pulmões com esférulas de 20 a 100um com endósporos de 2 a 5um; rara disseminação linfo-hematogênica; infecção frequentemente assintomática; homens mais atingidos que mulheres (componente hormonal?); pacientes com AIDS= pneumonite reticulonodular difusa e não transmitida de uma pessoa para outra. 
 
O diagnóstico é por microscopia, cultura, sorologia ou teste cutâneo. 
Blastomicose: Blastomyces dermatitidis (assexuada) e Ajellomyces dermatitidis (sexuada); EUA e Canadá (raros casos autóctones distribuídos); pulmões (inalação)🡪 ossos e pele (disseminação ou traumatismo); febre, dispneia, tosse, perda de peso (compatíveis com outras doenças); pele- lesões verrucosas e crostosas, com margens serpiginosas; frequente em adultos, atividade rural; diagnóstico – observação direta do fungo nos materiais clínicos. 
 
Histoplasmose: Histoplasma capsulatum; EUA e América do Sul (aumento no Brasil = AIDS); inalação do fungo 🡪 infecção pulmonar primária; baço, fígado, rins, supra-renais, pâncreas, medula óssea, testículos e mucosas; parásita o citoplasma de células do sistema retículo endotelial. 
Há uma difícil visualização no exame microscópico direto e é cultivado em ágar Sabouraud. 
 
Antifúngicos 
· Fungos pertencem ao domínio Eukarya;
· Vias correspondentes das células hospedeiras;
· Soluções: aplicações tópicas e vias metabólicas específicas; 
Antifúngico Ideal 
· Há um alto grau de seletividade; 
· Maiorafinidade pela célula fúngica do que pela célula do hospedeiro; 
· Pouco tóxico; 
· Ação em estruturas presentes somente na célula fúngica; 
 
Por que existem tão poucos agentes antifúngicos clinicamente eficazes? 
· Moléculas que atuam no Ergosterol da Membrana Citoplasmática 
A anfotericina B e nistatina atuam diretamente sobre a molécula de ergosterol; a seletividade comprometida, podendo levar a efeitos colaterais indesejáveis; a semelhança química e estrutural que o ergosterol possui com o colesterol. 
· Antifúngicos que atuam na Síntese do Ergosterol 
· Miconazol 
· Cetoconazol 
· Fluconazol 
· Itraconazol 
· Voriconazol 
· Posaconazol 
· Ravuconazol 
· Isavuconazol 
· Albaconazol 
 
· Alilaminas: terbinafina, butenafina e amorolfina. 
Depleção de ergosterol na membrana e do excesso de esqualeno acumulado no citoplasma, provocando o efeito tóxico na célula fúngica. 
· Equinocandinas: caspofungina, anidulafungina, micafungina e aminocandida. 
São derivadas de metabólitos secundários de fungos, inibidores da síntese de parede celular. 
· Antifúngicos que atuam na Síntese de Ácidos Nucleicos: 5- Fluorocitosina e Griseofulvina. 
Atuam na célula fúngica inibindo a síntese de DNA e RNA. 
 
Falha Terapêutica 
Paciente: estado imunológico, local da infecção, presença de abscesso não drenado, formação de granulomas, presença de objetos estranhos. 
Micro-organismo: resistência ao antifúngico, densidade fúngica. 
Antifúngico: farmacocinética da droga (absorção, distribuição e metabolismo), interações medicamentosas, dose inapropriada, ação fungistática. 
Qual a diferença entre resistência clínica e resistência microbiana? 
Resistência Microbiana – RESISTÊNCIA CLÍNICA 
· Não há susceptibilidade do fungo ao agente antifúngico. 
· Falha do tratamento.

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