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AULA 14: IMPACTO AMBIENTAL ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Disciplina: Portos, Rios e Canais II IMPACTO AMBIENTAL DE OBRAS PORTUÁRIAS Patrícia Dalsoglio Garcia INTRODUÇÃO OS ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL DEVEM ABORDAR: • MEIO FÍSICO – Clima da região, qualidade do ar, ruídos, geologia, geotecnia, pedologia, geomorfologia, suprimento e uso dos recursos naturais, recursos hídricos, oceanografia física, e qualidade das águas e sedimentos • MEIO BIÓTICO• MEIO BIÓTICO – Caracterização e mapeamento dos ecossistemas existentes na área de influência do empreendimento • MEIO ANTRÓPICO – Dinâmica e estrutura populacional, uso e ocupação da área de estudo, infra-estrutura e serviços básicos INTRODUÇÃO • Aspectos relevantes em obras portuárias – Repercussões das obras de proteção nos processo litorâneos – Construção de canais de acesso marítimo e sua influência na refração de ondas – Dragagem do canal de acesso e bacia de evolução portuários e área de despejo de dragados – Poluição do ar– Poluição do ar – Poluição sonora – Água de lastro – Derramamento de óleo – Lixo dos navios OBRAS DE PROTEÇÃO • Avaliação sobre influência no transporte de sedimentos longitudinal • Utilização de modelos reduzidos e modelos matemáticos Modelo físico de Itanhaém (FCTH) Modelo físico de Ponta da Madeira(FCTH) CANAL DE ACESSO PORTUÁRIO • A abertura do canal de acesso (dragagem) pode criar condições especiais no processo de refração de ondas, criando pontos de convergência da ação das ondas no litoral vizinho (erosão costeira) DRAGAGEM • O aprofundamento do leito interfere na fauna e na flora subaquática • Área de despejo de dragados – Local escolhido do forma que o material dragado na zona portuária não retorne em função das correntes � conhecimento da hidrodinâmica da região – Qualidade do material dragado: podem conter materiais nocivos como – Qualidade do material dragado: podem conter materiais nocivos como metais pesados e outras substâncias que podem comprometer a flora e a fauna subaquática – Em casos de material não inerte: disposição em CDF (“Confined Disposal Facility”) POLUIÇÃO DO AR • Localização do porto deve levar em conta o regime de ventos locais • Evitar que o material em suspensão (finos de granéis) sejam carregados pelos ventos em direção a centros urbanos próximos POLUIÇÃO SONORAPOLUIÇÃO SONORA � Controle de ruídos em área portuárias localizadas próximas a aglomerados urbanos � embarque suspenso entre 22h e 6h da manhã seguinte ÁGUA DE LASTRO • LASTRO: volume (sólido ou líquido) colocado em um navio para garantir estabilidade e condição de flutuação • ÁGUA DE LASTRO: água coletada nas baías, estuários e oceanos, por uma navio carregado, e depositada em seus tanques de lastro para manter sua estabilidade, balanço e sua integridade estrutural, durante a viagem • Esta água é lançada no mar quando o navio chega ao porto • Esta água é lançada no mar quando o navio chega ao porto para carregamento ÁGUA DE LASTRO • Introdução de espécies marinhas exóticas em diferentes ecossistemas por meio da água de lastro e incrustação no casco do navio foi identificada com uma das quatro maiores ameaças aos oceanos no mundo.... • O transporte marítimo movimenta mais de 80% das mercadorias do mundo e transfere 3 a 5 bilhões de toneladas de água de lastro a cada ano...de água de lastro a cada ano... Porto de Paranaguá ÁGUA DE LASTRO • Transferência de água � pode causar sérias ameaças ecológicas, econômicas e à saúde • Milhares de espécies marinhas que são carregadas junto com a água de lastro � desde bactérias, micróbios a pequenos invertebros e ovos, cistos e larvas de diversas espécies • Estima-se que a água de lastro transporte diariamente 7 mil espécies • A última epidemia de cólera na América do Sul é um exemplo clássico. O vibrião que transmite a doença, originário da Ásia, voltou para cá em 1991 por causa de um navio chinês que trouxe água de lastro contaminada e aportou no Peru. Naquele ano, só no Brasil, a doença fez 33 mortos, número que subiu nos dois anos seguintes para, respectivamente, 462 e 650 casos. ÁGUA DE LASTRO Caso do mexilhão dourado • O mexilhão-dourado é originário da China, que chegou à América do Sul nas águas de lastro dos navios mercantes, invadiu a bacia Paraná-Paraguai e que põe em risco os usos múltiplos dos recursos hídricos. A ausência de predadores e parasitas que controlem sua população faz com que se alastre pelas bacias hidrográficas brasileiras. • Nas usinas hidrelétricas: afundar equipamentos flutuantes, prejudicar a operação de equipamentos submersos e obstruir tubulações. Os sistemas de refrigeração das turbinas ficam sujeitos a entupimentos. Quando isso ocorre a geração é interrompida. ÁGUA DE LASTRO Caso do mexilhão dourado • No ambiente, o mexilhão ocupa todo o espaço que lhe for disponível, e pode alterar a composição de espécies de invertebrados do ambiente aquático. Com as alterações na cadeia alimentar, a captura de certas espécies de peixe pode ser prejudicada. Para os usuários dos recursos hídricos, o mexilhão poderá provocar uma série de problemas: – invasão de tubulações de abastecimento de água, de drenagem pluvial e de captação para a agricultura irrigada; – obstrução de sistemas de resfriamento de indústrias e usinas hidrelétricas; hidrelétricas; – perda de estruturas flutuantes destinadas ao lazer por excesso de peso; – prejuízo do funcionamento de motores dos barcos; – perda de tanques-rede. • Problemas semelhantes ocorrem nos Estados Unidos e no Canadá, países nos quais o mexilhão-zebra se disseminou. ÁGUA DE LASTRO ÁGUA DE LASTRO • IMO (Organização Marítima Internacional) – responsável pela normatização dos procedimentos de segurança e transporte marítimo • Resolução IMO868: troca oceânica da água de lastro como procedimento para reduzir o risco e epidemiológico e ambiental de deslastreamento (profundidades acima de 500m) • Tratamento da água: – precisa ser seguro, prático, de baixo custo e ambientalmente aceitávelaceitável – Diversos métodos de tratamentos vêm sendo testados, entre eles: a filtração; o tratamento térmico; aplicação de biocidas; tratamento elétrico; ultravioleta; acústico; de oxigenação e biológico DERRAMAMENTO DE ÓLEO • Lei 9966/00: prevenção, controle e fiscalização da poluição causada pelo lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e estabelece normas e procedimentos a serem seguidos pelas autoridades portuárias e pelos titulares de instalações portuárias para prevenção e combate à poluição causada pelos derramamentos • Golfo do México: Depois do afundamento da plataforma, os dutos de exploração do petróleo continuam abertos e jorrando no mar. O exploração do petróleo continuam abertos e jorrando no mar. O derrame cobria uma área de 77 Km de comprimento e 63 de largura LIXO DOS NAVIOS • Através do lixo dos navios: introdução de doenças, pragas, vírus, insetos, etc...que podem se tornar uma ameaça à saúde pública • Lixo deve ser coletado em embalagens invioláveis e encaminhados a estações de incineração • Ao longo da costa: vigilância para coibir e punir o lançamento do lixo dos navios no mar ao longo da costa – Lixos domésticos – Esgoto sanitários– Esgoto sanitários – Águas oleosas – Derrames por acidente – Lastro oleoso de limpeza – Águas de lastro supostamente limpas LIXO DOS NAVIOS LIXO DOS NAVIOS LIXO DOS NAVIOS
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