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Curso de Licenciatura Plena em Química Física Básica I O MRUV com Aceleração Positiva num Plano Inclinado com Cerca Ativadora e Sensor, Interface. Glauciane B. Nascimento1, José William F. Silva1, Thamirys A. Pereira1, Waginy S. Cruz1 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano – Campus Ouricuri, Estrada do Tamboril S/N, CEP: 56200-000, Ouricuri – PE, Brasil; Turma 2015.2. O objetivo deste experimento é analisar o movimento feito pelo mini-carro de quatro rodas em um plano inclinado com MRUV, movimento retilíneo uniformemente variado, demostrando que a velocidade e aceleração variam uniformemente em razão ao tempo e em função do ângulo de inclinação da rampa. É chamado de MRUV o movimento cuja trajetória é uma reta e a velocidade variam linearmente com o tempo, neste caso, a aceleração é constante. 1. INTRODUÇÃO O conhecimento dos fundamentos teóricos do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado é o intento da realização deste experimento, da mesma maneira a aquisição das equações de movimento de um corpo a ele submetido. A localização de uma partícula é fundamental para a análise do seu movimento. O seu movimento é completamente conhecido se a sua posição no espaço é conhecida em todos os instantes1. Movimento Uniformemente Variado: A velocidade varia de maneira uniforme. Quando ele ocorre em uma reta, temos: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado2. Quando temos um MRUV, também temos uma Aceleração Constante. Ela varia de maneira uniforme, resultando em uma aceleração constante. No MRUV o espaço e a velocidade variam com o tempo, sendo assim, teremos duas funções horárias: uma para espaço e outra para velocidade1. Espaço: Em que, a velocidade escalar média de um movimento que ocorra entre os tempos t1 e t2 é dada pela média aritmética das velocidades v1 e v2, associadas aos tempos t1 e t2, respectivamente: E somente no MRUV a velocidade escalar média é a média aritmética das velocidades escalares instantâneas3. 2. METODOLOGIA Para o experimento foram utilizados os seguintes materiais: 01 plano inclinado articulável com base de sustentação principal, escala de 0 a 45 graus e sistema para movimento retilíneo uniforme; 02 ímã encapsulado; 01 carro de quatro rodas com orientador de força peso removível; 01 cerca ativadora com dez intervalos iguais; 01 torres, manípulos e protetores; 01 haste horizontal; Vm = (v1 +v2)/2 S = S0 + v0.t + ½ t² Curso de Licenciatura Plena em Química Física Básica I 01 sensor fotoelétrico e cabo mini-din; 01 software para aquisição de dados e interface LAB200. O plano inclinado com cerca ativadora, ajustado para 10 graus de inclinação, e percorrido por um carro de quatro rodas com orientador de força e peso removível, foi utilizado para reproduzir um movimento retilíneo uniformemente variado. Para a aquisição dos dados (espaço percorrido e tempo gasto) utilizou-se o software LAB200. Para um estudo mais completo foram construídos alguns gráficos de (S x t), (S x t2), (vm x t), observando a declividade (coeficiente angular) da tangente de s versus t. Com os tempos de seus devidos deslocamentos calculou-se a velocidade adquirida com os valores cronometrados para t0, t2, t4, t6, t8, admitindo o instante inicial t0 = 0. O próximo passo foi calcular a aceleração do carro em cada deslocamento, sendo obtida pela fração da velocidade e do tempo. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O móvel realizou uma trajetória linear durante sua passagem pelo sensor. Isso pode ser observado na figura 1. Figura 1. Trajetória do carro em linha reta. Ajustando o ângulo (θ) de inclinação do plano para 10º o carro sofre uma aceleração constante. Nota-se que o peso do móvel possui duas componentes (figura 2): Py = Pcosθ, com a mesma direção e módulo que a força de contato, porém sentido oposto; e Px = Psenθ responsável pela aceleração do objeto4. Para os cálculos, desconsideraremos o atrito. Figura 2. Reprodução. Podemos observar na tabela 1 os dados obtidos nos deslocamentos de dez intervalos pelo carro. S (m) t (s) 0,000 0,000000 0,018 0,072775 0,036 0,826072 0,054 0,947421 0,072 1,014890 0,090 1,069488 0,108 1,117325 0,126 1,159037 0,144 1,196370 0,162 1,231662 0,180 1,264806 Tabela 1 – Posição x tempo Construindo os dados em uma planilha Excel, obtemos o seguinte gráfico posição versus tempo do objeto em estudo: θ = 10º Px Py P Curso de Licenciatura Plena em Química Física Básica I Gráfico 1 – Posição em função do tempo As retas tangentes (coeficiente angular), traçada em verde, roxo e azul, entre os pontos com as coordenadas (t3, S3); (t4, S4) e (t5, S5), respectivamente, indicam a velocidade média (vm) do corpo em cada ponto que, por sua vez, varia positivamente à medida que o tempo passa. Isso pode ser observado pelo coeficiente angular (azul tracejado) nos pontos entre (t3, S3) e (t10, S10). Isso implica que o móvel, além da trajetória retilínea descrita, sofreu variação em sua velocidade, partindo do momento em que a sua velocidade v0 é 0 m/s em seu instante inicial t0 = 0. Pode-se concluir que se trata de um movimento acelerado, em que o vetor velocidade variou o seu módulo. É possível construir um gráfico linearizando o primeiro, com a posição em função do tempo ao quadrado. Nesse caso, o coeficiente angular (m) da reta é dado por m = ∆x/∆t2, logo a tangente do gráfico x versus t2 representa a aceleração média do carro. Os dados estão elucidados na tabela 2 e o gráfico 2 é o correspondente. S (m) t (s2) 0,000 0,000000000 0,018 0,005296201 0,036 0,682394949 0,054 0,897606551 0,072 1,030001712 0,090 1,143804582 0,108 1,248415156 0,126 1,343366767 0,144 1,431301177 0,162 1,516991282 0,180 1,599734218 Tabela 2 – Posição x tempo ao quadrado Gráfico 2 – Posição em função do tempo ao quadrado Para observar o comportamento do gráfico da velocidade do corpo em função do tempo, foram analisados os valores de velocidade média para t0, t2, t4, t6, t8, admitindo o instante inicial t0 = 0. Os valores estão descritos na tabela 3. t (s) vm (m/s) 0,000000 0,000000000 0,826072 0,043579736 1,014890 0,070943649 1,117325 0,096659432 1,196370 0,120364101 Tabela 3 – Tempo x velocidade média 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0 0,5 1 1,5 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0 0,5 1 1,5 2 S (m) t (s2) S (m) t (s) Curso de Licenciatura Plena em Química Física Básica I Gráfico 3 – Velocidade média em função do tempo O gráfico obtido é uma linha reta que reflete sempre o mesmo aumento de velocidade do corpo a cada segundo que passa. Assim, podemos concluir que a aceleração é sempre constante, se tratando de um MRUV. Ainda é possível calcular a aceleração em todos os pontos do gráfico aceleração versus tempo. Os valores obtidos pela equação a = ∆v/∆t estão expressos na tabela 4. ∆x (m) ∆t (s) vm (m/s) a (m/s2) 0 a 0,036 0,826072 0,043 0,052 0 a 0,072 1,014890 0,071 0,070 0 a 0,108 1,117325 0,096 0,085 0 a 0,144 1,196370 0,120 0,100 Tabela 4 – Valores de a obtidos com os dados do gráfico 3. 4. CONCLUSÃO De acordo com os dadosobtidos na prática, pôde-se perceber que os resultados não seguem fielmente a teoria do MRUV e as equações, em que o movimento é uniformemente variado com aceleração constante. Foi possível observar que a aceleração variou, pela tabela 4, não sendo totalmente constante. O erro pode ser justificado pelo atrito não considerado nos cálculos. Portanto, para diminuir essa margem de erro, deveríamos realizar o experimento em um plano em que houvesse pouco atrito (como em um trilho de ar, por exemplo) e repeti-lo várias vezes. 5. REFERÊNCIAS [1]. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S.; Física, Vol. 1. LTC, 1996, 4 a Ed. [2]. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentals of Physics Extended, W iley, 2008, 8th Ed. [3]. TIPLER, P.A. Física. 6ª ed. Vol. 1, Rio de Janeiro: LTC, 2009. [4]. DINIZ, P. H. S. Física experimental 2013 UFC – movimento retilíneo uniformemente variado. Relatório de Física. Disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAghj QAL/fisica-experimental-2013-ufc- movimento-retilinio-uniformemente-variado Acesso em 20/06/2017. 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0 0,05 0,1 0,15 vm (m/s) t (s)
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