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12.Patrimonio arquitetonico e arqueológico

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12. 
Pa t r imón i o A r q u i t e c t ó n i c o 
e A r q ueo l ó g i c o 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.2 
A . I n t r o d u ç ã o 
 
 
Este relatório tem como principal objectivo a protecção de uma memória física existente e a sua 
valorização como um recurso a ter em conta na vivência quotidiana do concelho. 
 
Cada época histórica constrói e actualiza o domínio da matéria patrimonial. É neste sentido que tem 
significado preservar um determinado património. 
 
Num momento em que a consciência colectiva começa lentamente a despertar para a importância do 
território como património cultural, e como parte fundamental da identidade portuguesa, bem como a 
necessidade de corrigir em cicatrizar a actual delapidação deste recurso comum, tarefa difícil perante 
os interesses em causa e a tradicional escassez do país. Salvaguarda-se aquilo que corresponde à 
consciência histórica colectiva de um dado momento do processo de transformação urbana e 
arquitectónica. Entende-se que o modo como se colocam as questões da preservação do Património 
é uma espécie de barómetro do estado da cultura de uma determinada época. 
 
O interesse pela Cidade antiga, a sua preservação, entendendo-a e recuperando-a na sua 
integridade física, funcional e social, e a reavaliação das relações morfológicas existentes na Cidade 
tradicional para o desenho do crescimento e expansão ou para as intervenções no seu interior, são 
factores a ter em conta no processo do planeamento, abrangendo e sobretudo referindo-se a toda a 
história da cidade e não apenas à sua época. 
 
Conciliar o novo e o existente, sem admitir a perda da sua identidade formal assegurando a 
constituição de um suporte morfológico, geometricamente implantado de modo a permitir a identidade 
urbana que se tende a esbater perante a diversidade e individualidade das construções mais 
recentes. 
 
Preservar a memória. 
 
A memória colectiva de um povo e as memórias específicas de uma actividade, de um tempo ou de 
uma arte, são, afinal, a força da nossa identidade. Não se pode guardar tudo. Nem sequer isso seria 
compatível com a realidade da vida e da mudança. Mas pode-se e deve-se assegurar a transmissão 
do conhecimento do que se fez e do que se está a fazer. 
 
Contudo não é nada fácil distinguir entre a memória que deve ser efectivamente preservada e tudo 
aquilo que não passa da nossa própria representação, mais ou menos saudosa, de um tempo que 
pouco mais é que a vida de um homem. 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.3 
A salvaguarda e valorização do património são simplesmente a devida prestação de contas à 
comunidade, dando o testemunho de uma actividade e de uma responsabilidade que lhe está 
cometido na defesa do nosso património, preservando a memória e tornando-a possível. 
 
Na prática, tem-se vindo a considerar de modo crescente a importância de proporcionar ao património 
uma função social, tendo em conta o seu valor para a recuperação urbana e desenvolvimento local. 
 
Manter as populações existentes do mesmo extracto social, no centro da cidade, preservar a 
morfologia urbana; manter o equilíbrio entre o construído e o ambiente natural; fazer reviver as festas 
tradicionais desaparecidas. Só com a absorção e integração dos conceitos e normas 
internacionalmente defendidas se pode garantir uma pratica de rigor na defesa e valorização do 
património. 
 
Hoje é possível assegurar a manutenção de materiais que ontem eram tidos como perecíveis, graças 
ás técnicas de conservação e consolidação que o desenvolvimento tecnológico e científico nos vem 
disponibilizando. 
 
Ao mesmo tempo, o território vai acumulando e interpenetrando organicamente características 
arquitectónicas das diversas épocas da reconstrução, é essencial a reintegração dos monumentos na 
sua primitiva pureza. 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.4 
B . M é t o d o d e A n á l i s e 
 
 
Todo o desenvolvimento do PDM, apoiou-se no propósito de salvaguarda do património, fosse o 
mesmo natural, construído ou misto (natural e construído). Pretendeu-se inventariar também o 
elemento isolado, o sítio ou o conjunto. Mais que identificar aquilo a que vulgarmente se chama de 
Património Construído, interessou aqui, detectar as situações extraordinárias em termos de 
elementos de valor erudito e de valor mais popular. Realizou-se um inventário o mais aprofundado 
possível das situações patentes no concelho. Foi considerada a sua classificação de importância 
nacional (Monumento Nacional e Imóvel de Interesse Público) quando esta existia. 
 
Identificaram-se os elementos ou conjuntos de valor superior, quer pelo seu cariz erudito, quer pelo 
seu interesse arqueológico, ainda se considerou um grupo de situações de qualidade arquitectónica 
ou urbanística, mas não capazes de se reconhecerem como de valor extraordinário. Caracterizaram-
se as situações de particular relevo em termos concelhios, as situações de acompanhamento e as 
situações rústicas mas cujo cariz específico requer tratamento cuidado. E finalmente identificaram-se 
situações integradas nos diversos níveis de interesse e cujo valor é ainda mais amplo que o 
elemento, valendo assim pelo conjunto. 
 
O relatório está organizado e dividido segundo as Freguesias que pertencem ao Concelho. Cada 
elemento foi fotografado, localizado em planta e caracterizado em texto escrito. Foi-lhe ainda 
atribuído um código composto por dois números. O primeiro refere-se à freguesia na qual se insere, e 
o segundo é o próprio número de ordem do elemento. Sendo assim, a cada Freguesia corresponde o 
número seguinte: 
 
Freguesia N. º Freguesia N. º Freguesia N. º 
Abedim 01 Luzio 12 Riba de Mouro 22 
Anhões 02 Mazedo 13 Sá 23 
Badim 03 Merufe 14 Sago 24 
Barbeita 04 Messegães 15 Segude 25 
Barroças e Taias 05 Monção 16 Tangil 26 
Cambeses 06 Moreira 17 Troporiz 27 
Ceivães 07 Parada 18 Troviscoso 28 
Cortes 08 Pias 19 Trute 29 
Lapela 09 Pinheiros 20 Valadares 30 
Lara 10 Podame 21 
Longos Vales 11 
 
 
C . F i c h a s d e C a r a c t e r i z a ç ã o 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.6 
 
0 1 . A b e d i m 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.7 
C a s t e l o R o q u e i r o d a P e n h a d a R a i n h a 0 0 1 
Abedim. São Martinho da Penha. 
 
 
O monte de S . Mar t i nho ou Penha da Rainha s i tua -se na 
Fregues ia de Abedim , conce lho de Monção, podendo-se 
c lass i f i cá- lo comoum cas te lo roque i ro , tes temunho das 
carac te r ís t i cas fo r t i f i cações do séc . I X e XI , da época da 
Reconquis ta 
Segundo a lgumas fontes , os cas te los por t ugueses da époc a da 
reconqu is ta , se r iam cas te los fund iá r ios , l i gados a pequenas 
comunidades de possu ido res ou a senhores que os fomentavam 
para apo iar os seus homens . Quanto aos cas te los pré – 
românicos , nos qua is ju lgamos se inser i r o Cas te lo da Penha da 
Rainha, vu lga rmente chamados de cas te los roque i ros , fo ram 
sof rendo var iadas t rans fo rmações no pe r íodo sequente , nunc a 
de i xando de ev idenc iar a e lementa r idade do seu s is tema 
defens ivo . 
A reg ião do A l to Minho é uma área que se reve la propíc i a ao 
es tudo des te g rupo de cas te los românicos , cabeças de te r ra . Po r 
vo l t a do sécu lo XI I as preocupações es t ra tég i cas vão se 
a l te rando, passando o in te resse rég io para cons t ruções m i l i t a res 
na l i nha de f ronte i ra (Cas t ro Labore i ro , Melgaço, Monção, 
Va lença, V i la Nova de Cerve i ra , Cam inha) . Como ta l deu -se um 
re l a t i vo abandono dos cas te los pré – românicos , cabeças de 
ter ra mais no in te r io r e sobre a montanha. 
Ho je em d ia , mui tos des tes encont ram-se foss i l i zados , dando-nos 
um tes temunho do aspec to das for t i f i cações des ta época. 
O cas te lo da Pena da Rainha ap rove i t a , a emergênc ia de um 
mac iço rochoso, de d i f íc i l acesso, em cu jo c imo há a l i cerces para 
uma cons t rução que func ionar ia como tor re ; deverá ter t ido a inda 
cerca in fe r io r embora e l ementa r . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.8 
 
0 2 . A n h õ e s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.9 
M a m o a s d e M e n d o i r o 0 0 2 
Anhões. 
 
O nome es tá i ncor rec to j á que o con junto megal í t i co se s i tua 
ent re os luga res de Font e Furada e Lamei ras na F regues ia dos 
Anhões . 
Conhecem-se 3 mamoas des te con junt o . Provave lmente terá 
mais e lementos , que terão s ido des t ru ídos aquando dos 
movimentos de ter ra para p lant ação de f lo res ta e a aber t ura dos 
cam inhos f lo res ta is . 
 
Uma das mamoas tem cerca de 2 met ros de a l t u ra e v in te de 
d iâmet ro , des tacando-se 3 es te ios da câmara, que sem dúv ida, 
te rá s ido v io l ada. Também são v is íve is a lgumas ped ras que 
cons t i tu i r i am a couraça des te monumento fúnebre. Tem como 
coordenadas la t . -41º58 ’47 ’ ’ e long. -8 º25 ’13 ’ ’ . 
 
A segunda mamoa aparece -nos bas tant e des t ru ída 
provave lmente po r acção mecânica. Apesar de tudo consegue-se 
percepc ionar uma depress ão cent ra l p rovocada po r v io lação não 
sendo v is íve is qua isquer es te ios , contudo a inda é poss íve l 
d imens iona - la com cerca de 80cm de a l tu ra e 16m de d iâmet ro . 
Tem como coordenadas la t . -41 º58 ’47 ’ ’ e l ong. -8 º27 ’60 ’ ’ . 
 
A terce i ra mamoa apresen ta cerca de 1 m de a l tu ra e 16m de 
per ímet ro , com ves t íg ios v is íve is da cou raça. A c âmara terá 
s ido v i o lada, embora a tampa es te ja des locada pa ra a pe r i fe r ia . 
Tem como coordenadas la t . -41 º58 ’48 ’ ’ e l ong. -8 º25 ’00 ’ ’ . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.10 
C o s t a d o M e n d o i r o 0 0 3 
Anhões. 
 
Cume, no a l to do monte , com pendente de dec l i ve acentuado, 
onde, segundo Dr . Maia Marques , ex is tem ves t íg ios de 
ocupação cas t re j a – a ta l a ia , ta l vez um poss íve l abr igo sob 
rocha. Ent re tanto não nos fo i dado obse rvar provas da 
exis tênc ia de t a l fac to . 
 
 
 
 
 
C i v i d a d e d e A n h õ e s 0 0 4 
Anhões. Cividade 
 
Coto ou e levaç ão de média d imensão, com per f i l regu la rmente 
cón ico e secção ova lada, f lo res tado com p inhe i ros e mato , com 
af lo ramento roc hoso à v i s ta , encont rando-s e sob ameaça do 
avanço u rban ís t i co e agr íc o la . 
Nes ta e levação são v is íve is 2 ta ludes a r t i f i c ia is , os qua is 
poderão cor res ponder a 2 l inhas de mura lha. 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.11 
 
0 3 . B a d i m 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.12 
C a s t r o d a S e n h o r a d a G r a ç a 0 0 5 
Badim. 
 
O cas t ro de Sra . da Graça , s i tua-se num monte homónimo que 
se repar te pe las f regues ias de Bad im (ver tente oes te) e Sá 
(ver tente es te) , conc e lho de Monção, d is t r i to de V iana do 
Cas te lo . O acesso ao loca l faz-s e a par t i r do luga r da Va l inha, 
f regues ia de Cei vães . 
O loca l es tá mui to a fec tado pe la abe r tura de cam inhos , 
cont inuando ass im mesmo a ap resenta r carac ter ís t i cas des te 
t ipo de povoado for t i f i cado . 
 O monte da Sra . da Graça é uma e levação g ran í t i ca , com cota 
a rondar os 315 met ros , de per f i l cón ico , pendor médio e que 
se des taca da pa isagem. Bem v is íve l do c as t ro da Assunção, 
poder i a fazer par t e de um con junto de cas t ros r i be i r inhos , que 
dom inar i am o curso do Rio Minho. Segundo Maia Marques , 
possu i aque le monte vár i os a f lo ramentos g ran í t i cos de g rão 
médio , e a g rande maior ia das ped ras para ed i f i cação das 
es t ru tu ras foram com cer teza co r tadas do p rópr i o loc a l . 
Tendo a inda em l inha de conta os re la tó r ios de escavações , 
d i r i g idas por Maia Marques , o espó l i o carac te r i za -se pe la 
presença de cerâm ica ind ígena, ce râm ica de cober t u ra ( tegu la) , 
mater ia is l í t i cos e em bronze. V is íve is são também a lgumas 
es t ru tu ras c i rcu lares . 
P rovave lmente ocupado desde o Bronze F ina l à romanização 
p lena, es te cas t ro , con junt amente com os de S . Caetano e Sra . 
da Assunção, Sra . da V is ta , dom inava comple tamente o cu rso 
médio do r i o Minho, donde ti r a r i a grande par t e da sua 
subs is tênc ia . 
Quant o a c rono log ias de ocupação, Maia Marques , tendo po r 
base a presença da ânfora Hal te rn 70 e Dresse l l 1 e vasos de 
asa em ore lha, apont a pa ra uma ocupação que i r i a ent re séc . I I 
a .C. ao séc . I d .C. 
Sendo es te sem dúv ida um loca l já in tervenc ionado e que de 
a lgum modo se apres enta como um e lemento impor tante para o 
es tudo da Idade do Fe r ro e do Bronze no A l t o Minho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.13 
 
 
 
 
Q u i n t a P o r t e l e i r a 0 0 6 
Badim. Boulhosa. 
 
 
Implanta-se de f rente pa ra la rgo p r i vado, no qua l se ergue 
fontanár i o de p lanta c i rcu lar com t rês taças . 
Casa b rasonada do séc . XVI I I / XI X que se insere na 
Arqu i t ec tura Res idenc ia l Popu lar , possu indo a lgumas in f luenc ias 
Barrocas presentes em det erm inados po rmenores . 
P lanta fo rmando U, def i n indo vo lumes de do is p isos . 
As cober t uras são d i fe renc iadas em te lhados de duas e t rês 
águas . 
As fachadas são em a lvenar i a rebocada, possu indo 
embasamento em cantar i a de gran i to , cunha is ap i las t rados e 
remate em corn i ja i n te r rompida po r ped ra d ’ armas com escudo 
p leno dos Soares de Tang i l , ta lvez do sécu lo XVI I I . 
O esquema de fenes t ração é regu la r , s imét r i co e de vãos 
a l inhados . No segundo p iso rasga -se por t a p r inc i pa l s imples de 
ve rga rec ta , à qua l se tem acesso por meio de es cadar ia em 
gran i to , que se encont ra adoçada à fachada p r inc i pa l . P r imei ro 
p iso com esquema de fenes t ração igua l ao rés -do -chão, com 
aber tu ras s imples de ve rga rec ta . 
 
 
 
C a p e l a S e n r e l a 0 0 7 
Badim. Torre. 
 
Capela pa r t i cu la r de p l anta long i t ud ina l pe r tencente a uma 
qu in t a , cu jo complexo cons t ru ído encont ra -se já mui to 
descarac ter i zado. Cons t ru ída po r vo l ta dos sécu los XVI I I / XI X 
possu i vár i os e lementos de car i z bar roco como são o d inam ismo 
das formas ondu lant es da fachada. Nomeadamente f ront ão e 
p inácu los la te ra is . 
Dada a comple ta descarac ter ização do espaço envo lvente , os 
propr i e tá r ios doa ram es te ed i f íc io à jun ta de f regues ia que i rá 
t ras lada- la para jun to do cem i tér io loca l , onde i rá exe rce r as 
funções de cape la mor tuá r i a . 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.14 
 
 
0 4 . B a r b e i t a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.15 
C a p e l a d a N o s s a S e n h o r a d a A s s u n ç ã o 0 0 8 
Barbeita. 
 
Protecção – Em v ias de c l ass i f i cação com homologação super i o r 
de 6 de Dezembro de 1974 
Es ta Capela tem enquadramento rura l , s i tua-s e no a l to do Mont e 
da Assunção, es tá i so l ada, dom inando toda a pa isagem 
envo l vente sobre o va le do Minho, e sob re o va le do Mouro. 
Apenas para su l não tem v is ib i l i dade. O monte es tá f lo res tado 
a té à c r i s ta essenc ia lmente po r p inhe i ros . 
Es ta Capela data do s écu lo XVI e pe r tence à Arqu i t ec tura 
re l i g iosa, qu inhent is ta . 
Capela com nave ún ic a e cabece i ra de p lanta rec tangu la r , 
vo lumes ar t i cu lados com cober t ura d i fe renc iada, em te lhado de 
duas águas com te lha l usa. Apresenta as jun tas c imentadas 
sub l inhadas com p in tura a branco. Na fachada pr i nc i pa l rasga -se 
por t a l com ombre i ras f lanqueadas po r duas meias -co lunas , e 
adue las do a rco de vo l ta per f e i ta deco radas com ramagens . De 
ambos os lados do po r ta l , exis tem do is medalhões , cada um 
de les os tentando uma f igura em a l to - re levo, mascu l ina a nor t e , 
fem in ina a Su l , p rovave lmente represent ando os seus pat ronos , 
que t êm cape la er i g ida na ig re ja pa roqu ia l de Barbe i ta . Sob re o 
por t a l , uma pequena co rn i ja , que faz o enquadramento de todos 
es tes e lementos que compõem a fachada pr i nc ipa l des te ed i f íc i o . 
Nos a lçados rasgam-se f res tas na nave e cabece i ra e no a lç ado 
Su l ab re -se uma por t a sem decoração. Ex is tem con t ra fo r tes nos 
ângu los da nave e nos do i s ângu los exte r io res da cabece i ra que 
é pe rcor r ida po r corn i j a bosantada. 
No i n ter io r a c obe r tu ra é em madei ra e o pav imento de l a jes 
gran í t i cas . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.16 
P o n t e M e d i e v a l s o b r e o R i o M o u r o 0 0 9 
Barbeita. 
 
Protecção - I IP , Decre to -Le i n . º 44 075 
DG 281 de 05 Dezembro 1961. 
 
Ergue-se sob re margens de g rande e p ro fundo mac iço roc hoso 
sobre o r i o Mouro, pequeno a f luente da margem esquerda do 
Minho, s epa rando a f regues ia de Barbe i ta da de Ceivães . Tem 
de um lado e out ro das margens um ar ruamento p r inc ipa l que 
l iga as duas f regues ias , sendo que o l ado de Barbe i ta ap resenta 
um t ipo de p l aneamento urbano t íp ico dos f i na is do sécu lo XVI I I , 
a l tu ra em que se ed i f i ca a cape la de S . Fé l i x e a l gumas das 
casas que def inem o la rgo e os ar ruamentos des t e lugar . Do 
lado de Ce ivães ass is t imos à t íp ica ocupação ao longo das v i as , 
em que a maior i a das hab i tações sof reu g randes a l te rações nas 
ú l t imas décadas do sécu lo XX. Junto às margens encont ramos 
a inda uma sér i e de mo inhos , t odos e l es já de i xados ao 
abandono. 
A pont e t ra ta -se de um equ ipamento medieva l , onde no sécu lo 
XIV , D. João I faz um acordo com o duque de Lencas ter , 
no tab i l i zando-se desde ent ão es te luga r . 
Sof reu j á uma sér ie de res tauros , o ú l t imo dos qua i s em 2000, 
mantendo-se a t ipo log ia or ig ina l . 
Def ine-se c omo um tabu le i ro f o rmando cava le t e , p reced ido por 
rampas de acesso e assen te num amplo arco p leno, que assenta 
em penedia . 
O pav imento faz-se em grandes la jes e guardas de b loc os 
apa re lhados , e em a lvenar i a rebocada.12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.17 
C a p e l a d e S . T i a g o 0 1 0 
Barbeita. Largo de S. Tiago 
 
 
P ro tecção – Em v ias de c l ass i f i cação, com despacho de aber t ura 
do Sr . P res idente a 29/08/ 2005 
 
Pequena cape la no La rgo de S . T iago p róx imo da ig re ja 
paroqu ia l do Di v ino Sa lvador e da Es t rada Munic ipa l que l i ga 
Barbe i ta a Meruf e . Possu i p lanta rec tangu la r , com 3 a rcos na 
metade vo l t ada a Oc idente , com 6 cont ra f or t es para a 
sus tentação dos arcos , cobe r tu ra pét rea e co lunas . Os arcos 
têm nervu ras chanf radas t íp icas do gót ico f ina l . 
É compos ta por duas pa r tes , o corpo fechado com aber tura 
or i en tada a Oc idente podendo-se observa r no seu in ter i o r uma 
imagem de Sant iago romei ro , imagem do sécu lo XI X. 
As paredes são cons t ru ídas com pedra s ig lada, que nos induzem 
ao es t i lo gót i co , se bem que f ina l , po is a i nda não ev idenc ia um 
c laro es t i lo manuel ino . No c ruzamento dos arcos , no corpo 
cober t o , ap resenta um mot ivo com a c ruz de Cr is to , e por t oda a 
par t e se vêem v ie i ras , e lementos que sempre se assoc ia às 
pereg r inações a Sant iago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.18 
E s p i g u e i r o 0 1 1 
Barbeita. Macau 
 
 
P ro tecção – Imóve l de I n te resse Munic i pa l 
3 de Outub ro de 2002 
 
Este esp igue i ro es tá c lass i f i cado como Imóve l de In teresse 
Conce lh i o , por s er um caso ún ico em todo o Minho, pe las s uas 
carac te r ís t i cas , uma vez que os out ros pa lhe i ros que aqu i 
coexis tem cos tumam ser mais es t re i tos com um só cor redo r , 
enquant o que es te , rep resent a ta l vez uma modi f i cação e 
aprove i tamento de e lementos per t encent es or i g ina r iamente a 
do is ve lhos esp igue i ros es t re i tos . 
S i tua-se j un to da casa da lendár ia es tá tua do Pedro Macau, 
bas tante per to da ponte do Mouro, e da ant iga es t rada nac iona l 
que l i gava Monção a Melgaço. 
Assenta em a l tos pés s inge los de gran i t o , de fo rma cón ica (ho je 
aprove i tada a par te in fe r io r pa ra ar rumos e fo rno) , rematados po r 
mesas , com as duas paredes do topo em a lvenar ia bem 
apare lhada. 
A cober tu ra é um te lhado de duas águas , ornamentado com 
p inácu los de gran i t o sobre os cunha is e um dos topos do cume, e 
a c ruz no out ro . 
Nas fachadas , es tão ve r t i ca lmente d ispos tas r ipas de madei ra , 
com t ravessas a meio . 
À f rent e , abre -se, a meio da f achada, a por ta (que dá pa ra um 
espaço ent re e l as , desde sempre u t i l i zado como quar t o de um 
c r iado) f lanqueada po r duas por tas jane las , que dão d i rec tamente 
para cada uma dessas câmaras . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.19 
 
F o r t e e m T e r r a 0 1 2 
Barbeita. 
 
 
T ra ta -se de uma es t ru tu ra cons t ru ída em ter ra no decu rso das 
Guerras da Res tau ração que se rv iu pa ra o cont ro l o das v ias de 
comunicação ent re Monção e Me lgaço. 
Parecem exis t i r duas es t ru turas p róx imas . Uma de las compõe-se 
de uma e levaç ão sem fosso, mui to a l te rada pe lo cober to vegeta l . 
A out ra pa rece possu i r uma espéc ie de parape i to , sobre o qua l 
se ergue uma vedação recente , como que f ormando um pequeno 
ba luar t e ou reve l im . 
Es ta for t i f i cação per tence ao per íodo Moderno. 
O es tado de conse rvação é razoáve l , o uso do so lo é f lo res ta l . 
Ex is te in f ormação na obra do Por tuga l Res tau rado da ex is tênc ia 
de uma bat er i a j un to da Ponte do Mouro, a qua l se supõe se r 
es ta . 
Nota : Fo i imposs íve l o reg is to fo tográ f i co des te e l emento , dev ido 
às más cond ições de aces so ao loca l . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.20 
 
C a s t r o d a S e n h o r a d a A s s u n ç ã o 0 1 3 
Barbeita. 
 
 
O cas t ro da N. Sr . ª da Assunção s i tua -se no l ugar do Cas t ro , 
Buraca da Moura, f regues ia de Barbe i t a , conce lho de Monção. 
Encont ra-se em v ias de c lass i f i cação, com Homologação 
Super io r de 6 de Dezembro de 1974, como Imóve l de In te resse 
púb l i co . 
É um cabeço f lo res tado, com a lguns a f l o ramentos gran í t i cos , 
cu ja a l t i t ude máxima é de 268 m . A veget ação que cobre es te 
cabeço cón ic o é fundamen ta lmente o to jo e o p i nhe i ro . 
O nome des te loca l é con fer ido pe la ex is tênc ia de uma erm ida 
consagrada a N. Sr . ª da Assunção, no topo des te monte , 
ed i f i cada no sécu lo XV I . O ter rap leno e fec tuado com a 
cons t rução da erm ida e do ter re i ro onde se rea l i zam as fes tas e 
onde ex is te um core to , des t ru í ram par te do hab i ta t cas t re jo que 
exis te por t oda a coroa do monte . 
A n íve l a rqueo lóg ico es te povoado ap resenta um con junto de t rês 
l inhas de mura lha, segundo Maia Marques , def i n indo ass im es te 
hab i t a t como um povoado f or t i f i cado. 
O s í t io já fo i a l vo de in te rvenções a rqueo lóg icas nos anos 1970 e 
1980, in te rvenções essas cu jos resu l t ados nunca c hegaram a ser 
d ivu lgados . Podendo-se ent re tanto obs erva r que g rande pa r te da 
ac rópo le fo i pos ta a descober to du rante essas in tervenções , 
f i cando v is íve is vár i as es t ru tu ras c i rcu la res e sub rec tangu lares , 
ar ruamentos e pát i os la jeados , cons t i tu i ndo ass im um per fe i t o 
modelo de pro to -u rban i smo que ca rac te r iza os povoados 
cas t re jos . 
Os ves t íg i os encont ram-se um pouco po r todo o monte a té ao 
sopé, onde começam as cons t ruções . De nota r a exis tênc ia do 
topón imo Paço, a Nor te , mui tas vezes assoc iado a ves t íg ios de 
ocupação romana. 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra sdo t e r r i tó r i o | 12.21 
I g r e j a P a r o q u i a l d o D i v i n o S a l v a d o r 0 1 4 
Barbeita. 
 
 
A igre ja do Di v i no Sa lvador de Barbe i ta encont ra-s e num largo 
reba i xado em re lação ao ar ruamento , es tá conf ront ada a Nor te 
com a res idênc ia paroqu ia l (es ta com insc r ição na pad ie i ra de 
1691) . 
Es ta ig re j a es tá o r ien tada no sent ido Nascente /Poente , com a 
par t e pr inc ipa l vo l tada a Oes te e a to r re s ine i ra co locada , 
invu lgarmente , j un to ao a l ta r -mor . O ed i f íc io de p lanta 
long i tud ina l c ompreende a inda duas cape las , uma sac r is t ia e um 
vo lume de anexos , todos co locados nas fachadas la tera is . A 
fachada p r inc i pa l ap resenta carac ter ís t i cas cons t ru t i vas t íp icas 
dos f ina is do sécu lo XV I I , in íc ios do sécu lo XVI I I , já com 
a lgumas a l te rações mais recentes . Para a lém das p i las t ras em 
f r i so que lade iam a por ta , com a lgumas rem in iscênc ias do 
renasc imento , enc imadas por um f rontão curvo ent reco r tado, 
com remates em vo lu tas , em cu jo campo f igu ra um n icho, bem 
ao es t i lo ba r roco, pode-s e observa r o f ront ão aber to onde se 
rasga um ócu lo . Es te f rontão d is t ingue-se e separa-se do 
ante r io r por uma pedra d ’ armas rea is ( ta l vez de D. João IV) e 
do is ócu los . 
No n icho ex is te uma imagem em gran i to do Di v i no Sa l vador 
ves t ido com uma tún ica po l i c romada a vermelho e azu l , co lo ração 
que se pode obse rvar na ves te e enquadramentos f lo ra is 
es t i l i zados que envo l vem o n icho. Na imagem o Div ino Sa l vado r 
segura um cá l i ce na mão esquerda e uma p lanta na mão d i re i ta , 
parecendo se r uma imagem do sécu lo XVI I I . 
 A tor re s i ne i ra quadrangu lar possu i uma insc r ição com data de 
1700 e um va rand im em vo l ta das campânulas . 
No in te r io r da ig re ja pode-se adm i rar um be l íss imo al ta r -mor em 
pedra po l i c romada com imagens do Div ino Sa lvador , S . Pedro e 
S . Migue l , todos do sécu lo XVI I I . Nas pa redes exis te uma 
insc r ição ded icada ao fundador e mandant e das ob ras do a l ta r -
mor , o abade Manuel Mac ie l João. 
Uma das cape las anexas , a do Bom Jesus , ta lvez se ja o que nos 
res tou da p r im i t i va i g re ja , possu i o tec to em nervura gót ica e 
duas sepu l tu ras qu inhent is tas , a lém de ter pedra s ig lada na 
cons t rução das suas paredes . 
Para Nor te desenvo lve-se a casa do passa l , es t ru tu ra 
or i g ina lmente de p lant a rec tangu lar d is t r ibu ída po r do is p isos , já 
bas tante a l te rada após a t rans fo rmação em cent ro paroqu ia l e 
ac rescentados vár ios vo lumes em seu redo r . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.22 
C a p e l a d e S . F é l i x 0 1 5 
Barbeita. 
 
 
Enquadramento ru ra l , i so l ado, in t eg ração harmónic a, no cent ro 
do ag lomerado, com adro , sobre levado em re laç ão à rua, ce r rado 
por muro, onde se ins erem os "quar té is " dos peregr i nos , com 
acesso po r escadar i a cent ra l , com p inácu los nos cunha is do 
muro e do ar ranque do parape i t o , sendo ladeada por a lm inhas 
com pa ine l de azu le jos e com a data 1798 insc r i t a . 
Es ta cape la dat a do sécu lo XVI I I , apresent ando e lementos 
va r iados des de o mane i r i s mo ao bar roco e mesmo neoc láss ico . 
Possu i p lanta l ong i tud ina l compos ta por nave ún ica e cape la -mor 
rec tangu lares , com tor re s ine i ra e sac r is t ia adoçadas à fachada 
Sudoes te . 
Os vo lumes são esca lonados , com cober tu ras d i fe renc iadas , em 
te lhados de duas águas . 
As fachadas são rebocadas e ca iadas e em apare lho de gran i t o à 
v is ta , perc or r idas por corn i ja sa l ien t e , com p i l as t ras nos cunha is , 
coroados po r p i nácu los e c ruz sob re ac ro té r io , no remate de 
todas as empenas . A fachada p r i nc ipa l , é rematada por f rontão 
t r iangu lar , com n icho ladeado por do is ócu los quadr i fo l iados no 
t ímpano. O por ta l p r i nc i pa l é de verga rec ta emoldurada e 
ângu los recor t ados ent re p i las t ras supor tando ent ab lamento e 
f rontão curvo de vo lu tas in ter rompido po r n icho, de moldura 
reco r tada, com pa rape i to sa l ien te decorado na base po r f l o r -de -
l i s , e a lbergando imagem. Lade iam o po r ta l do i s ócu los de 
moldura quadr i fo l i ada e o n icho por duas jane las rec tangu la res , 
rematadas por f ront ão t r i angu lar . 
A tor re s ine i ra encont ra -se um pouco recuada, com 3 reg is tos , 
marcados po r co rn i j as sa l i en tes , tendo, supe r io rmen te , po r face 
uma vent ana em arco p l eno, rematada por co rn i j a rec ta , com 
urnas nos vér t i ces ; a cober t ura é em coruchéu, rematada po r 
imagem em pedra, e possu i também um cata-vent o e c ruz em 
fer ro . As fachadas la tera i s são semelhantes , rasgadas po r vãos 
rec tangu lares , com acesso à nave. 
Fachada pos te r i o r , em empena, cega. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.23 
C r u z e i r o d a N o s s a S e n h o r a d a S o l e d a d e 0 1 6 
Barbeita. Ponte do Mouro 
 
 
Este c ruze i ro do sécu lo XI X encont ra-se no cent ro do 
ag lomerado de Pont e de Mouro, em face do ar ruamento 
pr i nc ipa l , ins er i do no t rad i c iona l cam inho de peregr i nação que 
de Monção segue para a romar i a da Senhora da Peneda 
( Arcos de Va ldevez ) . O c ruze i ro es tá resguardado por quat ro 
p inos pét reos , de secção c i rcu la r . 
Def ine-se com soco cons t i tu ído por do is degraus de p lant a 
oc togona l , sob re o qua l as senta um pedes ta l pa ra le l ep ipéd ico, 
compos to por p l i n to e dado monol í t i co , c om ares t a super i or 
côncava. O dado ap resenta a f ace f ront a l p rec ed ido po r ca i xa 
de esmolas , em t rês peças pét reas , com bas e pr ismát ica , 
or i f íc io da ca i xa de remate super io r em arco p l eno, com 
parape i to sa l i en te e sub l i nhado super iormente po r corn i j a em 
arco abat ido, es tando insc r i to , numa face la te ra l , com "D 1820 
A" e , na face pos te r io r , com a expressão " I MAGEM DE / NOSA 
SO DA SO/LEDADE" . 
O fus te , a l to , monol í t i co , de secção c i rcu la r , apresenta , em 
re l evo, os s ímbolos da Pa i xão. Es tá enc imado por um cap i te l 
compós i to , sus tentando c ruz la t ina de secção quadrangu la r , 
com o remate das has tes de formato sub c i rcu la r . A c ruz 
apresent a , na f ace f ronta l , a represent ação escu l t ór i ca do Ecce 
Homo , com coroa de esp inhos , mãos amarradas e t ra jando uma 
capa sobre os ombros , presa f ronta lmente à a l tu ra do pe i to , e , 
na f aceopos ta , uma imagem da Nossa Senhora da So ledade, 
sobre uma mísu la . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.24 
F o n t e 0 1 7 
Barbeita. Ponte do Mouro 
 
 
Esta fonte es tá enquadrada no cent ro do ag lomerado u rbano, 
jun to da cape la de S . Fé l i x e do Orató r io de Sant o Cr i s to . 
T ra ta -se de um equ ipamento pe r tence à arqu i tec tura c iv i l de 
equ ipamento bar roca. 
Fonte de mergu lho em p lano i n fer io r ao a r ruament o , de l im i tada 
por la j es gran í t i cas fo rmando espaço de p l anta rec t angu la r e c om 
acesso num dos l ados por escada pét rea de t rês deg raus . O 
espa ldar , encas t rado na parede da casa de hab i taç ão, é compos to 
por vá r ios s i lhares de fo rmato t ronco-cón ico, rematado po r corn i ja 
cont racu rvada, e o rnado la tera lmente com l inha re levada, de 
term ina is em vo lu t as ; ap resent a in fe r i o rmente b ica insc r i ta em 
e lemento mar inho conto rc i do, com escama super io r bas tante a l ta , 
sobre pequena p ia c i rcu lar . 
La te ra lmente possu i em p lano mais e levado à b i ca pra te l e i ra 
pét rea para depos ição do vas i lhame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.25 
O r a t ó r i o d e S a n t o C r i s t o / S r . d a B o a M o r t e 0 1 8 
Barbeita. Ponte do Mouro 
 
 
 
Este ora t ór i o tem enquadramento u rbano, i so lado, no cent ro do 
ag lomerado, ladeando o adro da Capela de São Fé l i x, em face 
do a r ruamento p r inc ipa l , inser ido no t rad ic iona l cam inho de 
pereg r inação que de Monç ão segue para a romar ia da Senhora 
da Peneda. 
Es ta Capela data do s écu lo XVI I I e possu i corpo ún ico 
rec tangu lar , de massa s imples com cober tu ra em te lhado de 
quat ro águas . As fachadas são rebocadas e ca iadas , perco r r idas 
por co rn i ja sa l i en t e e c om p i las t ras nos cunha is , tendo na 
fachada pr inc ipa l e nas la t era is vãos de a rco p l eno assentes em 
p i las t ras toscanas . 
A fachada pr inc ipa l tem espaço f ront e i ro la jeado e com acesso 
por do is degraus , apresentando, sobre a pedra de fecho do 
arco, ca r te l a o rnada com mot ivos f i tomór f i cos , tendo s ímbolos 
da Pa i xão re l evados . As fachadas la t era is , tem vãos cer rados , a 
meia a l tu ra , po r muro de a lvena r ia de g ran i to , e possuem, sobre 
a ped ra de fecho dos a rcos , car te la enquadrada por dup la 
esp i ra l tendo i nsc r i to "ANNO" , na da fac hada sudoes te , e a dat a 
"1753" , na da fachada no rdes te . A fachada pos te r io r é cega. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.26 
P o r t a l d a Q u i n t a d o P a ç o 0 1 9 
Barbeita. Paço 
 
 
Trata -se de uma cerca com por ta l bar roco, como demons t ram a 
decoração e as formas ondu lant es dos des enhos que o 
ornamentam. 
O a lçado é s imét r i co , equ i l ib rado, no qua l s e ras ga po r ta l ao 
cent ro , de ve rga rec ta , i nser i ndo -se num pano l ige i ramente a 
f rente do res tant e muro. 
Corn i j a perco r rendo t odo o a lç ado. Remate em p la t i banda 
reco r tada e ondu lante . P i l as t ras nos cunha is sobrepu jados po r 
p inácu los . 
Lade iam o po r ta l duas abe r tu ras s imples emolduradas com 
pro t ecção em gradeamento de fer ro . 
A enc imar o po r ta l ex is te uma pedra d ’ armas t íp ic a do sécu lo 
XVI I . Es ta qu in ta com tor re tem or igem no sécu lo XIV e 
per t ence r ia aos morgados do couto de Barbe i ta , só 
recent emente des t ru í ram a tor re a té ao n íve l do corpo p r inc i pa l 
do ed i f íc i o . 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.27 
 
05. Barroças e Taias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.28 
C a p e l a d a S e n h o r a d a S a ú d e 0 2 0 
Barroças e Taias. Temporão. 
 
 
Enquadramento rura l , i so l ada, des tacada em p la ta f orma ampla , 
per t o do cem i tér i o des ta f regues ia . 
Ed i f íc io de o r igem medieva l (a a t es tar em a lguns e lementos 
como são a por t a de ac esso à sac r is t ia , rosácea e cachorros 
que decoram o exte r io r da cape la ) , com ampl iações do séc u lo 
XVI / XVI I . 
P lanta long i t ud ina l compos ta por nave, cape la -mor e sac r is t ia . 
Possu i to r re s ine i ra em vo lume e p lano d is t in t o , de do is 
reg is tos , co locada a meio da fachada p r inc ipa l , de base 
quadrangu la r , com uma aber tu ra em cada face ao n íve l do 
segundo reg is to , e com cober t ura p i ram ida l . 
A fachada p r inc i pa l t em reg is to cent ra l l i ge i ramente sa l ien te 
f lanqueado por p i las t ras (cor respondent e à tor re s ine i ra) , na 
qua l s e abre po r ta l o qua l é ant eced ido po r pequeno a lpendre, 
def in i do pe lo vo lume da to r re s i ne i ra . 
Quant o aos ac rescentos , es tes são a sac r is t ia e o a l ta r -mor , 
obras p rovave lmente do sécu lo XVI I ; de um pe r íodo in te rmédio 
será a to r re s ine i ra que cobre a fachada do ed i f íc io . São vár ios 
os e lementos em vo l ta des ta cape la em que se deve a tenta r , 
como são as tampas de sepu l tu ra e p ias . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.29 
 
06 . C ambe z es12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.30 
P e t r o g l i f o d e C a m b e z e s / C o v a d a M o u r a 0 2 1 
Cambezes. Agrelo (Outeiro) 
 
 
O pet rog l i fo de Cambezes é uma i nscu l tura rupes t re de aspec to 
serpent i fo rme s i tuada no luga r de Mi lag res , f regues ia de 
Cambezes . Es ta inscu l t u ra encont ra -se no cabeço cons t i tu ído 
por monó l i tos de grandes d imensões que fo rmam o morro 
conhec ido po r Cas te l o . Es ta re ferênc ia topon ím ica repo r ta -se 
mui to provave lmente a uma ata la i a medieva l que aqu i poder i a 
te r exis t ido , ta l como era t rad ição no Ent re -Douro -e -Minho nas 
a l tu ras da Reconquis ta – os cas te los re fúg io . 
Uma prospecção no l oca l perm i t iu -nos cadas t rar a exi s tênc ia de 
cerâm ica de cons t rução moderna, mas também cerâm ica 
medieva l , p rovave lmente dos sécu los IX/ X, e um out ro 
f ragmento que parece i nd ica r uma c rono log ia mais ant iga 
(Bronze F ina l ) . O cabeço encont ra-se, no ent anto , mui to 
arbor i zado, quer com vegetação ras te i ra quer p i nhe i ros , fac to 
que d i f i cu l ta uma melhor p rospecção da área. 
O pet rog l i fo de Cambezes é uma denom inação de Quin tas 
Novas , numa pub l i cação de 1953. Também no Minho P i toresco 
exis te uma breve desc r i ção do l oca l , ac rescent ando-se à 
exis tênc ia da gravura rupes t re ves t íg i os c laros de mura lha e 
próx imo d ’ah i a l guns t i jo los , de cons t rução ev ident emente 
ant iga . 
Nos anos 1980, Maia Marques re fere a ex is tênc ia des te arqueo-
s í t io no seu i nventá r i o arqueo lóg ico do conce lho e já nes tes 
ú l t imo c inco anos fo i a lvo de es tudo para poss íve l 
c lass i f i cação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.31 
F a c h a d a d a C a s a d a S e n h o r a d o s M i l a g r e s 0 2 2 
Cambezes. Milagres 
 
 
Si tua-se na ent rada de Mi lag res , no sent i do de quem va i da 
Igre j a Pa roqu ia l de Cambezes , e def i ne -se como uma fachada 
setecent is ta , que terá per t enc ido a gente nob re . 
No d in te l g ran í t i co do por t ão, ex is te uma insc r ição, no meio da 
qua l es tá um coração com asas . 
O remate é fe i to com uma t r ip l a corn i ja sob re a qua l , ao cent ro 
do por tão, pousa uma c ruz ladeada po r do is p inácu los de cada 
lado. Es ta c ruz, t revada ou t r i l obada, assenta sob re uma base 
ornamentada, com uma insc r ição f ormada po r pa lavras e 
abrev ia tu ras . 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
 
. 
 
C a p e l a d e S t o A n t ó n i o e C r u z e i r o d o O u t e i r o 0 2 3 
Cambezes. Outeiro 
 
 
Enquadramento rura l , i so lado, des tacado em p la ta forma natura l , 
rodeada de veget ação. 
Es ta pequena e rm ida fo i mandada ed i f i c ar em 1608 por Gaspar 
da Fonseca e sua esposa, senhores da Quin t a de Sant o 
Antón io , no luga r de Oute i ro . 
T ra ta -se de um con junto def in ido po r uma cape la e um c ruze i ro 
que se implant a ao e i xo do por ta l do ed i f íc io . 
A cape la def ine-se com um só vo lume com cober t ura em 
te lhado de duas águas . A fachada p r i nc ipa l é s imét r i ca , com 
empena sob re levada, in te r rompida para dar l uga r a campanár i o 
coroado po r c ruz. Possu i por t a l ún ico ao cent ro e p i las t ras nos 
cunha is . 
Ac tua lmente es tá num es tado lamentáve l de apa rente abandono 
O c ruze i ro fo i levantado no cent ro do lugar , em f rente da 
erm ida de Santo Antón io , inaugurado no d ia 25 de Agos to de 
1940. 
T ra ta -se de um c ruze i ro process iona l , s imples na forma e no 
es t i lo . Tem fo rma de c ruz la t i na , com fus te quadrangu lar , 
assentando numa base também quadrangu lar , sobre um degrau, 
tendo como base um penedo. Na face vo l tada a Nascente tem 
escu lp ida a data de 1940, e nas f aces vo l tadas a Su l e Poente 
as segu in t es insc r ições : I I I DA RESTAURAÇÃO 1640/ V I I I DA 
INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL, ( le i tu ra fe i ta por Ernes to 
Por tuguês) . 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.32 
Q u i n t a e P e l o u r i n h o d o C a r r e g a l 0 2 4 
Cambezes. Carregal. 
 
 
 
Trata -se de um c ruze i ro do sécu lo XVI I I , que per t ence à 
Arqu i t ec tura re l ig iosa, o i tocent is ta , e es tá co locado em f rente à 
cape la da Quin ta do Car rega l , tendo s ido mandado e rguer pe lo 
mesmo pat rono, no ano de 1750. 
Cruze i ro fo rmado po r uma base, f us te cap i te l e c ruz la t i na . 
Possu i co luna sa lomónic a, com pequenos su lcos , e ornat os 
escu lp idos . 
O fus te , a l to , monol í t i co , de secção c i rcu la r , apresenta -se em 
re l evo, e em t rês das faces des ta base es tão g ravadas cenas 
a legór ic as da Pa i xão de Cr is to , na face vo l tada a Nor t e tem 
inscu lp ida a dat a 1750 e o nome do seu pat rono (Ca l i s to de 
Barros Pere i ra) . Es tá enc imado por um cap i te l compós i to , 
sus tentando c ruz de secç ão quadrangu lar , com o remate das 
has tes de fo rmato subc i rc u la r . A c ruz com a imagem de Cr is to 
es tá assente numa base quadrada tendo, em cada uma das 
faces , os quat ro p r imei ros m is tér ios da Pa i xão, rematando com 
a Cruc i f i cação. 
A Capela é conhec ida como cape la de S . Bento do Carrega l , e 
per t ence ao sécu lo XV I , insc revendo-se na a rqu i tec tura 
renascent is ta . 
As fachadas são rebocadas e ca iadas perco r r i das por c orn i ja 
sa l ien te , com p i las t ras nos cunha is sobrepu jados po r p i nácu los 
p i ram ida is de remate es f ér ico , e com c ruzes sob re ac ro té r i o 
nas empenas . A fachada pr i nc ipa l tem f ront i sp íc i o em empena 
de corn i ja e po r ta l de ve rga rec ta , enquadrado po r p i las t ras e 
de pad ie i ra com corn i ja sa l ien te . 
Lade iam o por t a l jane las quadrangu la res e sob repu ja -o um 
n icho emoldurado s imples , sendo ce r rado po r po r ta de v i dro . 
Do lado d i re i to def i ne -se muro em a lvenar ia , pon tuado po r 
p i las t ras com p inácu los p i ram ida is , onde se rasga por t a l 
bar roco, com l in te l e c imalha, empena sobre levada coroada po r 
c ruz. Possu i p i las t ras nos cunha is rematadas por p inácu los . 
Apesar dos s eus 260 anos encont ra -se em razoáve l es tado de 
conservação, mantendo o ext er i o r a t raç a o r i g ina l , does t i lo 
renascença i ta l i ana, embora o i n te r io r tenha sof r i do a lgumas 
a l te rações que a descarac ter i za ram. 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.33 
I g r e j a d o s M i l a g r e s 0 2 5 
Cambezes. Milagres. 
 
Este imóve l , levantado no lugar da Erm ida, fo i te rm inado no 
ano de 1602 e inse re -se na Arqu i tec tura Rel ig i osa Manei r i s ta . 
Carac ter i za-se por p lanta long i t ud ina l , com cape la -mor e uma 
nave separadas por um arco de meio pont o no i n ter i o r , ao que 
cor responde o vo lume com cober turas d i fe renc iadas de 
te lhados de 2 águas . 
Fachada p r inc i pa l com f rontão t r iangu lar , c om p inác u los sob re 
os cunha is e c ruz no vé r t i ce . 
Por ta l ún ic o emoldurado com f rontão redondo, i n ter rompido 
para dar l uga r a t rês n ichos de ped ra , supor t ando t rês imagens 
também de pedra. 
Em c ima rasga-se ócu lo s imples , sobre o qua l es tá insc r i to o 
escudo de famí l ia . 
As paredes são em a lvenar ia rebocada. 
Do l ado Su l da Capela , ergue -se uma tor re c om quat ro s i ne i ras , 
quadrangu la r com cober t ura p i ram ida l coroada por c ruz e 
p i las t ras nos ângu los . D i v ide-se em t rês reg is tos tendo no 
super io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de arco p l eno. 
Em f rente a es te Santuá r i o ergue -se o c ruze i ro de N. Sr . ª dos 
A f l i t os . 
 
 
C r u z e i r o d o S e n h o r d o s A f l i t o s 0 2 6 
Cambezes. Milagres. 
 
Enquadramento ru ra l , no e i xo do por ta l ao San tuár i o dos 
Mi l ag res , a uma d is tanc ia de 50 met ros . 
Pe las suas carac ter ís t i cas gera is Ernes to Por tuguês a t r i bu i 
es te c ruze i ro a 1610/1630 e na i nsc r ição pode le r -se que fo i 
mandado cons t ru i r pe lo v igár i o Sebas t ião Á lvares . 
Es te c ruze i ro da Senhora da P iedade, de dup la f ace, é uma boa 
obra de canta r ia de in f l uênc ia ga lega. 
T ra ta -se de um c ruze i ro com um soco cons t i tu ído por t rês 
deg raus de p l anta quadrangu la r , sob re o qua l assenta um 
p l in to , monol í t i co , de forma quadrangu lar que, nas faces poente 
e nascent e , tem escu lp ida uma insc r ição, e é co roado por um 
cap i te l compos to . 
A par t i r daqu i surge o f us te , monol í t i co , de secção c i rcu lar 
enc imado por um cap i te l t ipo co r ín t io , es t i l i zado, sus tentando 
uma c ruz la t i na de secção quadrangu la r , com o remate das 
has tes em forma de botão . A c ruz ap resenta na face f ront a l a 
rep resentação escu l tó r i ca do Senhor na Cruz, e de Nossa 
Senhora da P iedade (vo l tada para o Santuár io ) . 
Cruze i ro carac ter i zado pe lo carác ter geomét r i co da decoração , 
r ig i dez e fa l ta de exp ress iv idade dos grupos escu l t ór i cos , que 
f iguram o Senhor na Cruz. 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.34 
Q u i n t a d o S o p e g a l 0 2 7 
Cambezes. 
 
 
Em 1720, o morgado Mateus Pere i ra de Cas t ro , mandou 
cons t ru i r umas novas casas , de um e out ro lado da t or re , pa ra 
sua hab i tação. 
A fachada e ent rada p r inc i pa l da Quin ta es tão vo l tadas a Nor te , 
na d i recção dos montes do Cas te lo , e deve datar da época da 
cons t rução das novas cas as , ou se ja , in íc ios do séc u lo XVI I I . A 
loca l i zação des ta fac hada ind ic ia , po r sua vez, a poss íve l 
loca l i zação da cape la de São Bar to lomeu que f i car ia aos 
por t ões da Quin t a . 
Em 1875, ent re a cas a e o por t ão de ent rada, fo ram 
cons t ru ídos , em gran i to bem t raba lhado, um can iço e uma e i ra , 
a inda ex is tent es . 
Ac tua lmente , a Casa da Quin ta do Sopegal es tá ao abandono. 
A Casa ter i a uma tor re cu ja fachada pr i nc ipa l , vo l tada a 
Nascente , t inha um brasão do sécu lo XVI I com paqu i fe e t imbre 
Pere i ra . 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.35 
F o n t e d e S a n t o A n t ó n i o / E p i g r a f e C e r d e i r a s 0 2 8 
Cambezes. 
 
 
Este e lemento , ac tua lmente des t ru ído, nunca teve grandes 
cond ições de sa lubr i dade, mas era uma das fontes do Lugar do 
Oute i ro . 
O b loco gran í t i co da Fon te das Canles , reve la o seu nome 
pr im i t i vo com a segu in t e insc r ição: 18 † 78 FONTE PÚBLICA DE 
SANTO ANTÓNIO COM LICENÇA DA CÂMARA MUNICIPAL. 
Es ta ped ra , out ro ra pa r t e in tegrante de um muro robus to , 
encont ra -se ho je enca i xada numa la j e de c imento . A ped ra t erá 
s ido a i co locada pa ra acaute lar a nascente de água, com o 
assent imento da Câmara Munic ipa l . 
Apesar de ter s ido há mais de 120 anos bapt i zada como Fonte 
de Sant o Antón io , é mais conhec ida como Font e das Canles . 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.36 
I g r e j a P a r o q u i a l d e C a m b e z e s 0 2 9 
Cambezes. 
 
 
Trata -se de uma cons t rução, cu ja data de fundação s e 
desconhece, mas pode-se d izer que é mui to ant iga , e que te rá 
sof r ido , ao l ongo dos tempos modi f i cações , res tauros e 
ac rescentos . O ac rescento mais recente e marcante terá s i do a 
tor re s ine i ra , datada de 1901. 
A sua p lanta é fo rmada por uma nave e cape la -mor , a qua l s e 
encont ra do lado su l da sac r is t ia . 
Na fachada p r inc ipa l des taca-se por ta l rec tangu la r , com 
pad ie i ra encu rvada, enc imada por corn i ja es quemát ica , uma 
jane la ova lada e o remate em forma de cor t inado. Possu i c ruz 
no vé r t i ce , que se repet e na empena do a rco c ruze i ro e na 
cabece i ra . 
Nos cantos do ed i f íc io erguem-se p inácu los . 
Do lado su l da f achada pr inc ipa l , de f ine-s e a to r re com quat ros ine i ras , remate em cúpu la bo lbosa, rodeada de uma 
ba laus t rada com p i râm ides nos cantos . 
A p ia bapt ismal , aparent emente mui to ant iga , f i ca no bapt is té r io 
à ent rada da por t a pr i nc ipa l , do lado esquerdo. A lém do a l ta r -
mor t inha mais 3 a l t a res la tera is , 2 de les jun t o do a rco 
c ruze i ro . 
 
Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , 
sobre Cambezes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.37 
 
 
 
0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e ssss 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.38 
Q u i n t a d o H o s p i t a l 0 3 0 
Ceivães. Hospital 
 
Edi f íc io do sécu lo XVI I I que se i nsere na a rqu i tec tura 
res idenc ia l ba r roca. 
Tra ta -se de uma qu in ta senhor ia l , com cape la par t i cu l a r 
adoçada ao corpo p r i nc ipa l da casa. 
P lanta l ong i tud ina l , vo l ume de do is p isos , com cober t uras 
d i fe renc iadas em te lhados de t rês e quat ro águas . 
Fachadas p r inc ipa l e la te ra is em a l venar i a rebocada, 
embasamento em cantar i a de gran i to , cunha is ap i las t rados e 
remate em corn i ja in te r rompida po r moldura da po r ta pr i nc ipa l . 
Fachada p r inc i pa l com esquema de fenes t ração regu lar , s imét r i ca 
e de vãos a l inhados . No segundo p iso rasga-se por t a pr inc i pa l , à 
qua l s e tem acesso por meio de escadar i a monumenta l em 
gran i to , que se encont ra adoçada à fachada p r inc ipa l , e sobre a 
qua l , exis te um escudo de armas da famí l ia à qua l pe r tenceu es ta 
propr i edade secu lar . P r imei ro p iso com esquema de fenes t ração 
igua l ao rés -do -chão, com aber tu ras s imples de verga rec ta e 
pro t ecção em gradeamento de fer ro . 
A cape la , sécu lo XVI I / XVI I I é compos ta por p lanta long i tud ina l , 
rec tangu lar , com f ront isp íc io em empena de corn i ja e por t a l ún ic o 
de verga rec ta com l in te l e c imalha. As fachadas são rebocadas e 
ca iadas perco r r idas por corn i j a sa l ien t e , com p i las t ras nos 
cunha is sob repu jados por p i nácu los p i ram ida is de remate 
es fér ico , e c om campanár i o na empena. Lade iam o por ta l , j ane las 
quadrangu la res e sobrepu ja -o um n icho emoldurado s imples , 
sendo ce r rado po r po r ta de v id ro . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.39 
P o r t a l d a Q u i n t a d o s A b r e u s 0 3 1 
Ceivães. Valinha. 
 
 
Por ta l Bar roco a ju l ga r pe los mot ivos decora t i vos e pe las fo rmas 
ondu lantes que o compõem. 
Por ta l p r i nc ipa l de ve rga convexa, enc imado por brasão 
8cercado po r p ro fusa o rnamentação) . Empena sobre levada 
reco r tada com remate em p inácu lo de g rande d imensão. 
P i las t ras nos cunha is rematadas po r p i nácu los . 
Encont ra-se em mau es tado de cons ervação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.40 
I g r e j a P a r o q u i a l 0 3 2 
Ceivães. Moujuzão. 
 
 
Este imóve l inse re -se na época Manei r i s ta , e ca rac ter i za -se 
pe lo s eu as pec to mac iço, por grandes quant idades de ped ra 
d is t r ibu ídas segundo p lanos ver t i ca is . Os a rcos são de meio 
pont o e a fachada pr i nc ipa l é decorada com arabescos 
geomét r i cos . 
A ig re j a de Ceivães , a ap rec ia r pe lo pó r t i co e f rescos no seu 
in ter io r , reve la-nos um ed i f íc io qu inhent is ta , ún ico no conce lho. 
Carac ter i za-se po r p lanta long i tud ina l à qua l se adoça do lado 
esquerdo tor re s ine i ra mais recente . 
Fachada p r inc i pa l sem p i las t ras nos ângu los , empena com 
corn i j a em ângu lo rec to com c ruz no vér t i ce . 
A decoração da fachada, envo l ve o por ta l e a rosácea, 
apresent a in f l uênc ias de um geomet r ismo própr i o da 
arqu i tec tu ra gót ica , se bem que mui to pr im i t i va . 
Tor re es t re i ta , p i las t ras nos ângu los , t rês reg is tos , tendo no 
super io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de arco p leno, 
c imalha com corn i ja , ângu los sob repos tos po r p inácu los e 
cober t ura em coruchéu p i ram ida l coroada po r c ruz em c imento . 
Como todos os ed i f í c ios re l ig i osos da reg ião sof reu 
remodelações ao longo des tes ú l t imos sécu los , havendo s ido 
numa des tas remode laç ões , em que se re t i rou um a l ta r 
o i tocent is ta , que aparec eram f rescos nas pa redes jun to da 
cape la -mor , p rovave lment e do mesmo per íodo da cons t rução da 
cape la . 
 
NOTA: ser i a de todo o in teresse a c lass i f i cação des te imóve l , 
dadas as suas carac ter ís t i cas arqu i t ec tón icas e das p in tu ras no 
seu in te r io r . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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0 8 . C o r t e s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.42 
R e d u t o d e C o r t e s 0 3 3 
Cortes. 
 
Protecção – Em v ias de c l ass i f i cação, com despacho de aber t ura 
de 12/10/2004 
 
O Redut o de Cor tes s i tua -se no conce lho de Monção, f regues ia 
de Cor t es , jun t o da zona i ndus t r i a l des ta f regues ia , podendo-s e 
aceder a es te l ugar a pa r t i r da EN 202 e depo is a pé; loca l i za-s e 
na ca r ta m i l i t a r n . º3 e com as segu in tes c oordenadas : la t i tude – 
42º 03 ’ 48 ’ ’ ; long i t ude – 08º 31 ’ 1 ’ ’ ; aprox imadamente 84 m de 
a l t i t ude. 
Es te redut o assemelha -se a uma pequena mota de fo rma 
quadrangu la r com um fosso que a rode ia na sua to t a l idade. Te rá 
serv i do, durante as Guerras da Res tauração, como ponto 
es t ra tég ico de assentamen to de t ropas para v ig ia e cont ro l o da 
passagem de t ropas i n im igas por aque le l ugar . 
Apesar de se encont ra r num es tado de c onse rvação razoáve l , 
es tá su je i to a abandono ou mesmo à des t ru ição, po i s es tá mui to 
próx imo da c rescente zona indus t r i a l de Cor tes . 
Per to podemos detec tar mais do is pequenos cotos com 
carac te r ís t i cas mui to idênt icas , tendo um de les o nome de 
Sub idade. Con juntamente es tes t rês morros formar i am uma 
bar re i ra defens iva / o fens i va à ent rada de t ropas espanholas e 
um bom ponto de v i g ia sob re o Rio Minho e a margem espanhola 
des te . 
 
 
 
 
N e c r ó p o l e d e C o r t e s 0 3 4 
Cortes. 
 
O espaço conhec ido po r Necrópo le de Cor tes i nse re-s e numa 
área ag r icu l tada e urban i zada, organ i zada no c imo e or l as de 
um cabeço com exce lent e expos ição so lar , e cu jas ver t entes 
suaves se or i en tam para Su l , no r te e Oc ident e . 
T ra ta -se de um campo ag r íco la des t inado à p l antaç ão de uma 
v inha, onde resu l tou o aparec imento de a lgumas sepu l tu ras . Á 
super f íc ie são v is íve is ves t íg ios de cerâm ica de cons t rução e 
out ra (comum). 
Da ex is tênc ia de mui tos ves t íg i os nas imediações , e ana l i sando 
a área de d ispersão dos mesmos , conc lu i -se que o ter r i tó r io 
ocupado pe la nec rópo le ser i a mui to mais vas to , ocupando t odo 
o cabeço e as suas imediações , num ra io de 150 met ros a pa r t i r 
do cent ro do cabeç o. 
Es ta Necrópo le , pe r tence ao per íodo Ta rdo Romano. 
O es tado de conse rvação é mau, e o uso do so lo é agr íco la . 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.43 
 ‘ S u b i d a d e ’ 0 3 5 
Cortes. 
 
Pequeno a l to , jun to ao Rio Minho, onde há not i c ia de terem 
aparec ido ce râm icas durante t raba lhos re lac i onados com 
madei ras . 
O s í t io apresent a cond iç ões que denunc iam o seu carác te r de 
povoado fo r t i f i cado ( ta lude ) . 
Es te povoado, pe r tence ao per íodo Romano. 
O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l . 
 
N o t a : I n f o rm aç õ es r e t i r ad a s da f i c h a d e r e l oc a l i za ç ã o d e s í t i os 
a rq u e o l ó g i c o s . F o i i m p o ss í v e l o r eg i s t o f o to g r á f i c o de s t e e l em en t o , 
d ev i d o á s m ás co n d i çõ e s d e a ce ss o a o l oc a l . 
 
 
 
F o r t e e m T e r r a ( 1 ) 0 3 6 
Cortes. 
 
Mat a, fo rmando um ta lude com fosso, ap lanada, cer tamente 
des t inada à ins ta l ação de bate r ia de ar t i l ha r ias . Poderá es ta r 
assoc iada ás gue rras da Res tauração. 
Es ta For te per tence ao pe r íodo Moderno. 
O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l . 
 
Nota : In f ormações re t i radas da f i cha de re l oca l i zaç ão de s í t i os 
arqueo lóg icos . Fo i imposs íve l o reg is to fo tog rá f i co des te 
e lemento , dev ido às más cond ições de acesso ao loc a l . 
 
 
 
 
F o r t e e m T e r r a ( 2 ) 0 3 7 
Cortes. 
 
Mat a, fo rmando ta l ude (pa rape i t o) ap lanado no topo. Á 
semelhança do ‘Fo r te em Ter ra (1) ’ , deverá se r uma base de 
assentamento de bate r i a de ar t i l ha r ias da época da Res tauração. 
Es ta For te per tence ao pe r íodo Moderno. 
O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l . 
 
N o t a : I n f o rm aç õ es r e t i r ad a s da f i c h a d e r e l oc a l i za ç ã o d e s í t i os 
a rq u e o l ó g i c o s . F o i i m p o ss í v e l o r eg i s t o f o to g r á f i c o de s t e e l em en t o , 
d ev i d o á s m ás co n d i çõ e s d e a ce ss o a o l oc a l . 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.44 
 
0 9 . L a p e l a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção | 
v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.45 
T o r r e d e L a p e l a 0 3 8 
Lapela. 
 
Protecção - MN, Dec re to -Le i n . º 16 -06 -1910 
DG 136 de 23 Junho 1910. 
 
Es ta tor re e rgue-s e na margem esquerda do r i o Minho , sobre um 
mac iço rochoso, jun to ao r io e sob rance i ro ao casa r io 
envo l vente . A Su l tem um esp igue i ro e uma e i ra . 
Como a modes ta povoaç ão de Lape la faz i a pa r te da co r t ina 
defens iva da f ronte i ra se t ent r iona l po r tuguesa, fo i do tada de um 
cas te lo , cu ja fundação é a t r ibu ída ao re inado de D. A fonso 
Henr iques . A car ta de povoamento data de 1208, a l t u ra em que 
se renovam mui tos fora is em todo o A l to Minho. Ent re tant o as 
dúv idas quant o à fundação do cas te lo subs is tem, a t rad ição d iz 
que D. A fonso Henr iques após o recont ro de Va ldevez o te rá 
mandado ed i f i car , cer t o é que a tor re apres enta carac ter ís t i cas 
pos ter i o res , com arco quebrado e armas de D. Fe rnando. 
O cas te lo fo i demol ido em tempos de D. João V sendo a sua 
ped ra aprove i tada na cons t rução da p raça - for t e da v i la de 
Monção. F icou então soz inha a to r re que a inda ho je permanec e 
em pé. 
Possu i p lant a quadrangu la r , s imples , com 27 m de a l tu ra e 11, 5 
m de la rgu ra , com 4 p isos coroados por mer lões p i ram ida is . 
A cober tu ra faz -se num te l hado de 4 águas . 
Os a lçados são rasgados por 3 f res tas cent radas s obrepos tas , 
tendo, o v i rado a Nor te , apenas 1 enc imando o por t a l . Es te , 
abr indo-se à a l tu ra de 6 m , tem arco quebrado sob re pés 
d i re i tos , com as armas de Por tuga l na f lec ha, e é p reced ido po r 
pequeno patamar sobre 3 modi lhões , a que se t em acesso po r 
escadas de fe r ro . 
Possu i também c is terna, paredes de gran i to apare lhado c om 2,5 
m de espessura , e passad i ço a n íve l da cober tu ra , t e rm inado em 
te lha t rad ic i ona l . 
A sua d ispos ição i n ic ia l no cent ro do con junto amura lhado reve la 
uma organ i zação ant iga , t íp ica dos cas te l os român icos , mas a 
es t ru tu ra ex is tent e é já bem pos ter io r , poss ive lmente do sécu lo 
XIV , uma vez que denunc ia in f luênc ias gót icas tard ias . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg

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