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DEPEN – DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: AAIA-ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Acimarney Correia Silva Freitas (a)1 Gabriele Souza Mota (a)2 1. INTRODUÇÃO Com o crescimento desordenado dos centros urbanos, os rejeitos originados dos resíduos sólidos vem sendo um problema para a sociedade, pois, não tem o local adequado para os despejos, causando assim, um desconforto para a população, além de transmitir doenças e poluir o meio ambiente. Durante 21 anos de discussões no Congresso Nacional, finalmente a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em agosto de 2010, envolvendo os entes federados como a União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral, visando soluções para os problemas na gestão de resíduos. Segundo a Norma ABNT 10004/2004, entende-se por resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT 10004/2004). A PNRS contém princípios, objetivos, instrumentos, e responsabilidades que ajudarão no avanço necessário do país para enfrentar os principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado desses resíduos. 1 Orientador deste Artigo. Advogado e Bacharel em Teologia. Especialista em Educação Profissional. Especialista em Direito Educacional. Mestre em Teologia e Mestrando em Filosofia. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Telefone (77) 98808-8849 e E-mail acimarney@gmail.com. 2 Discente do Curso Técnico em Edificações. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Telefone (77) 99826-3601. E-mail gabimota27@hotmail.com. DEPEN – DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: AAIA-ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 2. DESENVOLVIMENTO Antigamente, não existia responsáveis para tratar os resíduos sólidos, e por isso foi criada a Lei n° 12.305/2010, que tem por objetivo proteger a saúde pública, e a qualidade do meio ambiente, bem como incentivar a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos, manejo adequado dos rejeitos, à adoção de padrões sustentáveis, e entre outros objetivos que estão dispostos no art. 7° da lei em questão. Esta lei é aplicada as pessoas ou empresas, até mesmo os próprios governos, responsáveis, direta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos. Entrando nos princípios da PNRS, aquele que produz mais resíduos deve pagar mais, sendo conhecido como poluidor pagador, e aqueles que economizam devem receber alguns benefícios do governo, conhecido como protetor recebedor. Deve-se ressaltar também, outros princípios como o desenvolvimento sustentável, a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade, o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Os planos de resíduos sólidos, inventários e sistema declaratório anual de resíduos sólidos, coleta seletiva, logística reversa, monitoramento e fiscalização ambiental, incentivos para a formação de cooperativas e associações de trabalhadores com materiais recicláveis/reutilizáveis, educação ambiental, incentivos fiscais, financeiros e creditícios e acordos setoriais, são instrumentos do art. 8° da legislação, indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil, quanto à disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. De acordo com Hendges, também fazem parte dos instrumentos da PNRS: Os diversos sistemas de informações disponíveis também são importantes para o conhecimento da realidade dos resíduos sólidos no país. O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos – SINIR e outros sistemas da Política Nacional de Meio Ambiente como o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico – SINISA, Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente – SINIMA, Cadastro Técnico de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos, Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de DEPEN – DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: AAIA-ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Defesa Ambiental, padrões de qualidade ambiental, avaliações de impactos ambientais, licenciamentos e revisões integram os instrumentos da PNRS (HENDGES,2011). Entre os tipos de resíduos sólidos, pode-se citar os secos, que são os reciclados, como embalagens; úmidos, que podem ser usados para fabricar adubos com resto de alimentos; tóxicos, que podem fazer mal à saúde; e os rejeitos, que são resíduos hospitalares, e que não podem mais serem usados. Todos são responsáveis pela geração de resíduos sólidos (os consumidores, os fabricantes, comerciantes, distribuidores, e serviços públicos de limpeza) e tem como obrigação cumprir com suas responsabilidades, assim como é disposto pela Legislação n° 12.305, nos artigos do capitulo III: Art. 26. O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses serviços, observados o respectivo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, a Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta Lei e seu regulamento. Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução. Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2010). A Lei n° 12.305 também regulamenta as proibições das formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos, sendo vedadas o lançamento destes, em praias, mares, à céu aberto, e outras proibições pelo poder público. Conforme o inciso 1° do artigo 47, a queima de resíduos sólidos a céu aberto só pode ser realizada através da autorização e acompanhamento dos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e, quando couber, do SUASA; É vedada a importação de resíduos perigosos e rejeitos, cujo podem causar danos à saúde pública, animal, e ao meio ambiente, mesmo que para tratamento, reforma, reuso ou recuperação. DEPEN – DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: AAIA-ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em virtude dos fatos mencionados neste artigo, pode-se observar que mesmo com a lei n° 12.305 que entrou em vigor desde 2010, ainda existem despejos irregulares dos resíduos sólidos. Principalmente aos restos referentes a construção civil, pois são poucas as cidades brasileiras que adotaram as medidas de reciclagem, como Belo Horizonte (Minas Gerais), Socorro e Piracicaba (São Paulo), que vem se destacando com a reutilização ou reciclagemdos resíduos gerados da Construção Civil. Assim como os resquícios úmidos (lixos residenciais, comerciais, industriais, público), que mesmo sendo proibido, ainda são despejados de forma inadequada em lixões que ficam a céu aberto, que causam grandes impactos ambientais, pois o manejo incorreto destes, podem contaminar o solo, e comprometer a saúde humana e animal. A violação das leis ambientais é crime, e isso ocorre devido à falta de fiscalização dos gestores públicos, responsáveis por minimizar ou cessar os danos causados. Não deixando de destacar os trabalhadores da coleta de lixo, que não são reconhecidos pela sociedade, sofrendo preconceitos do mais baixo nível. Esse serviço é de suma importância para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, pois, são geradores de emprego e fonte de renda, conduzindo a conservação do meio ambiente e a diminuição dos impactos ambientais. Atualmente, na esfera internacional, Tóquio (Japão) se encontra como grande exemplo de cidade limpa. Isso porque o poder público, organiza em alguns bairros voluntários uma vez por semana para fazerem a limpeza, coletando qualquer tipo de sujeira que veem no chão, gerando assim, uma grande satisfação após o trabalho. Portanto, se todos cumprirem com as suas responsabilidades com o meio ambiente, como os consumidores em disponibilizar seu resíduo domiciliar, com as divisões corretas para a coleta de lixo, os coletores em organizar e prestar serviços, e o poder público em conscientizar a população à adotar medidas sustentáveis, fiscalizar e criar programas ambientais que ajudem a redução destes resíduos, o Brasil alcançará o seu desenvolvimento necessário para igualar aos outros países, que tomam medidas cabíveis para o manejo desses resquícios. DEPEN – DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: AAIA-ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS REFERÊNCIAS ABNT NBR 10004. (31 de Novembro de 2004). Fonte: Vide Verde: Disponivel em:< http://www.videverde.com.br/docs/NBR-n-10004-2004.pdf>. Acessado em 08 de Mar de 2017. BRASIL. (2 de Agosto de 2010). LEI Nº 12.305. Fonte: Planalto: Disponivel em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acessado em 09 de Mar de 2017. Hendges, A. S. (11 de Julho de 2011). Instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. Fonte: EcoDebate: Disponivel em:< https://www.ecodebate.com.br/2011/07/11/instrumentos-da-politica-nacional-de- residuos-solidos-pnrs-artigo-de-antonio-silvio-hendges/>. Acessado em 09 de Mar de 2017.
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