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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA - CAMPUS BRUMADO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES DÉBORA CRISTINA, GABRIELE MOTA, GISLENE LOPES, RENATA FERNANDES NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE BRUMADO – BA 2016 DÉBORA CRISTINA, GABRIELE MOTA, GISLENE LOPES, RENATA FERNANDES NR 10 NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho Acadêmico apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Campus de Brumado, como requisito parcial para a conclusão da II unidade, da disciplina Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Curso Técnico em Edificações – Modalidade Subsequente. Orientador: Prof. Vinicius Carvalho BRUMADO – BA 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 4 2.1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO ...................................................... 4 2.2. MEDIDAS DE CONTROLE ............................................................................ 4 2.3. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ....................................................... 5 2.4. MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................... 5 2.5. SEGURANÇA EM PROJETOS ....................................................................... 6 2.6. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................................................................................... 6 2.7. HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES .................................................................................................... 7 2.8. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO ...................................... 8 2.9. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................ 9 2.10. RESPONSABILIDADES ............................................................................. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 11 3 1. INTRODUÇÃO A construção civil é um mercado em alta, com elevados índices de acidentes de trabalho. E apesar de vim se aprimorando ao longo dos anos, com novos métodos de construção, equipamentos e a utilização de novas tecnologias e materiais, os acidentes ainda ocorrem levando em conta a desqualificação da mão de obra de quem executa essas atividades. Segundo Corneau (2012), em uma obra civil, a instalação elétrica se inicia de forma improvisada, pois, seja no momento de uma demolição, de uma reforma, de uma ampliação ou mesmo de uma nova construção, muitas vezes, por ser uma instalação onde seus usuários estarão em contato temporariamente, muitos cuidados não são devidamente analisados e as devidas normas de segurança não são atendidas, e desta forma, o risco de acidentes é eminente. A NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, trata das diretrizes básicas para a implementação de medidas de controle, de proteção coletiva, individual, sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. O objetivo deste trabalho, é tratar de forma clara as regulamentações da NR 10, que por muitas vezes não são seguidas pelas empresas, deixando de passar esse conhecimento e treinamento aos funcionários. 4 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO A NR 10 foi regulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego através da Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978, que posteriormente foi reformulada pela Portaria n° 598, de 07 de dezembro de 2004, titulando-se essa norma como Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. O objetivo desta norma é estabelecer requisitos e condições mínimas na implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. É aplicada às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. 2.2.MEDIDAS DE CONTROLE Segundo o item 10.2 da NR 10 que fala sobre medidas de controle, que devem ser adotadas em todas intervenções em instalação elétrica como prevenção aos riscos elétricos ou outros riscos adicionais, garantindo segurança e saúde no trabalho. As medidas de controle adotadas devem integrar-se as demais iniciativas da empresa. As empresas também são obrigadas a manter os esquemas atualizados das instalações elétricas do seu estabelecimento, com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos ou dispositivos de proteção. Este item deixa claro que a adoção de medidas de controle seja procedida da aplicação de técnicas de análise de risco. 5 2.3.MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA A legislação sobre segurança e saúde do trabalho, em particular a NR 10 determina que é prioridade as medidas de proteção coletiva e que só devem ser utilizado as medidas de proteção individual, quando já estiver sido utilizado todas os recursos de proteção coletiva e não forem suficiente para reduzir os ricos. Segundo o item 10.2.8.2 da NR 10, duas das medidas de proteção coletiva são prioritárias, são elas: a desenergização e a tensão de segurança. A NR 10 estabelece que deve desenergizar as instalações elétrica para que possa realizar os trabalhos, mas em alguns casos isso não e possível, por isso a norma definiu que não é obrigatório mas sim prioritário a desenergização da instalação para realizar os serviços. O aterramento das instalações elétricas é uma medida de proteção coletiva e deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes. 2.4.MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Segundo Cunha (2008), nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamento de proteção individual específicos e adequados as atividades desenvolvidas. Em comparação as instalações elétricas provisórias em canteiro de obra, é realizada de forma provisória pelo fato de que posteriormente serão retiradas ao termino da obra assim como todas a instalação dos canteiros de obra. Os principais riscos encontrados em instalações elétricas provisória são: Curto circuito Choque elétrico Queimaduras Quedas Para garantir a segurança dos colaboradores que irá desempenhar atividade com eletricidade é fornecida EPI’s adequado aos riscos que estarão expostos, tais como: Capacete de eletricista Vestimenta de trabalho camisa e causa Luva isolante de borracha Botina 6 Cinto de segurança para trabalho em altura Estrive para subida ao poste Pode-se concluir que em condições normais, fora das situações de emergência, os EPI’s são medidas complementares ou adicionais as medidas de proteção coletiva, logo o EPI nunca pode ser adotado como primeira opção de medida de segurança. A filosofia de proteção dos trabalhadores e a legislação priorizam a eliminação dos riscos e não a minimização dos danos. A especificação do EPI que o trabalhador deve usar em cada atividade não é apresentada em nenhuma norma regulamentadora, mais deve ser feita pelos responsáveis definidos na NR6 e NR10, necessariamente a partir de uma análise dos perigos e riscos envolvidos em cada atividade. 2.5.SEGURANÇA EM PROJETOS No item 10.3 é o capitulo especificamente dedicado a segurança nos projetos elétricos, onde virá assegurar um maior entendimento a segurança nas instalações elétricas. A NR 10 irá exigir também o bloqueio e travamento que impeçam manobras não autorizadas em dispositivos destinado a instalação elétrica, e por isso é fundamental que o projeto especifique seus equipamentos para que sejam autorizados. As recomendações quanto a manutenção de espaço livre, que ofereça segurança para os trabalhos de manutenção, e, a separação de circuitos com finalidades diferentes é uma ratificação das exigências normativas. O projeto elétrico deverá ficar à disposição dos trabalhadores autorizados pela empresa e deve ser mantido atualizado, o projeto deverá atender também as NR de Saúde e Segurança no Trabalho. No memorial descritivo deverá ter especificações contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos, indicação de manobra dos circuitos elétricos, restrições e advertências, e devem proporcionar de acordo com NR 17 – Ergonomia. 2.6.SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO A NR 10 apresentou requisitos de segurança genérico para as instalações, deixando para as normas técnicas a definição de requisitos mais específicos e detalhados. E para que a segurança dos trabalhadores e usuários seja garantida durante os trabalhos de construção, 7 montagem, operação, reforma, ampliação, reparação e inspeção devem ser adotadas prioritariamente medias de proteção coletiva aplicáveis. A ferramenta adequada para se determinar de forma eficaz as medidas de proteção aplicáveis e adequadas ao risco, tanto as coletivas quanto os EPI”s é a análise de risco, estas instalações devem ser supervisionada por profissional autorizado. Além dos riscos elétricos devem ser considerados na proteção e segurança do trabalhador os riscos adicionais aos quais o trabalhador está sujeito durante a realização do seu trabalho. 2.7.HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES Segundo Cunha (2008), é considerado profissional habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso especifico na área elétrica reconhecido pelo sistema oficial de ensino. É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda as seguintes condições, simultaneamente: Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. Trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: Troca de função ou mudança de empresa. Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses. Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processas e organização do trabalho. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a exames médicos compatível com a atividade a serem desenvolvidas. 8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específicos sobre os riscos decorrentes do emprego de energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidente em instalações elétricas. - Para intervir nas instalações elétricas de uma empresa não basta o conhecimento, a qualificação ou a capacitação, é necessária uma autorização formal da empresa. São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitado, com anuência formal da empresa. - Os trabalhadores para serem autorizados a intervir em instalações elétricas deve possuir treinamento específicos sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas. - A autorização de cada trabalhador deve ter uma abrangência segundo seu conhecimento, treinamento e interesse do empregador. A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador. 2.8.PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO A NR 23 trata da Proteção Contra Incêndios, que determina especificações mínimas que devem atender a proteção contra incêndios nas áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos. Conforme o item 10.9.2 da norma, os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivos devem ser avaliados quando à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção especifica e dispositivos de descarga elétrica. As instalações elétricas em áreas classificadas ou sujeitas a riscos devem ser projetadas e construídas em conformidade com as normas que determinam as medidas de proteção para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. Os serviços nessas áreas classificadas, somente poderão ser realizados mediante permissão para trabalho, exigindo que esta permissão seja formalizada. 9 2.9.SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA De acordo com o item 10.10 da NR 10, deve ser adotada sinalização adequada de segurança nos serviços e instalações (simbologia, cores, qualidade e universalidade) de sinalizações. Essa medida de proteção promove a identificação, orientação, advertência nos ambientes de trabalho. 2.10. RESPONSABILIDADES Quanto ao cumprimento desta NR são solidarias aos contratantes e contratado envolvidos. É de responsabilidade dos contratantes adotar medidas preventivas e corretivas, assim como manter os funcionários informados sobre os riscos a que estão exposto, inteirando – os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotas. Compete aos trabalhadores cuidar da sua segurança e saúde e de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações no trabalho, assim como comunicar ao responsável, situações que consideram de risco para sua segurança e saúde, e de outras pessoas. Na construção civil não e diferente até mesmo para executar uma instalação elétrica provisória deve seguir as normas de proteção coletiva, para que os operários possam trabalhar em segurança. É preciso que a obra conte sempre com um eletricista e que todos os demais funcionários recebam treinamentos sobre os riscos que envolve a eletricidade. E sempre que algum serviço for realizado nas instalações elétrica, o circuito deve ser desligado de forma programada e com devidadivulgação para todos os trabalhadores na obra, e durante o serviço deve ser colocado um cadeado no quadro de luz para que ninguém religue os disjuntores. Se a obra tiver dois eletricistas dois cadeados devem ser colocado e cada um ficar com uma chave diferente, para que não haja um esquecimento por parte de um deles e possa religar os disjuntores. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constarem evidência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará medidas cabíveis. As empresas devem promover ações de controle de risco originado por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível denuncia aos órgãos competentes. 11 REFERÊNCIAS Corneau, J. H. (2012). A Segurança do Trabalho com as Instalações Elétricas em uma Construção Civil. Fonte: ebah: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfiGIAL/a-seguranca- trabalho-com-as-instalacoes-eletricas-construcao-civil Cunha, J. G. (outubro de 2008). Nr 10 comentada. Fonte: slideshare: https://pt.slideshare.net/stoc3214/nr-10-comentada-8553642 Normas Regulamentadoras. (14 de setembro de 2015). Fonte: Ministerio do Trabalho: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
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