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1 FORÇA DE ATRITO II 1.1. Introdução Fig. 1 – Desde a antiguidade, planos inclinados são utilizados para facilitar diversas tarefas, entre elas, a construção de grandes monumentos. Em várias situações, observamos o movimento de objetos deslizando sobre planos inclinados. Um plano inclinado é uma superfície inclinada em relação à horizontal, sobre o qual os objetos podem deslizar pela ação da força da gravidade como, por exemplo, escorregadores, ladeiras, tobogãs e caçambas de caminhão descarregando. A figura abaixo (Fig. 2) representa um objeto sobre um plano inclinado com atrito: Fig. 2 – Plano com inclinação θ. Atuam sobre esse objeto as forças da gravidade, da reação normal da superfície de contato e de atrito. Sabemos, pela segunda lei de Newton, que o movimento de um objeto de massa 𝑚 está relacionado com a sua aceleração pela lei: 𝐹! = 𝑚𝑎 (1) onde o “coeficiente de inércia” 𝑚 associado à partícula sobre a qual age a força 𝐹 chama-se massa inercial dessa partícula. Uma importante implicação do fato de 𝐹 ser um vetor é que, se 𝐹1, 𝐹2, ... 𝐹n são forças de diferentes origens que atuam sobre uma mesma partícula, então 𝐹!, na segunda lei de Newton, é a força resultante que atua sobre a partícula, ou seja, 2 𝐹! = 𝐹! + 𝐹! +⋯+ 𝐹! (2) é uma soma vetorial (que para n ≥ 2, obedece à regra do paralelogramo). Esse resultado experimental é conhecido como princípio de superposição de forças. Assim, a aplicação da segunda lei de Newton sobre o movimento de um objeto sobre um plano inclinado exige a consideração das três forças que atuam sobre o objeto. E os cálculos que envolvem esse tipo de problema exigem a decomposição das forças em componentes normais e tangenciais. 1.2. Objetivo Determinar o coeficiente de atrito estático entre duas superfícies utilizando um plano inclinado. 1.3. Material • Plano inclinado; • Bloco de madeira; • Discos metálicos; • Suporte para discos metálicos. 1.4. Dependência entre força de atrito e força normal 1. Primeiramente, verifique se o dinamômetro do kit experimental se encontra calibrado. 2. Utilize o dinamômetro para medir o peso dos blocos (metálico e de madeira) e dos discos metálicos. Utilize o suporte para massas para facilitar as medidas. Preencha a tabela Tab. 1. Tab. 1 – Peso do bloco de madeira e dos discos metálicos. Item Peso (N) Bloco de madeira Disco metálico 1.5. Dependência do coeficiente de atrito estático utilizando um plano inclinado Outro método utilizado para medir o coeficiente de atrito estático (µe) entre duas superfícies 3 é através da utilização de um plano inclinado (Fig. 3). Nesse caso, na iminência do deslizamento, temos que: 𝜇! = tan 𝜃 (3) Fig. 3 – Aparato experimental mostrando bloco sobre plano inclinado. 3. Desenhe todas as forças que atuam no bloco representado na Fig. 3. Separe a força peso em suas componentes. 4. Mostre que para a iminência do movimento no plano inclinado, de acordo como descrito acima, 𝜇! = tan 𝜃. R. R. 4 5. Qual o erro experimental associado à medida de µe? Considere os erros aleatório e instrumental. 6. Vamos agora ao experimento! Coloque o bloco de madeira sobre o plano inclinado, inicialmente na horizontal. Gire o parafuso próximo à base do plano de modo que este comece a se inclinar. Realize este procedimento com cuidado de modo a não balançar o sistema. Anote na Tab. 2 os valores de θ para os quais o bloco inicia seu movimento de descida. Repita o procedimento dez vezes. Tab. 2 - Coeficiente de atrito θ (°) Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5 Medida 6 Medida 7 Medida 8 Medida 9 Medida 10 Média: Erro aleatório: Erro instrumental: Erro experimental: R. 5 7. Qual o valor do coeficiente de atrito estático determinado por este método? Calcule também o erro experimental associado a µe. 1.6. Relação entre força de atrito e área de contato 8. Vamos agora analisar a dependência da força de atrito com a área de contato. Para isso, coloque outra face do bloco (paralelepípedo) em contato com a superfície. A área de contato é maior ou menor? R. R. 6 9. Repita os passos anteriores e preencha a Tab. 3. Tab. 3 - Coeficiente de atrito θ (°) Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5 Medida 6 Medida 7 Medida 8 Medida 9 Medida 10 Média: Erro aleatório: Erro instrumental: Erro experimental: 10. Calcule o valor de µe considerando seu erro experimental. É possível dizer que o coeficiente de atrito depende da área de contato? Justifique. 1.7. Relação entre coeficiente de atrito estático e a massa do bloco Vamos agora determinar se existe alguma relação de dependência entre o coeficiente de atrito estático e a massa do objeto sobre o plano inclinado. 11. Acrescente um disco metálico sobre o bloco de madeira e repita o experimento, isto é, aumente a inclinação do plano até que o bloco entre em movimento. Faça o mesmo com dois e três discos metálicos. Repita esse procedimento dez vezes e preencha a tabela Tab. 4. R. 7 Tab. 4 - Coeficiente de atrito Massa do corpo: θ (°) θ (°) θ (°) Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5 Medida 6 Medida 7 Medida 8 Medida 9 Medida 10 Média: Erro aleatório: Erro instrumental: Erro experimental: 12. Calcule o valor de µe para cada um dos casos. Com base em seus resultados experimentais, é possível dizer que µe depende da massa do corpo suspenso no plano inclinado? Justifique utilizando os erros experimentais calculados. R.
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