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FARMACOTERAPIA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL - Cerca de 90% dos casos são classificados como Hipertensão Primária ou Essencial: alteração de origem desconhecida que altera o mecanismo de regulação da pressão sanguínea; - Hipertensao secundaria: paciente cuja elevação da PA pode ser atribuída a uma causa definida. Ex: hiperaldosteronismo primário, uso de anticoncepcional oral, doença renal 1ª e doença renovascular. - Fatores que predispõe à HA: dislipidemia, tabagismo, estresse, obesidade, diabetes, hereditariedade, idade, sedentarismo, gênero, etnia, consumo de sal, hormônios (estrógeno). - Aumenta o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares: doença arterial coronariana, ICC, IM, lesão renal e AVC. - Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão está muito alta: dores no peito, palpitação, falta de ar, inchaço, perda de memória e de equilíbrio, palidez, problemas urinários, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. - Prevenção e Tratamento: mudança de hábitos alimentares, praticar atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, controlar o diabetes. - Tratamento medicamentoso: Inicia-se sempre com um fármaco (usualmente diuréticos, betabloqueadores, inibidores de ECA ou bloqueador de canal de cálcio), acrescentando-se um segundo fármaco (caso a pressão não sejacontrolada): • Beta-bloqueadores diurético • Diurético beta-bloqueadores; • Terceiro passo: acrescenta um vasodilatador. DIURÉTICOS Furosemida, Hidroclorotiazida, Espironolactona - Diminuem o volume intravascular através de um aumento na excreção renal de Na e agua. - EFICÁCIA: são superiores aos β-bloqueadores em idosos. - Diuréticos agem somente se o Na está presente no local de ação. A magnitude do efeito diurético depende da quantidade de Na presente. Diuréticos osmóticos - Não interagem com receptores - Ativ dependente da alteração da pressão osmótica - Formam um complexo com a água e impedem sua reabsorção no interior do túbulo. - Não se mostram úteis no tratamento de condições associadas à retenção de sódio. - ou seja, essas drogas provocam uma diurese muito potente e espoliam muito Na+, K+, Cl-, HCO3-, “espoliam muito soluto”) Mec de ação - diuréticos osmóticos não são reabsorvidos - aumentam a pressão osmótica especificamente no túbulo proximal e alça de Henle. - previnem a reabsorção passiva de água - aumento da excreção de Na e água - Ainda no plasma, os diuréticos osmóticos vão aumentar a osmolaridade do plasma, causando uma hemodiluição. Vão provocar aumento da secreção de aldosterona (contribuindo para espoliação de potássio e hipocalemia) e diminuição da secreção de ADH, (o que contribui para aumentar ainda mais o volume urinário.) Uso - usados em elevação aguda da pressão intracraniana ou intra-ocular e prevenção da insuficiência renal aguda. MANITOL: 1ª escolha: não-tóxico, filtrada livremente, não reabsorvível e não-metabolizado adm profilaticamente (EV) para insuf renal aguda secundária a trauma, DCV, cirurgia ou drogas nefrotóxicas Tratamento a curto prazo para o glaucoma agudo Obs: Ureia, glicerol e isossorbida são menos eficientes Podem penetrar as membranas celulares Efeitos adv - aumento do volume de líquido extracelular - insuficiência cardíaca - hipernatremia - hipercalemia secundária no diabetes ou na insuficiência renal - dor de cabeça, náusea, vômito Inibidores da anidrase carbônica (Túbulo proximal) - ACETAZOLAMIDA: inibidor da anidrase carbônica IV e II - utilização limitada como diurético - provoca acidose metabólica e bicarbonatúria - uso autolimitado - desenvolvido a partir de sulfanilamida - A anidrase carbônica (enz) é encontrada em muitos locais do nefron, mas as cel do tub proximal são especialmente ricas dessa enzima em sua membrana luminal. A enzima catalisa a desidratação do H2CO3, uma etapa fundamental para a reabsorção de bicarbonato (HCO3-). - Esses diuréticos, ao inibirem a anidrase carbônica, acabam bloqueando a reabsorção de bicarbonato de sódio e causam diurese. - Com o desenvolvimento de diuréticos mais modernos, os “diuréticos inibidores da anidrase carbônica” são pouco usados hoje em dia como diuréticos, mas terão outras aplicações importantes. Mec. de ação - inibe a anidrase carbônica IV e II em células do túbulo proximal renal - anidrase carbônica catalisa a formação de HCO3- e H+ (IV) e ácido carbônico (II) - inibição da anidrase carbônica diminui [H+] no lúmen tubular, e promove bicarbonatúria - o diurético atua inibindo a enz anidrase carbônica, principalmente nas células do túbulo proximal e as consequências dessa inibição serão menor reabsorção de bicarbonato e sódio no túbulo, resultando em maior eliminação de sódio, bicarbonato e água na urina. Também se observa maior excreção de potássio na urina. Uso - usada para tratar glaucoma crônico de ângulo aberto (humor aquoso tem alta [HCO3-]). - profilaxia e tratamento - Correção de alcalose metabólica - principalmente utilizado em combinação com outros diuréticos em pacientes resistentes Efeito adv - tolerância rápida - aumento da excreção de HCO3- provoca acidose metabólica - sonolência - fadiga - depressão do SNC - parestesia (formigamento sob a pele) - nefrolitíase (cálculos renais) - Hipocalemia (aumento da excreção de K) - Acidose Metabólica (org perdeu muito de seu bicarbonato devido a excreção aumentada na urina). Contraindicação - cirrose hepática (fármaco diminui excreção urinaria de NH4 e pode contribuir p/ desev de hiperamonemia e encefalopatia hepática) Tiazídicos (Ação no túbulo contorcido distal) - Clorotiazida, Hidroclorotiazida - fármacos natriuréticos mais comumente prescritos para o tratamento da hipertensão. - uteis na hipertensão crônica - efetivos em pacientes com hipertensão baseada no volume, como os que apresentam doença renal 1ª e pacientes afrodescendentes. Mec. de ação - Inibem o transportador de Na e Cl nos túbulos contorcidos distais - Aumentam a excreção de Na e Cl - Inibidores fracos da anidrase carbônicaaumento da excreção de HCO3- - Aumentam a excreção de K e Mg - Diminuem a eliminação de Ca - induzem uma diminuição inicial do volum intravascular que tem por efeito reduzir a PA ao diminuir o DC. - atuam na porção inicial do túbulo contorcido distal e bloqueiam o co-transporte de Na+/Cl- logo menos Na+ e Cl- é reabsorvido a partir da luz tubular. O resultado é que mais Na+ e Cl- permanecem na luz tubular; assim mais Na+, CL-, K+, e H2O serão eliminados na urina, aumenta o volume urinário Uso - Hipertensão arterial - Insuficiência cardíaca congestiva - Hipercalciúria: prevenir o excesso de excreção de Ca e evitar a formação de cálculos nos ductos - Osteoporose - Tratamento da toxicidade por Lítio - edemas discretos a moderados - diabetes insipido (tiazidico rezus poliuria) Farmacocinética - adm oral (alta biodisponibilidade) - Pequena absorção - Início de ação em ~ 1 hora (longa duração de ação) Efeitos adv - hipocalemia - redução do volume sg induzido pela liberação de aldosterona - hiponatremia - hiperglicemia: secreção de insulina é diminuída - hiperlipidemia - hiperuricemia (uso crônico eleva ac. Úrico) - hipercalcemia - hipotensão - alt lipídicas (aumenta TG) Diuréticos de alça (Atuam na alça de Henle) Furosemida - situações em que os diuréticos de alça são preferíveis aos tiazídicos: hipertensão maligna e hipertensão baseada no volume em pacientes com doença renal crônica avançada. - os diuréticos de alça induzem a produção de prostaglandinas e estas vão participar da ação da droga, sendo assim os AINE podem interferir na ação dos diuréticos de alça por reduzir a síntese de prostaglandinas Mec de ação - Bloqueio do transportadorapical de Na-K-Cl na porção ascendente espessa - Compete com o sítio de ligação do Cl - Aumento passivo da excreção de Mg e Ca na urina - Aumento da excreção de K e H - Inibe a reabsorção de ~25% do filtrado glomerular - atuando na porção ascendente espessa da Alça de Henle, vão bloquear o co-transporte de Na+/K+/2Cl- da luz tubular para a célula tubular, com isso haverá uma maior retenção de sódio, cloreto, potássio e água na luz do túbulo, e esses elementos serão mais excretados na urina (logicamente aumentando bastante o volume urinário, e também ocorre espoliação de potássio). Uso - edema: cardíaco, pulmonar ou renal - insuficiência renal crônica - hipertensão arterial - hipercalcemia (diurético de alça associado com infusão de solução salina, pode levar a uma redução da hipercalcemia aguda) - hipercalemia aguda e crônica Farmacocinética - adm oral, de absorção rápida - início rápido da ação - duração de ação curta - liga-se às proteínas plasmáticas: deslocada pela varfarina, e clofibrato - aumenta a toxicidade dos antibióticos (cefalosporina) e lítio - toxicidade aditiva com outras drogas ototóxicas - eliminados por filtração glomerular e secreção tubular Efeito adv - hipocalemia (espoliação de K) - alcalose metabólica - hiponatremia - ototoxicidade - hipomagnesemia - hiperuricemia - hipovolemia Diuréticos poupadores de potássio (Túbulo distal e ducto coletor) Antagonistas de Aldosterona (Espironolactona) Pteridinas (Triantereno) Pirazinoilguanidines (Amilorida) - menos eficazes do que os diuréticos tiazídicos e diuréticos de alça e são utilizados primariamente em associação com outros diuréticos, com a finalidade de atenuar ou corrigir a caliurese (excreção de K) induzida por fármacos e o consequente desenv de hipocalemia. Mec ação - Diminuir o transporte de Na no ducto coletor. - Diuréticos poupadores de potássio atuam na parte distal do néfron (túbulo distal e ducto coletor), eles atuam bloqueando a reabsorção de sódio da luz tubular para o interior da célula, conservando mais sódio na luz tubular e diminuindo a secreção de potássio para a luz tubular eficazmente (menos potássio é secretado e assim mais potássio é “poupado” para o organismo). ESPIRONOLACTONA Antagonista competitivo para o receptor de mineralocorticoide Impede aumento do estímulo para a expressão do transportador de Na pela aldosterona Inibidor competitivo da aldosterona, ou seja, exerce sua ação competindo com a aldosterona pelo receptor. (Por isso a Espironolactona pode ser usada isoladamente no tratamento de hiperaldosteronismo primário ou secundário. TRIANTERENO / AMILORIDA São bases orgânicas, secretadas no lúmen por células do túbulo proximal Inibem o canal de Na Bloqueiam fisicamente os canais de sódio, impedindo a passagem de sódio (e comprometendo a secreção de potássio) Uso - hiperaldosteronismo primário (adenoma adrenal, hiperplasia supra-renal bilateral) - insuficiência cardíaca congestiva - cirrose - síndrome nefrótica - em conjunto com diuréticos expoliadores de K - edema discreto Farmacocinética ESPIRONOLACTONA adm oral Aldactazida: espironolactona / tiazídico AMILORIDA Adm oral, 50% eficaz Não metabolizado; não ligado às proteínas plasmáticas TRIANTERENO adm oral, 50% eficaz 60% ligado às proteínas plasmáticas metabolismo hepático= metabólitos ativos Efeitos adv - hipercalemia • Espironolactona pode causar ginecomastia • Triantereno: anemia megaloblástica em pacientes com cirrose • Amilorida: aumento da uremia e da intolerância à glicose em pacientes com diabetes mellitus MECANISMO DE ESCAPE AOS DIURÉTICOS - Com o uso continuado, ocorre escape aos diuréticos, condição em que seu efeito cessa. - A redução da volemia aumenta a reabsorção proximal de Na e aumenta a ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona (SRAA). Outros fármacos: ANTAGONISTAS DE ADH TOLVAPTAN e CONIVAPTAN – Aquaréticos: reabsorção de água – Ação: bloqueio do receptor V2 de ADH – Uso: ICC, hiponatremia e secreção inadequada de ADH. – Efeitos adversos: lesão hepática (uso crônico) ANÁLOGOS DE PEPTÍDIO NATRIURÉTICO URODILATIN - Ação: dilata arteríola aferente, contrai arteríola eferente, reduz reabsorção de Na (NCC), inibe secreção de renina e aldosterona. FÁRMACOS COM AÇÃO NO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ANTAGONISTAS BETA-ADRENÉRGICO β-Bloqueadores - Terapia de 1ª Escolha Atenolol, Propranolol, Metoprolol - Os bloqueadores dos receptores β1 atuam inibindo a influência do débito cardíaco na pressão arterial - Diferentemente do Atenolol‚ que é β1-específico, o Propranolol é inespecífico, podendo causar broncoconstrição como efeito indesejado ao ativar os receptores β2 da musculatura brônquica. O propanolol portanto, contraindicado para pacientes que sofrem de asma e que apresentaram taquicardia, por exemplo. Para eles, mais indicado seria a prescrição de Atenolol Uso - Hipertensos brancos e mais jovens - constituem agentes de 1ª linha comumente prescritos no tratamento da hipertensão Efeitos adv - Fadiga - letargia - insônia - alucinações - diminui o libido - causa impotência sexual - altera metabolismo das lipoproteínas (aumenta o HDL) - bradicardia - hipotensão. Mec de ação - receptores β1-adrenérgicos estão presentes nos miócitos cardíacos acoplados a uma proteína GS. Quando esses receptores são ativados, desencadeiam uma via de transdução de sinal intracelular que tem como consequência um aumento de cálcio intracelular, culminando em um cronotropismo positivo. O receptor β, quando ativado, induz a proteína Ga uma mudança conformacional capaz de ativar a via da adenilil ciclase, proteína de memb que converte ATP em AMPc, responsável por ativar uma PKA responsável por todos os eventos necessários a contração muscular. Estes eventos culminam em taquicardia e aumento da pressão arterial. Atenolol Indicado para o controle da HA; controle da angina pectoris; controle de arritmias cardíacas; tratamento do IM e na intervenção precoce e tardia após IM. Propranolol indicado no tratamento da hipertensão. Pode ser usado isoladamente ou em associação com outros agentes anti-hipertensivos, especialmente com um diurético tiazídico. O cloridrato de Propranolol não está indicado para as emergências hipertensivas. EDEMA - na maioria dos casos, começar com uma tiazida. - Se resistentes, administrar diurético de alça. Bloqueadores de recept beta: Diminui ativação de recept beta1 no coraçãodiminui DCdiminui pressão sg. Inibe e liberação de reninadiminui angiotensina IIdiminui resist periféricadiminui pressão sg Inibe e liberação de reninadiminui angiotensina IIdiminui aldosteronadiminui retenção de Na e aguadiminui vol sgdiminui DCdiminui pressão sg Inibe prod de aldosterona diminui retenção de Na e aguadiminui vol sgreduz DCdiminui pressão sg ANTAGONISTAS ALFA-ADRENÉRGICOS Agentes Bloqueadores α-Adrenérgicos: antagonistas α-Adrenérgico Prazosina, Terazosina - antagonistas alfa-adrenérgicos não seletivos (fentolamina, fenoxibenzamina) não são usados no tratamento a longo prazo da hipertensão, visto que seu uso prolongado pode resultar em resp compensatórias excessivas. - Apresentam baixa eficácia como monoterapia, devendo ser utilizados em associação com outros anti- hipertensivos. - Podem induzir o aparecimento de tolerância farmacológica, que obriga o uso de doses crescentes. Mec de ação - A musculatura dos vasos apresenta apenas inervação simpática. No caso dos vasos, os receptores que apresentam afinidade pela noradrenalina são os α1. Estes, uma vez ativados,dão início a uma cascata de eventos intrínsecos que tem como resultado a contração do vaso: ao interagir com a noradrenalina, o receptor α1 ativa uma proteína Gq/11 acoplada a ele que, ao converter GDP em GTP, ativa uma proteína fosfolipase (PLC-β) capaz de clivar fosfolipídio de membrana (PIP2) em inositol trifosfato (região polar do fosfolipídio) e diacilglicerol (região apolar). O IP3, capaz de se ligar a um receptor específico no retículo endoplasmático e promover a liberação de Ca do retículo, fator importante para a contração muscular. O DAG‚ responsável por ativar uma PKC que fosforila demais enzimas também indispensáveis para a contração. É por meio da dilatação vascular que esta classe de anti-hipertensivos promove a redução da PA. - bloqueiam de forma competitiva os receptores α1-Adrenérgico promovendo o relaxamento da musculatura lisa das artérias e das veias. - Resultado: Diminuição da pressão arterial - antagonistas alfa1-adrenérgicos inibem o tônus vasomotor periférico, reduzindo a vasoconstrição e diminuindo a resist vasc sistêmica. Efeito adv - hipotensão postural (mais evidente com a primeira dose) - palpitação - astenia. Antagonistas dos recep alfa1-adrenérgicos: bloqueia recept alfa1-adrenergicos em arteríolas e veiasreduz resistência vasc periféricareduz retorno venosoreduz PA. ADRENÉRGICOS AÇÃO CENTRAL Agonistas alfa2-adrenérgicos CLONIDINA, ALFA-METILDOPA - CLONIDINA (não deprime o fluxo sanguíneo e nem a taxa de filtração glomerular). - Trata hipertensão moderada em pacientes que não respondem ao diuréticos. Mec de ação - Na célula pré-sináptica tem um receptor pré-sináptico que é o alfa-2. O alfa-2 quando ativado pela NOR vai reduzir o AMPc e a entrada de cálcio, diminuindo cálcio não ocorre exocitose, então quando NOR ativa alfa-2, inibe entrada de cálcio e liberação de NOR (regulação por feedback negativo). Um fármaco com ação apenas em alfa-2 (clonidina) estimula-se farmacologicamente esse feedback negativo, inibindo a liberação de NOR no tronco cerebral, inibindo todo o drive simpático, diminuindo a pressão. - Diminui o estimulo a α2-receptores Efeito adv - Secura da mucosa nasal - sedação. - Hipertensão rebote: paciente tomando clonidina = pressão baixa, se a clonidina é retirada de uma vez ela faz hipertensão rebote. A retirada da clonidina tem que ser lenta e gradual: desmame. Farmacocinética Alfa-Metildopa Adm via oral ou EV Boa absorção Início de ação - 3 - 6h Clonidina Boa absorção Início de ação - 30 - 60min. Duração - 8h = (Alfa-Metildopa) INIBIDORES DA ENZ CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA) Captopril, Enalapril Mec de ação - Os inibidores da ECA impedem a conversão da angiotensina I em angiotensina II mediada pela ECA, resultando em diminuição dos níveis circulantes de angiotensina II e de aldosterona. Ao diminuir os níveis de angiotensina II, os inibidores da ECA reduzem a resistência vasc sistêmica, e portanto diminuem a impedância a ejeção VE. Ao diminuir os níveis de aldosterona, esses agentes tbm promovem a natriurese e, consequentemente reduzem o vol intravasc. Os inibidores da ECA tbm diminuem a degradação de bradicinina, e o consequente aumento nos níveis circulantes de bradicinina prova vasodilatação. - Diminuição da resist periférica, diminuição do DC e diminui a taxa de inativação da bradicinina promovendo o seu aumento e a vasodilatação dos vasos sanguíneos. - A angiotensina promove ainda a liberação de aldosterona pelo córtex da suprarenal, responsável por aumentar a reabsorção de sódio e excreção de potássio em nível tubular. Uso - Efetivos em pacientes hipertensos brancos e jovens - Uso conjunto com diuréticos efetivos para brancos e negros. -pacientes hipertensos diabéticos (graças aos efeitos benéficos na prevenção da glomeruloesclerose progressiva, e porque não alteram o metabolismo de carboidratos) - Hipertrofia VE - Pacientes Pós IM (Tratamento padrão: iniciada 24h após o infarto) - Diabete. - ICC crônica Efeitos adv - Tosse seca (resulta de um aumento nos níveis de bradicinina induzido pelo fármaco) - vermelhidão cutânea - febre - alteração do paladar - hipercalemia Contraindicação - gravidez - estenose bilateral da artéria renal - negros - Insuficiência renal avançada ANTAGONISTAS DE ANGIOTENSINA II Losartana, Valsartana ** Então para IAM, ICC, hipertensão com diabetes vai ser usado inibidor da ECA. Só se o paciente não tolerar o inibidor da ECA que vai ser usado Losartan. ** Mec de ação - Bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II, inibindo a ação do eixo da renina. O mensageiro final do eixo renina angiotensina é a angiotensina II, que ligando-se ao receptor AT1 causa vasoconstricção e retenção hídrica, ambos levando ao aumento da pressão arterial. O bloqueio do receptor AT1 resulta na redução da pressão arterial e nos efeitos benéficos na ICC. Portanto os efeitos são similares aos inibidores da enzima conversora, com as vantagens de não atuar sobre a bradicinina e de atuar sobre o ponto final do eixo renina angiotensina, e portanto, sobre a angiotensina II resultante das vias não dependentes da enzima conversora. - anti-hipertensivo oral que antagoniza competitivamente a lig da angiotensina II a seus receptores AT1. - Provoca vasodilatação das artérias e bloqueio da secreção da aldosterona Uso - Eficaz como monoterapia para a HAS, no entanto não são tão eficazes na redução da PA quanto os inibidores da ECA. - indicado na substituição da ECA, nos pacientes que apresentam intolerância aos inibidores da ECA. - São úteis também no tratamento da insuficiência cardíaca, mas atualmente também tem a mesma indicação de uso como substitutos do IECA, como na hipertensão arterial. - substituem os inibidores na ECA em caso de tosse crônica Efeito adv - hepatotoxicidade e edema. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO Verapamil, Nifedipina, Amlodipina Mec de ação - inibe o influxo do íon através dos canais de cálcio no músculo liso vascular e cardíaco, resultando em dilatação de artérias e arteríolas periféricas e vasos cerebrais. Com alto grau de seletividade para o músculo liso vascular, diminui a resistência vascular periférica e reduz a pressão sanguínea. - Agem como antagonistas, impedindo a passagem de Ca para dentro das células musculares se ligando aos canais de Ca++ que ficam no coração e na musculatura lisa das artérias coronarianas. - Relaxa a musculatura lisa dos vasos, dilatando as arteríolas. Efeitos adv - Tontura - cefaleia - sensação de fadiga provocada pela diminuição da pressão sanguínea. Uso - Angina. - Doença vasc. perif.. - Hipertensão sist. e HA - Negros. - Asma. - Espasmo coronariano - Taquicardia supraventricular - Proteção pós-infarto (IAM). O fármaco de escolha pós IAM é o beta-bloqueador ou IECA. Mas se o paciente tiver asma e não puder usar o beta-bloqueador, ou negro idoso que não responde a IECA, vai ser usado então os bloqueadores de canal de cálcio. - Miocardiopatia hipertrófica - Enxaqueca - Fenômeno de Raynaud: se for dado ao paciente beta-bloqueador o paciente gangrena, se der bloqueador de canal de cálcio vai dilatar a arteríola. Contraindicação - Gravidez - Insuficiência cardíaca (ASSOCIAÇÃO A EDEMA PULMONAR) VASODILATADORES Hidralazina, Minoxidil - Os vasodilatadores na hipertensão arterial têm que dilatar o leito arterial, para que haja assim uma diminuição da resistência periférica e, consequentemente, a PA.; na insuficiência cardíaca, os vasodilatadores são utilizados para a dilatação do leito arterial e leito venoso, com isso, diminui a carga que chega ao coração, melhorando a condição do trabalho cardíaco. - Uso concomitante com diurético ou β-bloqueadores. Mec de ação - exerce efeitoantihipertensivo por relaxamento direto da musculatura lisa arteriolar. A vasodilatação associa-se, por reflexo barorreceptor-mediado, a poderoso estímulo do sistema nervoso simpático, resultando em aumento de frequência e contratilidade cardíaca. - relaxam a musculatura lisa dos vasos sanguíneos (vasodilatação direta) - Diminuição da resistência periférica e consequentemente da pressão arterial. Efeitos adv - aumento da contratilidade do miocárdio e da frequência cardíaca resultando em Infarto do Miocárdio e Insuficiência cardíaca em indivíduos predispostos. - Aumentam a concentração de renina, resultando na retenção de sódio e água. Emergência Hipertensiva - Reduzem imediatamente a pressão sanguínea NITROPRUSSIATO DE SÓDIO: Promove vasodilatação imediata (via NO). Adm IV, provocando imediatamente a vasodilatação arterial e venosa, em menos de um minuto, reduzindo a pressão arterial em todos os pacientes independente da causa da hipertensão arterial. Meia-vida muito curta com duração de um a dez minutos. Efeitos colaterais: Fraqueza, ansiedade, náuseas, vômitos, tremores, e hipotensão arterial. Embora seja rara a intoxicação em doses terapêuticas (e não devendo ser usado por mais de três ou quatro dias), o metabolismo do nitroprussiato termina com o tóxico íon cianeto. HIDRALAZINA: Atua com ação vasodilatadora principalmente sobre artérias e arteríolas provocando diminuição da pressão arterial acompanhada de taquicardia reflexa e aumento do débito cardíaco, tendo pouco efeito sobre o sistema venoso. Age na musculatura lisa arteriolar (via redução de IP3). Adm via oral, IM ou EV. É administrada em combinação com o propranolol para reduzir a taquicardia reflexa. Usada também como adjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. Contraindicada em casos de Lúpus Eritematoso Sistêmico e insuficiência coronariana Efeitos Adversos: cefaleia, hipotensão e taquicardia reflexa.
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