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Delineamento de Estudos Epidemiológicos

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DELINEANDO 
PESQUISA
EPIDEMIOLÓGICA
Prof. Dra. Evelise Moraes Berlezi 
“ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PESQUISA”
ANATOMIA
De que ela
é feita
FISIOLOGIA Como ela 
funciona
Hulley (2008)
ANATOMIA
Inclui: 
Questão de pesquisa
Delineamento
Sujeitos
Medidas 
Cálculo do tamanho da amostra
Tem como objetivo estruturar o projeto de pesquisa,
ajudando o pesquisador a organizar de forma lógica o
seu estudo, de forma objetiva e eficiente.
A estrutura de
um projeto de
pesquisa é
descrita em
seu protocolo.
FISIOLOGIA
Busca através da minimização de
erros aleatórios ou sistemáticos inferir
os resultados da pesquisa à uma
população, primeiro sobre o que
ocorreu na amostra do estudo e então
a generalização destes eventos para
indivíduos externos ao estudo.
Viés?
…é um dos três maiores perigos para a validade
interna.
VIÉS
Qualquer desvio na coleta, análise, interpretação,
publicação ou revisão de dados que pode levar a
conclusões que são sistematicamente diferentes das
verdadeiras (Last, 2001)
Um processo em qualquer momento da inferência que
produz resultados que se desviam sistematicamente dos
valores (Fletcher et al, 1988)
Erro sistemático no planejamento ou na condução de
um estudo (Szklo et al, 2000).
Tipos de erros
Aleatório
Sistemático- vício, viés ou tendenciosidade
1) Seleção
2) Aferição
3) Confundimento
Pesquisas
Para quê?
5 Q
• Quem? 
• O quê? 
• Por quê?
• Quando?
• Aonde (qual lugar?)
5 W
• Who?
• What?
• Why?
• When?
• Where?
Elementos do Protocolo de pesquisa
Qual o tamanho do estudo e como 
ele será analisado?
Aspectos estatísticos
Hipóteses
Tamanho da amostra
Abordagem analítica
Que medições serão realizadas?Variáveis
Variáveis preditoras
Variáveis confundidoras
Variáveis de desfecho
Quem são os sujeitos e como eles 
serão selecionados?
Sujeitos
Critérios de seleção
Procedimentos amostrais
Como o estudo é estruturado?Delineamento
Eixo temporal
Abordagem epidemiológica
Por que estas questões são 
importantes?
Relevância (background)
Que questões o estudo abordará?Questões de pesquisa
ObjetivoElemento
QUESTÃO DE PESQUISA
É o objetivo do estudo, a incerteza que o investigador deseja 
resolver. As questões de pesquisa partem de uma preocupação 
geral que precisa então ser reduzida a um tópico concreto e 
factível de ser estudado.
Ex.: Questão de pesquisa inicial: as mulheres devem tomar hormônios
após a menopausa?
Ex. Questões de pesquisa mais específicas:
Com que frequência as mulheres tomam estrógenos após a menopausa?
Tomar estrógenos após a menopausa diminui e chance de desenvolver doença
coronariana?
Há outros benefícios e malefícios da terapia estrogênica??
Uma boa questão de pesquisa precisa passar no teste “E
DAÍ”. A resposta à questão deve contribuir para o nosso
estado de conhecimento. O acrômio FINER reúne as
cinco características básicas de uma boa questão de
pesquisa.
– Factível
– Interessante
– Nova
– Ética
– Relevante
FINER
Factível
Número adequado de indivíduos
Experiência técnica adequada
Abordável quanto a tempo, dinheiro e alcance
Interessante / Nova
Confirma ou refuta achados prévios
Amplia achados prévios
Proporciona novos resultados
Ética e Relevante
Para o conhecimento científico
Para a política sanitária / aplicabilidade clínica
Para linhas de investigação futuras
RELEVÂNCIA
... é a parte do protocolo relativa à relevância mostra
como o estudo se insere em um contexto maior e
apresenta a sua justificativa.
- O que se sabe sobre o tema?
- Por que a questão de pesquisa é importante?
-Que respostas ao estudo fornecerá?
Essa parte apresenta pesquisas anteriores relevantes, indicando
seus problemas e questões pendentes. Esclarece também como
os achados poderão ajudar a resolver essas incertezas, formando
uma nova compreensão científica e influenciando decisões ou
diretrizes clínicas e de saúde pública.
Elaboração da pergunta de pesquisa ...
Uma boa pergunta estruturada
contém quatro componentes,
facilmente memorizados no
anagrama PICO: população,
intervenção (ou exposição, ou fator
de risco), comparação e desfecho
O determina o tipo de estudo ?
PERGUNTA
Evidências.com 19
O que determina as variáveis 
a serem estudadas?
A 
pergunta 
da 
pesquisa
Pesquisa em saúde
Evidências.com
Quem determina as variáveis 
a serem analisadas?
Pesquisa em saúde
Variáveis estatísticas... cacteristicas
Conceitos
Num estudo 
estatístico parte-se 
de um conjunto. 
Cada elemento 
desse conjunto 
tem, 
provavelmente, 
muitos caracteres, 
características ou 
atributos. 
. . .são medidas, controladas ou manipuladas em uma pesquisa.
VARIÁVEIS
Variáveis preditoras – no estudo analítico, o
investigador estuda as associações entre
duas ou mais variáveis para predizer os
desfechos e fazer interferências sobre causa
e efeito.
Variáveis de desfecho - resultado
Variáveis de intervenção – tipo especial de
variável preditora manipulada pelo
investigador.
Como descrever as variáveis?
 O que é?
 Como quantificar?
 Quando quantificar?
 Quem vai quantificar?
 Como será analisada?
***Determina os métodos estatísticos. 
Evidências.com
QUANDO?
QUEM?
COMO MENSURAR?
Pesquisa em saúde
“O câncer de lábio, boca e faringe é um sério problema de saúde. Altas taxas 
de incidência são encontradas no mundo. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste 
são as que apresentam maiores taxas de incidência. Objetivo: Descrever a 
taxa de sobrevida em cinco e dez anos em portadores de câncer de lábio, 
boca e faringe atendidos em um centro de referência de Florianópolis, SC”.
“Analisar a prevalência de consultas médicas nos últimos três meses e os 
fatores associados entre idosos”
“Avaliar o desempenho de diferentes métodos de avaliação antropométrica 
para gestantes adolescentes na predição do peso ao nascer”
DELINEAMENTO:
Pesquisador: Observador? 
ou Interventor ? 
Classificação dos estudos 
epidemiológicos
• Propósito geral
– Descritivo
– Analítico
• Modo de exposição
– Observação
– Intervenção
• Direção temporal
– Prospectivo
– Retrospectivo
• Unidade de observação
– Indivíduo
– Grupo populacional
• Longitudinal x transversal
• Controlado x não controlado
• Randomizado x não 
randomizado
Tipos de Estudos
Delineamento Características principais Exemplo
Estudos observacionais
Estudo de Coorte Um grupo acompanhado ao longo do tempo Examina-se uma coorte de mulheres
anualmente por vários anos, observando a
incidência de infarto naquelas que
receberam hormônios e as que não
receberam.
Estudo transversal Um grupo examinado em um determinado
momento do tempo
Examina-se um grupo de mulheres uma vez,
observando a prevalência de infarto prévio
naquelas que receberam hormônios e as que
não receberam.
Estudo de caso controle Dois grupos, escolhidos a partir da presença
ou ausência do desfecho
Examina-se o grupo de mulheres com
infarto (os “casos”) e um grupo de mulheres
saudáveis (os controles) indagando-as sobre
o uso prévio de hormônios.
Estudo Experimental
Ensaio randomizado Dois grupos criados por m processo
aleatório, e cuja a intervenção é cega
Indica-se aleatoriamente que mulheres
recebem hormônio ou placebo idêntico e
então acompanha-se os dois grupos durante
vários anos para observar a incidência de
infarto.
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• Objetivam:
–descrever distribuição de variáveis
– sem hipóteses (causais e/ou outras)
• Geradores de hipóteses
– Unidade de análise: 
indivíduos X população
• Estudo de caso
– observação clínica perspicaz
– necessita confirmação
• Série de Casos
– + informação que o anterior
– base para estudo de casos e controles
• Estudo de Prevalência
– descreve a saúde de uma população
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Relato de caso ou série de 
casos
• Mais básico estudo descritivo
• Descrição detalhada de um caso clínico ou
uma série de casos.
• Ex: ...tromboembolismo pulmonar em
paciente de 40 anos que utilizou
contraceptivo oral por 5 semanas.
Relato de caso ou série de 
casos
• Vantagens
– Barato e fácil de ser realizado
– Gerador de hipóteses
• Desvantagens
– Não testa hipóteses
Estudos de Vigilância (séries temporais)
– Coleta, análise, interpretação e 
disseminação sistemática e contínua de 
informação de utilidade para saúde 
pública - gestores, profissionais, 
população
– Objetiva: planejamento, implementação 
e avaliação de ações coletivas
– Feedback
– Ativa ou passiva
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• Usos:
– Monitoramento da saúde populacional 
(epidemias, etc.)
– Planejamento
– Geração de hipóteses
• Vantagens
– Dados disponíveis
– Baixo custo
– Eticamente aceitáveis
• Limitações
– Ausência do fator tempo (causa - efeito)
– Sem poder de inferência causal
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Ocorrência de doença segundo 
variáveis:
 Pessoa – sexo, idade, ocupação
 Lugar – país, rural x urbano
 Tempo – variações sazonais
Fornecem dados para política de saúde
Primeiras pistas de fatores 
determinantes de doenças
Formular hipóteses
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Observacionais Analíticos
• Estudo de Casos e Controles
• Estudo Ecológico
• Estudo Transversal
• Estudo de Coorte
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• Alternativas do método epidemiológico
para testar hipóteses elaboradas durante
estudos descritivos.
• Tipos:
 coorte;
 caso-controle;
 transversal com comparação de grupos
• Objetivo:
– verificar se o risco de desenvolver um
evento adverso à saúde é maior entre os
expostos do que entre os não-expostos ao
fator supostamente associado ao
desenvolvimento do agravo em estudo.
• Visam estabelecer inferências a
respeito de associações entre duas ou
mais variáveis, especialmente
associações de exposição e efeito,
portanto associações causais.
• São também denominados estudos
observacionais, uma vez que o
pesquisador não intervém – apenas
analisa com fundamento no método
epidemiológico um experimento
natural.
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Estudo Transversal
• Este tipo de estudo não se aplica
em uma população geral, mas
numa determinada população.
• Este método limita a capacidade
de estabelecer prognóstico, história
natural e causa da doença.
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ESTUDOS TRANSVERSAIS -
PREVALÊNCIA
• Estudo onde a exposição-doença é 
medida em uma população em um dado 
momento.
– Frequência de doenças
– Fatores de risco
– População de risco
• Prevalência = núm. pessoas doentes
núm. pessoas na população
• Uma das características de
estudos transversais é a
prevalência que é a
proporção da população
que tem uma doença ou
condição clínica em um
determinado momento e
distingue-se da incidência
(que é a proporção de
indivíduos que a adquirem
durante um determinado
período de tempo).
Prevalência - Incidência
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ia • Fundamentais para novas pesquisas
• Essenciais para formulação de 
políticas de saúde
– Conhecer características demográficas 
da população 
– Conhecimento do perfil de morbidade
– Identificar populações de risco
• População alvo
– Características clínicas e demográficas
– Ex. Mulheres inférteis de 20 a 40 anos
• População acessível
– Características geográficas e temporais
– Ex. Moradoras em São Paulo em 2004
• Amostra representativa
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POPULAÇÃO
População alvo
Pop. acessível
Amostra
Validade 
externa
Validade 
interna
Estudos de Prevalência - População
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ESPECIFICIDADE
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• Levantar uma hipótese de associação 
entre causa-efeito, risco-desfecho
• Determinar uma população de estudo
• Medir a frequência de doença e do fator 
de risco simultaneamente
Estudos transversais
POPULAÇÃO
ESPOSTOS 
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DOENTES
EXPOSTOS 
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NÃO DOENTES
NÃO EXPOSTOS
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DOENTES
NÃO EXPOSTOS
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NÃO DOENTES
AMOSTRA
Formação dos grupos 
por observação 
simultânea de exposição 
e doença
ESTUDOS ANALÍTICOS: 
COORTE 
CASO CONTROLE
Estudos de Incidência
• Incidência = núm. de casos novos num período
população de risco no período
• Medida mais importante em epidemiologia
• Necessária para iniciar pesquisa de etiologia, 
prevenção, terapêutica e prognóstico.
Doente
população
Não doente
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• Estudos longitudinais.
• Iniciam-se com um grupo de 
pessoas sadias (coorte).
• Indivíduos são classificadas em 
subgrupos segundo a exposição 
ou não a um fator de risco, causa 
potencial de uma doença ou de um 
evento adverso à saúde.
• “Coorte”: do latim cohorte = parte 
de uma legião de soldados do 
antigo Império Romano.
Estudo de coorte concorrente (ou 
prospectivo):
É acompanhado desde o momento da
exposição, procedendo-se, como etapa
do próprio estudo, o monitoramento e
registro dos casos de doenças ou de
óbitos na medida em que esses
ocorram, até a data prevista para
encerramento das observações.E
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TIPO
• Etapa inicial deste
estudo consiste na
seleção de um grupo de
pessoas consideradas
sadias quanto à doença
sob investigação.
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• Observação de grupos
comprovadamente expostos a um
fator de risco suposto como causa
de doença a ser detectada no
futuro;
• Nos estudos concorrentes a
exposição pode (ou não) já ter
ocorrido, mas o desfecho ainda não
ocorreu.E
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Estudo não-concorrente de coorte
histórica (ou retrospectivo):
• Todas as informações sobre a
exposição e o desfecho já ocorreram
antes do início do estudo.
• Os problemas dos estudos não
concorrentes são: víes de informação
e a inabilidade para controlar variáveis
de confusão (falta de informação).
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• Trata-se de um tipo de estudo
individuado-longitudinal-retrospectivo
fundamentado na reconstrução de
coortes em algum ponto do passado;
• Com a seleção e classificação dos
seus elementos no presente e com
início e fim do acompanhamentono
passado, antes do momento de
realização de pesquisa.
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• Escolhe-se uma coorte não exposta (porém similar
à coorte) para servir de grupo controle.
• Também pode-se comparar a incidência do
desfecho de interesse (óbito, por exemplo) na
coorte exposta com a incidência observada na
população geral no período em que a coorte está
sendo acompanhada.
• O maior desafio é garantir que a coorte de
comparação (ou a população geral) sejam
comparáveis à coorte de exposição. Se isto não
ocorrer estes são considerados como grupos de
comparação impróprio, sendo introduzido um viés
de seleção.
Diversas finalidades:
• avaliação da etiologia de doenças: associação 
entre fumo e CA de pulmão;
• avaliação da história natural de doenças:
evolução de pacientes HIV positivos;
• estudo do impacto de fatores prognósticos:
marcadores tumorais e evolução de câncer;
• intervenções diagnósticas: impacto da 
realização de colpocitologia sobre a mortalidade 
por CA de colo uterino;
• intervenções terapêuticas: impacto sobre a 
mortalidade do tipo de tratamento cirúrgico de 
fraturas de colo do fêmur em idosos.
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• Variáveis de interesse são especificadas e 
medidas, enquanto a evolução da totalidade 
da coorte é seguida. 
• Finalidade: averiguar se a incidência da 
doença ou evento adverso à saúde difere 
entre o subgrupo de expostos a um 
determinado fator de risco se comparado com 
o subgrupo de não-expostos.
As associações obtidas por estudos de coorte 
geralmente são mais consistentes do que aquelas 
que resultam de estudos tipo caso-controle.
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Características mais importantes dos 
estudos de coorte:
 São os únicos estudos que testam hipóteses 
etiológicas, produzindo medidas de incidência e, 
portanto, medidas diretas do risco relativo (RR).
 Permitem aferir a contribuição individual ou 
combinada de mais de um fator de risco associado 
com determinada doença.
 São geralmente prospectivos; no entanto, em 
situações especiais, quando se dispõe de registros 
confiáveis relativos à exposição pregressa e ao 
seguimento, pode também apresentar caráter 
retrospectivo.
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Características mais importantes dos 
estudos de coorte:
 Os estudos de coorte partem de grupos de 
pessoas sadias, que naturalmente se distribuem 
em subgrupos de expostos e não-expostos ao 
fator de risco em estudo. 
 Tais grupos, após certo período, irão se dividir 
em outros subgrupos de atingidos e não-
atingidos pelo efeito (doença) que se supõe estar 
associado ao fator de risco objeto do estudo.
 O grupo estudado deverá ser o mais homogêneo 
possível em relação ao maior número de 
variáveis que não estejam sob estudo, 
denominadas variáveis independentes.
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• Vantagens dos estudos de coorte:
– Permite o cálculo direto das taxas 
de incidência e o do risco relativo 
(RR).
– O estudo pode ser bem planejado.
– Pode evidenciar associações de 
um fator de risco com uma ou mais 
doenças.
– Menor probabilidade de conclusões 
falsas ou inexatas.
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• Desvantagens dos estudos de 
coorte:
– Custo elevado.
– Longa duração.
– Modificações na composição do 
grupo selecionado em decorrência 
de perdas por diferentes motivos.
– Dificuldade de manter a 
uniformidade do trabalho. 
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• Pelo alto custo, longa duração e
complexidade: raramente são
desenvolvidos em serviços de
saúde.
• Para surtos em populações pequenas
e bem-definidas: constituem o melhor
delineamento para investigações.
• É o método de escolha para um surto
de gastroenterite entre pessoas que
participaram de uma festa de
casamento e a lista completa de
convidados é disponível.
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84 2916
87 4913 5000
3000
17.4
28.0
Estudo hipotético de coorte de Tabagismo e Doença 
Coronariana.
ICO (+) ICO (-)
Tabagismo (+)
Tabagismo (-)
Total Incid/1000/ano
RR = 28.0/17.4 = 1,60RR = IE  INE
ESTUDOS DE COORTE - ANÁLISE
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• Na maioria das epidemias a
população exposta não é
conhecida, fato que impede a
aplicação de estudos de coorte.
• Em situações como essa,
especialmente quando os casos são
identificados já nos primeiros passos
da investigação, os estudos tipo
caso-controle são o delineamento
de escolha para o estudo da
associação entre determinada
exposição e a doença de interesse.
• Oferecem resultados mais frágeis a 
respeito de associações entre exposição e 
doença, se comparados com os estudos de 
coorte.
• Pela rapidez com que podem ser 
desenvolvidos e seu menor custo, são de 
grande utilidade para epidemiologistas 
nos serviços de saúde:
– na identificação de fontes de infecção e de 
veículos de transmissão de doenças, 
– facilitam o estabelecimento de medidas 
apropriadas de controle.
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• Parte-se de um grupo de indivíduos acometidos pela 
doença em estudo = casos.
• Os casos são comparados com outro grupo de 
indivíduos que devem ser em tudo semelhantes aos 
casos, diferindo somente por não apresentarem a 
referida doença = controles.
• Estudo retrospectivo da história pregressa dos 
casos e controles.
• Objetivo: identificar a presença ou ausência de 
exposição a determinado fator que pode ser 
importante para o desenvolvimento da doença em 
estudo.
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• Estudos observacionais: não há 
intervenção por parte do investigador.
• Particularmente indicados em:
Surtos epidêmicos ou agravos desconhecidos, 
em que é indispensável a identificação urgente da 
etiologia da doença com o objetivo de uma 
imediata ação de controle.
Permite de forma rápida e pouco dispendiosa a 
investigação de fatores de risco associados a 
doenças raras e de longo período de latência.
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Principais dificuldades:
• A análise restrospectiva dos dados obtidos 
depende muito da memória dos casos e 
dos controles:
• Viés de memória:
– a exposição é antiga ou rara, 
– ser doente pode influenciar as respostas dadas 
a certas questões, 
– é um viés do respondente, onde a informação 
sobre exposição fornecida pelos participantes 
do estudo difere em função de ser ele um caso 
ou um controle.
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Principais dificuldades:
• Viés de seleção* de casos e controles: 
– distorções nos resultados devido a 
procedimentos utilizados para a seleção dos 
participantes ou fatores que influenciam a 
participação no estudo. 
– em geral está relacionado à seleção de 
indivíduos nos quais a associação entre o fator 
em estudo e a variável de efeito é diferente da 
associação que existe na população.
– pode ser atenuado se os casos forem 
selecionados em uma única área com a 
observaçãode critérios bem padronizados para 
sua inclusão no grupo.
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• A classificação de um doente como caso
pressupõe uma perfeita definição das 
características desse grupo, que deve levar 
em consideração vários aspectos, entre 
eles:
– critério diagnóstico; 
– aspectos e variedades clínicas; 
– estadiamento da doença;
– emprego de casos ocorridos num intervalo 
definido de tempo (incidência) ou de casos 
prevalentes em determinado momento; 
– fonte dos casos: todos os atendidos por um ou 
mais serviços médicos ou todos os doentes da 
população.
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• Deve-se garantir a comparabilidade 
interna entre casos e controles e, 
portanto, uma estimativa mais consistente 
do risco.
• Escolha do grupo controle: um dos pontos 
mais importantes do delineamento dos 
estudos tipo caso-controle.
– deve buscar a máxima semelhança entre casos 
e controles, exceto o fato de os controles não 
apresentarem a doença objeto do estudo. 
– isso é difícil de ser obtido, pois até irmãos 
gêmeos são submetidos a diferentes exposições 
ambientais.
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• Para evitar distorções 
determinadas pela escolha dos 
controles entre pacientes 
hospitalizados:
– recomenda-se que os controles sejam 
escolhidos entre indivíduos que vivam 
na vizinhança dos casos, ou sejam 
parentes, ou colegas de trabalho ou de 
escola, ou que mantenham alguma 
relação de proximidade com os casos.E
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Estudos caso controle não permitem cálculo de 
RR:
– devido à forma de seleção dos participantes - casos 
(doentes) e controles (não doentes),
– não utiliza denominadores que expressem a verdadeira 
dimensão dos grupos de expostos e de não-expostos 
numa população.
• Estimam-se as associações por uma medida tipo 
proporcionalidade: Odds Ratio, um estimador 
indireto do RR, satisfazendo dois pressupostos: 
Os controles devem ser representativos da população 
que deu origem aos casos,
A doença objeto do estudo deve ser rara.
Vantagens:
 fácil execução;
 baixo custo e curta duração. 
Desvantagens:
 dificuldade de seleção dos controles;
 informações obtidas frequentemente 
incompletas;
 vieses de memória, seleção e confusão;
 impossibilidade de cálculo direto da 
incidência entre expostos e não-expostos e, 
portanto, do risco relativo.
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• Na investigação de um surto:
– deve se identificar o maior número possível 
de casos que se enquadrem na definição de 
caso estabelecida, 
– quanto maior o número de indivíduos 
envolvidos no estudo (casos e controles), 
mais fácil será identificar a associação entre 
exposição e doença.
– o número de casos pode ser reduzido devido 
às dimensões do surto, que, muitas vezes, 
atinge um grupo reduzido de pessoas. 
– Ex: num hospital um surto pode ser 
constituído de quatro a cinco doentes. 
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Na investigação de um surto:
• A determinação do número de 
controles a ser adotado nesse tipo de 
estudo deve levar em consideração o 
tamanho do surto. 
• Caso exista cinqüenta indivíduos ou 
mais, pode-se adotar um controle para 
cada caso.
• Em epidemias menores, utilizam-se de 
dois a quatro controles para cada caso.
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15 67
102 804 906
82
Estudo hipotético de caso-controle de Tabagismo materno e 
baixo peso ao nascer
Caso Controle
Exposto
Não Exposto
Total
OR = 15x804/67x102 = 1,76
OR = Chance DE /Chance DNE
ESTUDOS DE CASO CONTROLE -
ANÁLISE
EXEMPLO ABAIXO.
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Na pesquisa apresentada no exemplo a pergunta a ser respondida é: “há
associação entre vitamina K intramuscular e o risco de leucemia
infantil?” O estudo mostrou que 69/107 casos e 63/107 controles haviam
recebido vitamina K intramuscular. Abaixo tabela de contingência apresentado
os dados.
Variável preditora
(História de medicação)
Variável de desfecho
Leucemia infantil controle
Vit. K IM 69 (a) 63 (b)
Sem vit. K IM 38 (c) 44 (d)
Total 107 107
Risco relativo ≈ razão de chance = ad/bc = (69 x 44) / (63 x 38) = 1,27
TIPOS DE DELINEAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS
OBSERVACIONAIS: VANTAGENS
TIPOS DE
ESTUDO
TIPO CASO-
CONTROLE
COORTES (EXPOSTOS E
NÃO EXPOSTOS)
VANTAGENS  simples;
 relativamente
fáceis;
 mais baratos;
 geram novas
hipóteses de
trabalho;
 utilizado com
freqüência.
 informam a incidência;
 permitem calcular RR;
 indivíduos são
observados com critérios
diagnósticos uniformes;
 permitem calcular o RA;
 conhecem-se com
precisão as populações
expostas e não-expostas;
 mais fáceis de evitar
vieses;
 permitem descobrir
outras associações.
TIPOS DE DELINEAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS
OBSERVACIONAIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS
TIPOS DE
ESTUDO
TIPO CASO-CONTROLE COORTE (EXPOSTOS
E NÃO-XPOSTOS)
DESVAN-
TAGENS
 a determinação do RR é aproximada;
 não se pode determinar a incidência;
 não se pode calcular RA;
 pouco úteis quando a freqüência de
exposição ao agente causal estudado
é muito baixa ou este é pouco
identificável;
 a representatividade é relativa,
segundo a enfermidade, limitando a
inferência dos resultados;
 dificuldades para identificar os
grupos controles;
 risco de vieses ou distorções por
parte do investigador ao questionar
retrospectivamente: erro do
observador;
 baseiam-se na memória do caso e do
controle, sendo maior a desvantagem
nos processos crônicos (erro de
recordação).
 resultado a longo prazo;
 desenvolvimento complexo;
 alto custo;
 só servem para
enfermidades relativamente
freqüentes,
 não servem para investigar
doenças de baixa
freqüência;
 risco de viés ou distorção
premeditada do observador;
 eventuais mudanças na
equipe de investigadores;
 perda ou deserção dos
membros das coortes.

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