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resumo da obra a nova estrututa de classes.docx

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Anthony Giddens 
Anthony Giddens um sociólogo britânico, renomado pela sua teoria da estruturação, considerado como um filósofo social inglês contemporâneo, teórico pioneiro da Terceira Via e reconhecido por sua visão holística das sociedades modernas, desenvolveu um estudo sobre a classe média que resultou em sua obra “A estrutura de classes das sociedades avançadas” (1975). O estudo foi desenvolvido mediante um grande referencial teórico sobre a teoria de estruturação de classes, fundamentada na tradição européia.
No decorrer de sua obra realiza críticas aos autores Dahrendorf, Aron e Ossowski que são críticos de Marx , assim como lança críticas à teoria de classe de Max. As críticas lançadas são para a reconstrução de uma teoria sobre a estrutura de classes, pois do ponto de vista do autor, as que existiam já não eram eficientes para explicar a transformação que ocorrida no cenário das sociedades, proporcionado pelo avanço da indústria e da tecnologia. 
Giddens reforça que é de grande importância se criar um novo quadro de referencial teórico para a sociologia, pois reconhece que não tem como abandonar conceitos clássicos sobre a teoria social, porque é a partir deles que existe uma base para refletir sobre as novas condições sociais e assim elaborar um novo pensamento. 
Ao desenvolver seu estudo sobre a classe média, mostra como esta classe se estabilizou nas sociedades modernas a partir de uma nova estruturação econômica, assim como as dificuldades da estabilidade de um pensamento de unidade que proporcionaria uma luta por melhorias para todos. 
O autor deixa claro que abandona o conceito de classes de Marx por achar que este não se aplica para que se possa compreender a classe média, se detendo ao significado de classe dado por Weber, que consiste em um aglomerado de situações de classe que envolve chances comuns de mobilidade de carreira. Onde se busca compreender a partir dos interesses comum como essas classes estão organizadas. 
A classe média é demarcada pelos grupamentos dos indivíduos que não possuem propriedades vendáveis, mas que dispõem de qualificação educacional para venda no mercado de trabalho. O crescimento da classe média apontado pelo autor, dar-se a partir da expansão de ocupações administrativas em consequência da divisão de trabalho e das especializações, para assumir as novas ocupações, a partir disso houve um aumento de pessoas com acesso às universidades. 
O autor aponta que a partir das qualificações educacionais surgem as possibilidades de mercado que são determinadas pelo interesse em meio aos vários tipos de possibilidades de mercado. Essas possibilidades de mercado influenciam diretamente na estrutura de classes que passa a ser identificada a partir de interesses comum de mercado. 
São citados três tipos de possibilidade de mercado: “a posse de propriedade dos meios de produção, a posse de qualificações técnicas e educacionais e a posse da força manual de trabalho” (p. 128, 1975). Através dessas possibilidades são identificadas as classes que compõem a sociedade que são a classe alta, a média e a baixa, havendo entre elas possibilidades de mobilidade de acordo com as especializações que são estimuladas pelo interesse de ocupação de cada indivíduo. 
Nessas classes são criados padrões de fechamento que, de acordo com o autor são determinados pelas divisões de trabalho, ou seja, os indivíduos se relacionam a partir de fatores que têm em comum através dos meios de consumo e bens econômicos. Embora exista fechamento, o autor aponta que isso não impede que as classes se relacionem, pois através da mobilidade de mercado as relações começam a surgir. 
A estruturação de classe colocada pelo autor não se restringe aos aspectos econômicos e políticos, mas também a consciência de pertença a classe que não ocorre de forma unânime, o que prova uma instabilidade de classe e interesses de melhorias que não são comuns. 
Diante de toda mudança ocorrida na sociedade moderna o uso da intelligentsia passa a ser o fator determinante dos trabalhadores da classe média que não eram detentores de nenhuma propriedade e que os separava da classe dominante proprietária. 
REFERÊNCIAS 
GIDDENS, Anthony. A Estrutura de Classes das Sociedades Avançadas. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1975. 368p.

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