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PRÁTICA EMPRESARIAL 
 
 PROFESSOR PAULO PEDRO 
 PROFESSOR WANNER FRANCO 
 
 
2 
 
 
Direito Empresarial – Parte I – Teoria Geral ............................................................................................................. 03 
Direito Empresarial – Parte II – Direito Societário ................................................................................................... 05 
Direito Empresarial – Parte III – Títulos de Crédito .................................................................................................. 10 
Direito Empresarial – Parte IV – Falência e Recuperação Judicial de Empresas ...................................................... 13 
Direito Empresarial – Parte V – Propriedade Industrial ........................................................................................... 19 
Algumas dicas para elaboração do texto .................................................................................................................. 22 
Petição Inicial – Processo de Conhecimento ............................................................................................................ 23 
Roteiro da Petição Inicial .......................................................................................................................................... 24 
Endereçamento ........................................................................................................................................................ 25 
Qualificação das partes ............................................................................................................................................ 26 
Dos fatos e fundamentos jurídicos ........................................................................................................................... 27 
Dos pedidos .............................................................................................................................................................. 28 
Do valor da Causa ..................................................................................................................................................... 30 
Problemas para resolver em sala de aula ................................................................................................................. 32 
Cumprimento de sentença e execução .................................................................................................................... 36 
Petição Inicial – Processo Cautelar ........................................................................................................................... 38 
Problemas para resolver em sala de aula ................................................................................................................. 42 
Respostas do Réu ...................................................................................................................................................... 43 
Roteiro da Contestação ............................................................................................................................................ 44 
Problemas para resolver em sala ............................................................................................................................. 46 
Roteiro da Impugnação ao Cumprimento de Sentença ............................................................................................ 47 
Problemas para resolver em sala de aula ................................................................................................................. 48 
Roteiro dos Embargos do Devedor ........................................................................................................................... 49 
Recursos ................................................................................................................................................................... 50 
Bibliografia ................................................................................................................................................................ 61 
Exercícios para entrega e correção ........................................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
3 
 
Empresário 
 
Empresário. Definição no art. 966 do Código Civil. 
Empresa compreende a atividade exercida por um empresário. 
O empresário está dividido em três categorias: 
Empresário individual – pessoa física que explora atividade empresarial, não tendo personalidade jurídica e 
respondendo de forma ilimitada pelas obrigações contraídas. 
Sociedade empresária – pessoa jurídica que explora atividade empresarial, se utilizando do previsto no art. 966 do 
Código Civil. 
EIRELI – Empresário Individual com Responsabilidade Limitada, pessoa física que explora atividade empresarial, 
tendo personalidade jurídica e responsabilidade limitada ao valor do seu capital. (Art. 980-A do CC) 
 
Capacidade Empresarial 
Para o exercício da atividade será necessário ter o empresário capacidade civil e não estar impedido por lei. (Art. 972 
CC) 
 
Obrigações do Empresário 
a) realizar a inscrição de seu ato constitutivo no órgão competente (Art. 967 CC) (Junta Comercial do Estado); 
b) manter a escrituração de balanço patrimonial e de resultados (art. 1.179 CC); 
c) escriturar os seus livros empresariais (art. 1.179 CC). 
 
Registro de Empresas 
Encontra-se a cargo das Juntas Comerciais, sendo que existe uma em cada unidade da Federação, sendo que estas 
estão vinculadas na matéria empresarial ao Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC). 
 As Juntas Comerciais possuem o seu regimento e atividades disciplinadas na Lei 8.934/94 (Lei de Registro de 
Empresas) 
Serão atividades das Juntas Comerciais: 
a) matrícula dos membros auxiliares do comércio; 
b) arquivamento de quaisquer atos de constituição, alteração, dissolução ou extinção de empresários e sociedades 
empresárias; 
c) autenticação dos livros empresariais. 
 
Estabelecimento Empresarial 
Na forma do art. 1142 do C.C., compreende o complexo de bens corpóreos e incorpóreos que o empresário organiza 
para o exercício de suas atividades. 
O estabelecimento empresarial poderá ser objeto de alienação, que ocorrerá através do contrato de trespasse 
(venda do estabelecimento empresarial – arts. 1.144 a 1.146 do C.C.). 
 
Ação Renovatória de Locação 
O ponto empresarial recebe proteção legislativa através da ação renovatória de locação. 
Para a propositura da ação renovatória deverão ser preenchidos os seguintes requisitos: 
a) contrato escrito e por tempo determinado; 
b) contrato ou a somatória de vários contratos ininterruptos alcancem o prazo de no mínimo 5 anos; 
c) o locatário esteja explorando a mesma atividade empresarial a pelo menos três anos; 
d) a demanda seja proposta no interregno entre 1 (um) ano e 6 (seis) meses antes do vencimento do contrato. 
 
 
PARTE I – TEORIA GERAL 
 
 
4 
 
Modelo de Ação Renovatória. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... DE – ESTADO DE ... 
[Espaço de dez linhas] 
 
AUTOR [quando pessoa jurídica que será identificada pelo nome 
empresarial], [pessoa jurídica de direito privado], inscrita no CNPJ sob o n.º..., com sede [endereço], por seu 
advogado, que receberá informações no [endereço], vem, respeitosamente, à Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO em face da RÉ [nome empresarial], inscrita no CNPJ sob o n.º..., com sede 
[endereço], pelos motivos de fato e de direto que a seguir expõe: 
[Espaço] 
I – DOS FATOS 
 [Narrar os fatos como descritos no problema, que demonstrama existência dos requisitos legais para a medida 
(artigo 51, LL)] 
[Espaço] 
II – DO DIREITO 
[Espaço] 
[Apresentar a fundamentação jurídica, se utilizando dos artigos 51 e 71 da Lei de Locação] 
[Espaço] 
III – DO PEDIDO 
[Espaço] 
De todo o exposto, requer-se: 
a) a citação do réu por carta, para responder aos termos da presente, 
sob pena de sofrer os efeitos da revelia; 
b) a procedência do pedido declarando a renovação compulsória da 
locação pelo tempo e nas condições do último contrato celebrado, com o Reajuste do valor da locação pelos índices 
monetários estabelecidos no contrato; 
c) a condenação do Réu nos ônus da sucumbência e honorários de 
advocatícios. 
[Espaço] 
IV – DAS PROVAS 
[Espaço] 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, consistentes nos documentos juntados, oitiva do réu em depoimento pessoal, oitiva de testemunhas, 
perícias e todas as que se fizerem necessárias ao longo da presente demanda. 
[Espaço] 
V – DO VALOR DA CAUSA 
[Espaço] 
Dá-se à causa o valor de [12 vezes o valor da locação] 
[Espaço] 
Termos em que, 
pede deferimento. 
[Espaço] 
 Local e data 
[Espaço] 
Advogado... 
OAB 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Direito Societário 
A sociedade compreende a união de pessoas (físicas ou jurídicas), que se obrigam a contribuir para a formação do 
capital social, com exercício de atividade econômica e a partilha de resultados. (Art. 981 CC) 
 
Sociedades Não Personificadas 
 
Sociedade em Comum 
Sociedade de fato, irregular, que não detém inscrição no órgão competente. 
As dívidas constituem patrimônio especial de responsabilidade de ambos os sócios. 
Os sócios possuem responsabilidade ilimitada e solidária, porém o administrador desta sociedade terá 
responsabilidade direta, enquanto aquele que figura apenas como investidor possui responsabilidade subsidiária. 
 
Sociedade em conta de participação 
Sociedade que tem característica de contrato de parceria, onde teremos a presença de duas categorias de sócios, o 
ostensivo e o participante. 
O sócio ostensivo irá exercer a atividade em nome próprio e sob a sua responsabilidade. (art. 991, CC) 
Já o sócio participante, também conhecido como sócio oculto, terá seus direitos e obrigações descritos no contrato 
social existente entre as partes. 
Sociedade sem personalidade jurídica, mesmo que seu contrato seja registrado no órgão competente. (art. 993, CC) 
 
Sociedades Personificadas 
 
Sociedade Simples 
Explora atividade que a lei não considera como atividade empresarial, são as atividades previstas no parágrafo único 
do art. 966. 
O seu registro será diante do Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (art. 998 CC), sendo facultada a adoção 
do tipo societário. 
A administração na sociedade simples compete auma ou mais pessoas físicas, sócias ou não, nomeadas em contrato 
social ou em ato separado. 
 
Sociedade Empresária 
Trata-se da pessoa jurídica que explora empresa, o seu registro será diante da Junta Comercial do Estado, devendo a 
sociedade adotar tipo societário. 
 
Sociedade em nome coletivo(arts. 1.039 a 1.044, CC/2002) 
Sociedade onde todos os sócios possuem responsabilidade 
No que se refere à responsabilidade, temos que os sócios responderão de forma subsidiária (art. 1.024, CC/2002), 
visto tratar-se de sociedade personificada. No entanto, tais sócios responderão também de forma ilimitada e 
solidária pelas obrigações sociais assumidas (art. 1.039, CC/2002). 
 
Sociedade em comandita simples (arts. 1.045 a 1.051 CC) 
Nesta sociedade, os sócios estarão divididos em duas categorias: 
a) sócio comanditado, que tem responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais; 
b) sócio comanditário, que terá responsabilidade limitada ao valor das cotas sociais. 
 
PARTE II – DIREITO SOCIETÁRIO 
 
 
6 
 
Sociedade em comandita por ações(arts. 1.090 a 1.092, CC/2002, arts. 280 a 284, Lei 6.404/76). 
Nesta sociedade, os acionistas estarão divididos em duas categorias: 
a) acionista diretor, que tem responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais; 
b) acionista comum, que terá responsabilidade limitada e não solidária em relação ao valor das ações. 
 
18. Sociedade limitada (arts. 1.052 a 1.087, CC/2002). 
Será identificada pelo uso da expressão limitada ou LTDA ao final do nome empresarial. 
Na omissão dos artigos acima mencionados haverá a aplicação das regras de uma sociedade simples (art. 1.053 CC), 
no entanto, poderá o contrato prever aplicação de Lei de Sociedade por Ações (art. 1.053 p.u.) 
 O seu capital social será dividido em cotas, que terão valores iguais ou desiguais. (art. 1055 CC) 
Nesta sociedade os sócios terão responsabilidade subsidiária, limitada ao valor de sua contribuição para a formação 
do capital social, e não solidária, desde que esteja o capital social totalmente integralizado. (art. 1.052 CC) 
Na sociedade limitada, a administração será exercida por uma ou mais pessoas físicas que deverão ser designadas 
no contrato social ou em ato em apartado, podendo tais administradores ser sócios ou não. (art. 1.060 CC) 
 
Responsabilidade do administrador perante terceiros 
O administrador detém responsabilidade pessoal diante de terceiros solidariamente com a sociedade, quando 
praticar atos em nome da sociedade antes de sua nomeação (artigo 1.012 Código Civil), que também ocorre quando 
este praticar ato de gestão após a dissolução da sociedade (artigo 1.036 Código Civil). 
 
Responsabilidade do administrador perante a sociedade e seus sócios 
Ocorrerá nas seguintes hipóteses: 
a) pelas perdas e danos sofridos pela sociedade, quando aquele praticar atos em desacordo com a vontade da 
maioria (artigo 1.013, § 2.º, do Código Civil); 
b) por culpa no desempenho de suas funções (artigo 1.016 do Código Civil); 
c) quando empregar créditos da sociedade em proveito próprio ou de terceiros, causando prejuízos aos sócios 
(artigo 1.017 do Código Civil); 
d) pela distribuição de lucros fictícios. (artigo 1.009 do Código Civil). 
Na sociedade limitada com aplicação supletiva das normas de sociedades por ações, a responsabilidade será pessoal 
nas seguintes hipóteses: 
a) exercício de atividade com dolo ou culpa (artigo 158, I, da Lei das Sociedades por Ações); 
b) violação da legislação ou do estatuto da companhia (artigo 158, II, da Lei das Sociedades por Ações); 
c) conivência com atos irregulares praticados por outros administradores, ou negligencia em descobri-los (artigo 158, 
§ 1.º, da Lei das Sociedades por Ações); 
d) não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia (artigo 
158, § 2.º, da Lei das Sociedades por Ações). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Modelo de Ação de Responsabilidade Civil. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA... DA COMARCA DE... DO ESTADO DE... 
 
[Espaço de dez linhas] 
 
AUTOR (qualificação), , por seu advogado que esta subscreve 
(instrumento anexo), vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS 
pelo procedimento ordinário, em face de RÉU [nome e qualificação, pelos motivos de fato e de direto que a seguir 
expõe. 
I – DOS FATOS 
 [Narrar os fatos como descritos no problema] 
II – DO DIREITO 
 [Apresentar a fundamentação jurídica] 
III – DO PEDIDO 
De todo o exposto, requer-se: 
a) a citação do réu por meio de oficial de justiça, requerendo desde 
já os benefícios do artigo 172, § 2.º, do Código de Processo Civil, para responder aos termos da presente, sob pena 
de sofrer os efeitos da revelia; 
b) a procedência da presente demanda, declarando o administrador 
responsável pelos prejuízos causados; 
c) a condenação do réu ao ressarcimento dos prejuízos sofridos pela 
requerente, devendo ser acrescidos ao valor juros e correção monetária; 
d) a condenaçãodo Réu ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios; 
e) que as intimações sejam enviadas ao patrono que esta subscreve, 
com endereço na... (artigo 39, I, do Código Processo Civil). 
IV – DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, consistentes nos documentos juntados, oitiva do réu em depoimento pessoal, oitiva de testemunhas, 
perícias e todas as que se fizerem necessárias ao longo da presente demanda. 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de... 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Sociedade por ações. 
Trata-se de sociedade de capital, empresária regulamentada pela Lei 6.404/76. 
Esta sociedade terá seu capital dividido em ações, sendo a responsabilidade dos acionistas limitada ao preço de 
emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
a) sociedade anônima de capital aberto: detém autorização conferida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
para a negociação de seus títulos em mercados de capitais; 
b) sociedade anônima de capital fechado: é aquela que não detém a citada autorização, não negociando títulos nos 
mercados abertos. 
 
A companhia será responsável pela emissão de valores mobiliários, que são títulos que a companhia emite como 
forma de captação de recursos, representando para o adquirente um investimento. 
 
Ações Ordinárias 
Atribuem aos seus adquirentes direitos comuns atribuídos a todos os acionistas desta categoria. 
 
Ações Preferenciais 
Atribuem vantagens (art.17 LSA) e/ou restrições (art. 111 LSA) 
 
Ações de Fruição 
Poderão ser ordinárias ou preferenciais, no entanto, contém amortização efetuada pela companhia. 
 
Debêntures (arts. 52 a 74, LSA). 
São valores mobiliários que conferem ao seu titular um direito de crédito contra a companhia emissora. 
 
Partes beneficiárias (arts. 46 a 51, LSA). 
São títulos que representam a aquisição de direito de crédito eventual contra a companhia emissora, consistente na 
participação de até 10% dos lucros da companhia. 
 
Bônus de subscrição (arts. 75 a 79, LSA). 
São títulos que conferem ao seu titular direito de preferência na subscrição de novas ações a serem emitidas pela 
sociedade. 
 
Commercialpapers. 
São valores mobiliários previstos na Instrução Normativa 134/90, da CVM, contém a estrutura de uma nota 
promissória, representando direito de crédito contra a companhia emissora. 
 
 
Acionista controlador (art. 116, LSA). 
Será a pessoa física ou jurídica – ou um grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto – que for titular de ações 
que correspondam a mais da metade do capital votante da companhia. 
 
Acordo de acionistas (art. 118, LSA). 
Os acionistas poderão livremente efetuar acordos entre eles, referentes ao poder de controle da sociedade, bem 
como sobre o direito de voto nas assembleias e a alienação de ações e preferências para a sua aquisição. 
 
Órgãos societários. 
Dentro das companhias serão divididos em quatro espécies: assembleia geral, conselho de administração, diretoria e 
conselho fiscal. 
 
Assembleia geral ordinária (art. 132, LSA). 
Possui competência para a apreciação das seguintes matérias: 
 
 
9 
 
a) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; 
b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; 
c) eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso; 
d) aprovar a expressão da correção monetária do capital social. 
 
Assembleia geral extraordinária. 
Possui competência para a deliberação de todo e qualquer assunto, exceto os de competência privativa da 
assembleia geral ordinária. 
 
Conselho de administração (art. 140, LSA). 
Consiste em órgão deliberativo, composto por no mínimo três membros, acionistas, residentes no país e eleitos para 
mandato de até três anos, cabendo reeleição. 
Dentre suas atribuições estão as de fixar as orientações do negócio da companhia, eleger e destituir diretores, 
dentre outras atribuições descritas na legislação (art. 142, LSA). 
 
Diretoria da sociedade anônima. 
Órgão executivo, formado por no mínimo dois membros, acionistas ou não, residentes no país e eleitos pelo 
conselho de administração, caso exista, ou pela assembleia geral para mandato de até três anos, cabendo reeleição. 
A diretoria tem como funções primordiais representar a sociedade e praticar todos os atos de gestão necessários ao 
seu bom andamento (art. 143, LSA). 
 
Deveres dos diretores. 
a) diligência: (art. 153, LSA); 
b) finalidade do cumprimento de suas obrigações: (art. 154, LSA); 
c) lealdade: (art. 155, LSA). 
 
Conselho fiscal da sociedade anônima. 
Tem a função de auxiliar os acionistas e a assembleia geral na fiscalização dos administradores da companhia (art. 
163, LSA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Títulos de Crédito 
Documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele contido. 
Princípios. 
a) cartularidade: necessidade de cártula e de documento; 
b) literalidade: só terá efeito o que estiver descrito no próprio título; 
c) autonomia das obrigações cambiárias: por este os títulos de crédito estão, em regra, desvinculados da relação 
jurídica que os gerou. 
 
Classificação. 
a) quanto ao seu modelo; 
b) quanto à sua estrutura; 
c) quanto à sua circulação. 
 
Modelo. 
a) demodelo livre: letra de câmbio e nota promissória; 
b) demodelo vinculado: duplicata e cheque. 
 
Estrutura. 
a) promessa de pagamento: nota promissória; 
b) ordem de pagamento: cheque, duplicata e letra de câmbio. 
 
Emissão. 
a) títulos de crédito causais: duplicata; 
b) títulos de crédito não causais: cheque, letra de câmbio e nota promissória. 
 
Circulação. 
a) títulos de crédito ao portador: são aqueles que não ostentam o nome de seu credor e, por isso, irão transferir-se 
mediante simples tradição. (Ex. cheque até a quantia de R$ 100,00 (cem reais); 
b) os títulos de crédito nominativos: são aqueles em que há a existência do beneficiário da ordem. 
 
Atos cambiários. 
Temos como principais atos cambiários o saque, o aceite, o endosso, o aval e o protesto. 
 
Saque. 
Constitui saque o ato de emissão do título de crédito. 
 
Aceite. 
O aceite consiste em um ato cambiário inerente às ordens de pagamento. 
O ato cambiário do aceite deverá ser lançado no anverso, ou seja, na face do título, vinculado o sacado ao 
pagamento do título como devedor principal (art. 21, Dec. 57.663/66). 
 
Endosso. 
Constitui-se o endosso ato cambiário pelo qual o credor, neste ato chamado de endossante, transfere a um terceiro, 
denominado endossatário, um título de crédito nominativo a ordem. (art. 11, Dec. 57.663/66) 
 
 
 
 
PARTE III – TÍTULOS DE CRÉDITO 
 
 
11 
 
Aval. 
Constitui-se o aval determinado ato cambiário pelo qual um sujeito, denominado avalista, garante o pagamento do 
título, ou seja, caso o devedor, que neste ato é chamado de avalizado, não pague, o avalista estará garantindo o 
pagamento de tal obrigação. 
 
Protesto. 
O protesto de títulos consiste no ato formal e solene pelo qual se provam a inadimplência e o descumprimento de 
determinada obrigação cambiária (art. 1.º, Lei 9.492/97). 
Letra de câmbio.(Dec. 57.663/66 e Dec. 2.044/1908) 
Consiste em uma ordem de pagamento, dada pelo emissor do título, também chamado de sacador, endereçada a 
um terceiro, que também poderá ser chamado de sacado, determinando que este efetue o pagamento de tal 
quantia ao beneficiário tomador indicado no título de crédito (art. 1.º, Dec. 2.044/1908). 
Nota promissória. (Dec. 57.663/66 e Dec. 2.044/1908) 
Promessa de pagamento efetuada pelo devedor também chamado de emissor ou subscritor, de realizar o 
pagamento daquela quantia na data estipulada na cártula, ao seubeneficiário, ou tomador (credor). 
Duplicata. (L.5.474/68) 
Configura-se em uma ordem de pagamento dada pelo sacador (emissor) do título, em face de seu sacado, 
proveniente de uma compra e venda mercantil ou de uma prestação de serviços (Lei 5.474/68). 
Cheque. (L. 7.357/85) 
Será uma ordem de pagamento a vista, dada pelo emissor do título mediante provisão de fundos que possui com a 
instituição financeira, para o pagamento da quantia descrita na cártula em ser favor ou de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Modelo Ação de Execução. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CIVEL DA COMARCA DE ... ESTADO DE... 
[Espaço de dez linhas] 
AUTOR [qualificação], por seu procurador e advogado que esta 
subscreve (Documento anexo) vem perante Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA 
CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE fundada nos artigos 646 e seguintes e artigos 585 e seguintes do Código de 
Processo Civil em face de Réu [qualificação], pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
I – DOS FATOS 
 [Narrar a situação jurídica apresentada pelo examinador] 
II – DO DIREITO 
[Demonstrar a existência de título executivo extrajudicial citando o artigo 585 do CPC, além do artigo 646 também 
do Código de Processo Civil]. 
III – DO PEDIDO 
Diante de todo o exposto requer: 
a) a citação do executado, por meio de oficial de justiça, 
requerendo desde já os benefícios do artigo 172 § 2.º do Código de Processo Civil, para que o devedor no prazo de 3 
dias efetue o pagamento da quantia de R$ ..., conforme planilha de débito anexa, sob pena de que seja expedido 
mandando de penhora e avaliação de tantos bens quanto bastem para a solvência do crédito; 
b) a condenação do executado ao pagamento de custas e 
honorários advocatícios devendo os últimos serem fixados pelo juiz ao despachar a medida inicial conforme artigo 
652-A do Código de Processo Civil; 
c) que as intimações sejam enviadas ao patrono que assina a 
peça inicial, cumprindo do dispositivo do artigo 39, I, do Código de Processo Civil. 
Dá-se a causa o valor de R$ ... 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Falência e Recuperação de Empresas. 
 
Os meios de recuperação – judicial, extrajudicial e especial (para ME e EPP) – são procedimentos que têm por objetivo 
auxiliar o empresário na superação de uma crise econômica e financeira. 
 
Já a falência tem por objetivo afastar o empresário devedor de seu patrimônio, nomeando administrador judicial, 
responsável pela utilização do patrimônio para satisfação dos credores. 
 
Qualidade do devedor(art. 1.º, Lei 11.101/2005). 
Empresário e Sociedade Empresária. 
 
Excluídos da falência e da recuperação (art. 2.º, Lei 11.101/2005). 
a) empresas públicas e sociedades de economia mista; 
b) instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência 
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de 
capitalização. 
 
Administrador judicial (art. 21 e seg., Lei 11.101/2005). 
Será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou 
mesmo pessoa jurídica especializada nessa matéria, com a incumbência de auxiliar o juiz na administração da massa 
dos bens do empresário devedor na recuperação judicial e da massa falida em caso de falência. 
 
Requisitos da recuperação judicial (art. 48, LFR). 
a) exercer atividade a mais de dois anos; 
b) não ser falido, ou se o foi, que suas obrigações já estejam extintas; 
c) não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão da recuperação judicial; 
d) não ter, há menos de oito anos, obtido a concessão da recuperação especial, para micro e pequenas empresas; 
e) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime 
falimentar. 
f) realizar pedido em conformidade com o previsto no art. 51 da LFR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE IV – FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO 
 
 
14 
 
 
Modelo Pedido de Recuperação Judicial 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA DA FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS DA 
COMARCA DE __ ESTADO DE __ 
(NÃO EXISTINDO VARA DA FALÊNCIA – DISTRIBUIÇÃO NA VARA CÍVEL) 
[Pular 10 linhas] 
 
AUTOR, (qualificação), por seu procurador e advogado que esta 
subscreve (Doc.anexo) vem perante Vossa Excelência, fundamentada nos artigos 47 e seguintes da Lei 11.101/2005, 
PROPOR RECUPERAÇÃO JUDICIAL, pelas razões a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
[Narrar a situação jurídica apresentada pelo examinador] 
II – DO DIREITO 
[Com base no problema expor a necessidade da medida] 
[Demonstrar que os requisitos do artigo 48 estão preenchidos] 
[Tratar com base no que o problema trouxer, dos motivos que ensejaram a crise econômico-financeira] 
III - DO PEDIDO 
a) O julgamento procedente do pedido deferindo o processamento 
da recuperação judicial, homologando o plano de recuperação que será apresentado; 
b) Requer a juntada aos autos dos seguintes documentos: 
(todos aqueles previstos no artigo 51 da LFR) 
- Demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para 
instruir o pedido, consistentes em: 
- balanço patrimonial, demonstração de resultados acumulados, demonstração do resultado desde o último 
exercício social, relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
- Relatório de todos os credores; 
- Relatório de todos os empregados; 
- Certidão de regularidade extraída da Junta Comercial do Estado; 
- Relatório dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores; 
- Extratos atualizados de contas bancárias e aplicações financeiras; 
- Certidões dos cartórios de protesto de títulos; 
- Relatório de todas as ações judiciais em andamento; 
- Livros mercantis obrigatórios (Art.51, § 1o LFR); 
c) Que as intimações sejam enviadas para o endereço profissional 
deste patrono na Rua ______, conforme regramento do art. 39, I, do CPC 
 IV – DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, consistentes nos documentos juntados, oitiva dos réus em depoimentos pessoais, oitiva de testemunhas, 
perícias e todas as que se fizerem necessárias ao longo da presente demanda. 
Dá-se a causa o valor de R$ ... 
 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Falência (art. 75, Lei 11.101/2005). 
Configura-se em procedimento judicial caracterizado por uma execução coletiva, que tem por objetivo promover o 
afastamento do empresário devedor da administração de seu patrimônio, nomeando administrador judicial que será 
o responsável pela arrecadação, guarda e alienação deste patrimônio. 
 
Insolvência jurídica (art. 94, Lei 11.101/2005). 
São hipóteses que ensejam pedido de falência: 
a) Impontualidade injustificada (art. 94, I, LFR); 
b) Execução frustrada (art. 94, II, LFR); 
c) Atos de Falência (art. 94, III, “a” até “g”, LFR) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Pedido de falência. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DA FALÊNCIA E RECUPERAÇAO DE EMPRESAS DA 
COMARCA DE... DO ESTADO DE... 
[Espaço de dez linhas] 
Autor, (qualificação). por seu advogado, que esta subscreve 
(documento anexo), vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, propor o presente PEDIDO DE FALÊNCIA, com base 
no artigo 94 da Lei 11.101/2005, em face de Réu (qualificação) pelas razões de fato a seguir expostas: 
I – DOS FATOS 
[Narrar os fatos como descritosno problema, que evidenciam a existência de necessidade do pedido de falência] 
II – DO DIREITO 
 [Apresentar a fundamentação jurídica, se utilizando do artigo 94 da LFR] 
III – DO PEDIDO 
De todo o exposto, requer-se: 
a) o julgamento procedente do pedido determinando a citação do 
devedor para querendo apresentar a sua contestação no prazo de 10 dias, ou efetuar o depósito elisivo consistente 
no valor do título acrescido de juros, correção monetária e valor da sucumbência fixada por esse juízo, sob pena de 
decretação da sua falência; 
b) a condenação do réu ao pagamento de custas processuais; 
c) que as intimações sejam enviadas ao patrono que esta subscreve, 
com endereço na... (artigo 39, I, do Código de Processo Civil). 
IV – DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, consistentes nos documentos juntados, oitiva do réu em depoimento, oitiva de testemunhas, perícias e 
todas as que se fizerem necessárias ao longo da presente demanda. 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de... (valor do título). 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Resposta do réu(art. 98, LFR). 
Após citação do devedor, este poderá apresentar contestação no prazo de dez dias, cabendo depósito elisivo nos 
pedidos com base no art. 94, incisos I e II. 
 
Sentença de falência. 
Sentença declaratória e constitutiva, pois declara a falência e dá inicio a fase falimentar do processo. 
 
Recursos. (Art. 100 da LFR) 
Da sentença declaratória de falência caberá o recurso de agravo por instrumento no prazo de dez dias. 
Já da decisão que denegar o pedido de falência, caberá o recurso de apelação (art. 100, Lei 11.101/2005). 
 
 
Verificação e habilitação dos créditos (art. 7.º e seg., LFR). 
A sua análise cabe ao administrador judicial, com base nos livros contábeis e nos documentos mercantis, além 
daqueles que lhe forem habilitados pelos credores a formulação do “quadro geral de credores”. 
 
Nestes termos, tanto na modalidade falimentar quanto na recuperação, os créditos serão publicados em edital, 
tendo os credores o prazo de 15 (quinze) dias ou para apresentar ao administrador judicial as habilitações ou 
apresentar as suas divergências (art. 7.º, § 1.º, Lei 11.101/2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Modelo de habilitação de créditos. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ [VARA DA FALÊNCIA, ou VARA EMPRESARIAL ou VARA 
CÍVEL] DA COMARCA DE ... – ESTADO DE ... 
[Espaço de dez linhas] 
Distribuição por dependência ao processo n. ____ 
AUTOR (qualificação), por seu advogado que esta subscreve (Doc. 
anexo), vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, propor a presente HABILITAÇÃO DE CRÉDITO em face da Massa 
falida de (nome da falida), (qualificação), pelos motivos de fato e de direto que a seguir expõe: 
I – DOS FATOS 
[Descrever os fatos constantes do problema] 
II – DO DIREITO 
 [Apresentar a fundamentação jurídica] 
III – DO PEDIDO 
De todo o exposto, requer-se: 
a) que seja deferida a habilitação de crédito, incluindo o mesmo no 
quadro geral de credores na categoria dos créditos ...; 
b) que as intimações sejam enviadas a este patrono no endereço ... 
[artigo 39, I, do Código de Processo Civil]. 
IV – DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, consistentes nos documentos juntados, oitiva do réu em depoimento pessoal e de testemunhas, perícias 
e todas as que se fizerem necessárias ao longo da presente demanda. 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$____ 
(Valor do crédito a ser habilitado). 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Propriedade industrial (L.9.279/96). 
Os bens imateriais passíveis de exploração econômica por parte do empresário ou da sociedade empresária – 
deverão ser protegidos pelo direito industrial. 
 
São bens da propriedade industrial: a invenção e o modelo de utilidade (protegidos por carta patente), o desenho 
industrial e a marca (protegidos por certificado de registro). 
 
Invenção. (art. 8º, LPI). Será algo novo, decorrente do intelecto humano, passível de aplicação industrial. 
 
Modelo de utilidade (art. 9.º, LPI).Configura-se em um aprimoramento da invenção. 
 
Concessão da carta patente de invenção e de modelo de utilidade. 
Será necessário o preenchimento dos seguintes requisitos: 
a) novidade(art. 11, LPI); 
b) atividade inventiva(art. 13, LPI); 
c) aplicação industrial(art. 15, LPI); 
d) desimpedimento(art. 18, LPI). 
 
Vigência (art. 40, e 40 p.u., LPI). 
Invenção: 20 anos contados a partir do depósito, não podendo o prazo ser inferior a 10 anos, contados da 
concessão. 
Modelo de utilidade: 15 anos contados a partir do depósito, não podendo o prazo ser inferior a 7 anos contados da 
concessão. 
 
Extinção (art. 78, LPI). 
a) expiração do prazo de vigência; 
b) renúncia de seu titular; 
c) caducidade; 
d) falta de pagamento da retribuição anual (art. 84, § 2.º, e art. 87, LPI); 
e) não manutenção de procurador domiciliado no país quando o titular de uma patente residir no exterior (art. 217, 
LPI). 
 
Desenho industrial (art. 95, LPI). 
Será uma nova estética, um novo design, concedido a um determinado objeto já existente. 
 
Requisitos para o certificado de registro. 
a) novidade(art. 96, LPI); 
b) originalidade (art. 97, LPI); 
c)desimpedimento (art. 100, LPI). 
 
Vigência. 
10 anos, contados da data do depósito, podendo ser prorrogado por até 3 períodos sucessivos de 5 anos cada. 
 
Extinção (art. 119, LPI). 
a) expiração do prazo de vigência; 
PARTE V – PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
 
 
20 
 
b) renúncia de seu titular; 
c) falta de pagamento da retribuição anual; 
d) não manutenção de procurador domiciliado no país quando o titular de uma patente residir no exterior (art. 217, 
LPI). 
 
Marca (art. 123, I, LPI). 
A marca compreende um sinal distintivo, que identifica um produto ou serviço. 
 
Requisitos para o certificado de registro. 
a) novidade relativa; 
b) não colidência com marca notória; 
c) não impedimento (art. 124 LPI). 
 
Vigência (art. 133, LPI). 
10 anos, contados a partir de sua concessão, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos de 10 anos. 
 
Extinção (art. 142, LPI). 
a)expiração do prazo de vigência; 
b) renúncia total ou parcial; 
c) caducidade; 
d) não manutenção de procurador domiciliado no país quando o titular de uma patente residir no exterior (art. 217, 
LPI). 
 
Ação de nulidade. 
A ação de nulidade de registro de marca ou de carta patente tem por objetivo a declaração de nulidade de registro 
ou carta, impossibilitando que pessoas sem o legítimo interesse explorem economicamente bem da propriedade 
industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Modelo: ação de nulidade. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ... 
 
[Espaço de dez linhas] 
 
AUTOR. (qualificação), por seu advogado que esta subscreve 
(doc.anexo), vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE NULIDADE DE MARCA 
(PATENTE), em face da RÉ (qualificação), titular da marca, e INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial, 
autarquia federal, com sede..., pelos motivos de fato e de direto que a seguir expõe: 
I – DOS FATOS 
[Narrar os fatos como descritos no problema, que evidenciam a existência de necessidade de procedimento visando 
a declaração de nulidade de marca/patente] 
II – DO DIREITO 
 
 [Apresentar o fundamento jurídico do pedido, fazendo a relação entre os fatos e sua qualificaçãojurídica] 
III – DO PEDIDO 
De todo o exposto, requer-se: 
a) a concessão de tutela antecipada ou de liminar com a finalidade 
de suspender os efeitos do registro da carta patente (invenção e modelo de utilidade) ou do certificado de registro 
(desenho industrial e marca); 
b) a procedência do pedido, a fim de declarar a nulidade do registro 
da carta patente (invenção e modelo de utilidade) ou do certificado de registro (desenho industrial e marca); 
c) a citação do réu para o oferecimento de contestação no prazo de 
60 dias sob pena de aplicação dos efeitos da revelia; 
d) a condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios; 
e) que as intimações sejam enviadas ao patrono que esta subscreve 
com endereço na ... (artigo 39, inciso I, do Código de Processo Civil). 
IV – DAS PROVAS 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, consistentes nos documentos juntados, 
oitiva dos réus em depoimentos pessoais, oitiva de testemunhas, perícias e todas as que se fizerem necessárias ao 
longo da presente demanda. 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de (valor do prejuízo causado) 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
ADVOGADO 
OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Escreva parágrafos curtos e objetivos, com, no máximo, 5 (cinco) linhas. Respeite essa regra na descrição dos fatos e 
em toda a argumentação. 
Entenda a situação apresentada e narre-a com as suas palavras. 
Na argumentação do Direito, a objetividade também é essencial. Nos parágrafos iniciais, é fundamental citar os 
artigos que correspondem à tese principal da sua peça. Não é necessário transcrever todos; no entanto, para 
demonstrar familiaridade com a prática processual, é interessante transcrever apenas um artigo (em geral, aquele 
que apoia a sua tese). 
Toda peça deve ter uma tese principal,a ser desenvolvida no tópico “do direito”. As teses são os fundamentos 
jurídicos da peça (seja uma ação ou um recurso) e de seus respectivos pedidos. 
Em geral, as teses têm ao menos um aspecto de direito material, que pode estar fundamentado na lei ou na 
Constituição. A tese pode abordar, também, um fundamento de ordem processual. Caberá a você, na análise do 
problema, avaliar se a solução está no direito material, no direito processual ou em ambos. 
Assim, quanto mais casos práticos você estudar e mais peças processuais elaborar, mais teses aprenderá!! Trata-se 
de uma consequência lógica de seu estudo. 
Por fim, com relação ao(s) pedido(s), mantenha a clareza e a objetividade e verifique se estão coerentes com os 
dispositivos de lei citados e com a tese desenvolvida. Releia o problema e a peça antes de finalizar o pedido, para ter 
certeza de que não esqueceu algum aspecto relevante que deveria ter sido mencionado. 
Por fim ...“NÃO PERCA TEMPO APRENDENDO OS TRUQUES DO OFÍCIO. EM VEZ DISSO, APRENDA O OFÍCIO” 
Adhemar Mombrum de Carvalho Filho 
 
Todo texto jurídico, incluindo a elaboração de peças práticas, deve ser construído com base em 04 pontos 
fundamentais: 
1) CLAREZA: evitar a repetição de palavras na mesma frase, MAS SE HOUVER CONFLITO ENTRE A POSSIBILIDADE DE 
REPETIÇÃO E A NECESSIDADE DE CLAREZA, ESTA DEVE SER PRESERVADA, AINDA QUE À CUSTA DAQUELA 
Evitar trazer sinônimos: 
* petição inicial (exordial, petição de intróito, peça vestibular, peça madrugadora, etc.) 
* Ministério Público (parquet) 
* Código de Processo Civil (estatuto adjetivo) 
2) PRECISÃO: direito é ciência – linguagem técnica. 
- julgamento procedente do pedido e não da ação; 
- promove ação em face de JOÃO. Não é correto escrever: “promove ação contra JOÃO”; 
- preliminares AO mérito e preliminares DE mérito 
- mérito 
- interpor – por no meio – RECURSO 
- opor – obstáculo – Embargos 
3) HARMONIA: fazer um esboço, lapidando-se para dar clareza 
1º - CF 
2º - Lei 
3º - Súmula 
O texto deve conter: 
a) Introdução 
b) Desenvolvimento 
c) Conclusão 
4) CONCISÃO: operação adicional de revisão 
 
 
ALGUMAS DICAS PARA ELABORAÇÃO DO TEXTO 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO INICIAL 
PROCESSO DE CONHECIMENTO 
RITO ORDINÁRIO 
RITO SUMÁRIO 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
 
24 
 
↘ENDEREÇAMENTO: 
 
 
↘QUALIFICAÇÃO: 
 
 
↘FATOS: 
 
 
↘FUNDAMENTO JURÍDICO (DO DIREITO): 
 
 
↘DOS PEDIDOS: 
 
 
→liminar (quando for o caso); 
 
→citação do réu; 
 
→julgamento procedente do pedido; 
 
→condenação no pagamento de custas e honorários de sucumbência; 
 
→produção de provas; 
 
→endereço do patrono; 
 
→pagamento das custas iniciais; 
 
↘VALOR DA CAUSA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
 
 
25 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______ 
 
BASE: COMPETÊNCIA - CRITÉRIO DO INTERESSE 
A) COMPETÊNCIA ABSOLUTA 
B) COMPETÊNCIA RELATIVA 
 
Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, 
observado o disposto nos artigos seguintes. 
Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, 
estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel 
Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação principal. 
Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as 
ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente. 
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas 
podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações 
oriundas de direitos e obrigações. 
§ 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado 
negócio jurídico. 
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. 
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, independentemente de exceção. 
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar 
nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas. 
§ 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz 
competente. 
QUAIS OS CASOS DE COMPETÊNCIA ABSOLUTA? 
- JUSTIÇA 
- ÓRGÃO 
- JUÍZO 
QUAIS OS CASOS DE COMPETÊNCIA RELATIVA? 
- FORO 
- VALOR DA CAUSA 
COMPETÊNCIA: COMO DESCOBRIR A JUSTIÇA, O ÓRGÃO, O JUÍZO E O FORO? 
SIMPLES: ADOTAR OS CRITÉRIOS DE CHIOVENDA 
- A) OBJETIVO (EM RAZÃO DA MATÉRIA, EM RAZÃO DA PESSOA, EM RAZÃO DA HIERARQUIA) 
- B) FUNCIONAL 
- C) TERRITORIAL 
- A) QUAL A JUSTIÇA? 
- ( ) TRABALHO 
- ( ) ELEITORAL 
- ( ) MILITAR 
- ( ) FEDERAL 
- ( ) ESTADUAL 
- B) QUAL O ÓRGÃO? ( )SUPERIOR/ ( )INFERIOR 
- C) QUAL O JUÍZO? ( ) CÍVEL/ ( ) FALÊNCIA 
 
 
ENDEREÇAMENTO 
 
 
26 
 
 
 
 
 
OS NOMES, PRENOMES, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, DOMICÍLIO E RESIDÊNCIA DO AUTOR E DO RÉU; 
 
 
MARCOS ..., (nacionalidade...), (estado civil...), empresário no ramo 
de restaurantes, portador da cédula de identidade Registro Geral - RG 
n. ..., devidamente inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério 
da Fazenda - CPF/MF sob o n ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. 
..., Bairro ..., CEP ..., na Cidade de ..., por seu advogado que a esta subscreve, com escritório 
profissional na Rua ... , nº ... , Bairro ... , CEP ..., conforme instrumento de mandato anexo (doc. 01), vem 
respeitosamente perante V. Exa., com fundamento no artigo 000 do Código de Processo Civil, propor art. 3º do CPC a 
presente AÇÃO DE COBRANÇA PELO RITO ORDINÁRIO 
em face deTício (sobrenome...), (nacionalidade...), (estado civil...), 
(profissão...), portador da cédula de identidade Registro Geral - RG 
nº. ... e inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da 
Fazenda CPF/MF sob o nº ... , residente e domiciliado na Rua ... , nº ... 
, Bairro ... , CEP ... , na Comarca de ...pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 
 
 
27 
 
 
 
 
 
DOS FATOS 
Narrativa do problema trazido pela prova e que servirá de base para a construção da tese jurídica defendida na peça 
prática. 
Atenção: Após a narrativa dos fatos é imprescindível que se demonstre o interesse de agir, arrematando o tópico 
com um “velho” jargão: 
“Não restando alternativa busca a tutela jurisdicional do Estado para ver satisfeita a sua pretensão...” 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
A TESEDEVE SER DESENVOLVIDA mostrando um raciocínio lógico e jurídico. Para facilitar a construção sugerimos que 
se faça pequenos tópicos com o tema a ser desenvolvido, por exemplo: 
I. DO DIREITO À REPARAÇÃO DOS DANOS 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
I.1. DO DANO MATERIAL 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
I.2. DO DANO MORAL 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
I.3. DOS LUCROS CESSANTES 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
I.4. DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
1.5. DOS JUROS 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
Após a apresentação de todos os fundamentos jurídicos, quando for o caso, deve ser aberto o tópico para 
fundamentar a concessão de tutela antecipada e/ou tutela específica. 
 
- DA TUTELA ANTECIPADA E DA TUTELA ESPECÍFICA DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER/NÃO FAZER E ENTREGAR COISA 
TUTELA ANTECIPADA – ARTIGO 273 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no 
pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: 
 I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
 II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
 
- TUTELA ESPECÍFICA DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E DE NÃO FAZER– ARTIGO 461 
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático 
equivalente ao do adimplemento. 
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela 
específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
 
28 
 
§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é 
lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá 
ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, 
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável 
para o cumprimento do preceito. 
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou aobtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou 
a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição demulta por tempo de atraso, busca e 
apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário 
com requisição de força policial. 
§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente 
ou excessiva. 
 
- TUTELA ESPECÍFICA DAS OBRIGAÇÕES DE ENTREGAR COISA– ARTIGO 461-A 
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo 
para o cumprimento da obrigação. 
§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição 
inicial,selhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo 
juiz. 
§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e 
apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisamóvel ou imóvel. 
§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
PRIMEIRAMENTE, DEVE-SE ATENTAR PARA O CASO DE EVENTUAL PEDIDO LIMINAR DE TUTELA ANTECIPADA 
E/OU TUTELA ESPECÍFICA, UMA VEZ QUE ESTES, SEMPRE SERÃO COLOCADOS EM DESTAQUE E LOGO NO INÍCIO DOS 
PEDIDOS PRETENDIDOS. 
Seguindo uma lógica procedimental, primeiro se pede atendimento liminarmente e em seguida a citação do réu. 
Após deve ser deduzido o pedido, objeto da demanda, requerendo, ainda a condenação do vencido no pagamento 
de custas e honorários advocatícios. 
 
DO PEDIDO – OBJETO DA AÇÃO 
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; 
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; 
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, 
prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da 
sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o, e 461-A). 
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de 
mais de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de 
cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. 
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não 
podendo acolher o anterior. 
Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no pedido, 
independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de 
consigná-las, a sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação. 
Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá a 
sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. 
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre 
eles não haja conexão. 
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação: 
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor 
empregar o procedimento ordinário 
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais. 
 
- DAS PROVAS 
A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente (mencionar prova oral, como 
depoimento pessoal, prova pericial, testemunhal, documental). 
 
- DO ENDEREÇO DO ADVOGADO E A CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS 
Que as intimações sejam enviadas para o endereçoprofissional deste patrono na Rua ______, conforme regramento 
do art. 39, I, do CPC; 
Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação; 
II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço. 
DOS PEDIDOS 
 
 
30 
 
Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no no I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citação do 
réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição; 
se infringir o previsto no no II, reputar-se-ão válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço 
constante dos autos. 
 
Informa desde já o recolhimento das custas iniciais, conforme guia anexa. 
Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que 
realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na 
execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. 
Art. 257. Será cancelada a distribuição do feito que, em 30 (trinta) dias, não for preparado no cartório em que deu 
entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
Valor da causa 
Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato. 
Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até a propositura da ação; 
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor; 
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal; 
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação ou rescisão de negócio jurídico, 
o valor do contrato; 
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor; 
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para lançamento do imposto. 
Art. 260. Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em consideração o valor de umas e 
outras. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo 
indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 
32 
 
PROBLEMA 01:A pessoa jurídica Alfa Aviamentos Ltda., domiciliada em Goianésia - GO celebrou contrato escrito de 
locação de imóvel não residencial com Chaves Empreendimentos Ltda., por prazo determinado, tendo sido o 
contrato prorrogado várias vezes, no lapso de mais de sete anos. O valor mensal da locação é de R$ 1.500,00, e Alfa 
Aviamentos Ltda. exerce sua atividade no respectivo ramo desde a sua constituição, há cerca de dez anos. O 
contrato de locação findará em3/5/2011, e os dirigentes da empresa locadora já se manifestaram contrários à 
renovação do referido contrato. 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado (a) contratado (a) por Alfa Aviamentos Ltda., redija a 
medida judicial cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, abordando toda a matéria de direito material e 
processual aplicável à hipótese. 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Endereçamento: 
- Qualificação: 
- Fatos: 
- Fundamento jurídico: 
- DOS PEDIDOS 
- Tutela antecipada/específica/liminar (?) 
- Citação 
- Intimação 
- Condenação/declaração/constituição 
- Condenação do vencido em custas e honorários 
- Provas que pretende produzir 
- Endereço do patrono 
- Juntada das custas iniciais 
- Valor da causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
PROBLEMA 02:João, empresário individual e um grande chefe de cozinha, manteve, ao longo de 10 anos, um 
restaurante de comida portuguesa, que contava com clientela fiel e constante. Todavia, seduzido pela proposta feita 
por Marcos , um de seus fornecedores, alienou seu estabelecimento por R$ 300.000,00, valor suficiente para que 
João se aposentasse. Entretanto, depois de dois anos sem realizar atividades empresariais no ramo, formou com 
José a sociedadeRestaurante Veneza Ltda., um sofisticado restaurante de cozinha italiana. A antiga clientela de João, 
tomando conhecimento do novo empreendimento, passou a freqüentá-lo, desviando-se do antigo restaurante, 
alienado a Marcos, que, por sua vez, ao tomar pé da situação, procurou um advogado para ajuizar uma ação para 
inibir a conduta de João, bem como haver os prejuízos por ele experimentados. 
Diante da situação hipotética apresentada acima, elabore, de forma fundamentada, a petição inicial de Marcos. 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Endereçamento: 
- Qualificação: 
- Fatos: 
- Fundamento jurídico: 
- DOS PEDIDOS 
- Tutela antecipada/específica/liminar (?) 
- Citação 
- Intimação 
- Condenação/declaração/constituição 
- Condenação do vencido em custas e honorários 
- Provas que pretende produzir 
- Endereço do patrono 
- Juntada das custas iniciais 
- Valor da causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
PROBLEMA 03:Com o propósito de realizar sua convenção anual, no próximo mês de junho, a Opticom Informática 
Ltda. reservou 50 (cinqüenta) apartamentos no Hotel Bem-Estar Ltda., localizado em Santos. A contratação foi 
realizada no mês de janeiro, por meio de troca de correspondência, tendo o Hotel enviado seu orçamento, por 
escrito, e a Opticom Informática aceitado integralmente os termos ali propostos, por igual via. 
No orçamento, o Hotel ressalvou que os apartamentos estariam automaticamente reservados mediante aceitação 
da proposta e, caso a Opticom Informática desistisse da reserva, que o fizesse mediante prévio aviso com o mínimo 
de 45 (quarenta e cinco) dias de antecedência, sob pena de arcar com o valor correspondente a 20% (vinte por 
cento) do preço total ajustado, a título de cláusula penal. 
Em maio, a menos de 30 (trinta) dias do evento, a Opticom Informática resolveu cancelá-lo, alegando razões de 
conveniência empresarial, e recusa-se a pagar qualquer quantia ao Hotel, porque este não teria tido prejuízo. 
Questão:Na qualidade de advogado do Hotel Bem Estar Ltda., opere em favor deste. Anote que o preço contratado 
importava em de R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Endereçamento: 
- Qualificação: 
- Fatos: 
- Fundamento jurídico: 
- DOS PEDIDOS 
- Tutela antecipada/específica/liminar (?) 
- Citação 
- Intimação 
- Condenação/declaração/constituição 
- Condenação do vencido em custas e honorários 
- Provas que pretende produzir 
- Endereço do patrono 
- Juntada das custas iniciais 
- Valor da causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
PROBLEMA 05: Silas decidiu, por questões particulares, ausentar-se do país pelo período de um ano e, nesse ínterim, 
constituiu Alcebíades como seu bastante procurador, com poderes gerais para representá-lo nos atos da vida civil. A 
procuração foi outorgada pelo mesmoprazo e, passado esse tempo, Silas, de volta ao país, procurou Alcebíades para 
se inteirar das novidades. Este, muito solícito, disse que não havia sido necessário utilizar o mandato e disse a Silas 
que ficasse traqüilo, pois nada havia ocorrido. Contudo, dirigindo-se ao banco em que mantinha conta corrente, Silas 
percebeu que seu saldo estava deve-dor em R$ 100.000,00 (cem mil reais), pois a conta havia sido movimentada por 
Alcebíades, com uso da procuração. Buscando explicações, Silas novamente procurou Alcebíades, mas este vem se 
esquivando de dar qualquer demonstração das despesas pagas no período. 
Questão: Constituído advogado de Silas, atue em prol de seu cliente. Atente para o fato de que ambos são 
domiciliados na Comarca de Canhambebe e o saldo credor anterior à viagem de Silas era de R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais). 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Endereçamento: 
- Qualificação: 
- Fatos: 
- Fundamento jurídico: 
- DOS PEDIDOS 
- Tutela antecipada/específica/liminar (?) 
- Citação 
- Intimação 
- Condenação/declaração/constituição 
- Condenação do vencido em custas e honorários 
- Provas que pretende produzir 
- Endereço do patrono 
- Juntada das custas iniciais 
- Valor da causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA E 
EXECUÇÃO 
TÍTULO EXECUTIVO 
- JUDICIAL 
- EXTRAJUDICIAL 
EXECUÇÃO 
 
 
37 
 
 
 
EXECUÇÃO: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
Art. 583. Toda execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial. 
 
TÍTULO JUDICIAL – 475 N (DEVE SER FEITO UM REQUERIMENTO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA) 
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – 585 (DEVE SER FEITO UMA PETIÇÃO INICIAL) 
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: 
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa 
ou pagar quantia; 
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; 
IV – a sentença arbitral; 
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; 
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII – o formal e a certidão de partilha 
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do 
devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso 
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no 
prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a 
requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e 
avaliação 
 
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo 
devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
Pública ou pelos advogados dos transatores; 
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; 
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, 
tais como taxas e despesas de condomínio; 
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicial; 
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUTELARES 
Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que indicará: 
PETIÇÃO INICIAL 
CAUTELARES 
 
 
39 
 
I - a autoridade judiciária, a que for dirigida; 
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido; 
III - a lide e seu fundamento; 
IV - a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão; 
V - as provas que serão produzidas. 
Parágrafo único. Não se exigirá o requisito do no III senão quando a medida cautelar for requerida em procedimento 
preparatório. 
 
↘ENDEREÇAMENTO: ART. 800 
 
 
↘QUALIFICAÇÃO: 
 
 
↘FATOS: 
 
 
↘FUNDAMENTO JURÍDICO (DO DIREITO): 
 
↘FUMUS BONI IURIS: 
 
↘PERICULUM IN MORA: 
 
 
↘DOS PEDIDOS: 
 
→liminar 
 
→citação do requerido; 
 
→julgamento procedente do pedido, confirmando a liminar; 
 
→condenação no pagamento de custas e honorários de sucumbência; 
 
→produção de provas; 
 
→endereço do patrono; 
 
→pagamento das custas iniciais; 
 
↘VALOR DA CAUSA: 
 
 
 
ARRESTO 
Art. 813. O arresto tem lugar: 
ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
 
 
40 
 
I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a 
obrigação no prazo estipulado; 
II - quando o devedor, que tem domicílio: 
a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente; 
b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; 
põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de 
frustrar a execução ou lesar credores; 
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com 
algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas 
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial: 
I - prova literal da dívida líquida e certa; 
II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente 
 
SEQUESTRO 
Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro: 
I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando Ihes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado 
receio de rixas ou danificações; 
II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a 
recurso, os dissipar; 
III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver 
dilapidando; 
 
BUSCA E APREENSÃO 
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas. 
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a 
coisa no lugar designado. 
Art. 841. A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, 
expedir-se-á o mandado que conterá: 
I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência; 
II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a Ihe dar; 
III - a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem. 
BUSCA E APREENSÃO 
Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir 
as portas. 
§ 1o Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis 
onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada. 
§ 2o Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas. 
§ 3o Tratando-se de direito autoral ou direito conexo doartista, intérprete ou executante, produtores de 
fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos 
aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão. 
 
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS 
Art. 846. A produção antecipada da prova pode consistir em interrogatório da parte, inquirição de testemunhas e 
exame pericial. 
Art. 847. Far-se-á o interrogatório da parte ou a inquirição das testemunhas antes da propositura da ação, ou na 
pendência desta, mas antes da audiência de instrução: 
I - se tiver de ausentar-se; 
II - se, por motivo de idade ou de moléstia grave, houver justo receio de que ao tempo da prova já não exista, ou 
esteja impossibilitada de depor. 
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS 
 
 
41 
 
Art. 848. O requerente justificará sumariamente a necessidade da antecipação e mencionará com precisão os fatos 
sobre que há de recair a prova. 
Parágrafo único. Tratando-se de inquirição de testemunhas, serão intimados os interessados a comparecer à 
audiência em que prestará o depoimento. 
Art. 849. Havendo fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos 
na pendência da ação, é admissível o exame pericial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 06: A ação ordinária movida por ABC Empreendimentos Ltda. contra Aristides da Silva foi julgada 
procedente, para condenar este ao pagamento da quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de perdas e 
danos causados por má prestação de serviços. Aristides recorreu e o recurso aguarda distribuição no Tribunal 
 
 
42 
 
competente. Enquanto isso, a ABC Empreendimentos Ltda. descobriu que Aristides pôs à venda os dois únicos 
imóveis desembaraçados de sua propriedade – um na cidade de Poá e outro na cidade de Itu – e pretende dilapidar 
seu patrimônio para furtar-se ao pagamento da indenização. 
QUESTÃO: Como advogado de ABC Empreendimentos Ltda., tome a medida cabível para a defesa de seus interesses. 
Considere que a ação tramitou perante a 20a Vara Cível da comarca de Santos, domicílio de Aristides e sede da ABC 
Empreendimentos Ltda. 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL 
- Endereçamento: 
- Qualificação: 
- Fatos: 
- Fundamento jurídico: 
- FUMUS BONI IURIS 
- PERICULUM IN MORA 
- DOS PEDIDOS 
- liminar 
- Citação 
- Intimação 
- Julgamento procedente do pedido, confirmando a liminar 
- Condenação do vencido em custas e honorários 
- Provas que pretende produzir 
- Endereço do patrono 
- Juntada das custas iniciais 
- Valor da causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS DO 
RÉU/EXECUTADO 
 
 
44 
 
 
RESPOSTAS DO RÉU 
A) PROCESSO DE CONHECIMENTO (ORDINÁRIO E ESPECIAL) 
- CONTESTAÇÃO 
- RECONVENÇÃO 
- EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA 
B) PROCESSO DE CONHECIMENTO (SUMÁRIO) 
- CONTESTAÇÃO **** ATENÇÃO 
ATENÇÃO: NO RITO SUMÁRIO NÃO SE ADMITE RECONVENÇÃO, DECLARATÓRIA INCIDENTAL E ALGUMAS 
INTERVENÇÕES DE TERCEIRO 
ADMITE PEDIDO CONTRAPOSTO 
OUTRAS RESPOSTAS ... 
- DECLARATÓRIA INCIDENTAL; 
- IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA; 
- IMPUGNAÇÃO À JUSTIÇA GRATUITA; 
- NOMEAÇÃO À AUTORIA 
- CHAMAMENTO AO PROCESSO 
- DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
 
 
DAS REAÇÕES DO RÉU NO PROCESSO DE CONHECIMENTO: 
DA CONTESTAÇÃO 
DA CONTESTAÇÃO: MAIS IMPORTANTE RESPOSTA DO RÉU, POSSUI NATUREZA DE DEFESA. 
PODE CONTER: 
A) DEFESA PROCESSUAL 
B) DEFESA DE MÉRITO 
CONTESTAÇÃO 
A) DEFESA PROCESSUAL 
-OBJEÇÕES PROCESSUAIS 
PRELIMINARES AO MÉRITO 
ARTIGO 301 DO CPC 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; - PEDIDO: SANAR O VÍCIO 
II - incompetência absoluta; PEDIDO: SANAR O VÍCIO – REMESSA AO ÓRGÃO COMPETENTE – ART. 113 § 2º 
III - inépcia da petição inicial; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, I c/c 295, I par. 
Único) 
IV - perempção; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, V) 
V - litispendência; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, V) 
Vl - coisa julgada; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, V) 
VII - conexão; PEDIDO: REUNIÃO DAS DEMANDAS (ART. 103) 
Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; PEDIDO: SANAR O VÍCIO – ARTIGO 13 
IX - convenção de arbitragem; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, VII) 
X - carência de ação; PEDIDO: EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 267, VI) 
Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. PEDIDO: SANAR O VÍCIO 
OBJEÇÕES PROCESSUAIS 
ROTEIRO DA CONTESTAÇÃO 
 
 
45 
 
(PRELIMINARES AO MÉRITO) 
X 
OBJEÇÕES SUBSTANCIAIS 
(PRELIMINARES DE MÉRITO) 
CONTESTAÇÃO 
B) DEFESA DE MÉRITO 
B.1.) OBJEÇÕES SUBSTANCIAIS 
PRELIMINARES DE MÉRITO 
ARTIGO 168 PAR. ÚNICO CC/02 
ARTIGO 51 DO CDC 
CONTESTAÇÃO 
B.2.) DEFESA DE MÉRITO DIRETA 
- NEGA A EXISTÊNCIA DOS FATOS JURÍDICOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR 
OU 
- ACEITA A EXISTÊNCIA DOS FATOS E NEGA-LHES A EFICÁCIA JURÍDICA PRETENDIDA 
CONTESTAÇÃO 
B.3.) DEFESA DE MÉRITO INDIRETA 
- RECONHECE O FATO E APRESENTA FATO NOVO: 
MODIFICATIVO 
EXTINTIVO 
IMPEDITIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
PROBLEMA 07: Um sindicato de trabalhadores — SINFO —, cuja precípua e efetiva atividade é a de defender os 
direitos laborais de seus associados resolveu montar, na luta para aumentar seus parcos rendimentos em sua sede, 
uma pequena loja temática para ali vender, tão-somente, camisas, bonés e bijuterias com sua marca.Para tanto, 
encomendou a confecção desses produtos à Serigrafias Ltda., comprando-os dessa fábrica para, posteriormente, 
revendê-los na referida loja, o que faz regularmente há, pelo menos, dois anos. No ano de 2007, porém, as vendas 
não foram razoáveis, o que levou o SINFO a inadimplir dívida no valor de R$ 6.000,00, representada em nota 
promissória subscrita pelo Sindicato, a qual foi devidamente protestada por falta de pagamento. Dois meses após 
esse protesto, a credora, Serigrafias Ltda., resolveu levar sua demanda ao foro judicial. Assim, Serigrafias Ltda. 
ingressou com pedido de decretação da falência do SINFO, apresentando documentos que comprovavam 
asinformações acima mencionadas, quais sejam, a condição empresarial do autor da ação, a existência da pequena 
loja na sede do devedor, a atividade de venda de bens, o título de crédito, o inadimplemento da dívida e o referido 
protesto ordinário. 
No pedido, Serigrafias Ltda. alegou, quanto à legitimidade passiva, que o SINFO, por comprarmercadorias para 
posteriormente revendê-las no mercado com claro intuito de lucro, estaria realizando atos de comércio de modo 
habitual, o que caracterizaria sua condição de empresário, nos termos do art. 966 do CC. Segundo a alegação de 
Serigrafias Ltda., essa condição estaria agravada por se tratar de empresário atuando com tipo impróprio 
depersonalidade jurídica — associação civil —, em evidente exercício irregular da atividade empresarial. Serigrafias 
Ltda. alegou, ainda, que o fato jurídico desencadeador da falência seria o cabal inadimplemento de obrigação 
líquida, materializada no título de crédito antes mencionado. 
Considerando a situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado do SINFO, contestação, 
elencando os argumentos de defesa aptos a impedira iminente decretação da falência da entidade sindical em 
processo que tramita na 1.a Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital 
 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
(x) sim. neste caso, anotar agora: 
Nome do autor: SILVIO 
Nome das rés: JOYCE, JULIA E CARLA 
Nome da ação: REVISIONAL DE ALIMENTOS 
Juízo e comarca: ---ª VARA de Familia e Sucessões da Comarca de ---- do Estado de ----- 
Andamento processual: CITAÇÃO DAS RÉS – ELABORAR CONTESTAÇÃO 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
REAÇÕES DO EXECUTADO 
C) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (TÍTULO JUDICIAL) 
- IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – ARTIGOS 475-L e 475-M 
D) PROCESSO DE EXECUÇÃO (TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL) 
- EMBARGOS DO DEVEDOR – ARTIGOS 738, 739 e 739-A 
 
 
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – 475-L E 475-M 
A IMPUGNAÇÃO SOMENTE PODERÁ VERSAR SOBRE: 
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; 
II – inexigibilidade do título; 
III – penhora incorreta ou avaliação errônea; 
IV – ilegitimidade das partes; 
V – excesso de execução; 
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, 
transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença. 
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial 
fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em 
aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da 
sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa 
impugnação 
 
Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes 
seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave 
dano de difícil ou incerta reparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DA IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO 
DE SENTENÇA – 475-L/475-M 
 
 
48 
 
PROBLEMA 08: Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente 
homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da 
Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. 
Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em 
que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor 
estão em desconformidade com o disposto na sentença. 
QUESTÃO: Como Advogado de Zílio, elabore a defesa cabível. 
 
RAIO X DA QUESTÃO 
01) Existe alguma demanda proposta na Justiça? 
(x) sim. neste caso, anotar agora: 
Nome do autor: DEUSTÊMIO 
Nome do réu: ZÍLIO 
Nome da ação: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
Juízo e comarca: 30ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO 
Andamento processual: PENHORA DE VEÍCULO 
02) Qual o tema de fundo da questão? 
03) Encontrado o tema, quais os artigos e fundamentos? 
04) ROTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
Os embargos possuem natureza jurídica de AÇÃO, portanto sua construção terá como base a elaboração de uma 
petição inicial, com algumas regrinhas próprias dos embargos extraídas diretamente do CPC. 
 
↘ENDEREÇAMENTO: 
 
 
↘QUALIFICAÇÃO: 
 
 
↘FATOS: 
 
 
↘FUNDAMENTO JURÍDICO (DO DIREITO): 
 
↘EFEITO SUSPENSIVO – 739-A: FUNDAMENTO RELEVANTE E PERICULUM IN MORA 
 
 
↘DOS PEDIDOS: 
 
→DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA 
 
→EFEITO SUSPENSIVO 
 
→INTIMAÇÃO DO EMBARGADO; 
 
→julgamento procedente do pedido, EXTINGUINDO A EXECUÇÃO; 
 
→condenação no pagamento de custas e honorários de sucumbência; 
 
→produção de provas; 
 
→endereço do patrono; 
 
→pagamento das custas iniciais; 
 
↘VALOR DA CAUSA: 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR – 
738/739/739-A 
 
 
50 
 
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio 
de embargos. 
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado, e instruídos 
com cópias (art. 544, § 1o, in fine) das peças processuais relevantes. 
 
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do 
mandado de citação. 
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do 
respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges. 
§ 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz 
deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da 
juntada aos autos de tal comunicação. 
§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei. 
 
Art. 739. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
I - quando intempestivos; 
II - quando inepta a petição (art. 295); ou 
III - quando manifestamente protelatórios. 
 
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo. 
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo 
relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave 
dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução 
suficientes. 
§ 2o A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a 
qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram. 
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa 
prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução 
contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. 
§ 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial 
o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de 
não conhecimento desse fundamento. 
§ 6o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens. 
 
Art. 745. Nos embargos, poderá o executado alegar: 
I - nulidade da execução, por não ser executivo o título apresentado; 
II - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para entrega de coisa certa (art. 621); 
V - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. 
§ 1o Nos embargos de retenção por benfeitorias, poderá o exeqüente requerer a compensação de seu valor com o 
dos frutos ou danos considerados devidos pelo executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos 
valores, nomear perito, fixando-lhe breve prazo para entrega do laudo. 
§ 2o O exeqüente poderá, a qualquer tempo, ser imitido na posse da coisa, prestando caução ou depositando o valor 
devido pelas benfeitorias ou resultante da compensação. 
 
DOS EMBARGOS NA EXECUÇÃO POR CARTA 
Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízodeprecante ou no juízo deprecado, mas a 
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, 
avaliação ou alienação dos bens. 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSOS 
RECURSOS 
 
 
52 
 
“REMÉDIO VOLUNTÁRIO IDÔNEO A ENSEJAR, DENTRO DO MESMO PROCESSO, A REFORMA, A INVALIDAÇÃO, O 
ESCLARECIMENTO OU A INTEGRAÇÃO DE DECISÃO JUDICIAL QUE SE IMPUGNA” 
BARBOSA MOREIRA 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
A) TAXATIVIDADE 
B) SINGULARIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE 
C) FUNGIBILIDADE 
D) PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS 
E) DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEXJUÍZO DE MÉRITO 
MOACYR AMARAL – 
PRESSUPOSTOS OBJETIVOS: 
-RECORRIBILIDADE 
-SINGULARIDADE 
-ADEQUAÇÃO 
-TEMPESTIVIDADE 
-PREPARO 
-REGULARIDADE FORMAL 
PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS 
-LEGITIMIDADE 
-INTERESSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APELAÇÃO 
 
 
53 
 
– DA APELAÇÃO (CPC, arts. 513 e seguintes ) 
- artigo 513 do Código de Processo Civil dispõe que (verbis): “Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269)”. 
Destarte, o recurso de apelação tem como objeto sentença proferida em primeiro grau de jurisdição, qualquer que 
seja sua natureza. 
- artigo 162, §1º do Código de Processo Civil define como sendo sentença “o ato pelo qual o juiz põe termo ao 
processo, decidindo ou não o mérito da causa”. 
Nelson Luiz Pinto conceitua sentença como sendo: “o pronunciamento decisório que tem como conteúdo quaisquer 
das matérias constantes dos arts. 267 e 269 do CPC e, como conseqüência, põe fim ao processo” (grifamos). 
Assim, se o pronunciamento judicial, ao findar o processo, tiver por fundamento algumas das razões arroladas pelo 
artigo 267 do Código de Processo Civil, tal terá natureza jurídica de sentença processual, ou seja, sentença 
terminativa do feito, pois não adentra ao mérito. Se, por sua vez, tal pronunciamento tiver por fundamento uma das 
causas arroladas pelo artigo 269 do Código de Processo Civil será sentença definitiva, ou seja, sentença de mérito, 
decidindo definitivamente a lide, impedindo, em regra, que uma demanda, com mesma causa de pedir, mesmo 
pedido e as mesmas partes, seja proposta posteriormente 
PRAZO: O prazo para a sua interposição será de 15 (dez) dias. 
ENDEREÇAMENTO: É dirigido diretamente para o juiz da causa e deve conter as razões do apelante. 
CONTRARRAZÕES: O juiz ouvirá o apelado em 15 dias – contrarrazões e poderá reformar a sua sentença. 
 
ATENÇÃO: 
01) Quer se trate de sentença definitiva, quer se trate de sentença terminativa, o recurso contra elas cabível será 
sempre o de apelação; 
02) É recurso cabível contra sentenças de primeiro grau, não sendo cabível contra acórdãos, mesmo que estes 
tenham o mesmo conteúdo de sentença, e ainda que proferidos em processo de competência originária dos 
tribunais, como, v.g., a ação rescisória. 
03) O recurso de apelação será cabível contra sentenças proferidas em qualquer tipo de processo, seja ele de 
conhecimento, de execução ou cautelar; qualquer tipo de procedimento, comum ou especial; ou qualquer tipo de 
jurisdição, contenciosa ou voluntária 
OBJETIVO: Ao interpor o recurso de apelação, o recorrente visa a ver a sentença reformada ou anulada por um 
órgão hierarquicamente superior àquele que a proferiu, independentemente do conteúdo da decisão. Neste 
sentido, a apelação não se vincula ao conteúdo da sentença. Irrelevante, também, o vício apontado na sentença, 
quer seja ele de procedimento (error in procedendo), quer seja de juízo (error in judicando). 
Por meio da apelação é possível ao recorrente propor a discussão de todas as matérias de direito e de fato 
examinadas em primeiro grau, proporcionando a mais ampla revisão do exame da causa. A devolução é absoluta. 
- TEORIA DA CAUSA MADURA – ART. 515 § 3º 
Hoje, é possível que o Tribunal julgue o mérito nos casos em que no primeiro grau foi proferida sentença SEM 
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, e estando a causa madura. É a incidência do artigo 515 § 3º: 
 
515 - § 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo 
a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
 
- NULIDADES SANÁVEIS – ART. 515 § 4º 
Também é possível que o Tribunal reconheça as nulidades sanáveis e resolva sem precisar devolver o processo para 
a primeira instância. 
 
515 - § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do 
ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da 
apelação 
 
 
 
- SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSOS – ART. 518. 
 
 
54 
 
Outra novidade é a SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSOS. Ao interpor recurso de apelação contra sentença fundada 
em súmula do STJ ou do STF, o juiz de primeiro grau NÃO RECEBERÁ O RECURSO. 
 
Art. 518. Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para 
responder 
 § 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do 
Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal 
 § 2o Apresentada a resposta, é facultado ao juiz,em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade 
do recurso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
DO AGRAVO (CPC, arts. 522 – 529) 
Recurso cabível contra as chamadas decisões interlocutórias (entre – falas) e que deverá ser interposto no prazo de 
10 (dez) dias. A Lei 11.187 de 2005 alterou substancialmente o recurso de agravo. Hoje, prevalece a REGRA de que 
contra as decisões interlocutórias caberá agravo na forma RETIDA. O Agravo de instrumento, nos termos da redação 
do NOVO ARTIGO 522, somente será admissível quando: 
- se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação; 
- for decisão a respeito da inadmissão da apelação; 
- for decisão relativa aos efeitos em que a apelação é recebida. 
É evidente que existem outras hipóteses, fora da previsão do artigo 522, que ensejarão o uso do agravo de 
instrumento: 
- decisão que resolve a exceção de incompetência relativa (por razões óbvias, se o juiz decidiu que os autos 
tramitarão na Comarca “X”, contra esta decisão caberá agravo de instrumento para o Tribunal, com o intuito de 
reformá-la, tentando remeter os autos para a Comarca “Y”; 
- decisão que julga a liquidação de sentença (artigo 475, H); 
- decisão que julga a impugnação ao cumprimento de sentença sem extinguir a execução (artigo 475, M, § 3º). 
- decisão que exclui litisconsorte no curso da demanda, ou que indefere liminarmente reconvenção, declaratória 
incidental, denunciação da lide, etc. 
DO AGRAVO RETIDO CPC - ARTS. 522 e 523 
PRAZO: O prazo para a sua interposição será de 10 (dez) dias, salvo se se tratar de decisão proferida em audiência de 
instrução e julgamento, caso em que, deverá ser oral e imediatamente. 
ENDEREÇAMENTO: É dirigido diretamente para o juiz da causa, independente de preparo, e deve conter as razões 
do agravante. 
CONTRARRAZÕES: O juiz ouvirá o agravado em 10 (dez) dias – contrarrazões e poderá reformar a sua decisão. 
ATENÇÃO: Se o juiz mantiver a decisão, os autos tramitarão normalmente com o agravo retido e quando for 
proferida a sentença o agravado deverá REITERAR em preliminar na apelação e/ou nas contra-razões de apelação, 
que o Tribunal conheça do agravo retido, sob pena de preclusão. 
Esta regra é baseada no princípio da economia processual, pois com a subida da apelação e/ou das contra-razões, o 
agravo retido subirá para a apreciação doórgão superior. 
 
 
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO - CPC, ARTS. 522, 524, 525, 526 e 527 
PRAZO: O prazo para a sua interposição será de 10 (dez) dias. 
ENDEREÇAMENTO: É dirigido diretamente para o TRIBUNAL e tem preparo e porte de retorno, e deve conter as 
razões do agravante. 
CONTRARRAZÕES: O Tribunal ouvirá o agravado em 10 (dez) dias – contrarrazões e poderá reformar a sua decisão. 
ATENÇÃO: 
Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os 
seguintes requisitos: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo. 
 
Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis. 
§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando 
devidos, conforme tabela que será publicada pelos tribunais. 
§ 2o No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no correio sob registro com aviso de 
recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista na lei local. 
 
 
56 
 
Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do processo de cópia da petição do 
agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram 
o recurso. 
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa 
inadmissibilidade do agravo. 
 
Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, o relator: 
I - negar-lhe-á seguimento, liminarmente, nos casos do art. 557; 
II - converterá o agravo de instrumento em agravo retido, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à 
parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos 
em que a apelação é recebida, mandando remeter os autos ao juiz da causa; 
III – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), ou deferir, em antecipação de tutela, total ou 
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
IV – poderá requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias; 
V - mandará intimar o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado, sob registro e com 
aviso de recebimento, para que responda no prazo de 10 (dez) dias (art. 525, § 2o), facultando-lhe juntar a 
documentação que entender conveniente, sendo que, nas comarcas sede de tribunal e naquelas em que o 
expediente forense for divulgado no diário oficial, a intimação far-se-á mediante publicação no órgão oficial; 
VI - ultimadas as providências referidas nos incisos III a V do caput deste artigo, mandará ouvir o Ministério Público, 
se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 (dez) dias. 
VI - ultimadas as providências referidas nos incisos III a V do caput deste artigo, mandará ouvir o Ministério Público, 
se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do caput deste artigo, somente é passível 
de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo se o próprio relator a reconsiderar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
DO RECURSO ESPECIAL (CPC, arts. 541 e seguintes – CF, art. 105, III, “a”, “b” e “c” ) 
O Recurso Especial será cabível no prazo de 15 (quinze) dias e conforme dispõe o artigo 105, III da Constituição 
Federal, é interposto contra decisão em única ou última instância dos Tribunais de Justiça ou dos Tribunais Regionais 
Federais. Por isso, não se admite Recurso Especial contra decisão dos Juizados Especiais, uma vez que nestes não se 
tem decisão de Tribunal. 
Hipóteses de cabimento: 
a) quando o acórdão do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal contrariar tratado ou lei federal, ou 
negar-lhes vigência; 
b) quando o acórdão do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal julgar válido ato de governo local 
contestado em face de lei federal; 
c) quando o acórdão do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal der a lei federal interpretação divergente 
da que lhe haja atribuído outro Tribunal. Nesta hipótese, deverá o recorrente, fazer prova da divergência mediante 
certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em 
mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível 
na Internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem 
ou assemelhem os casos confrontados 
 
PROCEDIMENTO DO RECURSO ESPECIAL 
Endereçamento: ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal (artigo 541 
do CPC); 
O recurso deverá conter: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida; 
Recebida a petição do recurso especial o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões. Após as 
contrarrazões, será feito o juízo de admissibilidade. 
Se admitido o recurso, este receberá apenas o efeito devolutivo. 
Se não admitido caberá, ainda, AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS (É O AGRAVO DE DECISÃO DENEGATÓRIA DE 
RECURSO ESPECIAL), a ser interposto para o próprio Presidente do Tribunal de origem, no prazo de 10 (dez) dias, 
que o encaminhará, após as devidas contrarrazões, para o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. (artigo 544 do 
CPC)Atenção: Este agravo de instrumento não dependerá do pagamento de custas e despesas postais. 
 
PRAZO: O prazo para a sua interposição será de 15 (quinze) dias. 
ENDEREÇAMENTO: É dirigido diretamente para presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, (artigo 541 do 
CPC) 
CONTRARRAZÕES: O juiz ouvirá o recorrido em 15 (quinze) dias – contrarrazões e poderá reformar a sua decisão. 
ATENÇÃO: Exige- se o prévio exaurimento dos recursos ordinários cabíveis 
 
SÚMULAS IMPORTANTES 
⇒⇒⇒⇒ 211 - INADMISSÍVEL RECURSO ESPECIAL QUANTO À QUESTÃO QUE, A DESPEITO DA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS, NÃO FOI APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. 
⇒⇒⇒⇒ 207 - E INADMISSIVEL RECURSO ESPECIAL QUANDO CABIVEIS EMBARGOS 
INFRINGENTES CONTRA O ACORDÃO PROFERIDO NO TRIBUNAL DE ORIGEM. 
⇒203 - NÃO CABE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR ÓRGÃO DE SEGUNDO GRAU DOS 
JUIZADOS ESPECIAIS 
⇒⇒⇒⇒ 126 - E INADMISSIVEL RECURSO ESPECIAL, QUANDO O ACORDÃO RECORRIDO 
ASSENTA EM FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL, 
QUALQUER DELES SUFICIENTE, POR SI SO, PARA MANTE-LO, E A 
PARTE VENCIDA NÃO MANIFESTA RECURSO EXTRAORDINARIO. 
 
 
58 
 
⇒⇒⇒⇒ 123 - A DECISÃO QUE ADMITE, OU NÃO, O RECURSO ESPECIAL DEVE SER 
FUNDAMENTADA, COM O EXAME DOS SEUS PRESSUPOSTOS GERAIS E 
CONSTITUCIONAIS. 
⇒⇒⇒⇒ 98 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTADOS COM NOTORIO PROPOSITO DE 
PREQUESTIONAMENTO NÃO TEM CARATER PROTELATORIO. 
⇒⇒⇒⇒ 86 -CABE RECURSO ESPECIAL CONTRA ACORDÃO PROFERIDO NO JULGAMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
⇒⇒⇒⇒ 83 - NÃO SE CONHECE DO RECURSO ESPECIAL PELA DIVERGENCIA, QUANDO A 
ORIENTAÇÃO DO TRIBUNAL SE FIRMOU NO MESMO SENTIDO DA DECISÃO 
RECORRIDA. 
⇒⇒⇒⇒ 13 - A DIVERGENCIA ENTRE JULGADOS DO MESMO TRIBUNAL NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL. 
⇒⇒⇒⇒ 7 - A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
DO RECURSOEXTRAORDINÁRIO (CPC, arts. 541 e seguintes – CF, art. 102, III, “a”, “b”, “c” e “d” ) 
O Recurso Extraordinário será cabível no prazo de 15 (quinze) dias e conforme dispõe o artigo 102, III da Constituição 
Federal, é interposto contra decisão dada em única ou última instância. Por isso, se admite Recurso Extraordinário, 
inclusive nas causas submetidas aos Juizados Especiais, uma vez que não se exige decisão de Tribunal. 
Hipóteses de cabimento: 
a) quando a decisão da causa contrariar dispositivo da Constituição Federal; 
b) quando a decisão da causa declarar inconstitucional tratado ou lei federal; 
c) quando a decisão da causa julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal; 
d) quando a decisão da causa julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL 
A Emenda Constitucional 45/2004 incluiu entre os pressupostos de admissibilidade dos recursos extraordinários a 
exigência de repercussão geral da questão constitucional suscitada, regulada mediante alterações no Código de 
Processo Civil e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 
FUNDAMENTOS DA REPERCUSSÃO GERAL 
CF/88, artigo 102, § 3º, acrescido pela Emenda Constitucional nº 45/04. 
CPC, artigos 543-A e 543-B, acrescidos pela Lei nº 11.418/06. 
FINALIDADES DA REPERCUSSÃO GERAL 
Delimitar a competência do STF, no julgamento de recursos extraordinários, às questões constitucionais com 
relevância social, política, econômica ou jurídica, que transcendam os interesses subjetivos da causa. 
Uniformizar a interpretação constitucional sem exigir que o STF decida múltiplos casos idênticos sobre a mesma 
questão constitucional. 
NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA O EXAME DA REPERCUSSÃO GERAL 
A existência da repercussão geral da questão constitucional suscitada é pressuposto de admissibilidade de todos os 
recursos extraordinários, inclusive em matéria penal. 
 Exige-se preliminar formal de repercussão geral, sob pena de não ser admitido o recurso extraordinário. 
 A verificação da existência da preliminar formal é de competência concorrente do Tribunal, Turma Recursal ou 
Turma de Uniformização de origem e do STF. 
 A análise sobre a existência ou não da repercussão geral, inclusive o reconhecimento de presunção legal de 
repercussão geral, é de competência exclusiva do STF. 
 
PROCEDIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Endereçamento: ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal (artigo 541 
do CPC); 
O recurso deverá conter: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida; 
Recebida a petição do recurso extraordinário o recorrido será intimado para apresentar contra-razões. Após as 
contra-razões, será feito o juízo de admissibilidade. 
Se admitido o recurso, este receberá apenas o efeito devolutivo. 
Se não admitido caberá, ainda, AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS (É O AGRAVO DE DECISÃO DENEGATÓRIA DE 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO), a ser interposto para o próprio Presidente do Tribunal de origem, no prazo de 10 
(dez) dias, que o encaminhará, após as devidas contrarrazões, para o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Atenção: Este agravo de instrumento não dependerá do pagamento de custas e despesas postais . 
* da certidão da respectiva intimação; e 
* das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. 
 
PRAZO: O prazo para a sua interposição será de 15 (quinze) dias. 
ENDEREÇAMENTO: É dirigido diretamente para presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, (artigo 541 do 
CPC) 
CONTRARRAZÕES: O juiz ouvirá o recorrido em 15 (quinze) dias – contrarrazões e poderá reformar a sua decisão. 
 
 
60 
 
ATENÇÃO: 
1. Não esquecer da preliminar de REPERCUSSÃO GERAL; 
2. Exige- se o prévio exaurimento dos recursos ordinários cabíveis. 
 
SÚMULAS IMPORTANTES 
⇒⇒⇒⇒ 279 - PARA SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
⇒⇒⇒⇒ 282 - É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO VENTILADA, NA DECISÃO RECORRIDA, A 
QUESTÃO FEDERAL SUSCITADA. 
⇒⇒⇒⇒ 356 - O PONTO OMISSO DA DECISÃO, SOBRE O QUAL NÃO FORAM OPOSTOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, NÃO 
PODE SER OBJETO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, POR FALTAR O REQUISITO DO PREQUESTIONAMENTO 
⇒⇒⇒⇒ 640 - É CABÍVEL RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NAS 
CAUSAS DE ALÇADA, OU POR TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
 
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►VadeMecum Prática OAB – Empresarial, Paulo Roberto Bastos Pedro e NathalyCampitelli Roque, Ed. Revista dos 
Tribunais, 2012. 
►Curso de Direito Empresarial, Paulo Roberto Bastos Pedro, Editora Revista dos Tribunais, 2012. 
►VadeMecum Empresarial, Organizador Paulo Roberto Bastos Pedro, Ed. Rideel, Edição 2012. 
*O último trata-se de um compêndio de leis empresariais todas organizadas em um único volume, também poderá 
ser substituído por qualquer coletânea de leis ou Vademecum de Legislações de outras editoras, o importante é que 
seja o mais atualizado possível. 
►Direito Processual Civil (Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença), volume 12, Wanner Franco, 
Editora Atlas, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
 
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01)Com o propósito de realizar sua convenção anual, no próximo mês de junho, a Opticom Informática Ltda. 
reservou 50 (cinqüenta) apartamentos no Hotel Bem-Estar Ltda., localizado em Santos. A contratação foi realizada 
nomês de janeiro, por meio de troca de correspondência, tendo o Hotel enviado seu orçamento, por escrito, e a 
Opticom Informática aceitado integralmente os termos ali propostos, por igual via. No orçamento, o Hotel ressalvou 
que os apartamentos estariam automaticamente reservados mediante aceitação da proposta e, caso a Opticom 
Informática desistisse da reserva, que o fizesse mediante prévio aviso com o mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de 
antecedência, sob pena de arcar com o valor correspondente a 20% (vinte por cento) do preço total ajustado, a 
título de cláusula penal. Em maio, a menos de 30 (trinta) dias do evento, a Opticom Informática resolveu cancelá-lo, 
alegando razões de conveniência empresarial, e recusa-se a pagar qualquer quantia ao Hotel, porque este não teria 
tido prejuízo. 
QUESTÃO:Na qualidade de advogado do Hotel Bem Estar Ltda., opere em favor deste. Anote que o preço contratado 
importava em de R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
 
02)A pessoa jurídica Alfa Aviamentos Ltda., domiciliada em Goianésia – GO, celebrou contrato escrito de locação de 
imóvel não residencial com Chaves Empreendimentos Ltda., por prazo determinado, tendo sido o contrato 
prorrogado várias vezes, no lapso de mais de sete anos. O valor mensal da locação é de R$ 1.500,00, e Alfa 
Aviamentos Ltda. exerce sua atividade no respectivo ramo desde a sua constituição, há cerca de dez anos. O 
contrato de locação findará em 3/5/2011, e os dirigentes da empresa locadora já se manifestaram contrários à 
renovação do referido contrato. 
QUESTÃO:Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Alfa Aviamentos Ltda., 
redija a medida judicial cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, abordando toda a matéria de direito 
material e processual aplicável à hipótese. 
 
03)No ano de 2003, na cidade de Recife, iniciou-se a construção do “PraianoBusiness Center Apart Hotel”. A 
finalidade principal do respectivo empreendedor, Praiano Business Center Apart Hotel Ltda., era construir um 
condomínio edilício situado à beira da praia de Boa Viagem, vender as unidades autônomas a terceiros e, a seguir, 
constituir, com estes, sociedade em conta de participação para a exploração de atividade hoteleira. O arranjo 
societário tinha a seguinte conformação: 
i) a Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. seria a sócia ostensiva, única responsável pela administração do 
negócio e pelas obrigações perante terceiros, e, por isso, receberia parte do lucro da conta em participação; 
ii) os proprietários das unidades autônomas seriam sócios-participantes, que permitiriam o uso dos correlatos bens 
imóveis pelo negócio, sem responsabilidade perante terceiros, e concorreriam, também, no lucro. Alienadas todas as 
unidades e encerrada a construção do prédio, em final de 2005, deu-se início às atividades do “Praiano Business 
Center Apart Hotel”. 
Entretanto, às vésperas de começar a exploração do negócio, a Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. adquiriu, 
da Ximenes Móveis Funcionais S.A., vasto mobiliário para guarnecer os apartamentos. Todos os bens comprados 
foram entregues na data aprazada. Contudo, o Apart Hotel não pagou por eles. Após várias tratativas, a Ximenes 
percebeu que havia sido ludibriada e não viria a receber o valor acertado. Nesse contexto, descobriu que Lucas de 
Jesus, grande empresário local, era dono de três unidades do “Praiano” e, contra ele, emitiu uma duplicata, no valor 
de R$ 28.000,00, correspondentes ao mobiliário que ocupou seus apartamentos. Lucas se 
recusou a pagar o título, o qual foi apresentado a protesto. Desesperado, Lucas, que não deseja ter o seu nome 
vinculado à pecha de mau pagador, procurou um advogado, para que fosse ajuizada medida judicial obstativa do 
registro do protesto. 
QUESTÃO:Na qualidade de advogado procurado, diante dos fatos hipotéticos acima narrados e atento ao exíguo 
prazo que a lei estabelece na espécie, elabore a petição inicial para atender ao cliente. 
 
04)A sociedade Silva & Silva Comércio de Alimentos Ltda. foi constituída para exploração da atividade de 
restaurante. Percebendo oportunidades negociais, a sociedade alugou um imóvel, por contrato escrito e por prazo 
certo de dois anos, situado no centro de uma cidade recémtornada turística. Como era de se esperar, o restaurante 
tornou-se um sucesso. Apesar disso, necessitava de recursos que a pessoa coletiva não tinha e, às vésperas do final 
 
 
65 
 
da locação, o restaurante (estabelecimento) foi alienado à América Restaurante S.A. Esta, por sua vez, entrou em 
acordo com o proprietário do imóvel, que aceitou a sub-rogação no contrato locatício e, desde logo, firmou mais um 
contrato escrito, então por prazo certo de um ano. A sucessão das empresas transcorreu de forma tranqüila. 
Entretanto, próximo ao final da segunda locação, a América Restaurante S.A. procurou o locador para entabular 
novo contrato. O senhorio, todavia, relutou, deixando que a relação locatícia ultrapassasse o termo final sem nova 
avença escrita. 
Pretendia, com isso, desfigurar eventual direito da locatória a uma ação renovatória. Assim, após dois meses do fim 
do contrato escrito, ele — locador — concordou em conceder novo instrumento à sociedade, agora pelo prazo de 
dois anos, como tinha feito inicialmente com Silva & Silva Comércio de Alimentos Ltda. No primeiro semestre do 
último ano de locação, a América Restaurante S.A. marcou uma reunião com o senhorio, a fim de lhe mostrar oseu 
direito à renovatória, bem como tentar chegar a um consenso acerca da renovação voluntária da avença existente 
entre as partes. Contudo, nessa reunião, o proprietário do imóvel recusou-se peremptoriamente a firmar novo 
contrato. Ademais, afirmou que a sociedade não tinha direito à renovação, sob os seguintes fundamentos: 
1) tinha contratos escritos e, portanto, a posse legítima do imóvel, por somente três anos; 2) caso fosse admitida, 
absurdamente, a contagem do tempo de contrato da Silva & Silva Comércio de Alimentos Ltda., não haveria uma 
soma ininterrupta de contratos escritos pelo prazo de cinco anos, visto que teria havido uma interrupção de dois 
meses; e, por fim, 3) no último ano, tinha conhecimento de que o restaurante deixara de ser um self-servicepara se 
tornar um sofisticado estabelecimento italiano, tendo mudado, portanto, de ramo de atividade. Os administradores 
da América Restaurante S.A. saíram da reunião e se encaminharam diretamente ao escritório do advogado, 
buscando obter um parecer para embasar juridicamente a sua tese do preenchimento de todos os requisitos da ação 
renovatória. 
QUESTÃO:No contexto dessa situação hipotética, redija um parecer devidamente justificado, fundamentando a 
pretensão da locatária. 
 
05)Rubens Massa, médico pediatra, decidiu montar uma loja que terá o objetivo de explorar atividade de venda de 
peças para automóveis. Rubens já alugou espaço comercial e iniciou os contatos com os fornecedores. No entanto, 
para iniciar a sua atividade de modo regular buscou o seu registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo como 
empresário individual. Em que 
pese ter Rubens efetivado a entrega de toda a documentação necessária para a sua inscrição, a Junta Comercial 
indeferiu o seu pedido, alegando que a atividade de médico não é considerada empresarial. Rubens inconformado 
promoveu todas as medidas administrativas pertinentes, porém não obteve êxito. Inconformado com a decisão 
Rubens procura seu escritório com o objetivo de conseguir o prosseguimento do registro, já que está com imóvel 
locado e não pretende iniciar sua atividade na irregularidade. 
QUESTÃO:Baseado nos fatos descritos acima elabore medida judicial cabível para viabilizar o registro de seu cliente. 
 
06)João e José, amigos de longa data, constituíram a sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis. Cada 
qual detinha 50% das quotas da sociedade e ambos a administravam. 
As afinidades eram muitas, mas, com o passar dos anos, as diferenças vieram à tona. As dificuldades do mercado 
acabaram contaminando a relação entre os sócios, que freqüentemente passaram a brigar. No ápice de uma 
discussão, chegou a haver agressão física: João desferiu dois socos na face de José. A manutenção da sociedade 
tornou-se insustentável. Tentou-se chegar a um consenso acerca de eventual compra das quotas de José por João, o 
que não foi possível. Tentou-se também a alienação das quotas de José a um terceiro, o que não contou com a 
anuência de João. José, por fim, não querendo permanecer no empreendimento, procurou um advogado para 
promover ação de dissolução da sociedade. 
QUESTÃO:Considerando a situação hipotética acima, elabore, de forma fundamentada, a petição inicial da ação de 
dissolução da sociedade existente entre João e José. 
 
07)A sociedade limitada Som Perfeito Ltda. dedicada ao comércio de aparelhos de som tem 4 sócios, Arlindo, 
Ximenes, Hermano e Suzana, todos com participação idêntica no capital social e com poder de administração 
 
 
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isolada. A sociedade é reconhecida no mercado por sua excelência no ramo e desfruta de grande fama e prestígio 
em seu ramo de negócio, tendo recebido vários prêmios de revistas. Entusiasmado com as novas tecnologias de 
transmissão de imagem como HDTV, “blue ray” e outras, e entendendo haver sinergias entre esse ramo de comércio 
e o da sociedade, Ximenes propõe aos sócios que passem, também, a comercializar televisões, aparelhos de DVD e 
“telões”. Após longo discussão, os demais sócios, contra a opinião de Ximenes, decidiram não ingressar nesse novo 
ramo de negócio, decisão essa que não foi objeto de ata formal de reunião de sócios, mas foi testemunhada por 
vários empregados da sociedade e foi também objeto de troca de emails entre os sócios. Um ano depois, com o 
mercado de equipamentosde imagem muito aquecido, à revelia dos demais sócios, a sociedade, representada por 
Ximenes, assina um contrato para aquisição de 200 televisões que são entregues 90 dias após. As televisões são 
comercializadas mas, devido a diversas condições mercadológicas e, principalmente, à inexperiência da sociedade 
nesse ramo de negócio, sua venda traz um prejuízo de R$ 135.000,00 para a empresa, conforme indicado por 
levantamento dos contadores e auditores da sociedade. Os demais sócios, profundamente irritados com o proceder 
de Ximenes e com o prejuízo sofrido pela sociedade, procuram um profissional de advocacia, pretendendo alguma 
espécie de medida judicial contra Ximenes. 
QUESTÃO:Tendo em vista a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado(a) constituído(a) pela 
sociedade, a peça processual adequada para a defesa de sua constituinte, indicando, para tanto, todos os 
argumentos e fundamentos necessários. 
 
08)Indústria de Doces Algodão de Açúcar Ltda., sociedade empresária com sede na Cidade de São Paulo, Estado de 
São Paulo, é credora da sociedade Sonhos Encantados Comércio de Doces Ltda., domiciliada na Cidade de Petrópolis, 
Estado do Rio de Janeiro, por meio de uma duplicata de venda de mercadorias, não aceita pela devedora, e vencida 
em 02/02/2011, no valor de R$ 50.000,00. 
QUESTÃO:Considerando que (i) a recusa do aceite não foi justificada pela sociedade sacada; que (ii) a sacadora 
protestou o título por falta de pagamento; e que (iii) detém o canhoto da correspondente fatura, assinado por 
preposto da devedora, dando conta do recebimento da mercadoria, elabore a petição inicial para ação para receber 
a quantia que melhor se adéque à pretensão do credor no caso relatado. 
 
 
09)Um sindicato de trabalhadores — SINFO —, cuja precípua e efetiva atividade é a de defender os direitos laborais 
de seus associados resolveu montar, na luta para aumentar seus parcos rendimentos em sua sede, uma pequena loja 
temática para ali vender, tão-somente, camisas, bonés e bijuterias com sua marca. Para tanto, encomendou a 
confecção desses produtos à Serigrafias Ltda., comprando-os dessa fábrica para, posteriormente, revendê-los na 
referida loja, o que faz regularmente há, pelo menos, dois anos. No ano de 2007, porém, as vendas não foram 
razoáveis, o que levou o SINFO a inadimplir dívida no valor de R$ 6.000,00, representada em nota promissória 
subscrita pelo Sindicato, a qual foi devidamente protestada por falta de pagamento. Dois meses após esse protesto, 
a credora, Serigrafias Ltda., resolveu levar sua demanda ao foro judicial. Assim, Serigrafias Ltda. ingressou com 
pedido de decretação da falência do SINFO, apresentando documentos que comprovavam as informações acima 
mencionadas, quais sejam, a condição empresarial do autor da ação, a existência da pequena loja na sede do 
devedor, a atividade de venda de bens, o título de crédito, o inadimplemento da dívida e o referido protesto 
ordinário. 
No pedido, Serigrafias Ltda. alegou, quanto à legitimidade passiva, que o SINFO, por comprar mercadorias para 
posteriormente revendê-las no mercado com claro intuito de lucro, estaria realizando atos de comércio de modo 
habitual, o que caracterizaria sua condição de empresário, nos termos do art. 966 do CC. Segundo a alegação de 
Serigrafias Ltda., essa condição estaria agravada por se tratar de empresário atuando com tipo impróprio de 
personalidade jurídica — associação civil —, em evidente exercício irregular da atividade empresarial. Serigrafias 
Ltda. alegou, ainda, que o fato jurídico desencadeador da falência seria o cabal inadimplemento de obrigação 
líquida, materializada no título de crédito antes mencionado. 
QUESTÃO:Considerando a situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado do SINFO, 
contestação, elencando os argumentos de defesa aptos a impedir a iminente decretação da falência da entidade 
sindical em processo que tramita na 1.a Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital. 
 
 
 
67 
 
10)No dia 2/1/2005, Caio Moura foi regularmente nomeado diretor financeiro da ABC S.A., sociedade anônima 
aberta, tendo, na mesma data, assinado o termo de sua posse no competente livro de atas. 
O artigo 35 do estatuto social da companhia era expresso em outorgar ao diretor financeiro amplos poderes para 
movimentar o caixa da sociedade do modo como entendesse mais adequado, podendo realizar operações no 
mercado financeiro sem necessidade de prévia aprovação dos outros membros da administração. 
No entanto, em 3/2/2006, Caio Moura efetuou operação na então Bovespa (atualmente BM&FBovespa) que 
acarretou prejuízo de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) à ABC S.A. 
A despeito do ocorrido, Caio Moura permaneceu no cargo até a assembleia geral ordinária realizada em 3/2/2007, 
por meio da qual os acionistas da companhia deliberaram (i) aprovar sem reservas as demonstrações financeiras 
relativas ao exercício de 2006; (ii) não propor ação de responsabilidade civil contra Caio Moura; e (iii) eleger novos 
diretores, não tendo Caio Moura sido reeleito. 
A ata dessa assembleia foi devidamente arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul e publicada 
nos órgãos de imprensa no dia 7/2/2007. 
Todavia, em 15/2/2010, ainda inconformados com a deliberação societária em questão, XZ Participações Ltda. e WY 
Participações Ltda., acionistas que, juntos, detinham 8% (oito por cento) do capital social da companhia, ajuizaram, 
em face de Caio Moura, ação de conhecimento declaratória de sua responsabilidade civil pelas referidas perdas e 
condenatória em reparação dos danos causados à companhia, com base nos arts. 159, §4º, e 158, II, ambos da Lei 
6.404/1976. 
Esse processo foi distribuído à 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio Grande do Sul. 
Citado, Caio Moura, que sempre atuou com absoluta boa-fé e visando à consecução do interesse social, procura-o. 
QUESTÃO:Elabore a peça adequada. 
 
 
11)Jorge Luís e Ana Cláudia são casados no regime de comunhão parcial de bens desde 1979. Em 17/8/2005, sem 
que Ana Cláudia ficasse sabendo ou concordasse, Jorge Luís, em garantia de pagamento de contrato de compra e 
venda de um automóvel adquirido de Rui, avalizou nota promissória emitida por Laura, sua colega de trabalho com 
quem mantinha caso extraconjugal. O vencimento da nota promissória estava previsto para 17/9/2005. Vencida e 
não paga a nota promissória, o título foi regularmente apontado para protesto. 
Após inúmeras tentativas de recebimento amigável do valor, Rui promoveu, contra Laura e Jorge Luís, em 
12/12/2008, a execução judicial do título, com fundamento nos artigos 566, 580, 585, inciso I, e 586 do CPC. Os réus 
foram regularmente citados e, não havendo pagamento, foram penhoradas duas salas comerciais de propriedade de 
Jorge Luís adquiridas na constância do seu 
casamento. Inconformada, Ana Cláudia procurou a assistência de profissional da advocacia, pretendendo alguma 
espécie de defesa, em seu exclusivo nome, para livrar os bens penhorados da constrição judicial, ou, ao menos, 
parte deles, visto que haviam sido adquiridos com o esforço comum do casal. 
QUESTÃO:Em face dessa situação hipotética, redija, na condição de advogado(a) constituído(a) por Ana Cláudia, a 
peça processual adequada para a defesa dos interesses de sua cliente, apresentando, para tanto, todos os 
argumentos e fundamentos necessários. 
 
 
12)A Indústria de Solventes Mundo Colorido S.A. requereu a falência da sociedade empresária Pintando o Sete 
Comércio de Tintas Ltda., com base em três notas promissórias, cada qual no valor de R$ 50.000,00, todas vencidas e 
não pagas. Das três cambiais que embasam o pedido, apenas uma delas (que primeiro venceu) foi protestada para 
fim falimentar. 
Em defesa, a devedora requerida, em síntese, sustentou que a falência não poderia ser decretada porque duas das 
notas promissórias que instruíram o requerimentonão foram protestadas. Em defesa, requereu o deferimento de 
prestação de uma caução real, que garantisse o juízo falimentar da cobrança dos títulos. 
Recebida a defesa tempestivamente ofertada, o juiz da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio 
de Janeiro abriu prazo para o credor se manifestar sobre os fundamentos da defesa. 
QUESTÃO:Você, na qualidade de advogado(a) do credor, deve elaborar a peça em que contradite, com o 
apontamento dos fundamentos legais expressos e os argumentos de defesa deduzidos. 
 
 
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13)Um representante legal de cooperativa de crédito, com sede e principal estabelecimento localizados no Distrito 
Federal, voltada precipuamente para a realização de mútuo aos seus associados, acaba de saber que o gerente de 
sucursal localizada em outro estado foi legalmente intimado, há uma semana, por decisão prolatada pelo juízo da 
cidade de Imaginário, em que se decretou a falência da cooperativa em questão. No caso, um empresário credor de 
uma duplicata inadimplida no valor total de R$ 11.000,00 requereu, após realizar o protesto ordinário do título de 
crédito, a falência do devedor, em processo que correu sem defesa oferecida pela mencionada pessoa jurídica. Na 
decisão, afirma-se que a atividade habitual de empréstimo de dinheiro a juros constitui situação mercantil clássica, 
sendo, portanto, evidente a natureza empresarial do devedor, e que, em razão da ausência de interesse do réu em 
adimplir o crédito ou sequer se defender, patente está a sua insolvência presumida. 
QUESTÃO:Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo 
representante legal da mencionada cooperativa de crédito, redija a medida processual cabível para impugnar a 
decisão proferida. 
 
14)Amin e Carla são sócios da A&C Engenharia Ltda., pessoa jurídica que, em 26/11/2008, teve falência decretada 
pela Vara de Falências e Concordatas do Distrito Federal, tendo o juízo competente fixado o termo legal da falência 
em 20/11/2007. Pedro, administrador judicial da massa falida da A&C Engenharia Ltda., tomou conhecimento que 
Amin, à época em que este praticava atos concernentes à administração da sociedade, transferira, em 5/12/2007, a 
título gratuito, um automóvel, de propriedade da sociedade empresária, a sua irmã, Fabiana, o que causou prejuízos 
à massa falida. Em face dos referidos fatos, Pedro decidiu promover medida judicial visando à revogação da doação 
praticada por Amin, com o objetivo de preservar os interesses da sociedade e dos credores. 
QUESTÃO:Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Pedro, 
redija a medida judicial cabível para a referida revogação, com fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, 
apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
 
15)J.P. Estofador, empresário individual domiciliado na cidade do Rio de Janeiro, é credor, por uma duplicada de 
prestação de serviços, devidamente aceita, no valor de R$ 10.000,00, vencida e não paga, da sociedade Móveis 
Paraíso Ltda., relativamente a serviços de estofamentos realizados. A falência da devedora foi decretada em 
11.02.2009 pelo juízo da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Pouco mais de um 
ano após a decretação da quebra, dito credor procurou-o(a), como advogado(a), para promover sua habilitação na 
falência da aludida sociedade empresária, considerando não ter sido observado o prazo estipulado no § 1.º do artigo 
7.º da Lei 11.101/2005. 
QUESTÃO:Com base somente nas informações que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, 
elabore a petição adequada a atender à pretensão de seu cliente.

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