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Aula 14
Segurança e Transporte p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)
Professores: Alexandre Herculano, Marcos Girão, Thiago Farias
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
www.estrategiaconcursos.com.br | Profs. Herculano e Girão 1 de 60 
 
Aula 14 ± NOÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE 
DOCUMENTOS 
SUMÁRIO 
I ± NOÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE DOCUMENTOS ............. 3 
1. CONCEITOS DE SUPORTE ............................................................... 3 
1.2. Importância dos Documentos ..................................................... 4 
1.3. Determinação do nível de sensibilidade dos suportes ................. 5 
1.4. CLASSIFICAÇÃO DO SIGILO DOS DOCUMENTOS ......................... 6 
1.5. SEGURANÇA DA PRODUÇÃO DOS DOCUMENTOS ......................... 8 
1.5.1. Fases da Produção ................................................................ 8 
1.5.2. Classificação Sigilosa e Credencial de Segurança .................. 9 
1.5.3. Confidencialidade e Compartimentação ................................ 9 
1.5.4. Estrutura dos Conteúdos ..................................................... 10 
1.5.5. Regras de Confecção ........................................................... 10 
1.5.6. Criptologia .......................................................................... 11 
1.5.7. Segurança dos Recursos Utilizados na Produção dos 
Conhecimentos ............................................................................. 12 
1.6. A Segurança no Manuseio dos Documentos .............................. 12 
1.6.1. Segurança na Expedição ..................................................... 13 
1.6.2. Segurança no Recebimento ................................................. 13 
1.6.3. Cuidados no Recebimento ................................................... 14 
1.6.4. Correspondência ou Encomenda Suspeita ........................... 16 
1.6.5. Segurança no Registro ........................................................ 18 
2.6.6. Encaminhamento e Difusão ................................................... 19 
1.6.7. Controle de Reproduções .................................................... 20 
1.6.8. "Fugas" ou "Vazamentos" de Dados e/ou Informações ...... 20 
1.6.9. Meios e Formas de Difusão dos Documentos ....................... 21 
1.6.10. O Envelopamento .............................................................. 22 
1.6.11. O Termo de Confidencialidade ........................................... 22 
1.7. Segurança no Transporte dos Documentos ............................... 23 
1.8. Segurança na Custódia e Guarda dos Documentos ................... 24 
1.8.1. A Custódia ........................................................................... 24 
1.8.2. A Guarda ............................................................................. 25 
1.8.3. Termos de Recebimento ...................................................... 25 
1.8.4. Os Inventários .................................................................... 25 
1.9. A Segurança no Arquivamento dos Documentos ....................... 26 
1.10. A Segurança Na Destruição Dos Documentos ....................... 27 
II ± NOÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DOS PROCESSOS ........... 29 
2.1. PROCESSOS ± CONCEITO .......................................................... 29 
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
www.estrategiaconcursos.com.br | Profs. Herculano e Girão 2 de 60 
 
2.2. A SEGURANCA DAS OPERAÇÕES ............................................... 29 
2.2.1. Significado das Operações .................................................. 29 
2.2.2. A Análise do Processo Institucional .................................... 30 
2.2.3. A Determinação do Gênero e da Criticidade das Operações . 31 
2.2.4. Escala de Criticidade .............................................................. 32 
2.2.5. A Segurança Propriamente Dita das Operações................... 32 
2.2.6. Segurança das Operações Periculosas ................................ 33 
2.2.7. Segurança das Operações Sensíveis de Fato ....................... 36 
2.3. A SEGURANÇA DOS INSUMOS ................................................... 38 
2.3.1. Insumos .............................................................................. 38 
2.3.2. Sensibilidade e Periculosidade ............................................ 39 
2.3.3. Determinação do Nível de Criticidade dos Insumos ............. 39 
2.3.4. Segurança do Insumo Considerado Não-sensível e Não-
periculoso ..................................................................................... 40 
2.3.5. Controle do Insumo Considerado Sensível e/ou Periculoso 41 
2.3.6. Segurança do Insumo considerado Sensível e/ou Periculoso 42 
3.3.6. Lixo Classificado ................................................................. 52 
3.4. Gerenciamento de Risco no Transporte De Cargas .................... 53 
3.4.1. Riscos e Ameaças no Transporte de Cargas......................... 53 
3.4.2. Rastreamento de veículos ................................................... 54 
QUESTÕES DE SUA AULA .................................................................... 59 
GABARITO .......................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
www.estrategiaconcursos.com.br | Profs. Herculano e Girão 3 de 60 
 
I ± NOÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE DOCUMENTOS 
 
 
1. CONCEITOS DE SUPORTE 
 
Dados e informações constituem modalidades de conhecimentos cuja 
existência se materializa das mais variadas formas, Assim, uma fotografia, um 
mapa, uma imagem, um som, um escrito, um objeto, um odor, um desiqn, 
enfim, qualquer coisa, tangível ou não, dependendo da importância 
circunstancial ou estratégica de seu significado, pode ser considerada como um 
dado ou informação. 
É claro, portanto, que a importância de um conhecimento tem a ver com 
o significado de seu conteúdo e não com o meio físico em que se firma ou 
assenta, isto é, que lhe serve de base para consubstanciar sua existência. 
Logo, deve-se separar os significados de dados e informações dos 
próprios meios físicos normalmente utilizados para (re) produzi-los, registrá-
los, manipulá-los, transmiti-los, transportá-los, apresentá-los, arquivá-los e, 
até, destruí-los. Ou seja, há que separar dos conteúdos os próprios meios 
utilizados como suportes para consubstanciá-los materialmente. 
 
 
 
¾ Os SUPORTES são, portanto, os meios físicos de que se utilizam os 
dados e informações para manifestarem sua própria existência 
concreta. São todos os objetos materiais que sustentam qualquer tipo 
de conhecimento. 
 
Assim, por exemplo, o papel é o suporte das fotografias, dos escritos, 
dos mapas; um filme, de imagens, de sons; um disquete, CD-Rom ou um chip, 
de documentos, tabelas, planejamentos; um frasco ou recipiente é o suporte 
de um odor; um objeto, o suporte de um design. 
 
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
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É, portanto, em razão da importância dos conhecimentos que abrigam 
que os suportes são objeto da atenção do serviço de segurança. Para prover 
sua salvaguarda e, consequentemente, proteger os dados e informações que 
contêm, é importante o estabelecimentode ações de segurança. Vamos 
abordar nos próximos tópicos algumas dessas ações. 
Importa destacar ainda que, de fato, os DOCUMENTOS EM PAPEL 
(ofícios, planos, agendas, atas, anotações, gráficos, plantas, esquemas, 
desenhos etc.) são os suportes mais comuns e abundantes nas rotinas das 
instituições, razão pela qual as MEDIDAS e os PROCEDIMENTOS apresentados 
a seguir são particularmente aplicáveis à sua produção, manipulação, 
arquivamento e destruição. 
Tudo que você estudará, daqui em diante, será direcionado para A 
SEGURANÇA DE DOCUMENTOS, mas, saiba, que as regras e condutas também 
se aplicam aos mais variados suportes, ok? 
 
1.2. Importância dos Documentos 
 
A doutrina que se segue não se aplica, logicamente, a todo e qualquer 
documento produzido pela rotina burocrático-operacional das empresas. 
Eventualmente, poderá ser observada, no todo ou em parte, de acordo com o 
nível de sensibilidade atribuído a cada suporte. 
Convém que seja necessariamente observada no caso dos 
suportes relacionados com a alta gestão ou considerados sensíveis, 
que consubstanciem ou contenham "segredos das empresas" ou cujo 
conteúdo represente riscos que possam causar danos às pessoas (RH e 
alta gestão) e aos ativos das instituições. 
Conforme resultará evidente, a segurança dos suportes é eminentemente 
PROCEDIMENTAL. Exige, portanto, elevado grau de conscientização dos 
funcionários e servidores e profundo comprometimento da alta 
administração. 
 
 
 
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1.3. Determinação do nível de sensibilidade dos 
suportes 
 
O grau de criticidade (ameaça ou risco) de um suporte é determinado 
pelo seu conteúdo e define o tratamento que deverá ser adotado para sua 
produção, no seu manuseio, destruição ou arquivamento. Tudo em função do 
nível de sensibilidade avaliado, seja por decisão da alta gestão, seja por 
enquadramento em parâmetros prévia e institucionalmente definidos. 
Inúmeros são os parâmetros ou critérios que poderão ser considerados 
na avaliarão da criticidade (sensibilidade), como os apresentados a seguir, que 
têm se revelado bastante eficientes: 
 
9 verificar quem determina: aquele que confecciona; 
9 verificar quando: por ocasião da produção, desde a reunião de 
dados; 
9 evitar exagero ou modéstia na classificação; 
9 estabelecer o grau de criticidade em função da "necessidade de 
conhecer" e dos danos que sua divulgação não-DXWRUL]DGD��³IXJD´�RX�
³YD]DPHQWR´��SRVVD�FDXVDU. 
 
3URIHVVRU�� H� R� TXH� VLJQLILFD� HVVD� H[SUHVVmR� ³necessidade de 
FRQKHFHU´? 
A necessidade de conhecer é a relação intrínseca entre a função que 
cada empregado desempenha no contexto de uma organização e a informação 
que ela terá direito ao acesso, 
Pois bem, continuando, a análise implica o estabelecimento de ações 
específicas de segurança, como "termos de confidencialidade", 
compartimentação, arquivamentos especiais ou destruição obrigatória. Ainda 
na análise, deve-se verificar: 
9 a filosofia e as políticas de segurança, consubstanciadas no 
planejamento de segurança vigente (Plano de Segurança Integrada) 
ou em norma específica; 
 
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9 se o conteúdo do suporte pode causar danos às pessoas (RH e alta 
gestão) ou aos ativos da instituição; 
9 se o conteúdo do suporte trata do negócio (produtos ou serviços); 
9 se abrange processos, planejamentos ou qualquer estratégia 
institucional; 
9 se o conteúdo do suporte trata da segurança institucional; 
9 se o conteúdo abrange deliberações da alta gestão; 
9 se o conteúdo refere-se a plantas, esquemas, circuitos, softwares, 
sistemas. 
 
Enfim, se o conteúdo do documento refere-se a SEGREDOS DA 
EMPRESA. 
 
É importante que você saiba, caro aluno, que quaisquer que sejam os 
parâmetros ou critérios utilizados para determinação da sensibilidade do teor 
dos documentos, a segurança deve ter como principal preocupação evitar que 
os procedimentos e as medidas de segurança necessários interfiram 
nos diversos processos institucionais. 
 
1.4. CLASSIFICAÇÃO DO SIGILO DOS DOCUMENTOS 
 
Caro aluno, destaco a importância fundamental desse tópico e peço que 
o estude com especial atenção, pois as bancas têm um verdadeiro caso de 
amor com a classificação dos documentos!! 
Dependendo do tipo de produto ou de serviço, o negócio de uma 
instituição pode exigir que se estabeleça uma gradação no sigilo, definindo 
aquele considerado adequado para determinados conteúdos. Essa 
determinação do grau de sigilo é chamada de CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA, e o 
grau deve ser atribuído observando-se parâmetros previamente definidos. 
Evita-se assim a sub ou superavaliação do sigilo necessário, que poderiam 
implicar inadequação de medidas e procedimentos de segurança empregados. 
Apresentarei, a seguir, um exemplo de níveis de classificação sigilosa que 
podem ser adotados: 
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¾ ULTRASSECRETO: assuntos que requeiram "excepcionais" (essa é a 
palavra-chave!!) medidas de segurança e cujo teor só deva ser do 
conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou 
manuseio. 
¾ SECRETO: assuntos que requeiram "elevadas" (palavra-chave!!) 
medidas de segurança e cujo teor possa ser do conhecimento de 
pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou 
manuseio, sejam autorizadas a tomar conhecimento, por necessidade 
institucional. 
¾ CONFIDENCIAL: assuntos que requeiram "medianas" (palavra-
chave!!) medidas de segurança e cujo conhecimento do teor por pessoas 
não autorizadas possa ser prejudicial para os interesses da instituição 
ou criar embaraços. 
¾ RESERVADO: assuntos que requeiram medidas de segurança 
"rotineiras" e que não devam ser do conhecimento do público em 
geral. 
¾ OSTENSIVOS: assuntos que não requeiram medidas de segurança 
e cujo teor possa ser do conhecimento do público em geral. Os suportes 
cujos conteúdos sejam considerados ostensivos dispensam a 
marcação da classificação em seu corpo. Atenção: se NÃO HOUVER 
CLASSIFICAÇÃO em determinado documento, ele deverá ser tratado 
como ostensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.5. SEGURANÇA DA PRODUÇÃO DOS DOCUMENTOS 
 
1.5.1. Fases da Produção 
 
A confecção de um documento, independentemente de sua natureza, 
consiste num conjunto de procedimentos que resultam, necessariamente, na 
produção de um "conhecimento" (reunião de dados e informações com 
significado definido). 
É exatamente o fato de consubstanciar um conhecimento que impõe a 
necessidade de ações de segurança para os documentos. O conjunto de 
medidas e procedimentos dependerá da natureza e da sensibilidade do 
assunto, e, embora algumas de suas fases possam ser desconsideradas ou 
agrupadas, o emprego da metodologia aqui proposta conferirá maior 
segurança ao processo de produção de documentos, em particular daqueles 
considerados "segredos das empresas". Vamos às fases: 
 
 
 
 
1º- Planejamento: analisar assunto, usuário, prazo, aspectos essenciais 
(conhecidos e a conhecer), ações de segurança a adotar; 
2º - Reunião de dados: coleta e/ou busca e as ações decorrentes; 
3º - Análise e síntese: decomposição dos dados em partes constitutivas 
relacionadas com os aspectos essenciais levantados, estabelecendo suas 
ligações e compondo um todo coerente; 
4º - Interpretação: estabelecimento de significados, pelo raciocínio 
lógico. 
5º - Formalização e difusão: confecção em formato próprio, atribuição 
do grau de sigilo (se for necessário) e divulgação aos interessados. 
 
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1.5.2. Classificação Sigilosa e Credencial de Segurança 
 
O maior grau de sigilo a ser atribuído a um documento corresponde ao 
da credencial de segurança de quem o produziu. Assim aquele que possui 
FUHGHQFLDO� �FRQILGHQFLDO´� SRGH� FODVVLILFDU� GRFXPHQWRV� FRPR "confidenciais" e 
"reservados", sendo-lhe vedado classificá-los como "secretos" ou 
"ultrassecretos". 
Caso verifique a necessidade de classificar um item em nível acima do 
que lhe é permitido, o profissional deve levar tal situação a quem de direito, 
pois certamente algo está errado. 
 
1.5.3. Confidencialidade e Compartimentação 
 
Da "necessidade de conhecer" (nível de profundidade do 
conhecimento funcional sobre determinado assunto) derivam a 
CONFIDENCIALIDADE e a COMPARTIMENTAÇÃO. 
 
 
 
¾ Confidencialidade: Está relacionada com o "compromisso de sigilo". 
¾ Compartimentação: Está relacionada com o nível e a profundidade de 
acesso. 
 
Ambas implicam, respectivamente, em "Termos de Confidencialidade", 
que comutam penalidades para as inconfidências e vazamentos, e em 
limitações de acesso ao todo ou a parte do conhecimento considerado, de 
qualquer ordem, particularmente os considerados de natureza sensível ou 
sigilosa. 
 
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1.5.4. Estrutura dos Conteúdos 
 
Qualquer que seja o documento, seu conteúdo deve obedecer a uma 
estrutura básica: 
 
9 Classificação sigilosa: marcação do documento com um grau de 
sigilo (observando uma metodologia adotada na empresa), 
registrada em destaque, preferencialmente em vermelho, em letras 
maiúsculas grandes, no topo e no pé de cada página, se em papel, 
ou na frente e no verso dos demais suportes (fotos, CDs, disquetes 
etc.), salvo, é claro, se considerados "ostensivos'. A figura abaixo é 
um exemplo de cabeçalho de um dos documentos classificado em 
meu estimado órgão: 
 
 
 
9 Numeração sequencial: numeração de todas as páginas (exceto a 
primeira), observando a marcação da página considerada e o total 
de todas as páginas (por exemplo: 03/11 - página de nº 3 de 11 
páginas). 
9 Cabeçalho: identificação da instituição e do próprio documento 
(natureza, data, assunto, difusão, referência, relação de anexos 
etc.). 
9 Texto: conteúdo ou teor do documento, desenvolvimento do 
assunto. 
9 Autenticação: marcação que ateste a veracidade e a fidedignidade 
do teor da assinatura. 
 
1.5.5. Regras de Confecção 
 
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
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Para perfeita compreensão do teor dos conteúdos dos documentos, 
particularmente dos sensíveis, algumas regras são úteis: 
ƒ redigir com naturalidade, evitando estrangeirismos e eruditismos, 
porém observando a correção gramatical e da linguagem (não usar 
gírias, modismos, regionalismos etc.); 
ƒ empregar palavras de significado preciso e adequado aos usuários, 
evitando as que sejam excessivamente eruditas, essencialmente 
populares ou regionais, indiquem sugestão ou suscitem dúvidas; 
ƒ ordenar as ideias em uma sequencia lógica, formar frases curtas, na 
ordem direta e, preferencialmente, com uma ideia central por 
parágrafo (exemplo do complicado hino nacional brasileiro); 
ƒ evitar superlativos, termos absolutos ou prolixos; 
ƒ colocar entre aspas as transcrições, identificando a fonte sempre 
que possível; 
ƒ colocar entre parênteses siglas e significados de expressões técnicas 
ou jurídicas; 
ƒ escrever os nomes próprios em letras maiúsculas; 
ƒ tratar o assunto como se o usuário nada entendesse a seu respeito; 
ƒ nunca deixar de fazer, pelo menos, duas revisões; 
ƒ caso necessário ou conveniente, proceda "marcações" no texto para 
identificá-lo individualmente. 
 
1.5.6. Criptologia 
 
A criptologia trata dos métodos para tornar mensagens inteligíveis em 
obscuras e vice-versa, INDEPENDENTEMENTE do meio de comunicação. 
Impede o uso da visão e da audição para captar o teor das intercomunicações. 
A criptologia tem dois ramos: o primeiro, a criptecnia que transforma a 
mensagem clara em enigmática e vire-versa, a partir do conhecimento e 
emprego de uma técnica determinada; o segundo, a criptoanálise, resgata a 
feição inteligível da mensagem, sem prévio conhecimento da técnica 
empregada para torná-la enigmática. 
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Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
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As mensagens ininteligíveis são chamadas criptoqramas e podem 
resultar da criptografia (transformações e textos), da criptofonia 
(transformação de sons), da criptovisibilização (transformação da imagem) e 
do uso combinado de todos. 
A criptografia se utiliza de várias técnicas de transformações de textos, 
como sistemas de cifras, códigos, fraseologia estereotípica e até grafias 
especiais, invisíveis e dissimuladas, que podem ser facilmente assimiladas pela 
leitura especializada. 
Como exemplos dessas técnicas, temos a grafia dissimulada, a inversão 
de palavras e a transposição de quadros. Não se faz necessário entrarmos em 
detalhes sobre tais técnicas. Para a sua prova, o que você precisa saber é que 
elas existem e que são técnicas de criptografia que podem ser usadas na 
segurança de documentos 
 
1.5.7. Segurança dos Recursos Utilizados na Produção 
dos Conhecimentos 
 
Um dos principais itens ela segurança dos documentos é o cuidado com 
que se MANUSEIAM os recursos necessários para produzir conhecimentos. É 
imprescindível dispensar cuidados especiais com notas, minutas, rascunhos, 
carbonos, cópias, enfim, tudo que tenha sido utilizado como 
documentos para produção de conhecimentos, notadamente os considerados 
de teor sensível ou sigiloso. 
Deve-se atentar para a classificação sigilosa de tais itens, para seu 
destino, bem como para a forma de sua destruição e respectiva 
responsabilidade, se for o caso. Vamos detalhar um pouco mais esses 
procedimentos nos itens a seguir!! 
 
1.6. A Segurança no Manuseio dos Documentos 
 
A segurança no MANUSEIO se inicia a partir da produção e se 
estende até o arquivamento dos suportes. Nesse intervalo, uns 
manuseiam mais e com maior aprofundamento que outros, razão pela qual se 
impõem níveis diferentes de segurança, além de treinamento adequado. 
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Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
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1.6.1. Segurança na Expedição 
 
 
¾ A EXPEDIÇÃO exige segurança máxima, pois tudo que sai da 
instituição deve passar por ela. 
 
Na expedição é que são providenciadas as formalidades de 
envelopamento, marcação, lacração, registro, despacho e envio, embora 
alguns documentos possam lá chegar absolutamente prontos. 
Além de registros minuciosamente organizados e rotinas absolutamente 
definidas para cada tipo de correspondência a ser expedida, a principal 
preocupação da segurança na expedição deve voltar-se para o perfeito 
acondicionamento dos suportes, para sua inviolabilidade, para a 
garantia de que permaneçam incólumes (incolumidade), bem como para a 
garantia da escolha do meio de difusão mais apropriado e seguro. 
Documentos de assuntos SENSÍVEIS ou SIGILOSOS, além de possuir 
rotinas e registros próprios, devem, se possível, contar com funcionários 
especificamente designados e treinados para seu manuseio. Anexos, 
apêndices, adendos e demais itens que os acompanhem devem sofrer o 
mesmo tratamento, e seu controle deve ser objeto de registro específico. 
 
1.6.2. Segurança no Recebimento 
 
 
¾ ASSIM COMO A EXPEDIÇÃO, o RECEBIMENTO deve ser objeto de 
segurança máxima 
 
Isto se dá pelo fato de que, no mais das vezes, expedição e recebimento 
compartilham espaço e contam com os mesmos funcionários, medida salutar 
de confidencialidade e compartimentação. 
 
Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
Profs. Alexandre Herculano e Marcos Girão 
 
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As principais preocupações com a segurança do recebimento de 
documentos devem se concentrar no estado (integridade), incolumidade e 
inviolabilidade de seus invólucros - inclusive de apensos de qualquer 
natureza - e na coerência entre o portador, o meio utilizado e o suporte 
propriamente dito. É também indispensável a existência de registros 
minuciosamente organizados e rotinas absolutamente definidas, além de seu 
fiel cumprimento, em particular quando se tratar de documentos de assuntos 
sensíveis ou sigilosos (estes devem ter rotinas e registros próprios e 
funcionários específicos para recebê-los). 
Outro cuidado a ser considerado refere-se ao recebimento de 
documentos fora dos horários normais de expediente ou em dias não 
úteis, que exigem rigorosas rotinas e controles específicos, além de local 
apropriado para custódia até sua entrega ao segmento responsável. 
 
1.6.3. Cuidados no Recebimento 
 
Correspondências e encomendas, salvo raríssimas exceções, não 
recebem um tratamento minimamente adequado quando de seu recebimento, 
seja pelas pessoas, seja pelas instituições. Tal situação é expressivamente 
agravada porquanto as empresas encarregadas de distribuí-las também não 
costumam tornar medidas nem adotar procedimentos para prevenir possíveis 
ações adversas perpetradas por meio postal. 
Em razão do exposto, algumas providências podem e devem ser 
adotadas, para minimizar os riscos de uma ameaça por via postal ou por 
mensageiros. 
Assim, deve-se estabelecer ao menos uma rotina de verificações, seja 
manual ou, de preferência, com uso de equipamentos (detectores, raios X 
etc.), que assinale as correspondências ou encomendas cujos invólucros 
apresentem características que revelem indícios considerados suspeitos. 
Como exemplo, pode-se considerar suspeita toda encomenda que 
apresente alguma das seguintes características: 
9 inexistência de remetente, sem endereço ou procedente do exterior; 
escrita do remetente com erros, caracteres estranhos, letras recorta- 
das ou coladas; 
9 escrita em língua estrangeira, estranha ou desconhecida; 
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9 correspondência inesperada ou de remetente desconhecido; 
9 cidade ou estado do selo postal diferente do endereço do remetente; 
9 locais de remessa pouco usuais, países distantes (observar pelos selos 
ou carimbos); 
9 anormalidades no destinatário ou no remetente: inexistente, demitido, 
não trabalha mais no local, adoentado, morto ou desconhecido, uso de 
tratamentos pessoais, porém sem nomes ou sobrenomes; endereços 
incompletos; 
9 correspondências marcadas com restrições do tipo "Pessoal" ou 
"Confidencial"; 
9 embalagem ou invólucros estranhos, cores berrantes, jornais, 
distrações e apelos visuais; 
9 excesso de material de fechamento (excesso de fitas de vedação, 
isolantes, cadarços, cordas ou barbantes); 
9 peso ou tamanho aparentemente desproporcionais ou excessivos; 
rigidez não comum (em razão da presença de metais, papel dobrado 
ou outro envelope interno); 
9 selos em excesso, lacres alterados eu violados, evidências de alteração 
ou substituição do conteúdo; 
9 objetos soltos (lápis, pilhas ou baterias), fios ou arames aparentes; 
9 presença de cheiro ou manchas estranhas; 
9 manchas de gordura, graxa, ou descolorações (resultado de exsudação 
ou de umidade); 
9 emissão de sons (tique-taque de um relógio ou bip de equipamentos 
eletrônicos); 
9 presença de metal (verificável por detector), material maleável (massa 
plástica, cadarço, cordel) ou rijo (tablete, bastão); 
9 presença, dentro ou fora, de qualquer substancia em pó. 
 
Cabe à segurança zelar para que as ações previstas sejam rigorosamente 
cumpridas, mesmo nos horários e dias não-úteis. 
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1.6.4. Correspondência ou Encomenda Suspeita 
 
Ante uma correspondência ou encomenda considerada suspeita, o 
segmento responsável deve agir conforme o previsto e acionar imediatamente 
a equipe de segurança, procurando passar, desde logo, o máximo de 
informações de que dispuser. 
Nesses casos, antes que seja desencadeada qualquer ação preventiva, 
deve-se: 
ƒ manter a suspeita em sigilo para evitar pânico; 
ƒ analisar a ameaça, observando as características, os escritos (se 
houver), as circunstâncias, os antecedentes, as possíveis motivações e 
os locais envolvidos, e avaliar o grau de risco; 
ƒ informar à alta gestão, opinando sobre o grau de risco avaliado; 
ƒ informar, imediatamente, se for o caso, ao órgão estatal competente 
(polícia, defesa civil etc.); 
ƒ manter o sigilo até que a suspeita seja confirmada ou não, para evitar 
pânico; 
ƒ contatar autoridade estatal competente para que esta, somente, opte 
pela evacuação das dependências; 
ƒ caso se decida pela evacuação, informar o motivo e desencadear os 
procedimentos previstos; 
ƒ sair da dependência, trancar a porta e isolar o local e proximidades. 
 
Considerando o perfil logicamente diferente das ameaças, a segurança, 
conforme o caso, deve tomar e fazer que sejam tomadas as seguintes 
providências: 
 
 
 
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Î No caso de suspeita de material CONTAGIOSO: 
 
9 abordar o volume a favor do vento (nunca contra o vento); 
9 não abrir, sacudir ou esvaziar os conteúdos do volume considerado 
suspeito; 
9 não tentar limpar qualquer tipo de sólido, pó ou solução líquida; 
9 não cheirar, nem expor a choques, ao calor ou à luz; 
9 acondicionar o volume suspeito em um saco plásticoou outro tipo de 
embalagem que previna vazamentos, ou então cobri-lo com qualquer 
objeto (vestuário, papel, tapete etc.); 
9 sair da dependência, trancar a porta e isolar o local e proximidades; 
prevenir a contaminação da pele e do rosto, lavando as mãos com água 
e sabão neutro (recolhendo e reservando a água utilizada); 
9 contatar o órgão estatal competente, com a máxima urgência; 
9 listar e isolar todos os que tiveram contato com o volume e informar à 
autoridade responsável; 
9 remover, recolhendo à autoridade responsável, objetos, roupas e 
materiais possivelmente contaminados (inclusive água, se for o caso); 
9 tomar um banho com água e sabão neutro, tomando o cuidado de 
recolher a água utilizada; 
9 não usar desinfetantes para limpar a pele; 
9 seguir rigorosamente as orientações das autoridades responsáveis. 
 
Î No caso de suspeita de material EXPLOSIVO: 
 
9 isolar o local e procurar afastar as pessoas; 
9 não tocar, manipular, remover ou cobrir o volume suspeito; não expor 
a choques, ao calor ou à luz; 
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9 isolar a érea ao redor, abaixo e acima do volume suspeito; 
9 abrir todas as janelas e portas do local onde estiver o volume 
suspeito; 
9 jamais tentar desfazer invólucros ou acondicionamentos; 
9 solicitar apoio ao órgão estatal competente (polícia, defesa civil etc.); 
9 acompanhar a ação do órgão estatal e não se afastar do local. 
 
A ação da equipe de segurança é determinante para minimizar os efeitos 
da ocorrência de volumes suspeitos, especialmente se confirmada. Somente a 
certeza do público interno em relação à existência e à observância de medidas 
e procedimentos preventivos no recebimento de correspondências e 
encomendas afasta o medo e impede que as possíveis ameaças prejudiquem a 
plena eficiência da produção ou da prestação do serviço. 
Além disso, somente o perfeito conhecimento dos procedimentos a 
serem adotados diante de situações de crise pode prevenir e evitar o pânico 
das pessoas. 
 
1.6.5. Segurança no Registro 
 
Consiste na designação e implementação de um sistema de protocolo 
eficiente e eficaz, que possibilite o controle absoluto da tramitação e do 
destino de cada suporte expedido, até seu recebimento pelo destinatário (via 
acusação do recebimento), ou até seu arquivamento ou destruição. 
 Modernamente, tal controle tem sido facilitado por softwares de gestão, 
que, entretanto, carecem de adaptações e aperfeiçoamento para atenderem 
plenamente às peculiaridades de cada rotina particular. A segurança on-line 
no registro se consegue pelo compartilhamento de sistemas ou pelo trânsito 
dos documentos, sempre cuidadosamente monitorado por registros próprios. 
 A inexistência de rede informatizada não inviabiliza, entretanto, o 
controle, que pode ser perfeitamente implementado por sistemas de fichas, 
anexação de folhas ou qualquer outro artifício que atenda a tal necessidade. 
 
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¾ Os registros devem ser mantidos, ao menos, por um período mínimo 
determinado, caso não seja possível mantê-los indefinidamente. 
 
 
2.6.6. Encaminhamento e Difusão 
 
 
 
 
¾ ENCAMINHAMENTO refere-se a trânsito interno nas instituições, e 
DIFUSÃO, a trânsito externo. 
 
Assim, exigem controles e preocupações diferentes, tendo em vista que 
a pessoa que encaminha deve controlar o trânsito interno dos documentos, do 
recebimento até seu arquivamento e/ou destruição, ao passo que o difusor 
deve controlar o trânsito externo dos documentos até o recebimento pelo(s) 
destinatário(s). Daí, temos que: 
 
¾ O principal instrumento de controle da DIFUSÃO é o recebimento do 
documento, que certifica sua chegada ao destino em ordem e 
oportunamente. 
¾ No ENCAMINHAMENTO, o principal instrumento de controle é seu 
arquivamento ou guarda. 
 
Ainda com respeito ao trânsito interno, a equipe de segurança deve se 
preocupar com o desarquivamento de documentos, que merece o mesmo 
controle de sua tramitação observado na produção ou no recebimento. Nesse 
caso, porém, a cargo, não do protocolo, mas do próprio arquivo, que deverá 
seguir rotinas próprias, especialmente para os assuntos sensíveis ou sigilosos, 
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sempre observando a CONFIDENCIALIDADE, a COMPARTIMENTAÇÃO e as 
CREDENCIAIS DE SEGURANÇA. 
 
1.6.7. Controle de Reproduções 
 
A reprodução de conhecimentos, em particular dos considerados 
sensíveis ou sigilosos, deve ser objeto de rigorosa sistemática de controle. 
Seja das cópias, seja dos extratos, o controle deve ser estabelecido de forma 
que a reprodução obedeça às mesmas restrições e se submeta às mesmas 
medidas de segurança que salvaguardam o conhecimento reproduzido. 
 
 
 
 
¾ As REPRODUÇÕES devem trazer destacadas as expressões CÓPIA, 
EXTRATO, ou outra adequada à modalidade utilizada, 
preferencialmente em vermelho, em todas as páginas ou partes 
constitutivas, inclusive de anexos, adendos e apêndices. 
 
As reproduções devem ser objeto de algum tipo de marcação individual, 
que permita identificar cada uma das cópias e que possibilite apurar a origem 
de possíveis "fugas" ou "vazamentos" de dados ou informações (por exemplo: 
escrever sinônimos de uma determinada palavra para marcar cada uma das 
reproduções). 
 
1.6.8. "Fugas" ou "Vazamentos" de Dados e/ou 
Informações 
 
Caro aluno, de tudo o que foi aqui exposto, convém diferenciar "fuga" 
de "vazamento" de conhecimentos. 
 
 
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¾ Ambos tratam-se de divulgação NÃO AUTORIZADA de dados e/ou 
informações, sendo que na FUGA a divulgação é involuntária e, no 
VAZAMENTO, intencional. Ou seja, no vazamento há dolo, na fuga, 
não. 
 
 
1.6.9. Meios e Formas de Difusão dos Documentos 
 
Com efeito, existem diversos meios e formas de difundir conhecimentos. 
Como já vimos, podemos difundir textos claros, textos ininteligíveis e até 
invisíveis, aplicando técnicas apropriadas; podemos também utilizar vários 
tipos de suportes diferentes, dentre eles os DOCUMENTOS. Não obstante, a 
forma ou meio de comunicação a ser utilizado dependerá sempre do nível 
de sensibilidade ou sigilo daquilo que se quer difundir. Assim, cabe 
estabelecer critérios de segurança que priorizem e compatibilizem SEGURANÇA 
e RAPIDEZ, uma vez que, normalmente, uma condicionante age em prejuízo 
da outra. 
Considerando os modernos meios de interceptação disponíveis, podemos 
quase afirmar que NÃO MAIS EXISTE CORRESPONDÊNCIA INVIOLÁVEL, 
apenas "correspondências mais difíceis de violar". Assim, desde a 
interceptação pura e simples até o recrutamento do próprio produtor, o risco 
das ações de segurança comporta uma gradação de seus meios de difusão. 
 
 
 
¾ Não há forma ou meio de transmissão absolutamente seguro, 
e que a escolha será sempre definida em função da 
OPORTUNIDADE (leia-se celeridade exigida), e do NÍVEL DE 
SEGURANÇA maisadequado à difusão. 
 
 
 
 
 
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1.6.10. O Envelopamento 
 
No caso da difusão de correspondência sensível ou sigilosa em papel (ou 
em outro suporte qualquer), convém que o documento receba dois 
envelopes. 
O PRIMEIRO, normal, com os dados precisos do expedidor e 
genéricos do destinatário, tomando-se cuidado para que as inscrições do 
segundo não fiquem legíveis através do envelope. O SEGUNDO deverá ter, 
além das inscrições do primeiro, a indicação precisa do destinatário, a 
marcação destacada da classificação sigilosa que foi atribuída, no 
verso e no anverso, e a mesma preocupação quanto à possibilidade de 
leitura do documento através do envelope. 
Um controle que acuse o recebimento do conhecimento deve ser 
colocado dentro do segundo envelope, juntamente com o documento 
propriamente dito; esse controle deve ser preenchido pelo destinatário, 
informando data, hora do recebimento, quem recebeu e em que condições de 
incolumidade e inviolabilidade, e devolvido prontamente ao expedidor. 
 
1.6.11. O Termo de Confidencialidade 
 
Também chamado de Contrato de Manutenção de Sigilo, é um 
compromisso que cria "uma obrigação de não fazer", ou seja, de se abster de 
revelar aquilo a que se teve acesso por "necessidade de conhecer", em virtude 
de conveniência funcional ou por imposição negocial. 
Implica a confecção e a assinatura de um termo ou contrato, 
preferencialmente preparado por advogados, o qual, com fundamento na 
legislação vigente, estabeleça condições de manutenção de sigilo sobre 
dados ou conhecimentos a que se tenha acesso, e que sirva de 
instrumento para fundamentar reparação contra indiscrições, "fuga de 
informaç}HV�� �LQFRQILGrQFLDV�� RX� ³YD]DPHQWRV´� �GLIXVmR� GHOLEHUDGD� QmR-
autorizada). Visa a salvaguardar o sigilo e reparar danos, por meio de ação 
judicial competente. 
 
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1.7. Segurança no Transporte dos Documentos 
 
A segurança no TRANSPORTE está intimamente ligada ao meio de 
difusão escolhido. Enquanto alguns meios possibilitam pouca ou nenhuma 
ingerência da equipe de segurança durante essa fase - é o caso das ondas 
eletromagnéticas (salvo emprego de equipamentos especiais) ou das 
transmissões digitais -, outros, como os meios físicos (transmissões por 
linhas) ou os mensageiros, permitem maior controle e prevenção de 
interceptações. 
Logicamente, a forma de transmissão também pode conferir níveis 
excepcionais de segurança na fase do transporte, principalmente se aliada a 
medidas de controle como as sugeridas a seguir: 
9 prospecções (varreduras) sistemáticas de linhas e cabos 
(telecomunicações e TI); 
9 utilização de equipamentos de interferência diversos; 
9 meio de transporte mais adequado (às vezes, não o necessariamente 
mais seguro ou mais rápido); 
9 estabelecimento de pontos de controle, itinerários, horários, senhas 
etc.; 
9 estabelecimento de medidas de comunicações sigilosas; 
9 troca de mensageiros e/ou de meios de transporte; 
9 transmissões compartimentadas e/ou por meios diversos; 
9 rastreamento por satélites; 
9 combinação de várias das medidas ou procedimentos previstos; e 
outros. 
 
 
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1.8. Segurança na Custódia e Guarda dos Documentos 
 
O primeiro passo aqui é saber diferenciar a CUSTÓDIA de GUARDA!! 
Vamos lá!! 
 
1.8.1. A Custódia 
 
 
 
 
¾ É a responsabilidade perante alguém funcionalmente superior, para 
com o expedidor ou produtor de um documento, ou seja, é a 
responsabilidade funcional pela MANUTENÇÃO DA EXISTÊNCIA e 
pela PERMANÊNCIA do documento na instituição. 
 
Daí, a segurança na custódia de documentos consiste no controle de 
"com quem ele se encontra", com que finalidade e por quanto tempo, bem 
como da compatibilidade da credencial de segurança com a classificação 
sigilosa atribuída ao assunto. 
A custódia envolve termos de recebimento, verificações periódicas 
e inventários. Tal controle deve ser providenciado por pessoal 
especificamente treinado e designado, normalmente integrante do próprio 
arquivo. 
 
 
 
 
 
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1.8.2. A Guarda 
 
 
 
 
¾ É a responsabilidade perante quem detém a custódia do 
documento, ou seja é a responsabilidade do usuário, a quem cabe a 
MANUTENÇÃO DO SIGILO E DA COMPARTIMENTAÇÃO. 
 
O usuário responde solidariamente pela existência e permanência do 
documento na instituição. Daí, a segurança na guarda de documentos consiste 
no controle e garantia da efetiva manutenção do documento em poder de 
quem tem necessidade de conhecer e está devidamente credenciado para 
tanto. Tal qual a custódia, deve ser providenciada por pessoal especifico. 
 
1.8.3. Termos de Recebimento 
 
Se o assumo o exigir, o recebimento de determinado documento pode 
implicar a necessidade de confecção de Termos de Recebimento, que firmem 
a recepção de uma correspondência em bom estado, em tempo hábil, 
incólume e inviolada, sob pena de responsabilidade. A finalidade de tais 
termos é definir responsabilidades para aplicação de penalidades e garantir 
ressarcimento de danos. Aplicam-se mais, evidentemente, aos conhecimentos 
considerados muito sensíveis ou extremamente sigilosos. 
 
1.8.4. Os Inventários 
 
Para garantir efetivo controle de documentos custodiados (em arquivo) 
ou guardados (sob o uso e/ou guarda de alguém), é conveniente que se 
realizem INVENTÁRIOS PERIÓDICOS, com a finalidade de 
conferir sua existência, comprovar sua originalidade e certificar que, 
além de permanecer na instituição, está em poder de pessoa 
qualificada. 
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Os inventários devem ser realizados ainda por ocasião de substituições 
de funcionários, sejam elas temporárias ou definitivas. Assim como os termos 
de recebimento, aplicam-se mais aos suportes considerados muito 
sensíveis ou extremamente sigilosos. 
 
1.9. A Segurança no Arquivamento dos Documentos 
 
A informatização das empresas proporcionou uma das mais modernas, 
eficientes e eficazes possibilidades de arquivamento, qual seja a 
DIGITALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS. Obteve-se estupenda economia de 
espaço físico, praticamente eliminaram-se os custos de conservação e, 
principalmente, franqueou-se uma incrível capacidade de pesquisa, a uma 
velocidade muito grande. Não obstante, alguns conhecimentos ainda exigem 
suportes físicos, o que justifica urna abordagem ainda que superficial de seu 
processo de arquivamento. 
A organização de um arquivo é variável e deve buscar atender da melhor 
forma às necessidades institucionais. Qualquer que seja, porém, não se poderá 
furtar à observância de alguns parâmetros: 
¾ seja digitalizado ou físico,o arquivo exige rigoroso controle de acesso; 
¾ exige moderno e eficiente sistema de prevenção e combate a incêndios; 
¾ exige um capítulo específico no plano de contingências 
(evacuação de emergência); 
¾ exige pessoal treinado e especificamente designado; 
¾ deve estar em local seguro e de fácil acesso; 
¾ deve ter rotina minuciosamente preestabelecida e responsabilidades 
claramente definidas: 
ƒ QUEM pode fazer O QUÊ; 
ƒ COMO se deve fazer O QUÊ; 
ƒ QUANDO se deve fazer O QUÊ; 
ƒ O QUE DIGITALIZAR ou não; 
ƒ O QUE ARQUIVAR ou não; 
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ƒ O QUE DESARQUIVAR, como, a partir de quando e por ordem de 
quem; 
ƒ O QUE DESTRUIR, quando, como e por ordem de quem. 
Em termos de segurança do arquivamento, entretanto, as principais 
preocupações se voltam para a conservação dos suportes físicos e 
preservação dos arquivos digitais, contra qualquer tipo de ameaça, risco 
ou dano. 
O rigoroso controle de posse e guarda de documentos, inclusive do 
tempo de permanência com o usuário e do trâmite, se desarquivado, além da 
comprovação da necessidade de conhecimento e da suficiência da credencial 
também fazem parte das atribuições dos arquivistas. 
Também é importante o controle da validade, da vigência e do tempo 
de permanência em arquivo ou guarda, bem como as providências para 
destruição e aquelas que se referem aos inventários sistemáticos, às 
transferências de documentos aos seus respectivos termos de inventário, de 
transferência e de confidencialidade, quando for o caso. 
 
1.10. A Segurança Na Destruição Dos Documentos 
 
A segurança nessa fase diz respeito à conveniência da manutenção em 
arquivo e à oportunidade e condições de DESTRUIÇÃO de documentos. Faz 
parte, normalmente, das atribuições do pessoal do arquivo e obedece a 
normas previamente estabelecidas sobre prazos de conservação, autorização 
para destruição, forma, condições e responsáveis pela sua execução. 
Qualquer que seja, deve ser implementada mediante competente Termo 
de Destruição que registre data, hora e local, e liste todos os suportes 
destruídos, bem como os responsáveis e testemunhas de sua destruição. A 
maneira mais segura, rápida e barata de destruir documentos é a queima, 
seguida de destruição das cinzas. 
É importante, caro aluno, que você saiba diferenciar o LIXO COMUM do 
LIXO CLASSIFICADO. 
Vamos lá!! 
 
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¾ Lixo COMUM é o lixo produzido normalmente nas instituições, aquele 
que decorre de restos de alimentos, objetos descartáveis (copos, 
guardanapos, palitos, pratos etc.), invólucros, maços e pontas de 
cigarros, sobras, aparas, material defeituoso ou inservível, enfim, tudo 
que não tenha sido produzido em razão da atividade funcional ±
minutas, rascunhos, notas, esboços, listas, mapas, plantas etc. 
¾ Lixo CLASSIFICADO é todo rejeito que possa conter dados ou 
informações de qualquer natureza sobre a atividade institucional, ainda 
que tal, aparentemente, não represente risco para as instituições. Inclui 
também todo rejeito cuja natureza implique perigo para as pessoas, para 
as áreas e instalações, para a imagem da empresa e para o meio 
ambiente, enfim, para o negócio ou para a sociedade. 
 
É necessário, portanto, estabelecer um tratamento adequado a cada 
espécie de lixo, que vai desde a coleta, obrigatoriamente seletiva, até seu 
destino final. Assim, em termos de segurança de documentos, convém que se 
estabeleça uma rotina especial para o LIXO CLASSIFICADO, por exemplo, 
procedimentos de descarte, trituração de documentos, rascunhos, cópias, 
esboços, inutilização de disquetes, fitas, fotografias, inutilização de filmes etc. 
Ademais, seu recolhimento deve obedecer a horários estabelecidos, ser 
realizado e controlado por pessoal específico e ter destino próprio, que inclui 
reunião em local apropriado, preparação e destruição por processo adequado. 
Os cuidados com o rejeito classificado vão além e exigem restrições à 
produção e ao recolhimento em áreas sensíveis, como alta gestão, 
planejamento, finanças etc., bem como inspeções sistemáticas e pontuais, 
coletas seletivas e fixação de responsabilidades. A prática tem demonstrado 
que uma das formas mais eficazes para tratar da insegurança do LIXO 
CLASSIFICADO é a educação para a segurança. 
 
 
 
 
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II ± NOÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DOS 
PROCESSOS 
 
2.1. PROCESSOS ± CONCEITO 
 
PROCESSOS são o conjunto de todos os procedimentos e atividades 
institucionais realizados para produzir ou para prestar serviços. 
Consubstanciam-se em fluxos contínuos de operações interdependentes, 
inter-relacionadas e complementares. Constituem a essência da atividade 
institucional. 
Quando falamos em Noções de Segurança e Vigilância de PROCESSOS, 
estamos falando de um conjunto de atividades a serem realizadas pelas 
equipes de segurança a fim de assegurar o bom andamento das OPERAÇÕES e 
as melhores PRÁTICAS E PROCEDIMENTOS para lhe dar com os INSUMOS. 
Vamos falar um pouco das melhores práticas de segurança em 
OPERAÇOES. 
 
2.2. A SEGURANCA DAS OPERAÇÕES 
 
2.2.1. Significado das Operações 
 
Para efeito da Segurança Corporativa, as OPERAÇÕES abrangem todas 
as atividades e procedimentos envolvidos no processo de produção ou de 
prestação de serviços da instituição. Logicamente, à área de segurança não 
interessam literalmente "todas" as operações, mas aquelas consideradas 
potencialmente sensíveis ou periculosas, que ameacem a instituição ou a 
sociedade. 
As atividades da segurança nas OPERAÇÕES devem atuar exatamente 
sobre a sensibilidade e a periculosidade dos processos institucionais, 
determinando o gênero e o grau de ameaça ou de risco das atividades e 
procedimentos operacionais, estabelecendo uma escala, com base no nível de 
criticidade de cada um deles em relação à continuidade da produção ou da 
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prestação do serviço, à proteção das instalações, do ser humano e à 
preservação do meio ambiente (proteção do negócio e da sociedade). 
 
2.2.2. A Análise do Processo Institucional 
 
Essa fase contempla o estudo do fluxo da atividade institucional, por 
intermédio de analise direcionada para as diversas etapas da produção ou da 
prestação de serviço. Busca basicamente identificar, em cada uma das etapas, 
as operações consideradas sensíveis e/ou periculosas. 
Já vimos os conceitos de sensível e perigos, mas vamos revisá-los à luz 
das atividades voltadas para as OPERAÇÕES: 
 
 
 
¾ São considerados SENSÍVEIS todos os processos que incluam operações 
que demandem procedimentos ou atividades cujo perfil exerça, 
direta ou indiretamente, influência sobre a regularidade, a 
normalidade e a continuidade da atividade institucional, como a 
geração de energia elétrica, por exemplo; 
¾ São considerados PERICULOSOS todos os processos que incluam 
operações cujos procedimentos ou atividades impliquem ameaças 
ou riscos parainstalações, pessoas, RH, e meio ambiente, como a 
retenção de resíduos em um lago artificial, por exemplo. 
 
A segurança dos processos sensíveis que influenciam indiretamente na 
continuidade da atividade institucional está mais restrita a medidas e 
procedimentos de natureza eminentemente técnica, cabendo à segurança 
apenas o implemento de alguns procedimentos adicionais, que possibilitem 
maior controle das operações consideradas mais difíceis. São, pois, ações que 
devem ser planejadas em estreita ligação com o pessoal técnico do segmento 
considerado. 
Entre elas, destacamos: 
 
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9 listagem dos procedimentos considerados; 
9 relação de RH responsáveis; 
9 mapeamento de locais e estabelecimento de horários; 
9 determinação de condições normais e definição de situações críticas; 
9 controle de substituições de RH (temporárias e definitivas); 
9 elaboração de planos de manutenção preventiva; 
9 constituição de equipes (de técnicos e da segurança); 
9 previsão de verificações (sempre acompanhadas por RH do 
segmento interessado); 
9 estabelecimento de parâmetros claros e objetivos que permitam à 
segurança atuar (a cor da fumaça não pode ser negra, por exemplo). 
À segurança, entretanto, interessam as operações sensíveis, também 
chamadas "sensíveis de fato", que influenciam diretamente na regularidade, 
na normalidade e na continuidade do processo institucional, e as operações 
consideradas periculosas, ambas pelo nível das perdas que podem provocar. 
 
2.2.3. A Determinação do Gênero e da Criticidade das 
Operações 
 
A natureza dos procedimentos e/ou atividades que demandam as 
operações determina o gênero da operação, que pode ser considerada 
sensível, periculosa ou apresentar ambas as naturezas. O gênero é obtido pela 
identificação de quem teria de suportar eventuais resultados, isto é, os 
possíveis danos: a empresa, a sociedade, ou ambas. 
A determinação do grau de risco (dano real) ou de ameaça (dano 
potencial) resulta de um processo de análise de risco propriamente dito, o qual 
deve avaliar a probabilidade de ocorrência de eventos com potencial para 
causar danos à empresa ou à sociedade e a projeção de seus efeitos sobre a 
atividade institucional e/ou sobre as pessoas e o meio ambiente, 
considerando-se cada procedimento ou atividade operacional. 
 
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Como já vimos, tal análise inclui um diagnóstico, cujo relatório apontará 
as operações potencialmente sensíveis de fato e/ou periculosas, as quais serão 
objeto de medidas e procedimentos específicos de segurança. 
 
2.2.4. Escala de Criticidade 
 
Identificadas as operações sensíveis de fato e periculosas, a 
segurança deve estabelecer uma ESCALA DE GRAUS DE CRITICIDADE, que 
orientará a oportunidade, urgência, amplitude e profundidade de medidas e 
procedimentos de segurança a serem adotados, a fim de evitar, prevenir ou 
arrefecer a ocorrência ou os efeitos de eventos potencialmente danosos à 
continuidade das atividades institucionais ou a instalações, pessoas e meio 
ambiente. 
Para aferir o grau e estabelecer o nível de criticidade de cada operação, 
pode-se utilizar vários métodos (para o nosso foco não vem ao caso estudar 
esses métodos ou um artifício matemático qualquer. 
A idéia com isso é obter, ao final da aplicação do método escolhido, 
atribuição de um valor numérico a cada nível permite que o somatório 
determine o grau de criticidade da operação e, conseqüentemente, a 
prioridade dos procedimentos e medidas de segurança desejáveis para cada 
operação. 
 
2.2.5. A Segurança Propriamente Dita das Operações 
 
A Segurança das Operações propriamente dita compreende medidas e 
procedimentos específicos, voltados: 
 
 
 
 
 
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 Prioritariamente para assegurar: 
Æ a regularidade; 
Æ a normalidade; 
Æ a continuidade e; 
Æ a salvaguarda das operações que garantam a produção ou a 
prestação do serviço; 
E, subsidiariamente, para a proteção: 
Æ das instalações; 
Æ das pessoas e; 
Æ do meio ambiente. 
 
Contudo, a Segurança das Operações tem o "negócio da instituição" 
como objeto principal (titular) de suas ações, e as pessoas e o meio 
ambiente como objetos acessórios (beneficiários) uma vez que a proteção das 
pessoas e das instalações está a cargo de ramos específicos da Segurança 
Corporativa, e a preservação do meio ambiente é atividade eminentemente 
técnica, cujo perfil extrapola as atribuições da segurança. 
Não obstante, tendo em vista os danos possíveis, a periculosidade das 
atividades operacionais admite não apenas algumas medidas, mas muitos 
procedimentos de segurança, como os que serão abordados a seguir. 
 
2.2.6. Segurança das Operações Periculosas 
 
Caro aluno, é importante que você não confunda dano com perda, pois 
o dano é gênero do qual são espécies o dano potencial (como o dano moral, 
por exemplo) e o dano real (como um prejuízo financeiro), os quais podem ou 
não gerar perda. Ou seja: 
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 DANO = RESULTADO 
 PERDA = CONSEQUÊNCIA. 
 
É bom que se diga que a PERDA pode ser entendida como uma perda de 
ativos de qualquer natureza como consequência de dano real ou potencial, 
cujos efeitos, uma vez medidos e quantificados, expressem prejuízo 
pecuniário de qualquer monta. 
Aí vem a pergunta: por que, então, envolver a segurança em operações 
perigosas que, por exemplo, provoquem levíssimos danos à sociedade e cujas 
perdas resultantes sejam materialmente insignificantes? 
Ainda que as perdas sejam materialmente insignificantes, a repercussão 
social, psicológica e/ou mercadológica causada pelo dano pode ser muito 
grande e afetar severamente o produto ou a prestação do serviço, 
provocando sérios danos de continuidade do negócio o qual poderá, até, se 
tornar inviável. 
Logo, demonstrada a "sensibilidade" das operações periculosas, fica 
também demonstrada a clara necessidade da participação da equipe de 
segurança nas suas atividades e procedimentos. Essa participação, 
entretanto, tendo em vista a natureza essencialmente técnica de cada 
operação, exige peculiar interação entre a equipe e o segmento responsável 
correspondente, para que as ações se complementem, sem entrar em 
conflito. 
Nesse sentido, é importante estabelecer medidas e procedimentos a 
serem adotados na ausência de um funcionário especializado responsável, 
como nos casos de ações desencadeadas fora dos horários de expediente 
normal (horário de almoço, por exemplo) ou durante dias não úteis. 
Algumas medidas e procedimentos de segurança podem ser adotados 
para as operações: 
9 listar e ordenar as operações periculosas segundo seu grau de 
criticidade; 
9 listar os eventos cuja ocorrência possa levar a situações críticas; 
9 listar os funcionários ou servidores responsáveis, efetivos e 
substitutos, em cada operação;Teoria e Normas de Segurança p/ Técnico - TRF 2ª Região 
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9 elaborar um Plano de Chamada de RH; 
9 listar, claramente, para pessoa não-técnica, evidências de situações 
criticas, estabelecer rotinas de emergência para ação dessas 
pessoas em situações criticas; 
9 estabelecer rotinas de verificação a serem executadas por pessoas 
não- técnicas; 
9 estabelecer rotinas para verificação de evidências em situações 
críticas; 
9 intervir na seleção de pessoas contratadas para atuar nas operações 
periculosas; 
9 interagir intensamente com o pessoal de segurança técnica, de 
segurança do trabalho e de segurança do meio ambiente; 
9 coordenar com a equipe responsável pela segurança de áreas e 
instalações (pode ser a mesma equipe de segurança de operações) o 
emprego de medidas adicionais de controle de acesso e de 
segurança eletrônica, especialmente voltadas para as operações; 
9 coordenar com o departamento de pessoal o emprego de medidas 
adicionais de segurança de pessoas, de interesse da segurança de 
operações; 
9 cumprir e fazer cumprir todas as medidas e procedimentos de 
segurança previstos, sejam técnicos ou operacionais. 
 
Evitar e prevenir eventos potencialmente periculosos ou arrefecer 
seus efeitos é atribuição, principalmente, dos segmentos institucionais 
responsáveis pelas operações periculosas, individualmente consideradas. 
Logo, a segurança adicional que se pretende alcançar com a segurança 
de operações deve, além de complementar a proteção proporcionada pelas 
ações de segurança de natureza técnica, visar, particularmente, à 
continuidade da atividade corporativa. 
 
 
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2.2.7. Segurança das Operações Sensíveis de Fato 
 
Uma das principais preocupações de toda instituição é a preservação de 
seu core business. Em razão disso, mantêm vários segmentos institucionais 
destinados a garantir a continuidade e a regularidade de seu próprio processo. 
As diversas atividades desenvolvidas nos processos incluem operações que, 
de alguma forma, influenciam nos processos institucionais, chamadas de 
sensíveis, e, dentre elas, aquelas que exercem INFLUÊNCIA DIRETA, 
chamadas de sensíveis de fato. 
A equipe de segurança, quando se fala em operações, tem, exatamente 
nas operações SENSÍVEIS DE FATO, o próprio motivo de sua existência, 
uma vez que do exercício de suas atribuições deve resultar a salvaguarda das 
operações mais importantes do processo, ou seja, aquelas relacionadas à 
atividade-fim. 
Assim, compete prioritariamente a essa equipe implementar medidas e 
procedimentos de segurança, de natureza corporativa e não-técnica, que 
garantam a regularidade, a normalidade e a continuidade do negócio ou, pelo 
menos, minimizem expressivamente a possibilidade de interrupção ou de 
interferência nas operações, especialmente nas sensíveis de fato. 
Logicamente, todas as ações até aqui apresentadas são aplicáveis às 
operações sensíveis de fato, mas, em face do perfil mais crítico destas, 
merecem um tratamento muito mais intenso, profundo e abrangente. 
Assim, outras medidas e procedimentos de segurança para as operações 
poderão ser adotados: 
9 estabelecer: fluxogramas específicos das operações sensíveis de fato, 
níveis de tolerância desejáveis e críticos para tais operações, 
operações que não admitem irregularidade ou descontinuidade (não 
podem parar), operações cuja tolerância seja mínima para com 
irregularidades ou descontinuidade, irregularidades que não podem 
acontecer e prazos de tolerância para interrupções admissíveis; 
9 prever segurança para as possíveis manobras de produção ou 
transferência de serviço (alterações nos processos); 
9 prever alternativas de manobras para medidas e/ou procedimentos de 
segurança, suficientemente flexíveis e móveis para atender às 
emergências mais graves; 
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9 planejar prioritariamente, para evitar os eventos, e subsidiariamente, 
para arrefecer seus efeitos; 
9 estabelecer limites perfeitamente definidos entre as ações de 
segurança corporativa e as de segurança técnica; 
9 buscar interação e complementaridade entre as ações da segurança e 
as de natureza técnica, zelando pela sua independência; 
9 estabelecer medidas e procedimentos de segurança adicionais contra 
sabotagem, espionagem ou terrorismo e contra atos deliberados de 
imperícia, imprudência ou negligência; 
9 zelar pelo sigilo de processos, atividades, medidas, procedimentos e 
fluxos, especialmente os considerados sensíveis (de alto valor, 
vulneráveis, perigosos etc.): 
9 buscar compartimentação dos conhecimentos sobre processos, fluxos, 
procedimentos, medidas e atividades; 
9 promover alternância (rodízios) de RH, locais, meios, fornecedores, 
prestadores de serviço, itinerários e meios de transporte; 
9 estabelecer um planejamento de verificações periódicas; 
9 estabelecer condições mínimas de segurança para a continuidade das 
operações; 
9 zelar para que se estabeleça e cumpra um plano de manutenção 
preventiva de máquinas e equipamentos; 
9 zelar para que se estabeleça um controle de vida útil de peças e 
equipamentos, e que se realizem as substituições nos prazos devidos; 
9 manter rigoroso controle da evolução de eventos que possam afetar as 
operações sensíveis de fato. 
 
Você viu que de acordo com as características do produto ou serviço, 
inúmeras são as ações voltadas para a segurança das operações sensíveis de 
fato. Entretanto, jamais se poderá perder de vista seu principal objetivo que 
é: 
 
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 MANTER A REGULARIDADE E A CONTINUIDADE DO PROCESSO!! 
 
Nos processos, sistemas interdependentes de operações sensíveis e/ou 
periculosas, são de responsabilidade da segurança, as ações para proteger 
pessoas, instalações, meio ambiente e sociedade dos efeitos de possíveis 
eventos provocados pelo nível de criticidade de cada operação. Mas cabe à 
segurança, por sua vez, as ações para proteger as operações consideradas 
mais importantes para a regularidade e continuidade dos próprios processos. 
Ou seja, do conjunto da ação de ambas resulta a proteção do próprio negócio. 
 
2.3. A SEGURANÇA DOS INSUMOS 
 
2.3.1. Insumos 
 
Caro aluno, você sabe a definição de INSUMOS? 
 
 
 
¾ INSUMOS são todos os itens empregados num determinado 
processo de processo de produção ou prestação de serviço. 
¾ Abrangem matéria-prima, máquinas e equipamentos, tecnologia da 
informação, recursos humanos, produtos e serviços de terceiros, enfim, 
toda a estrutura de meios e recursos necessários para o implemento do 
core business. 
 
 
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Embora o universo dos itens considerados como insumos seja bastante 
abrangente, nem todos são de interesse da equipe de segurança.Boa parte 
deles é do interesse de outros segmentos (TI e RH, por exemplo), ao passo 
que outros não apresentam graus de sensibilidade ou periculosidade que 
justifiquem tal interesse. Vamos revisar os conceitos de sensibilidade e 
periculosidade, agora pensando nos insumos: 
 
2.3.2. Sensibilidade e Periculosidade 
 
Os itens que, de fato, interessam à segurança são aqueles que se 
distinguem por sua sensibilidade (valor, natureza, importância) ou por sua 
periculosidade (grau individual de perigo). 
Assim, não se admite dispensar, por exemplo, a uma cápsula de césio 
137, material altamente sensível e periculoso, o mesmo tratamento de 
segurança que se dispensa a um cartucho de impressora, material não-
sensível e não-periculoso, mas que, por ser um bem da instituição, merece 
medidas de proteção, ao menos contra possíveis desvios de conduta de 
pessoas em geral ou de empregados. 
Cabe exatamente a gestão da segurança avaliar os níveis de segurança a 
serem adotados em toda a relação de materiais em uso, estocados, 
armazenados, em deslocamento, em processo de aquisição, recebimento, 
expedição, alienação ou destruição, qualquer que seja seu porte, valor, 
periculosidade ou sensibilidade. 
 
2.3.3. Determinação do Nível de Criticidade dos 
Insumos 
 
Determinar o nível de criticidade (grau de ameaça ou risco) de cada 
item, independentemente da forma como se encontre nas empresas (em uso, 
estocado, armazenado etc.), é o primeiro passo a ser dado na busca de uma 
condição mínima de segurança dos insumos. 
 
 
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Devem ser considerados não só os riscos ou ameaças a que os insumos 
estão sujeitos (furto, roubo, sabotagem, vandalismo etc.), mas também a 
eventual periculosidade inerente a sua própria natureza (inflamáveis, 
corrosivos, tóxicos, contagiosos etc.). Para cada insumo, deve-se adotar, de 
um lado, providências de segurança para sua própria preservação, tendo em 
vista sua sensibilidade, e, de outro, caso seja periculoso, providências contra 
perigos advindos de sua própria natureza. 
Para tanto, torna-se indispensável uma escala do nível de criticidade dos 
insumos que contemple o grau de sensibilidade e o de periculosidade de cada 
um deles, individualmente, para que se estabeleça a amplitude e a 
profundidade das medidas e os procedimentos de segurança a serem adota do. 
Deve-se providenciar, portanto, listagens que relacionem todo e qualquer 
item existente na instituição, a partir das quais a gestão da segurança atribuirá 
as providências de segurança necessárias a cada insumo. 
 
2.3.4. Segurança do Insumo Considerado Não-sensível e 
Não-periculoso 
 
A segurança dos insumos considerados não-sensíveis e não-
periculosos deve ser, em princípio, assim como vimos no estudo sobre os 
documentos, assegurada pela adoção de procedimentos competentes de 
natureza administrativa, tomados para garantir efetivo controle sobre o uso, 
emprego, conservação, consumo, descarte, transporte, alienação, estoques, 
enfim, para controlar a situação, o destino e determinar um responsável para 
cada item. 
Nesse contexto, cabe à segurança participar com procedimentos e 
medidas que ao menos zelem pelo fiel cumprimento das normas 
administrativas estabelecidas para tal controle. 
Em termos de itens não-sensíveis e não-periculosos, compete à gestão 
da segurança cumprir e fazer cumprir as medidas normativas tomadas para 
seu controle administrativo. Na verdade, essa ação constitui mais o 
exercício de procedimentos (como fazer) do que a tomada de medidas 
de segurança propriamente ditas (o que fazer). 
 
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¾ A segurança deve dispor de uma sistemática de avaliações que 
contemple a GUARDA, o USO E O EMPREGO dos insumos, em 
estreita ligação com o segmento administrativo responsável pelo 
seu controle. 
 
 
2.3.5. Controle do Insumo Considerado Sensível e/ou 
Periculoso 
 
O controle administrativo não se limita, logicamente, apenas aos 
insumos considerados não-sensíveis ou não-periculosos. Ao contrário, estende-
se aos considerados sensíveis e/ou periculosos, de forma evidentemente 
muito mais intensa e meticulosa. 
Logo, em razão do rigoroso controle administrativo e da segurança eficaz 
de que necessitam, tais itens demandam profunda coordenação, integração e 
complementaridade entre os procedimentos de controle e de segurança 
propriamente ditos, os quais devem ser tomados, sempre que possível, de 
comum acordo - resguardada, porém, a indispensável independência que deve 
nortear o exercício funcional de todos os segmentos da atividade corporativa. 
Como procedimentos de controle dos insumos sensíveis e/ou 
periculosos, podemos apontar alguns dos empregados na segurança do 
manuseio (recebimento e registro), do transporte, da custódia e guarda de 
documentos, bem como os adotados na segurança de áreas e instalações, 
especialmente controles de acesso procedimentais, além de outros que 
verifiquem a presença e controlem a quantidade, a qualidade, as 
especificações, os componentes, os prazos de validade, a 
inviolabilidade e a incolumidade dos insumos. 
 
 
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2.3.6. Segurança do Insumo considerado Sensível e/ou 
Periculoso 
 
Daqui pra frente trataremos de aspectos muito importantes sobre a 
Segurança dos Insumos Considerados Sensíveis ou Periculosos. Para facilitar o 
entendimento do que aqui for abordado e evitar repetições desnecessárias, 
VXEVWLWXLUHPRV�D�H[SUHVVmR�³6HJXUDQoD�GRV�,QVumos Considerados Sensíveis e 
3HULJRVRV´�SHOD�VLJOD��,&63���RN"� 
Pois bem, a ICSP observa duas situações básicas de um item qualquer 
dentro de uma instituição: se ele está EM USO OU NÃO. 
 
 
¾ Considera-se EM USO todo item que, sob responsabilidade institucional 
de algum segmento da empresa, ou funcional, de um determinado usuário 
(RH), esteja sendo utilizado (como um veículo ± que é inconsumível) 
ou empregado (como o combustível - que é consumível) para algum 
fim. 
¾ Considera-se EM PRATELEIRA todo item guardado, em almoxarifado 
ou armazenado para uso, consumo, reposição, transformação, 
manutenção, descarte, destruição ou alienação posteriores, ou que 
esteja em reserva, isto é, que não esteja sendo utilizado 
(inconsumíveis) ou empregado (consumíveis) para nenhum fim. 
 
Cada situação implica procedimentos de natureza comum e medidas de 
caráter específico, conforme veremos a seguir: 
 
Î Segurança do Insumo EM PRATELEIRA 
 
Não estando em uso (utilizado ou empregado), o item estará guardado 
ou estocado em prateleira, isto é, em almoxarifado ou armazenado. A 
segurança considera: 
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Æ GUARDADO: o INSUMO já liberado para uso, mas ainda não 
utilizado ou empregado; 
Æ EM ALMOXARIFADO: o insumo reunido e organizado em local 
determinado; 
Æ ARMAZENADO o insumo acondicionado em tanques, tonéis, silos, 
galpões, armazéns etc. 
 
Os procedimentos de segurança dos lCSP (não

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