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ECA - DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Breve Histórico
Ao contrário do que muitos imaginam, a história social da criança nos mostra que, somente muito recentemente, ela se tornou alvo de preocupação dos adultos. De forma geral, as grandes civilizações sempre a compreenderam enquanto propriedade do pai, objeto e serva exclusiva de sua vontade.
Na Grécia Antiga era explícito o tratamento de inferioridade aplicado às crianças. Segundo Aristóteles, grande filósofo grego, a criança é um ser irracional, portador de uma avidez próxima da loucura, com capacidade natural para adquirir razão do pai ou do educador.
Assim como nas outras civilizações, no sistema social grego, apenas os meninos poderiam alcançar o título de “cidadão”. As mulheres, independentemente da idade, deveriam, sob o comando do chefe da família, ocupar-se apenas das atividades domésticas, do culto ao lar.
No império romano, no qual a família era comandada pelo pai – o chefe da família - o “pátrio poder” era absoluto de tal forma que o filho não emancipado poderia, simplesmente pela vontade de seu pai, ser vendido, ou até mesmo morto.
Com o sistema feudalista, durante a idade média, não há uma clara distinção das peculiaridades entre adultos e crianças, de maneira que estes últimos tinham as mesmas obrigações e deveres que um adulto, mas, claro, não os mesmos direitos. Era como se não houvesse lugar para a infância naquela sociedade. Eram apenas homens de tamanho reduzido. Essa recusa em aceitar na arte a morfologia infantil é encontrada, aliás, na maioria das civilizações arcaicas.
Já na Idade Moderna, com o início do mercantilismo, as mudanças sociais permitiram maior espaço para a infância dentro da sociedade. Um exemplo, é que houve um maior equilíbrio entre a relação do filho primogênito e os demais. Nesse período, os pais não se contentavam apenas em por filhos no mundo, a moral da época lhes impunha proporcionar uma preparação de vida a todos os filhos, e não apenas aos mais velhos – e, no fim do séc. XVII, até mesmo às meninas.
Nessa sociedade, a educação torna-se um dos pontos importantes na vida da criança, à medida que ela prorroga a duração da infância. Apesar disso, é inegável que até o século XVII a escolarização foi monopólio do sexo masculino. Às meninas eram destinados os ensinamentos domésticos, e até mesmo as de famílias nobres eram semianalfabetas. Nesse contexto, era certo o destino das meninas – o do casamento – e, por conseguinte, a infância feminina era mais curta em relação à masculina. 
Com o advento da Idade Contemporânea, a criança e o adolescente estão em posição de destaque dentro da sociedade, ocupando, de um lado, a posição de mão de obra barata e, de outro, o de impulsionadores da economia, na medida em que compreendem importante público de consumo.
Nesse contexto histórico, o sistema educacional ganha considerável destaque dentro da sociedade contemporânea. Todavia, no início da Idade Contemporânea a escola assemelhava-se muito mais a um centro de correção de caráter.
De outro lado, a divisão e a organização do trabalho, típicas do sistema capitalista, implicaram em novas atribuições a crianças e adolescentes, tornando-as fontes de exploração e consumo A Revolução Industrial teve como forte reflexo social a exploração do trabalho operário, especialmente o trabalho infantil. Crianças muito novas já eram submetidas a extensas jornadas de trabalho, que muitas vezes chegavam a 15 ou mais horas diárias de trabalho.
Por essa razão, eram comuns acidentes nas máquinas devido ao estado de sonolência e ao cansaço das crianças, levando a perda de dedos e membros nas engrenagens do maquinário.
Na Idade Contemporânea, a infância passa a ser atraente para a elite dominante, na medida em que crianças e adolescentes constituem um importante mercado consumidor. Com o forte auxílio dos meios de comunicação, a cadeia de consumo voltada para o público infanto-juvenil é capaz de condicionar os padrões estéticos e comportamentais, os relacionamentos familiares e sociais e, principalmente as relações de consumo – estabelecendo o que se deve vestir, comer e beber. 
Os efeitos são ainda mais danosos quando a questão se reflete junto às camadas mais pobres da sociedade, momento em que podemos vislumbrar um forte vínculo entre o consumo e violência. Encantadas com o novo e inalcançável, mas convencidas de que a posse desses equivale à inclusão social, as crianças das nossas periferias experimentam, radical e precocemente, um forte sentimento de tristeza. 
Nessa conjuntura, dentro desta dicotomia proteção-exploração estão as crianças e os adolescentes contemporâneos. Sujeitos em fase de formação e desenvolvimento, ao mesmo tempo protegidos por leis especiais e tratados internacionais, e objetos de exploração da mídia e da exclusão social.
No Brasil 
As primeiras crianças alvo dos interesses de uma elite dominante em solo brasileiro foram as crianças indígenas. Os padres jesuítas observaram que a educação e a catequização dos pequenos índios era a forma mais eficiente de afastar a cultura indígena e introduzir os costumes cristãos.
As pregações cristãs eram obrigatórias, ainda que quase sempre não compreendidas pelos índios, sob pena de rigorosos castigos. Qualquer resistência física e cultural aparecia sempre aos olhos dos jesuítas como tentação demoníaca, como assombração ou visão terrível.
A posição de escravo, ocupada em um primeiro momento pelo índio, foi logo substituída pela do africano, em razão dos elevados lucros que o tráfico negreiro conferia à Metrópole, ao contrário do que ocorria com a escravidão indígena.
Desta forma, foi introduzida a criança negra no Brasil, como membro de um ciclo de exploração. Sem direito a infância, quando ultrapassava a primeira idade - fato que era bastante incomum, vez que lhe era privada a presença da mãe logo após o nascimento - eram entregues à tirania dos seus senhores, para quem trabalhavam arduamente.
A Lei do Ventre Livre (Lei Visconde do Rio Branco), de 28 de setembro de 1871, declarava ser livre os filhos da mulher escrava que nascessem a partir da data de sua promulgação. O senhor da escrava deveria criar e tratar a criança até os oito anos de idade, quando poderia entregá-la ao governo brasileiro, recebendo uma indenização pecuniária, ou mantê-la sob sua posse, aproveitando-se de seus préstimos até os 21 anos completos.
Ressalta-se, primeiramente que, por motivo de desinteresse do Império e consequente falta de fiscalização, a lei não foi plenamente executada. Além disso, mesmo sendo certa a indenização, não era econômico aos senhores de escravos manterem sob sua guarda os filhos de suas escravas, de modo que muitos deles eram mortos ao nascer ou entregues junto à roda dos expostos.
De outro lado, ainda dentro do contexto social do Brasil-Colônia, estavam as crianças lusitanas, que constituíam a elite socioeconômica da época. Estas acompanharam a redefinição dos conceitos sobre a infância, que se deu em razão da mudança de costumes e valores trazidos, primeiramente, com a chegada da família real ao Brasil, e sem seguida com os imigrantes europeus.
Com a proclamação da República, a infância e a juventude brasileira seguem os caminhos traçados pelas mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais que surgem ao longo dos anos. 
Todavia a minoria pobre, com o passar do tempo, passou a ser maioria, e a abrigar uma nova classe: a dos miseráveis. Foi sem dúvida o resultado lastimoso do almejado capitalismo, e da exacerbação desenfreada do consumo.
Ocorre que os maiores alvos desta situação degradante foram os infanto-juvenis, que além de serem vítimas do poder autoritário do pai, que ditava as regras e padrões a serem seguidos, estabelecendo seus limites, passaram a sofrer intervenção do poder estatal. A questão é que se essa interferência, por um lado obrigou o Estado a reconhecer juridicamente como cidadãos as crianças e os adolescentes, prevendo legalmente alguns de seus direitos, desvendou por outro o aspecto explorador da máquina estatal, que em nome de uma falsa harmonia propaga a violência,propiciando sua legitimação.
A positivação de direitos não foi suficiente para garantir a dignidade desejada às crianças e aos adolescentes, mas representou um primeiro passo em nome da proteção de seus direitos. Resta a toda sociedade erguer sua voz e lutar pela concretização de uma nova realidade social, onde a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente representem mais do que letras em um documento legal, e seja dada condições para a formação de cidadãos conscientes de suas capacidades.
A evolução da legislação brasileira
A primeira codificação direcionada para menores foi instituído em 1927 através do Decreto nº 17943-A, de 12 de outubro, no qual a criança merecedora de tutela do Estado era o "menor em situação irregular", ou seja, o menor abandonado ou delinquente. Sendo esses vistos como algo superfuro, em outras palavras, a criança não tinha valor para o Estado, que os comparavam como um mero objeto de vigilância da autoridade pública (juiz).
De acordo com as balizas do cenário político, econômico e social da época implícito, o código de menores de 1927, surgiu como instrumento de proteção e vigilância da criança e do adolescente, vítima da omissão e transgressão da família, em seus direitos básicos, como por exemplo: saúde e instrução obrigatória. 
Com a omissão da família no papel de provedor da criança e do adolescente, e após muitos questionamentos sobre qual seria o papel do Estado nessa situação, surgi um novo código de menores no ano de 1979. Este Código já contém a doutrina da proteção integral, baseada no mesmo paradigma do menor em situação irregular da legislação anterior, mas trouxe um dispositivo de intervenção do Estado sobre a família, que abriu caminho para o avanço da política de internatos - prisões, onde o princípio de destituição do pátrio poder foi baseado no estado de abandono que possibilitou ao Estado recolher crianças e jovens em situação irregular e condená-los ao internato até a maioridade.
No entanto, podemos avaliar que nesse período, até mesmo com surgimento de um novo código, não ocorreu uma grande mudança como talvez esperado pelo legislador. O Estado continuou a tratar os menores com medidas arbitrarias e repressivas, tendo em vista que a lei continuava apenas com o papel de vigiar e punir menores inadaptáveis e infratores.
Dessa forma entende-se que o código de menores, era utilizado apenas para um seguimento, sendo este da população infanto-juvenil, que ao invés de funcionar como medida de desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente funcionava como controle social da infância e adolescência.
Em 1990 surgi caráter inovador do ECA (Estatuto da criança e adolescente) na parte referente ao acesso à justiça, que é a proteção judicial dos interesses individuais, difusos e coletivos referentes às crianças e adolescentes. É o que garante, ao menos formalmente, o acesso à educação e a serviços de saúde, por exemplo. Uma grande parte da população infantil e infanto-juvenil ainda se encontram privados de liberdade. 
Nesse mesmo Estatuto, também fica firmado à responsabilidade da família e da comunidade em garantir os direitos da criança e do adolescente, responsabilidade essa que outrora ficava somente como dever do Estado. 
Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente seja considerado como uma codificação bastante avançada, o sistema organizacional não se encontra devidamente estruturado, ainda há uma árdua batalha para a criação dos Conselhos Tutelares e dos Conselhos de Direitos, para seu aparelhamento e para conscientização de conselheiros e autoridades.
Adentraremos agora, ao estudo direcionado aos direitos fundamentais da criança e do adolescente no que se refere à responsabilidade dos pais.
A responsabilidade dos pais em relação ao menor 
Ensejando tornar o presente estudo de forma mais elaborada, antes de iniciarmos o respectivo tema tratando da responsabilidade dos pais em relação aos seus filhos menores, abordaremos a importância da previsão constitucional em analogia a esse assunto. A norma fundamental que deu origem à proteção das crianças e adolescentes no Brasil está regulamentada no artigo 227 da Constituição Federal Brasileira de 1988 onde dispõe que: “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
Para melhor embasamento o Estatuto da Criança e do Adolescente (mais conhecido pela sigla ECA) especificou de maneira objetiva em ser artigo 22 no que concernem os deveres inerentes aos pais do menor: “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”. 
É importante destacar que o artigo supracitado, não retira as obrigações que são inerentes do Estado, das autoridades e da sociedade de forma abrangente, entretanto, o respectivo dispositivo apenas correlaciona de que é dever dos pais a maior responsabilidade, sendo ela mais direta quanto aos filhos, até mesmo porque destes são dependentes.
Porém, o que tem causado uma intensa preocupação não somente ao Estado, mas também a sociedade de forma geral - e tem ocorrido constantemente - é o fato dessas normais legais não estarem sendo respeitadas.
Insta ressaltar, que atualmente a criança e o adolescente muita das vezes recebe sua estrutura psicológica, social e humana através de centros de ensino, como por exemplo, as creches e as escolas. O que ocasiona o aumento da procura de pais (ao longo do desenvolvimento infantil), pelo Conselho Tutelar, Autoridades Policiais etc. É justamente o fato desses pais não exercerem autoridade sobre seus filhos e assegurando a esses seus direitos fundamentais, que ocasionam os problemas de desenvolvimento. Afinal estes foram criados pela professora, pela creche, escola etc.
Muitas situações como as anteriormente expostas, ocorrem pelos pais atribuírem à responsabilidade que deveria ser unicamente deles ao Estado e a Sociedade como um todo. Se o Estatuto da Criança e do Adolescente fosse respeitado, diversos casos negativos em desrespeito aos Direitos Fundamentais deixariam de acontecer, o que acarretaria melhor desenvolvimento aos chamados socialmente como Futuro da Nação (Criança e Adolescente).
O papel do Estado
Os primeiros direitos elucidados pelo Estatuto da Criança e Adolescente são o direito a Vida e a Saúde, como também ocorre na Constituição Federal de 1988, não sendo essa semelhança pelo acaso, porém sim pelo fato de os legisladores terem verificado que tais direitos merecem uma colocação superior perante os outros princípios fundamentais. Do artigo 7° ao artigo 14 da Lei n°8.069/1990, dispõe que toda criança e adolescente devem ter seu direito à vida e à saúde garantida de todas as formas possíveis por sua família, pela comunidade em que vive sem esquecer-se do poder público. Com isso, podemos verificar que nenhuma criança ou adolescente poderá lidar com nenhum tipo de descuido, desleixo, menosprezo ou discriminação por quem quer que seja o autor.
O artigo 8° prevê que é assegurado à gestante, através do SUS (Sistema Único de Saúde), o atendimento do pré-natal e perinatal. Ou seja, é dever dos governantes criar meios através de políticas sócias que auxiliem no nascimento e no desenvolvimento de nossas crianças, dando-lhe no mínimo condições dignas para sua existência. Pois é dever do governo cuidar das questões voltadas para área de saúde pública. Uma das peculiaridades desse artigo é relacionado à vida intrauterina e do nascituro. O artigo em questão impõe ao Estado o dever de oferecer serviços e programas de assistência pré-natal e pós-natal, na tentativa de prevenir ou diminuir as consequências do estadopuerperal.
A vida, entretanto, que não há saúde, não há como ser vivida de forma satisfatória, dependendo, porém da harmonia e simultaneidade do estado físico e psicológico. Essa é a explicação desses dois direitos estarem lado a lado na lei, pois sem esses direitos outros direitos como educação, boa alimentação, por exemplo, não teriam a possibilidade de serem concretizados. 
Falando em educação a Lei n° 13.306 alterou o artigo 54 do Estatuto da Criança e Adolescente, antes esse artigo no seu inciso IV previa que crianças de zero a seis anos de idade deveriam ter direito de atendimento em creche e pré-escola. Agora esse mesmo inciso prevê o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade. Com isso, o artigo 54 da lei 8.069/90, se adequou ao artigo 208 da CF e a Lei n° 9.394/96 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação que prevê que é dever do Estado a educação infantil, em creche pré-escola, às crianças até cinco anos de idade.
A Lei 13.005/2014 aprovou o Plano Nacional da Educação com a vigência de 10 anos, ou seja, até 2024 o objetivo do governo é erradicar o analfabetismo, universalização do atendimento escolar, superar desigualdades educacionais, erradicar de todas as formas as desigualdades etc. fazendo o possível para manter crianças de zero a cinco em creches e pré-escola. Toda criança e adolescente tem direito de ser educado por sua família e, em casos excepcionais, por família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, toda criança e adolescente tem direito a vida.
A atual situação das crianças e adolescentes brasileiros, confirmadas por vergonhosas e mundialmente conhecidas taxas de analfabetismo, evasão escolar, natalidade descontrolada como também de mortalidade infantil, leva à certeza de que os artigos mencionados como tema desse trabalho, não serão cumpridos enquanto não houver um grande grau de compromisso e de determinação política, não somente advindo do poder público, como também da massa da sociedade.
Conclusão
O presente estudo faz menção aos direitos fundamentais especiais, que são direcionados a um determinado grupo, no caso a criança e o adolescente.
Como característica dos direitos fundamentais supracitados, cabe ressaltar a complementaridade, no sentido de interpretar o estatuto de forma conjunta com outras codificações do nosso ordenamento jurídico.
Além de dispositivos de proteção as crianças e adolescentes há uma tutela aos princípios fundamentais apta a efetivação de todos esses direitos para que não haja violações constitucionais. E, para isso é de suma importância dar ênfase aos benefícios trazidos pela família, sociedade e estado, bem como os princípios basilares da criança e do adolescente, destacando o melhor interesse da criança e do adolescente e prioridade absoluta a fim de proporcionar maior qualidade de vida e um futuro a ser alcançado.
A referida lei 8069/90 dispõe a proteção de forma fundamental estabelecida no artigo 227 da nossa constituição. Estabelecendo medidas e garantindo direitos responsabilizando a família, a sociedade e o estado pelo bem-estar da criança e do adolescente eu seu desenvolvimento.
Vale lembrar que esta legislação alterou a codificação anterior de proteção a infância e juventude, revogando o antigo código de menores por se tratar de questões de criminalização de menores infratores, essa ideia já está ultrapassada. Uma vez que o estatuto se adequa perfeitamente as disposições constitucionais e aos parâmetros internacionais de proteção.
Tal proteção deve ser garantida no país, sinalizando as medidas sociais, protetivas e sócio educativas, que no caso é o ponto mais deficiente do nosso Estado. Devem ser utilizadas eficientemente para assegurar os direitos fundamentais da infância e adolescência, dentre eles: a garantia da vida, saúde, integridade, liberdade, convivência familiar e comunitária, proteção contra violência, dentre outros.
Não basta que os direitos da criança e do adolescente estejam dispostos em códigos,leis ou até mesmo projetos de leis. É preciso uma sistemática que garanta esses direitos estimulando o controle social. Efetivando as implementações de políticas para atendimentos articulados pelo governo em ações governamentais, as ações não governamentais, que tem papel garantidor de todos os direitos fundamentais da criança e adolescente.
A defesa dos direitos consiste na garantia do acesso a justiça. O referido controle social é atribuído à sociedade, por meio de suas organizações e projetos, em especial, conselhos de direitos formulando controle de políticas públicas. Consolidando a compreensão da sociedade e o questionamento se o que está previstos nas nossas legislações está sendo garantido para todas as crianças e adolescentes de todas as classes sociais sem distinção. 
Ante o exposto para termos um futuro digno, não faltam “papéis” e sim fiscalização e políticas eficientes. A população tem o poder nas mãos, ela pode cobrar por resultados. Para isso, precisa adquirir conhecimento de cidadania e a função governamental. Esse processo de amadurecimento tem que ser de modo contínuo, e , com isso, é necessário uma mudança do perfil não só do governo, mas também da sociedade que deve ter instrução e elementos coerentes para poder fazer essa cobrança.
Referências Bibliográficas
Sites:
https://jus.com.br/artigos/28271/os-caminhos-da-infancia
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/36493/000817551.pdf
http://books.scielo.org/id/h8pyf/pdf/andrade-9788579830853- 07.pdf
https://jurisway.jusbrasil.com.br/
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-lei-8069-90
https://jurisway.jusbrasil.com.br/elucidacoes-direitos-fundamentais
Livros:
Estatuto da Criança e do Adolescente. Autor: José Gilmar Bertolo.
Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. Autor: Guilherme De Souza Nucci.
Sumário
1 - Breve Histórico
2 - No Brasil 
3 - A evolução da legislação brasileira
4 - A responsabilidade dos pais em relação ao menor 
5 - O Papel do Estado
6 - Conclusão

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