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Aula 5 Aval e Protesto

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2.   Aval: ato cambiário pelo qual um terceiro (o avalista) se responsabiliza pelo pagamento da obrigação constante do título. Art. 30 da Lei Uniforme e art. 897 do Código Civil. 
2.1. Local: o local apropriado para a realização do aval é o anverso do título, caso em que basta a simples assinatura do avalista. Nada impede, todavia, que o aval seja feito no verso da cártula, bastando para tanto, além da assinatura, a expressa menção de que se trata de aval.
2.2. Aval em branco: não identifica o avalizado. Presume-se que foi dado em favor de alguém: no caso da letra de câmbio, presume-se em favor do sacador; nos demais títulos, em favor do emitente ou subscritor.
2.3. Aval em preto: o avalizado é expressamente indicado. 
2.4. Avais simultâneos (coavais): Os avais simultâneos ocorrem quando duas ou mais pessoas avalizam um título conjuntamente, garantindo a mesma obrigação cambial. Os avalistas são considerados uma só pessoa, assumem responsabilidade solidária. Eles dividem a dívida, razão pela qual se um deles pagá-la integralmente ao credor, terá direito de regresso contra o devedor principal relativo ao total da dívida, mas terá direito de regresso contra o outro avalista apenas em relação à sua parte. 
2.5. Avais sucessivos (aval de aval): ocorrem quando alguém avaliza um outro avalista. Nesse caso, todos os eventuais avalistas dos avalistas terão a mesma responsabilidade do avalizado, ou seja, aquele que pagar a dívida terá direito de regresso em relação ao total da dívida, e não apenas em relação a uma parte dela.
Súmula 26 do STJ, “o avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário
2.6.   Aval x fiança
	AVAL
	FIANÇA
	O aval é garantia cambial, submetida aos princípios do regime jurídico cambial.
	A fiança é garantia civil, regida pelas regras desse regime jurídico.
	Constitui uma obrigação autônoma em relação à dívida assumida pelo avalizado. Assim, se a obrigação do avalizado, eventualmente, for atingida por algum vício, este não se transmite para a obrigação do avalista.
	Na fiança, como obrigação acessória, leva a mesma sorte da obrigação principal a que está relacionada.
	O aval não admite o chamado benefício de ordem, razão pela qual o avalista pode ser acionado juntamente com o avalizado.
	O benefício de ordem assegura ao fiador a prerrogativa de somente ser acionado após o afiançado. A responsabilidade do fiador é, portanto, subsidiária.
	O aval, por exemplo, deve ser prestado no próprio título, em obediência ao princípio da literalidade
	A fiança pode ser prestada em instrumento separado.
Execução. Nota promissória. Avalista. Discussão sobre a origem do débito. Inadmissibilidade. Ônus da prova. – O aval é obrigação autônoma e independente, descabendo assim a discussão sobre a origem da dívida. – Instruída a execução com título formalmente em ordem, é do devedor o ônus de elidir a presunção de liquidez e certeza. Recurso especial conhecido e provido (STJ, REsp 190753/SP, Rel. Min. Barros Monteiro, DJ 19.12.2003, p. 467).
Em face da autonomia do aval, não se pode prevalecer, o avalista, das exceções pessoais do avalizado. Por isso a concordata do emitente não exime o avalista dos juros de lei e da correção monetária, de acordo com a Lei n. 6.899-81. – Divergência jurisprudencial não caracterizada. Recurso extraordinário de que não se conhece (RE 109.958, Rel. Min. Octavio Gallotti, 1.ª Turma, j. 12.09.1986, DJ 10.10.1986, p. 18.932, Ement. vol-01436-03, p. 632)
2.7. A autonomia e a abstração do aval: se admite o aval contra a vontade do avalizado e o aval antecipado, o qual é prestado antes mesmo do surgimento da obrigação do avalizado e sequer se condiciona à sua futura constituição válida. 
2.8. Outorga conjugal em aval prestado por pessoa casada (art. 1.647, inciso III, do CC): É necessária a outorga conjugal para que o aval ou a fiança seja prestada, salvo se o regime de bens for o da separação absoluta. 
Critica: Bastaria determinar que a meação do cônjuge não pode ser atingida na execução proposta contra o avalista, salvo se ficar demonstrado que o aval trouxe benefícios, ainda que indiretos, ao casal
3. Protesto: o ato formal pelo qual se atesta um fato relevante para a relação cambial. Esse fato relevante pode ser (i) a falta de aceite do título, (ii) a falta de devolução do título ou (iii) a falta de pagamento do título.
3.1. Necessidade do protesto: só é indispensável se o credor deseja executar os codevedores (ou devedores indiretos), como é o caso, por exemplo, do endossante. O protesto garante o direito de regresso em face dos devedores indiretos do título. Em contrapartida, se a execução é dirigida contra o devedor principal do título, o protesto é desnecessário.
3.2. Finalidade: O art. 202, III, do Código Civil - o protesto cambial interrompe a prescrição, desde que feito no prazo e na forma da lei. 
3.3. Cautelar de sustação de protesto: É cabível enquanto o protesto ainda não foi lavrado. Após a sua lavratura, o máximo que se pode determinar é a sustação dos seus efeitos, mas, nesse caso, o protesto permanece incólume e continuará registrado nos assentamentos do cartório em que foi lavrado, até que seja feito o seu cancelamento. Este, por sua vez, será feito após requerimento do interessado, quando houver o pagamento do título. Caso o título não seja pago no próprio cartório, o cancelamento dependerá da apresentação de documento assinado por aquele que figurou no protesto como credor (na praxe comercial, chama-se esse documento de “carta de anuência”). Vale ressaltar ainda que, segundo o STJ, o requerimento do cancelamento do protesto é ônus do devedor. 
3.4. Responsabilidade daquele que recebe um título de crédito por endosso e o leva a protesto indevidamente: Em se tratando de credor que recebeu o título por endosso normal (conhecido como endosso translativo), entende o STJ que “Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas” (Súmula 475). Em se tratando, porém, de instituição financeira que apenas recebeu o título por endosso-mandato, entende o STJ que “o endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário” (Súmula 476)

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