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Contabilidade Tributária revisão AV2

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Prof. Mst. Marcos Vinícius Kucera
REVISÃO AV2
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AULA 1 - SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
AULA 2 - RESPONSABILIDADES NORMAS/AVALIAÇÃO DE ATIVOS
AULA 3 - TRIBUTAÇÃO SOBRE COMPRAS
AULA 4 - TRIBUTAÇÃO SOBRE VENDAS
AULA 5 - DEVOLUÇÕES E ABATIMENTOS
AULA 6 - DESCONTOS CONDICIONAIS E INCONDICIONAIS
AULA 7 - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
AULA 8 - IRPJ E SIMPLES NACIONAL
AULA 9 - IRPJ - LUCRO REAL (ANUAL E TRIMESTRTAL)
AULA 10 - IRPJ - LUCRO PRESUMIDO 
AULA DE REVISÃO DA AV2 
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PRINCIPAIS FATOS QUE ALTERAM COMPRAS E VENDAS 
DEVOLUÇÕES DE COMPRAS PARCIAIS OU TOTAIS
DEVOLUÇÕES DE VENDAS ou VENDAS CANCELADAS
ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS
ABATIMENTOS SOBRE VENDAS
DESCONTOS INCONDICIONAIS ou COMERCIAIS
DESCONTOS CONDICIONAIS ou FINANCEIROS
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EXEMPLO DE DESCONTO INCONDICIONAL (COMPRADOR) 
Uma organização comercial adquire 15.000 unidades de um produto de uma indústria, pelo preço unitário de R$10, IPI à alíquota de 10%. Como o comprador é um cliente habitual, que não atrasa o pagamento, o vendedor concede um desconto de 20% no ato da venda, pelo pagamento à vista. Incidem na operação ICMS a 17%, PIS a 1,65% e COFINS a 7,6%. 
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LANÇAMENTO NO DIÁRIO DO ADQUIRENTE
DIVERSOS
a BANCOS CONTA MOVIMENTO
MERCADORIAS...........................R$102.112,50
C/C ICMS....................................R$ 20.400,00
C/C ICMS....................................R$ 2.227,50
C/C IPI........................................R$ 10.260,00.......R$135.000,00
PS: O COMPRADOR NÃO RECONHECE OU REGISTRA O DESCONTO, SOMENTE OS VALORES LÍQUIDOS DO DESCONTO NA OPERAÇÃO. 
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 DESCONTO INCONDICIONAL (VENDEDOR)
Na empresa vendedora, os descontos comerciais devem ser contabilizados em conta apropriada do Resultado, redutora da Receita Bruta de Vendas para apuração da Receita Líquida. 
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LANÇAMENTO NO DIÁRIO DO VENDEDOR
DIVERSOS
a FATURAMENTO BRUTO
BANCOS CONTA MOVIMENTO........R$135.000,00
DESCONTOS COMERCIAIS...............R$ 30.000,00......R$165.000,00
 
IPI FATURADO
a C/C IPI.........................................R$ 15.000,00
 
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS.......................R$ 20.400,00
PIS SOBRE VENDAS..........................R$ 1.980,00
COFINS SOBRE VENDAS....................R$ 9.120,00......R$31.500,00
a C/C ICMS.......................................R$ 20.400,00
a C/C PISA........................................R$ 1.980,00
a C/C COFINS....................................R$ 9.120,00......R$31.500,00
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DESCONTOS CONDICIONAIS OU FINANCEIROS
Os Descontos Condicionais ou Financeiros são aqueles que dependem do implemento de uma condição futura. Para o adquirente representa um ganho pela antecipação da obrigação assumida, representando uma receita financeira e para o estabelecimento vendedor é um direito a receber reduzido em função de uma condição de antecipação, representando uma despesa financeira. Para ambos as pessoas envolvidas estes fatos compõem o resultado operacional, como receita ou despesa, respectivamente.
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 EXEMPLO DE DESCONTO CONDICIONAL OBTIDO
Uma empresa adquire 200 unidades de uma determinada mercadoria, a prazo, pelo valor total de R$50.000,00, com incidência de ICMS a 17%, PIS a 1,65%e COFINS a 7,6%. O pagamento foi acordado para 60 dias, com cláusula de desconto de 10%, caso o pagamento se efetue em 30 dias. O comprador quita sua duplicata no trigésimo dia. A composição será:
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LANÇAMENTO NO DIÁRIO DO COMPRADOR
Pelo lançamento da aquisição:
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS..................................R$36.875,00
C/C ICMS...........................................R$ 8.500,00
C/C PIS...............................................R$ 825,00
C/C COFINS........................................R$ 3.800,00..........R$50.000,00
Pela obtenção do desconto:
FORNECEDORES
a DIVERSOS
a BANCOS CONTA MOVIMENTO.............R$45.000,00
a DESCONTOS FINANCEIROS OBTIDOS....R$ 5.000,00......R$50.000,00
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 DESCONTO CONDICIONAL CONCEDIDO
Conforme já comentado anteriormente, o DESCONTO CONDICIONAL CONCEDIDO é considerado uma DESPESA FINANCEIRA e, portanto, seu valor não afeta o valor dos tributos incidentes sobre vendas.
Utilizando-se do exemplo anterior:
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LANÇAMENTO NO DIÁRIO DO VENDEDOR
Pelo lançamento da receita de vendas:
CLIENTES
a RECEITA BRUTA DE VENDAS.............R$50.000,00
Pelo lançamento dos tributos sobre vendas: 
DIVERSOS
a DIVERSOS
ICMS SOBRE VENDAS........................R$8.500,00
PIS SOBRE VENDAS............................R$ 825,00
COFINS SOBRE VENDAS.....................R$3.800,00.....R$13.125,00
a C/C ICMS........................................R$8.500,00
a C/C PIS............................................R$ 825,00
a C/C COFINS.....................................R$3.800,00.....R$13.125,00
Reconhecimento do desconto
DESCONTOS FINANCEIROS CONCEDIDOS 	
a CLIENTES........................................R$5.000,00
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SUBSTITUÇÃO TRIBUTÁRIA - CONCEITO 
Esse recurso é utilizado na cobrança do ICMS (sendo conhecido como ICMS/ST), embora também esteja previsto na regulamentação do IPI. 
Por esta sistemática o tributo plurifásico passa a ser recolhido de uma só vez, pelo produtor, no início da cadeia produtiva, como se o tributo fosse monofásico.
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EXEMPLO
Suponha dois contribuintes, uma Cia. Industrial, que processa e vende determinado produto, incluído na legislação de substituição, e a Cia. Varejista, sendo ambas localizadas no mesmo estado, com alíquota de 18% para o produto. A margem de lucro definida em Lei para fins de substituição tributária do produto será de 25%. A Cia. Industrial vende R$4.000 de produtos para a Cia. Varejista, sendo a primeira a substituta que deverá recolher o ICMS por substituição tributária.
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O ICMS próprio será de R$720, admitindo que a empresa não possua crédito do imposto. Este valor é devido, não há dúvida, pois existiu o fato gerador que foi a venda dos produtos.
O ICMS substituição tributária será recolhido também pela Cia.Varejista, pelo valor de R$180 (18% de R$1.000). O cálculo foi feito da seguinte forma:
 BASE: R$ 4.000 x 1,25 = R$5.000 x 18%......................R$900
(-) O ICMS (PRÓPRIO) PAGO PELA CIA. VAREJISTA.......R$720
(=) ICMS DEVIDO COMO SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA..R$180
 
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A nota fiscal de venda da Cia. Industrial a Cia. Varejista será emitida pelo valor total de R$ 4.180, sendo destacados na nota fiscal, tanto o ICMS próprio, como o do comprador, no valor de R$180, sendo retido e recolhido pela vendedora. Os registros contábeis da venda são os seguintes:
 CIA. INDUSTRIAL:
Débito: Clientes.........................................R$4.180
Crédito: Receita de Vendas........................R$4.180
 
Débito: ICMS s/ Vendas.............................R$720
Débito: ICMS ST.........................................R$180 
Crédito: C/C ICMS......................................R$900
 
CIA. VAREJISTA:
Débito: Mercadorias..............................R$4.180
Crédito: Fornecedores...........................R$4.180 
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Admita-se a venda de mercadorias da indústria de um estado para uma empresa comercial em outro estado, por R$30.000, com IPI de 10%, frete e seguro de 5% e ICMS de 18%, cuja discriminação é seguinte:
 
(+) Preço de Venda........................R$30.000
(+) Frete e Seguro..........................R$ 1.500
(+) IPI............................................R$ 3.150
(=) PREÇO FINAL...........................R$34.650
 
A base de cálculo do ICMS seria R$31.500, pois o produto é para revenda, bem como considera o frete e o seguro. Apenas o IPI, dentre os itens descritos, fica de fora. O ICMS próprio, no caso, seria de 18% de R$31.500, no montante de R$5.670.
EXEMPLO PARA CÁLCULO DA MVA
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A MVA, para fins de cálculo do ICMS ST, são considerados o frete, o seguro e o IPI, não considerando o desconto incondicional. Portanto, considerando-se
a MVA seja 30%, o cálculo do ICMS ST a base seria:
Preço de Venda.....................................................R$30.000,00
Frete e Seguro.......................................................R$ 1.500,00
ICMS PRÓPRIO (18%).............................................R$ 5.670,00
IPI..........................................................................R$ 3.150,00
BASE p/ APLICAÇÃO MVA......................................R$34.650,00
Margem de Valor Agregada.......................................30%
BASE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.....................R$45.045,00
Alíquota Interna do Estado........................................18%
ICMS TOTAL............................................................R$ 8.108,10
ICMS ST (R$8.108,10 - R$5.670,00)...................…….R$ 2.438,10 
TOTAL DA NOTA (R$45.045,00 + R$2.438,10)..........R$47.483,10
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IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA (IRPJ) 
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FATO GERADOR
Aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais. 
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FATO GERADOR
A "disponibilidade econômica" corresponde ao rendimento realizado, isto é, dinheiro em caixa ou no bolso. A "disponibilidade jurídica" corresponde a rendimento adquirido, isto é, do qual o beneficiário tem título jurídico que lhe permite obter a respectiva realização em dinheiro, como, por exemplo, os dividendos creditados e os juros incorridos.
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BASE DE CÁLCULO
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PESSOAS JURÍDICAS
	Todas as Entidades Submetidas aos Regimes de Liquidação Extrajudicial e de Falência, inclusive:
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista;
Empresas Individuais (equiparadas a PJ);
As pessoas jurídicas de direito privado, domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital;
As filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior;
Os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País;
As sociedades em Conta de Participação (equiparadas a PJ).
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EMPRESAS INDIVIDUAIS
As empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas. São empresas individuais:
As firmas individuais;
As pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços;
As pessoas físicas que promoverem a incorporação de prédios em condomínio ou loteamento de terrenos.
	
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FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
 
Simples Nacional (forma de opção para ME, EPP e MEI);
Lucro Real (forma de opção da pessoa jurídica);
Lucro Presumido (forma de opção da pessoa jurídica);
Lucro Arbitrado (restrito aos agentes fiscais da fazenda).
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SIMPLES NACIONAL
O SIMPLES é uma forma simplificada de apuração e recolhimento de uma parte dos tributos e contribuições de competência da União, consolidado na LC 128/2008, instituindo tratamento especial às ME e EPP.
As PJ que se enquadram na condição de ME ou EPP poderão optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES. 
A formalização da opção pelo Simples Nacional é feita até o último dia útil do mês de janeiro, pela INTERNET, sendo irretratável para todo o ano calendário. 
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CÁLCULO PELO SIMPLES NACIONAL 
Uma empresa enquadrada como ME ou EPP e que apresente receita de revenda de mercadorias seguirá as tabelas constantes dos anexos da LC 128/2008, conforme o seguinte:
Comércio e Indústria (indústria = tabela do comércio + 0,5%)
Prestadoras de Serviços com INSS incluso no Simples
Prestadores de Serviços com INSS pago em função da folha
Prestadores de serviços com alícota obtida pelo percentual da folha
Microempreendedor individual
REGRA GERAL: O enquadramento será sobre a média da receita bruta dos 12 meses ou período inferior de existência, anteriores ao mês de apuração, com a aplicação da alícota sobre o faturamento do mês de apuração. 
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TABELA DE ENQUADRAMENTO - COMÉRCIO 
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Exemplo: 
Uma empresa qualificada como EPP, que iniciou suas atividades em junho do ano 10, está enquadrada no simples nacional. O faturamento do ano anterior (10) é apresentado a seguir:
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Exemplo (Continuação): 
Os valores para o enquadramento são calculados obtendo-se a média dos últimos 12 meses ou a média mensal dos últimos meses de operação, multiplicado por 12. O imposto devido é calculado multiplicando-se a receita bruta auferida no mês pela alícota de enquadramento. 
No mês de outubro/10 a média foi obtida somando-se as receitas auferidas em junho, julho, agosto e setembro, [(80.000 + 110.000 + 120.000 + 180.000)/4] x 12 = 1.470.000. A alícota de enquadramento na tabela é 10,13% e o imposto devido é obtido aplicando-se este percentual sobre a receita bruta do mês, ou seja, 0,1013 x R$200.000 = R$20.260,00. 
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Exemplo: 
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TABELA DE ENQUADRAMENTO - Prestadoras de Serviços incluído o INSS
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TABELA DE ENQUADRAMENTO – Prest. de serviços c/INSS pago p/folha 
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TABELA DE ENQUADRAMENTO – Prest. sv. c/alícota p/percent. da folha 
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Prestação de serviços com alícota obtida pelo percentual da folha
A outras entidades prestadoras de serviços foi permitida a opção pelo Simples, incluindo o INSS, vinculando, entretanto, o enquadramento ao cálculo a um fator (F), obtido pela divisão da folha de salários, incluídos os encargos, pela receita bruta, conforme formulação abaixo destacada. 
 
F (fator) = Folha de salários + encargos (12 meses)
		 Receita Bruta (12 meses)   
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Exemplo: 
A Academia de Ginástica Malhação, optante do Simples Nacional obteve no mês de maio de X11 os seguintes dados para cálculo do Simples:
Receita Bruta do mês...............................................R$ 99.500,00
Média da folha c/encargos dos últimos 12 meses....R$ 28.650,00
Média de receitas dos últimos 12 meses..................R$114.200,00 
Memória de cálculo do enquadramento para pagamento:
F = 12 x 28.650 = 343.800 = 0,250876 
 12 x 114.200 1.370.400
Enquadramento: 1.370.400 (faixa 1.320 a 1.440); F = 0,2509 (0,25 a 0,299); Percentual de enquadramento = 14,64%; 
Simples do mês = R$99.500 x 0,1464 = R$14.566,80;
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IRPJ - LUCRO REAL
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Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real 
Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº. 9.718/98, artigo 14): 
Cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$48.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses de funcionamento;
Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
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Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real 
Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; 
Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (Factoring).
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Lucro Tributável 
O Lucro Líquido do Exercício é a soma algébrica do resultado operacional e de outros resultados. A apuração do Resultado do Exercício para fins de Imposto de Renda é diferente da apuração do Resultado do Exercício previsto na legislação societária. A grande diferença, além dos ajustes por adições e exclusões, está nas informações relativas às participações estatutárias sobre o lucro: empregados, administradores e partes beneficiárias (art. 190 da Lei nº. 6.404/76), bem como, as participações de debenturistas, no demonstrativo de resultados exigido pela legislação fiscal do imposto de renda, são informadas antes da provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e antes da provisão para Imposto de Renda. 
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Apuração do Lucro Real 
O imposto devido em cada período será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a base de cálculo, isto é, o Lucro Real. 
Existe, ainda, um adicional de 10% que será aplicado sobre a parcela do lucro real que exceder o resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número dos meses do respectivo período de apuração.
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Ajustes por Adições 
Uma das formas de ajustes efetuados sobre o lucro líquido do exercício são as adições. As adições são efetuadas por duas razões:
 
Existem valores que diminuem o resultado contábil do exercício como despesas registradas, que não são aceitas na legislação tributária, bem como, valores que, por diversas razões na forma da lei, deixaram de ser tributados no período de competência, tendo sido diferidos por determinado tempo e, findo este, são adicionados à base de cálculo.
Diversas normas e regras definem o tratamento fiscal das despesas. Estes valores que reduzem o lucro contábil, também reduzem o imposto de renda que incide sobre o lucro. 
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Adições 
As quantias tiradas dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e lucros acumulados;
Os pagamentos efetuados à sociedade civil, quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas;
Os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais;
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Adições 
As perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável;
As despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
As contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica;
As doações, exceto as permitidas em Lei;
As despesas com brindes;
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Adições 
O valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa operacional;
As perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações;
O valor da parcela da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, compensada com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
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Ajustes por Exclusão 
O segundo tipo de ajuste, para a apuração da base de cálculo do IRPJ pelo Lucro Real, são as exclusões, que poderão ser:
Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do imposto de renda e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam computados no lucro real.
As exclusões, em parte, são representadas pelas receitas corretamente contabilizadas, porém não tributáveis. Também são excluídos os valores cuja tributação pode ser diferida. 
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Exemplo: 
Se uma empresa apurou um lucro contábil de R$450.000,00, contabilizando receitas não tributáveis para fins fiscais, de R$150.000,00, poderá ajustar o lucro contábil, via LALUR, uma vez que este lucro não pode e não deve ser alterado contabilmente. A exclusão ao lucro contábil deverá ser de R$150.000,00, na Parte "A" do LALUR. Este ajuste mantém o lucro contábil em R$450.000,00, porém, para fins fiscais, ocorrerá uma redução do montante tributável para R$300.000,00 que é equivalente ao lucro que seria apurado na contabilidade se não houvesse a contabilização das receitas não tributáveis. Neste caso, não há necessidade de controle na Parte "B" do LALUR, pois a receita é isenta de tributação. 
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Exclusões 
As reversões das provisões anteriormente constituídas, quando foram consideradas indedutíveis;
Lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, recebidos após seis meses da aquisição do investimento, e resultados positivos da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial;
Os rendimentos e ganhos de capital nas transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, quando auferidos pelo desapropriado;
Os dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento;
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Exclusões 
Os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro Nacional - BTN e pelas Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidos para troca voluntária por Bônus da Dívida Externa Brasileira, objeto de permuta por dívida externa do setor público, registrada no Banco Central do Brasil, bem assim os referentes aos Bônus emitidos pelo Banco Central do Brasil;
Os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidas para troca compulsória no âmbito do Programa Nacional de Privatização - PND, controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real, os quais deverão ser computados na determinação do lucro real no período do seu recebimento;
Benefícios de depreciação/amortização/exaustão acelerada incentivada.
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Ajustes por Compensação 
O terceiro tipo de ajustes, na determinação do Imposto de Renda com base no Lucro Real, são as COMPENSAÇÕES, que se referem exclusivamente ao prejuízo fiscal ("lucro real" negativo de períodos anteriores), que diminuí a base de cálculo pelo Lucro Real em períodos futuros até se esgotar.
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LUCRO REAL - OPÇÕES 
Pela sistemática do lucro real o IR pode ser apurado trimestralmente ou anualmente, com as exceções das situações especiais, como a fusão, a cisão, a incorporação e o encerramento de atividades.
Na opção trimestral, os períodos são encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Na opção anual do imposto de renda, o encerramento será em 31 de dezembro de cada ano-calendário, havendo uma antecipação mensal, denominada de apuração por estimativa.
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EXEMPLO: 
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LUCRO REAL - ESTIMATIVA
A lei permite que, alternativamente à apuração trimestral, as empresas tributadas pelo lucro real possam optar pela apuração anual, obrigando-se, entretanto, ao recolhimento mensal por estimativa.
Assim, a pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto com apuração anual deverá apurar o lucro real, obrigatoriamente, em 31 de dezembro de cada ano, não diferindo, em essência, da apuração trimestral.
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BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO
A PJ que optar pela suspensão ou redução do pagamento do imposto deverá levantar este resultado acumulado, ou seja, do início do período até o mês em curso. Ressalta-se ainda que, as antecipações do imposto com base em estimativas não existem se a apuração for trimestral.
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CONTABILIZAÇÃO - LUCRO REAL E ESTIMATIVA 
A opção pela apuração anual é manifestada com o recolhimento do imposto (estimado sobre a
receita bruta e acréscimos ou com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução) relativo ao mês de janeiro, ou seja, com vencimento em fevereiro. O lucro real efetivo é apurado em 31 de dezembro de cada ano. O imposto anual, mesmo que já parcialmente ou integralmente pago, é contabilizado a crédito de conta do passivo circulante (IR a Pagar ou Provisão p/IR PC) e a débito da conta Resultado do Exercício (Imposto de Renda).
Este passivo é extinto mediante transferência da conta do ativo circulante (Imposto de Renda a Compensar), que registra os pagamentos mensais. 
Pagamentos mensais:	 D – IR a Compensar
			 C – Bancos Conta Movimento ou Caixa
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EXEMPLO :
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EXEMPLO :
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EXEMPLO :
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Estimativa em Atividades Mistas
Para fins de estimativa, quando a empresa exerce diversas atividades, isto é, a receita bruta tem origem em atividades de natureza distinta, os percentuais de estimativa serão aplicados separadamente, considerando cada atividade.
Considere-se um posto de gasolina que possui em determinado mês receitas de diversas origens, todas derivadas de atividades objeto da empresa. 
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Receita Bruta
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia.
Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedido e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário.
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EXEMPLO:
Uma empresa comercial COM percentual de estimativa do lucro de 8% sobre a receita bruta, em determinado mês de X10, apresenta as seguintes contas:
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EXEMPLO:
Considerando os dados, a seguinte base tributável pelo IR, naquele mês, caso a opção Lucro Real Anual, ou seja, sobre a receita bruta e acréscimos:
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LUCRO PRESUMIDO – PERÍODO DE APURAÇÃO
O período de apuração é trimestral, encerrando-se em 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12.
Nenhuma empresa está obrigada à utilização desta modalidade de apuração do IR e da CSSL, embora nem todas as pessoas jurídicas se enquadrem nas condições exigidas para adotá-lo. 
A adoção deste sistema de apuração da base de cálculo não vincula sua manutenção além do ano correspondente. Desta forma, a opção é anual.
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BASE DE CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO
A base de cálculo do lucro presumido é a Receita Bruta auferida no trimestre aplicando o coeficiente de determinação do lucro presumido, que se diferencia em função da atividade exercida pela empresa. A este resultado são adicionadas as demais receitas, rendimentos e ganhos de capital.
 
Receita Bruta x % = Lucro sobre a Receita Bruta
		 (+) Valores diferidos constantes do LALUR
		 (+) Ganhos de Capital
		 (+) Outras Receitas e Rendimentos Tributáveis
		 (=) Lucro Presumido.
COEFICIENTE
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RECEITA BRUTA PARA FINS DE LUCRO PRESUMIDO
Na sistemática de tributação pelo Lucro Presumido, a receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia. 
Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante (ICMS ST e o IPI) e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário.
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EXEMPLO:
Uma empresa comercial optante pelo Lucro presumido com percentual de estimativa do lucro de 8% sobre a receita bruta, em determinado trimestre de X10, apresenta as seguintes contas:
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EXEMPLO:
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO IMPOSTO DEVIDO NO TRIMESTRE
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SUCESSO A TODOS!!!
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