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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
 
 
 
 
 
 
ÉRICA CHAVES NOGUEIRA
GUSTAVO HENRIQUE DA S. SIMÃO
HENRIQUE HAROLDO SABOIA MELO
 
 
 
 
 
 
 
 
POP ART
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-2016
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
ÉRICA CHAVES NOGUEIRA
GUSTAVO HENRIQUE DA S. SIMÃO
HENRIQUE HAROLDO SABOIA MELO
POP ART 
Trabalho apresentado à disciplina História da Arte IV do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARA, para obtenção de nota parcial.
SUMÁRIO
	 LISTA DE FIGURAS………………………………………………………..
	
	1. INTRODUÇÃO.............................................................................................
	05
	2. CONTEXTO HISTÓRICO............................................................................
	05
	 2.1. INDEPENDENT GROUP - GRÃ-BRETANHA.....................................
	06
	 2.2. O MOVIMENTO NOS EUA..................................................................
	07
	 2.3. INFLUENCIA DADAÍSTA E SURREALISTA........................................
	09
	 2.4. INFLUÊNCIA NO BRASIL……………………………………………...
	 10
	 2.5. ARTISTAS INFLUENCIADOS..............................................................
	11
	 2.6. SURREALISMO POP...........................................................................
	12
	5. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………….
	13
	6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………...
	14
LISTA DE FIGURAS
Figura 6 - ROBERT Rauschenberg. Altura: 553 pixels. Largura: 392 pixels. 274 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://www.warhol.org/education/resourceslessons/Robert-Rauschenberg/>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 8 - MOURA, Arimatéia. Artista cearense expõe obras de Art Pop na Itália, 2013. Altura: 1506 pixels. Largura: 1462 pixels. 359 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://tribunadoceara.uol.com.br/diversao/cultura/artista-cearense-expoe-obras-pop-art-na-italia>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 1 - REDAÇÃO, Da. Altura: 585 pixels. Largura: 549 pixels. 170 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/entretenimento/pioneiro-da-pop-art-richard-hamilton-morre-aos-89-anos>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 2 - FLAG, 1954-55 by Jasper Johns. Altura: 756 pixels. Largura: 1103 pixels. 214 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://www.jasper-johns.org/flag.jsp>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 4 - BRASIL, Universia. Altura: 600 pixels. Largura: 436 pixels. 58 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/01/22/906416/conheca-whaam-roy-lichtenstein.html>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 5 - BRASIL, Universia. Altura: 258 pixels. Largura: 600 pixels. 148 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/01/22/906416/conheca-whaam-roy-lichtenstein.html>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 3 - SCREEN, Pop. Altura: 349 pixels. Largura: 350 pixels. 38,7 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://www.popscreen.com/shop/marilyn-monroe-shirt-andy-warhol-art/images>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 4 - Centro de História da Arte e Arqueologia. Altura: 666 pixels. Largura: 800 pixels. 686 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://warburg.chaa-unicamp.com.br/artistas/view/549>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 1 - REDAÇÃO, Da. Altura: 480 pixels. Largura: 640 pixels. 117 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <http://glamurama.uol.com.br/antonio-dias-e-mais-brasileiros-estao-em-mostra-da-tate-modern-de-londres/>. Acesso em: 28 agosto 2016.
Figura 9 - DANGEROUS (Michael Jackson album). Altura: 300 pixels. Largura: 300 pixels. 123 KB.
Formato JPEG bitmap. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Dangerous_(Michael_Jackson_album)>. Acesso em: 28 agosto 2016.
INTRODUÇÃO
Esse artigo fala sobre o movimento Pop Art que marcou a transição da Arte Moderna para a Arte Contemporânea. O movimento foi alimentado pelo estado de pós-guerra que tomou a Europa como uma busca de fuga e esperança, incentivando o consumismo com propagandas de produtos/pessoas mais acessíveis e populares. A presença do movimento foi forte principalmente na colagem e serigrafia. 
“A imersão da arte na contingência do real vivido e a noção tão pouco ‘artística’ da indiferença foram cruciais ao movimento que poderíamos considerar como de abertura do período contemporâneo: a Pop Art” (CANONGIA, 2005, p. 24).
Iniciou-se na Grã-Bretanha nos anos 50 com o Independent Group mas só teve maior intensificação e atenção na década de 60 nos Estados Unidos com um grupo de pessoas que não tinha intenções comuns em grupo.
A Pop Art surge em meio a ascensão econômica dos Estados Unidos no período pós-guerra. Nesse período há o declínio das vanguardas europeias e o maior centro cultural deixa de ser Paris para ser Nova York. 
CONTEXTO HISTÓRICO
Na década de 50, o mundo se encontrava em estado de pós-guerra mundial e sofria diante da destruição causada. Muitos países, inclusive a Grã-Bretanha, sofriam com racionamento que começou durante a guerra e foi prolongado até 1954. A Arte Pop surgiu como uma fuga e esperança, trazendo propagandas sobre produtos americanos que podiam ser comprados a preços populares e faziam parte do sonho de uma nova esperança.
“Depois de anos de racionamento, primeiro durante a guerra e depois prolongado até os anos 50 (o racionamento só terminou em 54), pode-se imaginar como os produtos da cultura norte-americana pareciam exóticos para essa geração mais jovens de artistas e críticos. Mudança constante, variedade infindável, direito de escolha do consumidor, escapismo e hedonismo eram apenas algumas das promessas da propaganda e das publicações norte-americanas. Podemos assim reconhecer que ao propor uma definição de cultura mais abrangente, antropológica, os membros do Independent Group estavam respondendo a mudanças reais em seu ambiente comercial” (CANONGIA, 2005, p. 29).
O período marcou a ascensão dos Estados Unidos como uma grande potência. O consumismo foi vastamente incentivado e a Pop Art a expressão disso além de promovê-lo ainda mais.
INDEPENDENT GROUP - GRÃ-BRETANHA
Foi criado no início da década de 50 por um grupo de artistas ingleses tais como Richard Hamilton, Lawrence Alloway, Reyner Banham, Eduardo Paollozzi, entre outros. O grupo estava disposto a desafiar as ideias da Arte Moderna. 
Desacreditavam da arte que não permitia participar da vida ou a vida da arte. A arte do pós-guerra deveria ser inclusiva, acessível, democrática e de fácil entendimento.
“As belas-artes precisavam responder aos gostos do público, sob pena de se tornarem irrelevantes” (MCCARTHY, 2002, p. 25).
Dos integrantes do grupo, Alloway e Banham foram dois críticos de arte que ajudaram a lançar os fundamentos teóricos da Arte Pop. Banham dizia que havia uma necessidade constante de renovação por meio da mudança estilística e da obsolência planejada.
“A palavra ‘pop’ foi usada publicamente pela primeira vez no âmbito das artes visuais num quadro exibido na Galeria Whitechapel de Londres em 1956. Ela vinha estampada num avantajado pirulito vermelho trazido à altura dos genitais por um fisiculturista seminu na colagem intitulada O que é que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?.” (AUTOR, ANO, p. n)
Foi Hamilton que deu o pontapé inicial na Pop Art, historiadores e críticos de arte destacam que suas obras foram uma das primeiras a presenciarem a estética do movimento, “Just what is it that makes today's homes so different, so appealing?” é a obra que marca esse período de início da Pop Art. Se opor aos padrões tradicionaisda arte e buscar o envolvimento do público refletiu perfeitamente em uma conexão que suas obras buscavam com o cotidiano.
Figura 1. Richard Hamilton - “O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?” (1956).
O MOVIMENTO NOS EUA
	
	Na década de cinquenta, nos Estados Unidos, o Expressionismo Abstrato norte-americano estava em decadência “e, com ele, parecia terminar a vigência das vanguardas modernas europeias sobre a arte internacional” (CANONGIA, 2005, p. 12). Após isso tudo o que foi sendo produzido já com “a capital mundial da arte transferida de Paris para Nova York, tinha a plena infiltração dos efeitos da sociedade americana” (CANONGIA, 2005, p. 12). O perído pós-guerra iniciava a entrada do país como grande influência cultural.
“O final dos anos 50, nos Estados Unidos, começa a indicar sintomas de uma absorção profunda do ideário dadá. A América já é, então, ponta-de-lança do desenvolvimento industrial e reina absoluta no domínio tecnológico. Esse desvio geográfico pode ser útil para situar, no próprio tecido físico mundial, a démarche para uma nova era, que queremos chamar de período contemporâneo. Artistas europeus, exilados da guerra, já buscavam os EUA desde a década anterior, e o crescente boom financeiro do país não era atrativo desprezível” (CANONGIA, 2005, p. 24).
A Pop Art nos Estados Unidos não se deu apenas por influência. A configuração dos Estados Unidos como potência econômica transformou a cultura do país em altamente consumista e midiática. A partir desses fatores a Pop Art então “foi um movimento eminentemente norte-americano, pois suas questões encontraram total identificação com aquela sociedade” (CANONGIA, 2005, p. 42).
		
		Um dos precursores da Pop Art, inclusive, foi o estadunidense Japer Johns. Ele ainda não foi um artista desse movimento pois usava do “procedimento de inclusão de objetos comuns no âmbito da arte, tentaria, porém, transformar os objetos em pintura” (CANONGIA, 2005, p. 27). Mas o artista já trabalhava conceitos como a banalização dentro da obra de arte.
“Quando ele pega a bandeira norte-americana, escolhe um símbolo recorrente na vida do país, tão recorrente a ponto de estar esvaziado, e até desclassificado simbolicamente” (CANONGIA, 2005, p. 28).
Figura 2. Jasper Johns - “Flag” (1954-55). 
Um dos seus representantes foi Andy Warhol, nascido na cidade de Pittsburgh e mostrou grande relevância com suas obras tanto para o movimento quanto para a nova ideia acerca do contexto consumista e como a arte interagia nesse meio.
 
“A maior das contribuições de Warhol para a Arte não deve ser procurada nos próprios quadros, mas, antes, no fato de que através de seus quadros ele expõe a falsa mecânica tanto da arte como da sociedade contemporânea” (BATTCOC, G, A NOVA ARTE, p. 45 e 46).
Discutir o papel da Arte no mercado e torná-la acessível a população fazia parte dos seus discursos. Desse modo, Warhol se utilizou de ícones pop e da repetição visual de produtos para expressar a mecanização por meio da produção que se presenciava no contexto industrial da época. Refletindo assim, o consumismo exacerbado consequência da aplicação na sociedade do capitalismo. Um exemplo disso é a obra “Shot Marilys” de 1964.
Figura 3. Andy Warhol - “Shot Marilys”, (1964).
Wayne Thiebaud, antigo pintor de letreiros e cartunista, tem seu estilo realista associados a Pop Art, pinturas que celebram o banal, a repetição, cenas e objetos que se referem ao cotidiano urbano americano, como: cachorros-quentes, máquinas de pin-ball, bolos e tortas.
Figura 4. Wayne Thiebaud - “Contador de Tortas”, (1963).
O movimento da Pop Art dos EUA também se tornou muito característico pela influência dos quadrinhos nas obras. Roy Lichtenstein mesclou sua estética de histórias em quadrinhos com a estética dos anúncios e comerciais a fim de oferecer uma reflexão acerca da linguagem e das formas artísticas. Nas suas obra, retrata muito o cotidiano e clichês das histórias em quadrinhos. Seus quadros aparecem com figuras e símbolos ambíguos do mundo moderno resultando na combinação entre arte comercial e abstração. 
Figura 5. Roy Lichtenstein - “Whaam” (1963).
INFLUÊNCIA DADAÍSTA E SURREALISTA
	
Seria um erro afirmar que a Arte Pop era contra tudo que a Arte Moderna pregava. Os artistas tinham consciência de seus antecedentes na arte e até mesmo tinham influências de vários movimentos, dentre eles o Cubismo, Futurismo e principalmente do Dadaísmo e Surrealismo.
	Lawrence Alloway considerou que os dadaístas eram “céticos e permissivos” diante das belas artes. O fato de o dada aceitar quase tudo no campo da arte colaborou para o desenvolvimento da Arte Pop. Outro fator de grande influência foram os ready-mades que eram objetos produzidos para uma função específica e que no movimento tiveram sua função extinta e eram expostos sem a menor alteração como motivo de contemplação. E talvez a maior aproveitada certamente foi a colagem.
“A fonte do contágio que interessa aos artistas norte-americanos do final dos anos 50 e início dos anos 60 está certamente nessas origens, no esforço dos dadaístas e de Duchamp em liberar a arte das técnicas e programas disciplinares precedentes. Duchamp tem a verve da contemporaneidade, apesar de ser um artista moderno” (CANONGIA, 2005, p. 23).
	Podemos notar o caráter dadaísta da Pop Art pelo fato de Robert Rauschenberg, um de seus percursores, ser considerado neo-dadaísta. 
“Rauschenberg era muito interessado na iconografia da cultura popular americana. Ele evitou o estilo emocional dos expressionistas abstratos sem perder a expressividade deste último, desenvolvendo um estilo que salientou colagem e usou materiais atípicos, como pintura de casa, bem como técnicas como a pintura com um pneu mergulhado em tinta. Ele expandiu suas colagens através da incorporação de objetos tridimensionais, o que ele se referiu como "combine." Esta técnica inovadora contribuiu para o curso de arte moderna e expressão criativa. As obras são muitas vezes chamado Neo-Dada. A fascinação de Rauschenberg com imaginário popular e seu vale tudo indiscutivelmente influenciou muito a estética da Pop Art” (ROBERT, 2013).
Figura 6. Robert Rauschenberg “Retroativo” 1 (1964).
	Já os surrealistas foram lincados ao consumismo por suas características de fantasia e desejo. 
INFLUÊNCIA NO BRASIL
Aconteceu durante o período de ditadura militar, por voltas dos anos de 1960 e 1970, e ganhou grande espaço principalmente com temas que questionavam a ditadura. O fato de a Arte Pop ser uma arte popular, de fácil acesso e bastante compreensível sem exigir um alto conhecimento em arte para entendê-la, agregou bastante aos interesses dos artistas brasileiros no período.
O que diferencia as intenções no Brasil foi que o artistas estavam insatisfeitos com a censura, já nos Estados Unidos a crítica caia mais sobre a alienação e a sociedade de massa. 
Grandes nomes de artistas brasileiros do período foram Antonio Dias, Claudio Tozzi.
Figura 7. Antonio Dias - “Nota Sobre a Morte Imprevista” (1965).
ARTISTAS INFLUENCIADOS
	
Como já citado, a Pop Art foi uma corrente que iniciou a arte contemporânea e por isso influenciou muito artistas contemporâneos. Essa arte muito popular e comercial teve grande influência para as artes impressas e feitas em série. O caráter visual bem característico da Pop Art também foi explorado por inúmeros artistas posteriores ao movimento.
No Ceará, podemos destacar o trabalho de Weaver Lima, o artista plástico e quadrinista realizou em 2013 a exposição “Discos Pop Descarado”. 
“Discos Pop Descarado é formada por 15 telas quadradas que homenageiam bandas que fizeram parte da vida dele, em capas de discos inventadas por ele” (RODRIGUES, 2013).
Nas obras expostas podemos ver a clara influência das serigrafias de Warhol, tanto visualmente o quanto por sua repetição em série e alteração de cores.
Figura 8. Weaver Lima - “DiscosPop Descarado” (2013).
No meio internacional não podemos deixar de citar Lady Gaga. A artista já admitiu ter Andy Warhol como ídolo e o citou nos agradecimentos de seu primeiro disco, The Fame. Gaga tomou como referência o estúdio The Factory para criar Haus of Gaga, sua própria equipe criativa.
Em 2010 a influência da Pop Art fica clara em seu clipe “Telephone”. O clipe faz referências à maquiagem de Marilyn Monroe da obra “Shot Marilyns” de Andy Warhol; à dissociação de significado da bandeira estadunidense presentes na obra “Flag” de Jasper Johns; à ironia ao fast food de Wayne Thiebaud e às onomatopeias, cores, e inspiração de quadrinhos, de Roy Lichtenstein. O conceito de Pop Art no clipe fica claro pela ironia aos hábitos americanos.
SURREALISMO POP
A influência das vanguardas perpassa o tempo, de artistas à publicitários, a Pop Art abriu espaço para a low culture, o universo da comunicação em massa e de consumo. Desse modo, a Pop Art não só garantiu seu lugar nos museus, como ainda é muito presente na massa populacional. As novas estéticas híbridas na arte colaboram para essa disseminação cultural, uma vez que a imagem tem muita força, fala, convence, instiga a compra e desse modo, artistas atuais se utilizam dessa estética para promoverem, materializarem seus trabalhos e sua forma de expressão. 
	Dessas novas estéticas híbridas, podemos destacar o Surrealismo Pop. Esse movimento se contextualiza a partir dos conceitos de representação da cultura pop, ideias de publicidade e exaltação do cotidiano e aos ícones americanos, com uma certa ironia da Pop Art junto com as concepções de estudos do inconsciente de Freud abordados no Surrealismo. O movimento foge do que abstrato e se prende ao máximo ao figurativo. Retrata principalmente situações inusitadas e irreais, tais qual o Surrealismo um dia retratou. 
	O nome desse movimento não foi intitulado pelos artistas que o fizeram, mas sim pela “americana Kirsten Anderson, dona da galeria de arte alternativa Roq la Rue, em Seattle” (ANAUATE, 2016). Anderson publicou um livro que marcou o movimento contemporâneo.
“O volume Pop Surrealism: the Rise of Underground Art, lançado em 2004, foi a ponta de lança do movimento que saía do subterrâneo para ganhar o circuito de arte. Nos últimos anos, centenas de galerias se especializaram em surrealismo pop nos Estados Unidos” (ANAUATE, 2016). 
	Mark Ryden é atualmente o artista com mais destaque nesse movimento, sendo até é reconhecido como o "Deus-Pai do surrealismo-pop" pela Interview Magazine (MARK, 2016). Dentre os trabalhos mais conhecidos de Ryden está a capa do disco Dangerous de Michael Jackson.
Figura 9. Mark Ryden - “Dangeours” (1965). Obra para ilustrar a capa de Michael Jackson.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como os movimentos artísticos estão vinculados ao tempo, é difícil dizer que ainda hoje temos artistas que apresentam pureza em suas obras relacionadas a Pop Art, de modo geral, principalmente nas vanguardas, essa pureza já é utópica, uma vez que a globalização permitiu toda essa mistura de estéticas e conceitos artísticos. Porém, resquícios fortes da Pop Art estão presentes até hoje, na arte, no mercado, na propaganda. Foi um movimento forte que se interligou a questionamentos capitalistas dos quais vivenciamos até hoje. A estética muda, se aprimora, ganha novos padrões, mas a arte pós-moderna ainda pode usufruir (e usufrui) de toda teoria artística e movimento que a humanidade perpassou durantes todos os seus anos no passado de modo que, sempre questionando, em movimentos futuros (ou presentes) a estética e os padrões artísticos impostos em determinada época, hoje, muito ligados ao mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANAUATE, Gisela. Eles São os Novos Surrealistas, 2016. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR81332-6006,00.html>. Acesso em: 26 agosto 2016.
ANNE, Cauquelin. ARTE CONTEMPORÂNEA: UMA INTRODUÇÃO. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
ALINNE, Rodrigues. WEAVER LIMA E A ARTE POP CEARENSE, 2013.
Disponível em: <https://aurbanita.wordpress.com/2013/04/23/weaver-lima-e-a-arte-pop-cearense>. Acesso em: 26 agosto 2016.
CANONGIA, Ligia. O Legado dos Anos 60 e 70. São Paulo:
Jorge Zahar Editor, 2001.
COELHO, Ingrid. O surrealismo pop e a filosofia da arte, 2013.
Disponível em: <http://www.opovo.com.br/app/colunas/filosofiapop/2014/12/22/noticiasfilosofiapop,3366363/o-surrealismo-pop-e-a-filosofia-da-arte.shtml>. Acesso em: 26 agosto 2016.
CORK, Richard. FARTHING, Stephen. TUDO SOBRE ARTE: Os movimentos e as obras mais importantes de todos os tempos. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.
GAGA, Lady. Telephone, 2010.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EVBsypHzF3U>. Acesso em: 26 agosto 2016.
HAUS of Gaga. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Haus_of_Gaga>. Acesso em: 26 agosto 2016.
JUNIOR, Genival. Surrealismo Pop - A arte de Mark Ryden, 2011.
Disponível em: <http://marteeparaosfracos.blogspot.com.br/2014/03/surrealismo-pop-arte-de-mark-ryden.html>. Acesso em: 26 agosto 2016.
LADY Gaga. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Lady_Gaga>. Acesso em: 26 agosto 2016.
LIMA, Rafael. Pop Art no Brasil, 2013. Disponível em: <https://prezi.com/vqw3fu-oe8bj/pop-art-no-brasil/>. Acesso em: 26 de agosto 2016.
MARK Ryden. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Mark_Ryden>. Acesso em: 26 agosto 2016.
MCCARTHY, David. ARTE POP: Movimentos da Arte Moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
MOURA, Arimatéia. Artista cearense expõe obras de Art Pop na Itália, 2013.
Disponível em: <http://tribunadoceara.uol.com.br/diversao/cultura/artista-cearense-expoe-obras-pop-art-na-italia>. Acesso em: 26 agosto 2016.
ROBERT Rauschenberg, 2013. Disponível em: <http://www.warhol.org/education/resourceslessons/Robert-Rauschenberg>. Acesso em: 26 agosto 2016.
WEAVER Lima. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Weaver_Lima>. Acesso em: 26 agosto 2016.

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