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54 1 Aula Prática Formativa – Neuroepistemologia: Aplicações na Educação Prof. Dr. Alvino Moser Prof. Dr. Luciano Frontino de Medeiros Prof. Dr. Luis Fernando Lopes 54 2 Neuroepistemologia: aplicações na educação Teorias clássicas Baseadas na introspecção Piaget procura estabelecer os estágios, epistemologia naturalizada 54 3 A neuroepistemologia – bases científicas OCDEE 54 4 Alternativa A alternativa evidente consiste em construir uma teoria científica capaz de reconciliar as contradições e os dilemas aparentes. É claro que, para que uma teoria do desenvolvimento das funções cerebrais seja satisfatória, (...) 54 5 (...) deve evitar o apelo a homúnculos e a eletricistas ou programadores de softwares em todos os níveis (Edelman, 2007, p. 47) 54 6 54 7 Piaget formula a epistemologia genética, procurando as origens psicológicas das noções e operações sobre as quais é fundada (...) 54 8 (...) Piaget conduziu efetivamente um programa de pesquisas empíricas, principalmente sobre o desenvolvimento da criança Fonte: PIAGET, Jean. Biologia e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1973 54 9 Tomografia por emissão de pósitrons (PET) 54 10 Como ocorre a criação de um novo conhecimento Edelman explica a ocorrência do conhecimento pela teoria do darwinismo neural ou pela teoria da seleção de grupos de neurônios (TSGN) Fonte: EDELMAN. G. e TONONI, Giulio. Comment la matière devient conscience. Paris: Odile Jacob, 2000 54 11 A evolução ocorre por seleção. Esta era explicada pela teoria da instrução, em que haveria transferência de informação entre o meio ambiente e os organismos 54 12 Foi provado que esta teoria é falsa. Ao contrário, propõe o autor que a seleção se dá por reconhecimento, à semelhança do que ocorre na criação de anticorpos pelo sistema imunitário, como explica em Biologie de la conscience (Edelman, p. 113 e 115) 54 13 Ciências de reconhecimento Por “reconhecimento”, entendo a correspondência adaptativa e contínua, dos elementos de um domínio físico dado às novidades ou mudanças que acontecem nos elementos de outro domínio físico (...) 54 14 (...) mais ou menos independente do primeiro , ajustamento que se passa na ausência de qualquer instrução prévia (Idem, p. 112) 54 15 Repertórios Edelman (2007) sugere a hipótese de que os animais e os homens nascem com um repertório de neurônios (...) 54 16 (...) Estes reagem entre si, modificando- se e gerando a diversidade de novas interações, possibilitando a emergência da consciência, logo, do conhecimento 54 17 O repertório dos circuitos anatômicos formado reage com o meio ambiente, provocando uma seleção experiencial, modificando a força das sinapses existentes na anatomia do cérebro (idem, p. 41-42) 54 18 Neurotransmissores As conexões e interações entre os neurônios e as sinapses são reguladas por meio de sistemas que são os diversos neurotransmissores 54 19 A dopamina que se encontra nos gânglios da base e no tronco cerebral, cuja liberação age como um sistema de recompensa, favorecendo a aprendizagem. A serotonina governa o humor, a acetilcolina pode alterar os limiares de vigília e de sono 54 20 Cérebro único Edelman (2007) infere que cada cérebro é único em sua estrutura anatômica e sua dinâmica. Mesmo os cérebros de gêmeos serão diferentes 54 21 Os cérebros não operam por lógica, mas por reconhecimento de estruturas. O cérebro precoce procede por metáforas que têm forte poder de conectar propriedades associativas disparates de um sistema reentrante degenerado, tem grande força criativa 54 22 Tríade fundamental A tríade fundamental das funções cerebrais superiores é formada pela categorização perceptiva (percepção), pela memória (memorização) e pela aprendizagem (cognição) 54 23 Percepção A categorização perceptiva das informações, que se inicia com os dados que são captados do ambiente pelos sentidos, é operada pelas conexões sinápticas que se conectam e reconectam (...) 54 24 (...) Segundo os princípios anteriormente assinalados, as percepções não produzem imagens dos objetos e do mundo, conforme pode ser evidenciado na figura 54 25 54 26 Classificações e cartografias Essas categorizações são efetuadas pelas classificações e cartografias neuronais e são necessárias para que haja a memória que é questão de categorizações antigas 54 27 Embora a categorização e a memória sejam necessárias para a aprendizagem, não são suficientes 54 28 Condição suficiente A condição suficiente para a adaptação é proporcionada pela conexão dos assim denominados centros hedonistas e o sistema límbico do cérebro, de maneira que satisfaçam as necessidades homeostáticas e outras 54 29 As diversas estruturas cerebrais carregadas de valores – sobretudo o hipotálamo, diversos núcleos do mesencéfalo e outros que apareceram durante a evolução 54 30 Evolução Evolução: hipotálamo, e diversos núcleos do mesencéfalo Os eventos cerebrais, em suas reações corticais, tálamo corticais e neurais, ocorrem quando há atividade consciente e de conhecimento como na aprendizagem 54 31 Na aprendizagem, os sistemas de valor cerebrais atuam e ativam o interesse e o prazer ou o desgosto, como também as emoções atuam para essas atividades 54 32 Conclusões de Edelman A necessidade de respeitar a individualidade, a liberdade e a autonomia de cada discente 54 33 O ensino não pode ser desvinculado da mediação do meio ecológico, social e cultural em que se desenrolaram as histórias individuais de cada estudante na sua vida pessoal, no seu meio social e cultural, como o enfatizam Vygotsky, Luria e sua equipe 54 34 Não há aprendizagem sem evocação, o que exige a memorização, que se torna cada vez mais difícil diante da dispersão e da facilidade que os meios digitais oferecem aos jovens das novas gerações 54 35 Finalmente, não há ensino nem aprendizagem sem interesse e sem a vontade de aprender, que podem ser despertadas pela surpresa e demais condições que possam atrair a atenção dos alunos 54 36 Sistema de valor No entanto a categorização perceptiva e a memorização são condições necessárias para a aprendizagem, mas não são condições suficientes 54 37 É necessário que sejam ligadas ao sistema de valor que, pelo intermédio de outros centros cerebrais, como o hipotálamo e diversos outros centros mesencefálicos, responsáveis dos centros hedonistas e de valor 54 38 54 39 54 40 Estamos longe Sem dúvida, sempre haverá um novo horizonte para ser explorado pela ciência, na medida em que houver progresso intelectual (...) 54 41 (...) Não obstante, o descobrimento da complexidade do cérebro será um grande passo nesta jornada. Aparentemente, a ciência encontra-seno limiar de avanços substanciais no entendimento do cérebro 54 42 Emoções A epistemologia tradicional não se interessava pelo efeito das emoções no conhecimento e na aprendizagem (...) 54 43 (...) Ao contrário, na perspectiva da neuroepistemologia, a ação do cérebro, ao menos quando ao seu resultado, não pode ser considerada como um processo separado de cálculo mecânico, efetuando- se na ausência da emoção 54 44 The nature of learning Repensar o que é ensinado: Como é ensinado Como o aprendizado é acessado Guardiães da aprendizagem (gatekeeper) 54 45 Emoções Motivação (Innovate Learning Environnement – Projet OCDE) 54 46 Como as pessoas aprendem Aprendizagem construtiva autorregulada – é adotada ou recomendada A aprendizagem é sensível ao contexto – Edelman Deve ser muitas vezes colaborativa 54 47 8 princípios básicos da motivação Os estudantes se sentem motivados a estudar quando: 1. Percebem relação entre as ações e a sua realização – achievement 54 48 2. Sentem-se competentes para realizar o que se espera deles – Leon Eisenberg 3. Dão valor ao tema e percebem claramente o propósito do que é aprendido 54 49 4. Percebem que o meio é favorável à aprendizagem ou ao aprendizado 5. Sentem emoções positivas em relação às atividades de aprendizagem – gamificação 54 50 6. Os estudantes não prestam atenção às atividades de aprendizagem quando sentem ou experienciam emoções negativas de suas emoções 54 51 7. Os estudantes são mais persistentes quando manipulam seus recursos e lidam com os obstáculos de modo eficiente 8. Os estudantes liberam recursos cognitivos quando são capazes de influenciar a duração, a intensidade e a expressão 54 52 7 princípios da aprendizagem 1. O aluno, o aprendiz é o centro 2. Natureza social da aprendizagem 3. As emoções são essenciais (ou integram) para a aprendizagem 4. Reconhecer as diferenças individuais 54 53 5. Exigir esforço dos estudandes (Luc Ferry: pedagogia do esforço contra a pedagogia do anzol e da chantagem) 6. Avaliar a aprendizagem 7. Construir conexões horizontais: articulação – Edgar Morin – A cabeça bem feita 54 54 Ensino inovador Ensino colaborativo Service Learning Partnership Home-Learning Aprender com tecnologia Avaliação formativa Enfoques baseados nas pesquisas 54 55
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