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Direito penal I

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Dto Penal-p2
Lei Penal no tempo
	A pergunta a sr respondida é: em que casos a sucessão da lei penal, qual delas deve ser aplicada? E neste tocante, há a existência de uma regra geral e uma exceção. O que vigora na legislação penal é a teoria da atividade.
	Regra: aplica-se a lei vigente na época do fato.
	Exceção: Uma lei mais benéfica, retroage para agraciar o réu.
Isto posto, pode-se concluir que, caso a nova lei seja mais severa ao agente, não retroagirá e, por conseguinte, a lei antiga ultra-ativará por ser mais benéfica. 
Observações:
a) Leis Temporárias e leis Excepcionais: ambas podem ser criadas em situações extremas, de calamidade. Estas leis, segundo o art 3° do CP, não retroagem nunca. As temporárias possuem prazo de vigência previamente fixado na lei.
b) Sumula 611 STF: Transitada em julgado, cabe ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna;
c) Sumula 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou permanente, se sua vigência é anterior a cessação da continuidade ou permanência.
Assim: se a lei posterior ao fato for mais severa, não retroagirá; se a lei posterior ao fato for mais benéfica, retroagirá; se a lei anterior (que vigorava na data do fato) for mais benéfica que a posterior, ultra-ativará. Exceções: crimes continuados, crimes permanentes, leis excepcionais e temporárias. 
Lei Penal no Espaço:
	A pergunta a ser respondida é em que casos se aplica a lei penal brasilera?
Regra: principio da territorialidade, art 5° do CP. Ou seja, aplica-se a lei penal brasileira quando o crime for praticado em território brasileiro. Por território entende-se todo o espaço real (físico, aereo, maritimo) e território por extensão ( navios, aeronaves e embarcações públicas ou privadas, que estejam a serviço do governo ou de bandeira brasileira), ou quando em territorio nulus. 
Teoria da ubiquidade (art 6 do CP): “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.” 
Ato preparatorio ± ato executório
↓→ principio da lesividade/ ofensividade
Cogitação preparação execução consumação
				Inter crimines
				Interesse penal – inicio e fim
Todo crime descreve uma ação ou omissão.
Extraterritorialidade incondicionada
	Será aplicada a lei brasileira, sem qualquer condicionante, mesmo que o agente tenha sido julgado no exterior (CP: art. 7º, I), para crimes contra a liberdade ou a vida do Presidente da República, crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, Distrito Federal, estados, municípios, empresas e órgãos públicos, pessoas a serviço destas entidades, etc., ou genocídio (quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil).
	A fim de proteger bens jurídicos essenciais, o poder brasileiro é exercido independentemente da concordância do Estado onde o crime ocorreu (mesmo que lá o ato não seja crime), podendo o agente ser julgado à revelia, caso não esteja no Brasil.
Extraterritorialidade condicionada
	Aplica-se a lei brasileira obedecendo alguns requisitos, segundo os princípios da universalidade, personalidade, bandeira e defesa (CP: art. 7º) para crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se comprometeu a reprimir, crimes praticados por brasileiros, por aeronaves ou embarcações brasileiras em território estrangeiro que não sejam lá julgados ou praticados por estrangeiros contra brasileiros fora do Brasil (caso o agente ingresse no Brasil ou seja passível de extradição para ca).
	É importante lembrar que, de modo algum, o Brasil concede a extradição de brasileiros natos para que sejam julgados e condenados no país onde cometeram o crime, e, para evitar a impunidade, estando aqui, serão julgados pela lei brasileira relacionada ao crime lá cometido.
Princípio de defesa 
	Estende a aplicação da lei para fora dos limites do território se o bem lesado for da nacionalidade do Estado, independente da nacionalidade do infrator, a fim de proteger bens jurídicos considerados essenciais CP: art. 7º, I), bem como os interesses do Estado além-fronteiras.
	Significa que haverá processo no Brasil, mesmo que haja processo no território onde foi praticado o crime.
Princípio da nacionalidade 
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do agente, o Brasil encontra seus nacionais onde quer que se encontrem, pois ao nacional é exigido que cumpra a lei de seu país, mesmo estando no estrangeiro. Considera-se tanto a personalidade ativa, levando em conta a nacionalidade do autor do delito (CP art. 7º, II, b), quanto a personalidade passiva, pela nacionalidade da vítima (CP: art. 7º, § 3º). Isso visa combater a impunidade de agentes nacionais se eles não forem atingidos pela lei do estrangeiro, onde o delito ocorreu.
Princípio da universalidade 
A lei penal deve ser aplicada a todos, onde quer que estejam. Isso é viabilizado através da cooperação entre estados, permitindo a punição do agente por qualquer Estado para crimes que forem objeto de tratados e convenções internacionais. Aplica-se a lei penal do Estado onde o agente se encontrar, independentemente de nacionalidade do autor ou do bem jurídico lesado (CP : art. 7º, II, a), considerando que o crime é um mal universal que todos os estados têm interesse em coibir.
Entra aqui o caso das Penas. Se o infrator for pego no Brasil, este tentara mandar para o pais de origem, negociando a pena. Se a pena for igual ou menor a do Cp Br é extraditado, se for de uma pena não aceita no Br, ele cumpre aqui e depois é expulso.
Princípio da representação ou da bandeira
No caso de crimes ocorridos em embarcações ou aeronaves, quando houver deficiência legislativa ou desinteresse de quem deva reprimir, aplicar-se-á a lei de onde a aeronave ou embarcação estiver registrada, ou da bandeira que ostenta (CP: art. 7º, II, c).
O CP Brasileiro adotou o princípio da territorialidade como regra, e, como exceção, os demais princípios de forma subsidiária.
Imunidade 
Formal: relativa atos do processo 
	Absoluta: não pode ser submetido a rigorosamente nenhum ato processual.
	Relativa: apenas para alguns atos.
Material: lei penal absoluta ou relativa
Não viola o princípio da igualdade: 
→Diplomata
→ Membros do Mp, Magistrados
→ Advogados
→ Parlamentar
Imunidade diplomática
A imunidade diplomática limita o princípio da territorialidade e concede privilégios a representantes diplomáticos de outros países. De acordo com a Convenção de Viena, adotada pelo Brasil, o diplomata está imune à nossa legislação penal, estando sujeito à lei do país que representa. No entanto, o Estado representado poderá renunciar a esta imunidade, dependendo do caso.
Além de representantes diplomáticos, esta imunidade se estende agentes e funcionários de organizações internacionais como a ONU e a OEA, quando em serviço, incluindo seus familiares, excluindo empregados particulares.
Imunidade parlamentar
Embora, logicamente, não seja uma exceção ao princípio da territorialidade, aos membros do Poder Legislativo, para assegurar o exercício de seus cargos com liberdade e independência, a CF garante-lhes prerrogativas como a imunidade penal. Ela decorre da função exercida, não se estende a mais ninguém, e pode ser de duas espécies: material ou formal.
A imunidade material ou absoluta (penal, civil, disciplinar e política), protege o parlamentar em razão de suas ações no exercício de seu mandato, seja por suas opiniões, palavras ou votos (CF: arts. 53,caput, 27, § 1º e 29, VIII). Ela ocorre desde a diplomação até o fim do mandato do parlamentar.
A imunidade formal, relativa ou processual refere-se à prisão, processo ou prerrogativas de foro, ou seja, processo e julgamento. Aplica-se a membros do Congresso Nacional e a deputados estaduais, contudo, estes estão sujeitos à justiça de seu estado-membro. Ficam a julgamento da câmara se haverá processo. Os vereadores também são imunes por suas opiniões, palavras e votos, mas somente na circunscrição de seu município, e não têm imunidade processual nem direito a foro privilegiado.A imunidade material ou inviolabilidade faz com que a lei penal não incida sobre determinadas pessoas, ou seja, elas não são consideradas destinatários da lei penal. A imunidade processual ou formal resguarda o próprio Poder Legislativo, exigindo licença da Casa Legislativa para que o parlamentar seja processado. Nos crimes inafiançáveis, porém, admite-se a prisão em flagrante de delito, como para qualquer cidadão.
Advogados, MP e Magistrados
Eles não respondem por crime de honra. No exercício de sua função não podem ser presos, a não ser por crime inafiançável.
Extradição
Ato de cooperação internacional por meio do qual um Estado Soberano entrega a outro Estado Soberano um estrangeiro para que seja criminalmente processado ou para que cumpra uma pena já determinada
Cada caso, aqui, deverá atender a requisitos, como exame prévio pelo STF, incluído em um processo específico, existência de tratado ou convenção firmado com o Brasil ou oferecimento do princípio da reciprocidade, existência de sentença condenatória, o fato deve ser crime no Brasil e no Estado requerente, a pena máxima imputada ao extraditado deve ser superior a um ano de reclusão, o crime não pode ser político ou de opinião, o extraditado não pode estar sendo processado ou já absolvido no Brasil pelo mesmo crime, o Brasil deve ser incompetente para julgar a ação e o Estado requerente deve provar ser competente, o extraditado não pode ser submetido a tribunal de exceção e o extraditado deve ser estrangeiro (o Brasil não extradita brasileiros natos), além de outras limitações especiais.
Deportação e expulsão
São medidas administrativas que visam obrigar o estrangeiro a deixar o território nacional. A deportação é a saída compulsória de um estrangeiro para o país de sua nacionalidade, procedência ou outro que o aceite, nos casos de entrada ou estada irregular dele no país EE: art. 57, podendo voltar ao país sob certas condições .
A expulsão não é pena, mas uma medida policial preventiva, visando a defesa da soberania nacional, cabendo ao Presidente da República a deliberação quanto à expulsão do estrangeiro. Há ainda alguns impedimentos quanto à expulsão determinados no art. 75 do EE, bem como legislação especialque dispõe sobre expulsão de estrangeiro condenado por tráfico de drogas.
Conflito aparente de normas
	Há conflitos de normas quando duas ou mais normas, aparentemente, são aplicadas ao mesmo fato. Mas não é um conflito real, visto que somente uma norma penal poderá ser aplicada, exatamente para evitar o bis in idem.
Unidade de conduta: Quando em uma hipotese se encaixe em mais de um tipo penal.
Principios de solução: 
Primeiro deve ser utilizado a regra, se não couber assim entra os principios.
a) Especialidade- quando se tratando de conflito existente entre norma geral e norma especial, prevalece a norma especial. A norma especial derroga a geral. A norma especial contem tudo que a norma geral também contem e mais alguns elementos ditos especiaizantes. É uma especie do mesmo crime.
Ex.121 – norma geral
123- espécie : infanticidio.
b) subsidiariedade – um bem jurídico pode ser definido com diferentes graus de gravidade e o legislador para atender ai princípio da proporcionalidade, criando diferentes crimes com diferentes penas nessas circunstancias.
As normas penais definem as formas mais graves de lesão ao bem normas primárias e as menos graves subsidiárias de que primeiro se tenta adequar a conduta a norma primaria e apenas se lhe faltar elementos exigidos nessa norma é recai a norma secundaria
Ex. 146: constrangimento ilegal
187: Ameaçar alguém 
c) Consunção/absorção: é aplicado para resolver conflito aparente de normas de modo que o fato mais grave consome os menos graves com a finalidade de evitar o bis in idem, já que a norma aplicada ao fato mais grave os pune de menos gravidade. O crime fim absorve o crime meio.
Conceito de Crime
Para Franz Von Liszt (1899. p. 183), o conceito de crime é: “Crime é o injusto contra o qual o Estado comina pena e o injusto, quer se trata de delito do direito civil, quer se trate do injusto criminal, isto é, do crime, é a ação culposa e contraria o direito. ”
Conceito Material (substancial) do Crime
O conceito material do crime é a violação de um bem jurídico penalmente protegido, é o conteúdo do ilícito penal, com análise da conduta danosa e sua consequência social. Assim, para Noronha (2007. p. 82) o conceito material do crime é: “Crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico protegido pela lei penal. ”
Conceito Formal do Crime
No conceito formal, crime é uma contradição entre a lei penal e o fato praticado pelo agente. Para Fernando Capez (2004.p. 106), o conceito formal do crime “resulta mera subsunção da conduta ao tipo lega e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo que o legislador descrever como tal, pouco importando o seu conteúdo.
Conceito Analítico do Crime
A finalidade do conceito analítico do crime é a análise dos seus caracteres e elementos, por isso seu foco são os elementos ou requisitos do delito, onde é entendido como conduta típica, antijurídica e culpável (conceito tripartido, teoria clássica ou tridimensional), ou apenas conduta típica e antijurídica, ou ainda, como fato típico, antijurídico e punível abstratamente.
Crime Conceito Analítico – Corrente Bipartida
A corrente que traz o conceito analítico do crime como bipartido diz que o crime é fato típico e ilicitude.
Crime Conceito Analítico – Corrente Tripartida
A corrente tripartida, conceitua crime analítico como fato típico, ilícito e culpável.
Fato Típico, Ilicitude e Culpabilidade serão os assuntos de nosso próximo artigo.
TEORIA TRIPARTIDA DO CRIME
Começaremos nossa exposição sobre a Teoria Tripartida com as palavras de Capez:
“A Teoria Naturalista ou Causal, mais conhecida como Teoria Clássica, concebida por Franz von Liszt, a qual teve em Ernest von Beling um de seus maiores defensores, dominou todo o século XIX, fortemente influenciada pelo positivismo jurídico. Para ela, o fato típico resultava de mera comparação entre a conduta objetivamente realizada e a descrição legal do crime, sem analisar qualquer aspecto de ordem interna, subjetiva. Sustentava que o dolo e a culpa sediavam-se na culpabilidade e não pertenciam ao tipo. Para os seus defensores, crime só pode ser fato típico, ilícito (antijurídico) e culpável, uma vez que, sendo o dolo e a culpa imprescindíveis para a sua existência e estando ambos na culpabilidade, por óbvio esta última se tornava necessária para integrar o conceito de infração penal. Todo penalista clássico, portanto, forçosamente precisa adotar a concepção tripartida, pois do contrário teria de admitir que o dolo e a culpa não pertenciam ao crime, o que seria juridicamente impossível de sustentar”.
Na época em que a Teoria Clássica, mencionada no trecho acima, vigorava, era imperioso defender a Teoria Tripartida do Crime, pois aquela era base desta. Contudo, com o finalismo de Hans Welsel, do qual trataremos mais adiante, o pensamento tripartido perdeu, inegavelmente, a sua força. Entretanto, continuou sendo defendido e, até os dias atuais, mantém-se como corrente majoritária. Para ela, a constituição do crime se dá pelos seguintes elementos:
	Fato Típico 
	Fato Ilícito (ou Antijurídico)
	Fato Culpável 
	Fato Típico
Fato Ilícito (ou Antijurídico)
Fato Culpável
a) Conduta (Dolo ou Culpa)
b) Resultado
c) Nexo Causal
d) Tipicidade
	Excludentes da ilicitude:
a) estado de necessidade;
b) legítima defesa;
c) estrito cumprimento de dever legal;
d) exercício regular de direito.
	a) Imputabilidade
b) Potencial Consciência da Ilicitude
c) Exigibilidade de Condita Diversa
Como podemos visualizar, a Teoria Tripartida exige que, para que haja crime, o fato seja típico, ilícito e culpável, faltando um desses elementos o crime é afastado.
Para que não haja crime, o fato precisa ser: ou atípico; ou enquadrado em uma das hipóteses de exclusão da ilicitude (estado de necessidade; legítima defesa;estrito cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito, CP, art. 23, incisos I, II e III); ou que seja cabível ao caso concreto alguma das excludentes de culpabilidade (inimputabilidade; potencial desconsciência da ilicitude; e inexigibilidade de conduta diversa).
TEORIA BIPARTIDA DO CRIME
Esta teoria retira a culpabilidade do conceito de crime, pois se baseia na Teoria Finalista da Ação, formulada por Hans Welzel na Alemanha na década de 1930, que veio modificando a ideia de que o dolo e a culpa sediavam na culpabilidade, retirando-os deste contexto para integrá-los ao fato típico, mais precisamente na conduta. Logo, da seguinte forma se estrutura a Teoria Bipartida:
	Fato Típico 
	Fato Ilícito (ou Antijurídico) 
	a) Conduta (Dolo ou Culpa)
b) Resultado
c) Nexo Causal
d) Tipicidade
	Excludentes da ilicitude:
a) estado de necessidade;
b) legítima defesa;
c) estrito cumprimento de dever legal;
d) exercício regular de direito.
Por conta da importação do dolo e da culpa para o fato típico, a culpabilidade perdeu sua principal função, passando a exercer apenas um papel valorativo, servindo tão-somente como requisito para a aplicação da pena. Portanto, segundo o raciocínio bipartido, o crime só é afastado se o fato for atípico ou se sobre ele incidir alguma das excludentes de ilicitude. 
https://jus.com.br/artigos/28195/bipartida-ou-tripartida-breves-consideracoes-sobre-a-teoria-adotada-pelo-codigo-penal
Conduta
Conduta é ação ou omissão humana consciente e voltada a uma finalidade.
Existem três teorias sobre a conduta: a) teoria naturalista ou causal, onde a ação é efeito da vontade e causa do resultado no mundo exterior; b) teoria social, a ação nada mais é que a realização de uma conduta socialmente relevante. A vontade estaria na culpabilidade; c) teoria finalista, na qual todo comportamento humano é finalista, ou seja, toda conduta é voluntária e dirigida a um determinado fim.
A Conduta pode ser uma ação (atuação humana positiva voltada a um fim) ou uma omissão (ausência de comportamento, inatividade)
Lembrando que a omissão é penalmente relevante quando a pessoa devia e podia agir para evitar o resultado.
Tipicidade
Tipicidade é a correspondência exata, a adequação perfeita entre o fato natural, concreto e a descrição contida na norma penal.
Para que ocorra a tipicidade é necessário que haja o fato, a conduta e o resultado.
ANTIJURIDICIDADE
Segundo o professor Rogério Greco, ilicitude ou antijuridicidade “é aquela relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico”, ou seja, contrária as normas jurídicas.
Causas de excludentes de antijuridicidade
As causas de exclusão da antijuridicidade estão previstas no artigo 23 do Código Penal: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal, exercício regular de direito.
CULPABILIDADE 
“a culpabilidade é a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena, porque, sendo um juízo de valor sobre o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor do agente. Para censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar necessariamente fora dele. 
Os elementos da culpabilidade são: a) imputabilidade – capacidade para o agente ser responsabilizado criminalmente; b) potencial consciência da ilicitude – o agente deve ter possibilidade de conhecer as normas de proibição e mandamentais e as normas justificativas; c) exigibilidade de conduta diversa - consiste na possibilidade de exigir do agente que ele haja de forma legal, ou seja, conforme o direito diante de uma determinada situação. 
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