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Avaliação nutricional no paciente cirúrgico Docente: Dr. Fábio Figueiredo Discentes: Camila Kato e Marjorie Perin Clínica Cirúrgica – 10º período Introdução Desnutrição é um problema comum em pacientes cirúrgicos (50% dos pacientes); É um importante fator de morbimortalidade pós operatória (desnutrição grave); Analisar sempre risco x benefício; Reintroduzir a dieta no PO via oral o mais rápido possível; Efeitos da cirurgia ao organismo Perda de peso pós trauma Nutrição em pacientes cirúrgicos TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL Questões a serem respondidas TRIAGEM INICIAL Se houver uma resposta positiva para qualquer pergunta da triagem inicial, a triagem final deverá ser utilizada. Se a resposta for negativa a todas as perguntas da triagem inicial, o paciente deverá ser retriado de 7 em 7 dias até a alta hospitalar. Triagem final Utiliza-se uma pontuação variável entre os valores 0 e 6. Os pacientes são classificados como em risco nutricional, quando obtêm somatório > ou = 3 pontos. Para valores de escore < 3 reavaliar, semanalmente, para detectar precocemente o desenvolvimento de risco nutricional durante a internação hospitalar. TRIAGEM FINAL Classifica-se o estado nutricional e a gravidade da doença de acordo com as pontuações : (0) ausente, (1) leve, (2) moderada e (3) grave. Para o cálculo final do escore, os pontos obtidos na categoria relacionada ao estado nutricional devem ser somados aos da gravidade da doença. Classificação do paciente: com risco ou sem risco nutricional. Os pacientes são classificados como em risco nutricional, quando obtêm somatório > ou = 3 pontos. O que fazer após a triagem de risco nutricional AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DADOS ANTROPOMÉTRICOS (ex: peso corporal, prega triceptal, circunferência braquial...) DADOS LABORATORIAIS (ex: albumina, transferrina, linfócitos...) DADOS DIETÉTICOS (ex: redução da dieta antes e após o surgimento da doença) DADOS FÍSICOS (ex: massa muscular, força da preensão palmar...) 13 Fluxograma de internuti Intervenção nutricional imediata pré-operatória A INTERNUTRI após internação, no período pré-operatório, esta indicada por um período de 7-14 dias no paciente sob o risco nutricional grave e candidatos a cirurgias eletivas de médio e grande porte. Risco nutricional grave : - perda de peso > 10% em 6 meses ou perda de 5% em 30 dias. - IMC <18,5 - Albumina sérica <3 mg/ml - ASG = C intervenção nutricional imediata (INTERNUTRI). 15 Intervenção nutricional imediata pré-operatória Dieta VO com suplementação proteica esta recomendada em pacientes com o TGI íntegro e não anoréticos. ( Ingesta de pelo menos 70% do ofertado). Se TGI integro, mas paciente não atine 70% do calculo calórico e proteico, recomenda-se TNE, em posição gástrica ou enteral. A TNP deve ser a opção única ou associada quando o TGI não estiver apto, ou a TNE não atinge o objetivo rapidamente ou é impossível. Candidatos a TNE que não atingem sucesso para atingir as metas calóricas e proteicas em até 3 dias, devem receber nutrição mista : TNE + TNP. TNP: se for por um período de 7 dias, poderá ser administrada perifericamente. 16 Base racional para INTERNUTRI Estudos demonstraram que pacientes desnutridos se beneficiam de terapia nutricional no pré-operatório por 7-14 dias – menor taxa de infecção P.O e redução do tempo de internação. No entanto, se a TNP for utilizada apenas no P.O esta associada a aumento de 10% do risco de complicação. A TNP será utilizada no P.O na vigência de complicações operatórias ou traumas que impeçam a alimentação digestiva com tempo de jejum > 5 dias. Terapia nutricional enteral Pacientes impossibilitados de ingestão oral: -patologias do trato gastro-intestinal alto, intubação oro-traqueal, distúrbios neurológicos com comprometimento do nível de consciência ou de deglutição. Indicado também nos casos em que o paciente vem com ingestão oral baixa, por anorexia de diversas etiologias. A administração de dieta por sonda nasoenteral não contraindica a alimentação oral, salvo exceções. Terapia nutricional enteral Impossibilidade de alimentação VO com o restante do TGI funcional. Mais fisiológica que a parenteral Vias de Acesso: Nasogástrica Nasoduodenal Nasojejunal Gastrostromia e Jejunostomia – LONGO PRAZO; Terapia nutricional parenteral A TNP é indicada em casos de: -Obstrução intestinal -íleo prolongado -Má absorção. TNE é insuficiente quando não atinge a meta em 3 dias. Terapia nutricional parenteral Terapia nutricional parenteral Estudos demonstram redução na incidência de complicações infecciosas com o uso de TNE em comparação ao uso de TNP. Há evidencias de que desnutridos/não desnutridos se beneficiam com formulações que contenham imunonutrientes no perioperatório. Estudos mostraram que a suplementação perioperatória por 5-7 dias com fórmula contendo imunonutrientes, diminui a morbidade, fistulas anastomóticas e tempo de internação no PO. Quantidade de energia e proteínas na terapia nutricional perioperatória Calorias: Conhecer as necessidades energéticas, proteicas, de minerais e vitaminas dos pacientes. Gasto energético: Equação de Harris-Benedict Regra do bolso (30-35 kcal/kg/dia) Gasto energético basal Equação de Harris-Benedict para estimativa do GEB: Distribuição de macronutrientes proteínas -Necessidade proteica normal: 0,8- 1,0g/kg/dia -Pré-operatório: 1g/kg/dia Intervenção cirúrgica: 2g/kg/dia Em média é oferecido 1,2 a 1,5g/kg/dia, na medida de um bom funcionamento renal e hepático. Nutrientes com função imunomoduladora Nutrientes que se oferecidos em doses superiores às normais, podem determinar modificações favoráveis anti-inflamatórias e moduladoras do sistema imunológico. AA - Glutamina/ Arginina Nucleotídeos e ác. graxos poli-insaturados do tipo Ômega 3 Vit. - A/ C/ E. Minerais- Zn e Se Monitoramento da terapia nutricional Clínica: Diariamente: observar grau de hidratação do paciente, sinais clínicos de distúrbios hidroeletrolíticos, ocorrência de edema, alterações do nível de consciência, curva térmica, número de evacuações e propedêutica abdominal. Sempre que possível, solicitar controle de diurese e cálculo do balanço hídrico. Monitoramento da terapia nutricional Laboratoriais: Ao se instituir a Terapia Nutricional, seja Enteral ou Parenteral, além da dosagem eletrolítica, do hemograma, da função renal e da dosagem das proteínas plasmáticas, deve-se também solicitar dosagem de colesterol total e triglicérides, como parte da avaliação nutricional inicial. Semanalmente solicitar: hemograma, dosagem de Na, k, Ca, Mg, P, Ur, Creatinina e Albumina. Se o paciente está em Nutrição Parenteral Total Prolongada, solicitar a cada 15 dias, dosagem de transaminases e bilirrubinas. Classificação das dietas DIETA LIVRE DIETA BRANDA PASTOSA DIETA LIQUIDA – COMPLETA DIETA RESTRITA Considerações finais Pacientes com TNP, o aporte calórico deve ser lento para evitar a sd. da realimentação.- Doses de tiamina são necessárias nesse caso. NPT- 1º e ultimo dia – utilizar metade do volume de macronutrientes para que haja adaptação do organismo. Restrição de lipídios na formulação da TNP no 1º dia P.O. (pró-inflamatórios e imunossupressivos) Referências Calorias A energia pode ser ministrada em forma de carboidratos e lipídios, sendo a proporção entre eles variável de acordo com a via de acesso e o metabolismo do paciente. A necessidade de oferta de glicose no estresse metabólico varia entre 60-70% do total de calorias não proteicas. O oferta de glicose não deve ultrapassar 5mg/kg/min ( limite da sua oxidação).
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